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GRA0681 ELEMENTOS DE MÁQUINAS GR0814-212-9 - ELEMENTOS DE APOIO

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09/09/2021 E-book
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 1/57
ELEMENTOS DEELEMENTOS DE
MÁQUINASMÁQUINAS
ELEMENTOS DE APOIOELEMENTOS DE APOIO
Au to r ( a ) : M e . An a R i t a V i l l e l a C o s t a
R ev i s o r : M e . Fe l i p e D e l a p r i a D i a s d o s S a n to s
Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 26 minutos.
09/09/2021 E-book
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 2/57
Introdução
Olá, estudante! É com prazer que apresentamos a você este material e damos
início ao nosso estudo. Você sabe o que são elementos de apoio e para que
eles servem? Esses elementos são essenciais em sistemas que utilizam
rodas e eixos e têm a função de reduzir o atrito entre os componentes. Os
elementos de apoio são constituídos pelas guias, buchas e pelos mancais.
Os mancais servem de suporte para os eixos, podendo ser mancais de
deslizamento ou mancais de rolamento. Você sabe onde cada elemento
desse deve ser usado? Sabe dimensionar um rolamento ou um mancal de
deslizamento? É isso que vamos aprender nessa unidade. Vamos conhecer
os principais tipos de elementos de apoio, a aplicação de cada um deles, o
dimensionamento dos mancais de rolamento, os cuidados com a montagem
dos rolamentos e o dimensionamento dos mancais de deslizamento. Então,
vamos lá?
Introdução aos
Elementos de Apoio
09/09/2021 E-book
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 3/57
Prezado(a) estudante, imagine que você voltou no tempo e está fazendo um
passeio em uma carruagem daquelas bem antigas, feitas de madeira e com
rodas de madeira. Depois de um tempo rodando, as rodas de madeira
costumavam �car desgastadas no engate com o eixo, sabe por quê? Porque
havia atrito entre a roda e o eixo. Quando as rodas de madeira foram
substituídas por rodas de metal, o problema continuou. Qual foi a solução
encontrada? A solução foi a colocação de um anel de metal entre a roda e o
eixo (TELECURSO, 2000). A função dos elementos de apoio é, justamente,
reduzir o atrito entre elementos que giram. No próximo subtópico, vamos
conhecer os principais tipos de elementos de apoio.
Principais Tipos
Os elementos de apoio são divididos em quatro tipos: buchas, guias, mancais
de deslizamento e mancais de rolamento. Vamos começar com as buchas?
Esse é o elemento de apoio mais antigo. Lembra-se da carruagem? Sabe
aquele anel que foi colocado entre a roda e o eixo para reduzir o atrito?
Aquele anel chama-se bucha.
As buchas têm o formato cilíndrico ou cônico e podem ser de fricção radial,
para esforços radiais, ou fricção axial, para esforços axiais. As buchas radiais
são utilizadas quando o eixo trabalha na horizontal e as buchas axiais
quando o eixo trabalha na vertical. Já as buchas cônicas são utilizadas
quando o esforço é combinado, ou seja, radial e axial. Outro tipo de bucha
muito utilizado é a chamada bucha-guia, que tem a função de orientar o
posicionamento de uma ferramenta, por exemplo (TELECURSO, 2000).
SAIBA MAIS
09/09/2021 E-book
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 4/57
Outro elemento de apoio é a guia, que tem a função de manter a trajetória de
uma determinada peça. Vamos pensar onde podemos encontrar um guia.
Sabe aquela janela de correr feita de alumínio? Então, para manter a janela
correndo adequadamente, sem sair do alinhamento, são utilizadas as guias.
As guias podem ter diversos formatos de acordo com a sua utilização. As
guias de deslizamento podem ser dos seguintes tipos: “cilíndrica”, “faces
paralelas”, “rabo de andorinha” ou “prismática em V”, como mostrado na
Figura 4.1. Vamos analisar seu conteúdo para entender melhor.
O vídeo mostra o passo a passo da montagem
de uma bucha em um rolamento
autocompensador de rolos, em que o locutor
explica o que deve ser feito durante o
procedimento, como anotar e calcular a folga,
executar a lubri�cação correta das peças e
seguir as etapas de montagem.
A S S I S T I R
09/09/2021 E-book
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 5/57
O próximo elemento de apoio é conhecido como mancal, que é semelhante à
bucha, mas tem a função de apoiar eixos. Os mancais podem ser de
deslizamento ou de rolamento. Os mancais de deslizamento constituem uma
bucha �xada em um suporte �xo. Ele é utilizado em máquinas pesadas ou
em equipamentos com baixa rotação. Para permitir o bom uso do mancal de
deslizamento, a lubri�cação entre as partes girantes é um fator muito
importante. Os mancais de rolamento são utilizados quando há altas
velocidades e demanda-se baixo atrito, mas é importante ressaltar que eles
têm vantagens e desvantagens, como indicado no Quadro 4.1.
Figura 4.1 - Tipos de guias 
Fonte: Adaptada de Telecurso (2000, p. 112).
#PraCegoVer: a �gura apresenta quatro tipos de guias. Na parte superior
esquerda, está a guia de “formas cilíndricas” que tem o formato de um círculo. Na
parte superior direita, consta a guia tipo “par de faces paralelas”, que se trata de
uma guia com duas faces paralelas. Na parte inferior esquerda, consta uma guia
em forma de “rabo de andorinha”, que tem esse nome pois o formato assemelha-
se ao rabo de uma andorinha (formato de trapézio). Na parte inferior direita,
consta a guia em forma “prismática em V”, que tem um formato triangular,
assemelhando-se à letra V.
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Quadro 4.1 - Vantagens e desvantagens dos mancais de rolamento 
Fonte: Adaptado de Franceschi e Antonello (2014, p. 44-45).
#PraCegoVer: o quadro tem duas colunas e seis linhas. A coluna da
esquerda apresenta as “vantagens” do rolamento, que são: “Menor atrito
e aquecimento”; “Baixa exigência de lubri�cação”; “Intercambiabilidade
internacional” e “Não há desgaste do eixo”. Na coluna da direita, estão
listadas as “desvantagens”, que são: “Maior sensibilidade aos choques”;
“Maiores custos de fabricação”; “Tolerância pequena para carcaça e
alojamento do eixo”; “Não suporta cargas tão elevadas durante a vida
útil, como os mancais de deslizamento” e “Ocupa maior espaço radial”.
Vimos, até aqui, as características básicas dos elementos de apoio. Você
consegue pensar em algumas aplicações para esses elementos? Onde eles
são utilizados? Onde devemos utilizar as guias? E as buchas? Quando
devemos usar o mancal de deslizamento? E o rolamento? É o que vamos ver
na sequência.
09/09/2021 E-book
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Aplicações
Vamos pensar em algumas aplicações dos elementos de apoio? Se você for
curioso e olhar as rodas dos carros, encontrará um rolamento. Nas bombas
centrífugas, nos motorredutores e em muitos outros equipamentos você vai
encontrar um ou mais rolamentos.
Aplicações de rolamentos
Rolamento de roda de carro
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Até no liquidi�cador, lá na sua cozinha, você vai encontrar um mancal de
rolamento. Já se você abrir a janela do seu quarto, encontrará uma guia.
Como você pode ver, as aplicações dos elementos de apoio são diversas.
Basta olhar em volta que você encontrará muitas outras aplicações. No
Rolamento de roda de skate
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próximo tópico, vamos conhecer mais detalhes sobre os mancais de
rolamento, os principais tipos e o dimensionamento e a seleção dos
rolamentos. Vamos lá?
Agora vamos pensar na roda do carro. Ela é �xadano eixo e, enquanto o
veículo anda, o eixo permanece �xo, mas a roda gira. Nesse caso, o mancal
deve apoiar o eixo na roda, mas também deve favorecer o movimento de
rotação. O mancal mais apropriado, nesse caso, é o mancal de rolamento,
pois ele tem a função de sustentar a carga e também de permitir o
movimento relativo entre eles. Neste tópico, vamos conhecer os principais
tipos de rolamentos, o dimensionamento e a seleção deles. Vamos lá?
Principais tipos de Mancais de
Rolamento
Mancais de
Rolamento
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Os mancais de rolamento são também chamados, simplesmente, de
rolamentos. Eles são elementos formados, basicamente, por um anel externo,
um anel interno, uma pista de elementos rolantes e um elemento de
sustentação desses elementos. Observe a Figura 4.2, que apresenta um
rolamento de esferas com suas principais partes.
Os rolamentos são classi�cados de acordo com o tipo de carga que
suportam (radial, axial ou combinada) e de acordo com o tipo dos elementos
rolantes (esferas, rolos, agulhas). A depender da aplicação, os rolamentos
podem ser de vários tipos, como rolamento de uma carreira de esfera,
autocompensador de esferas, de contato angular com uma carreira de
esferas, de rolo cilíndrico, autocompensador de duas carreiras de rolos, de
rolos cônicos, de agulhas, dentre outros.
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O Quadro 4.2 apresenta alguns tipos de rolamentos e a capacidade de carga
radial e axial, além da capacidade de desalinhamento. Observa-se que o
rolamento de rolo cilíndrico, por exemplo, tem boa capacidade de suportar
cargas radiais e baixa capacidade de suportar cargas axiais. Vamos analisar
o quadro a seguir.
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Quadro 4.2 - Comparação de tipos de rolamento 
Fonte: Adaptado de Mott (2015, p. 584).
#PraCegoVer: o quadro tem quatro colunas e oito linhas. A primeira
coluna indica o “Tipo de rolamento”, a segunda, a “capacidade de carga
radial”, a terceira, a “capacidade de carga axial” e, a quarta coluna, a
Tipo de rolamento
Capacidade
de carga
radial
Capacidade
de carga
axial
Capacidade de
desalinhamento
Rolamento de
esferas com �leira
única e sulco
profundo
Boa Razoável Razoável
Rolamento de
esferas com �leira
dupla e sulco
profundo
Excelente Boa Razoável
Rolamento de
contato angular
Boa Excelente Baixa
Rolamento de rolete
cilíndrico
Excelente Baixa Razoável
Rolamento agulha Excelente Baixa Baixa
Rolamento de rolete
esférico
Excelente Razoável/boa Excelente
Rolamento de rolete
cônico
Excelente Excelente Baixa
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“capacidade de desalinhamento”. Na segunda linha, está indicado o
“Rolamento de esferas com �leira única e sulco profundo” que tem “boa”
capacidade de carga radial, “razoável” capacidade de carga axial e
“razoável” capacidade de desalinhamento. Na terceira linha, está
indicado o “Rolamento de esferas com �leira dupla e sulco profundo” que
tem “Excelente” capacidade de carga radial, “boa” capacidade de carga
axial e “razoável” capacidade de desalinhamento. Na quarta linha, está
indicado o “Rolamento de contato angular”, que tem “boa” capacidade de
carga radial, “excelente” capacidade de carga axial e “baixa” capacidade
de desalinhamento. Na quinta linha, está indicado o “Rolamento de rolete
cilíndrico”, que tem “excelente” capacidade de carga radial, “baixa”
capacidade de carga axial e “razoável” capacidade de desalinhamento.
Na sexta linha, está indicado o “Rolamento agulha”, que tem “excelente”
capacidade de carga radial, “baixa” capacidade de carga axial e “baixa”
capacidade de desalinhamento. Na sétima linha, está indicado o
“Rolamento de rolete esférico”, que tem “excelente” capacidade de carga
radial, “razoável/boa” capacidade de carga axial e “excelente”
capacidade de desalinhamento e, na oitava linha, está indicado o
“Rolamento de rolete cônico”, que tem “excelente” capacidade de carga
radial, “excelente” capacidade de carga axial e “baixa” capacidade de
desalinhamento.
A Figura 4.3 mostra alguns tipos de rolamentos. Os rolamentos de esfera
com �leira dupla e sulco profundo têm uma excelente capacidade de carga
radial, melhor que a de �leira única, pois o acréscimo de uma �leira de esferas
aumenta a capacidade de carga radial (Figura 4.3a). O rolamento de contato
angular suporta cargas axiais apenas de um lado (Figura 4.3b). O rolamento
de rolo cilíndrico tem excelente capacidade de carga radial, mas baixa
capacidade de suportar carga axial (Figura 4.3c). E o rolamento de agulha
(Figura 4.3d), na verdade, é um rolamento de rolos cilíndricos com cilindros
de pequenos diâmetros muito utilizado em aplicações em que o espaço radial
é reduzido. Vamos analisar o conteúdo da �gura.
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Quanto ao material de fabricação, os rolamentos podem ser de aço, liga
especialmente desenvolvida para rolamentos (SAE 52100 contendo alto teor
de carbono, impurezas minimizadas e temperado, para resistir a tensões
muito altas), para serviços mais leves, os rolamentos podem ser de aço inox.
SAIBA MAIS
O vídeo mostra as diferenças entre os
rolamentos rígidos de esfera e o rolamento de
contato angular, em que o primeiro suporta
cargas radiais e axiais em ambas as direções e,
o segundo, suporta cargas radiais e axiais em
apenas uma direção. O vídeo mostra essas
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Quanto aos elementos rolantes, eles podem ser fabricados de materiais
cerâmicos (nitreto de silício, óxido de zircônio, óxido de alumínio etc.). Ligas
de titânio e níquel também podem ser utilizadas quando é desejada uma
grande resistência à corrosão (MOTT, 2015).
Os defeitos mais comuns em rolamentos ocorrem por desgaste, fadiga ou
falhas mecânicas. O desgaste pode ser causado por várias razões, dentre
elas, de�ciência na lubri�cação, presença de partículas abrasivas na carreira
de elementos rolantes, corrosão e, ainda, desgaste por patinação (girar em
falso) ou  desgaste por brinelamento.
A falha por fadiga pode ocorrer por mal dimensionamento, em que o
rolamento excede a vida útil calculada. As falhas mecânicas podem ocorrer
por falhas na montagem ou mal uso do rolamento (TELECURSO, 2000). No
próximo subtópico, vamos abordar o dimensionamento dos rolamentos.
diferenças utilizando-se de realidade
aumentada.
Para assistir ao vídeo, acesse o link a seguir.
A S S I S T I R
A fadiga é uma falha que ocorre em materiais sujeitos a
movimento cíclico. Ela é um fenômeno complexo e muitos
fatores in�uenciam sua ocorrência, dentre eles, a temperatura
de operação, a exposição à corrosão e a variação das tensões
de forma aleatória.
 
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Dimensionamento e Seleção de
Rolamentos
Para a correta seleção do rolamento, deve-se conhecer:
as medidas do eixo;
o diâmetro interno do rolamento (d);
o diâmetro externo do rolamento (D);
a largura do rolamento (L);
o tipo de solicitação;
o tipo de carga;
a rotação (n);
o tipo de lubri�cação.
Os fabricantes de rolamentos os identi�cam por meio de um código de
números, em que o primeiro dígito representa o tipo do rolamento, o segundo,
a largura, o terceiro, o diâmetro e, os últimos dígitos, o diâmetro do furo
multiplicado por cinco, conforme mostrado na Figura 4.4. Esses números
podem, ainda,ser seguidos por pre�xos e su�xos, indicando outras
características do produto. Vamos entender melhor esse conceito analisando
a �gura a seguir.
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O tipo de solicitação a que um rolamento está submetido é fundamental para
seu dimensionamento e sua seleção. Há duas situações diferentes: carga
estática, que ocorre quando o rolamento está parado ou quando a rotação é
inferior a 10 rpm, e a carga dinâmica, que ocorre quando a rotação do
rolamento é superior a 10 rpm.
SAIBA MAIS
O vídeo mostra como interpretar a designação
da nomenclatura do rolamento. O primeiro dígito
é o tipo do rolamento e pode ser identi�cado
visualmente e pela experiência do usuário. O
09/09/2021 E-book
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Quando o rolamento estiver sob o efeito de carga estática, o
dimensionamento deve ser realizado por meio da capacidade de carga
estática (C ), em que:
                                                                  (Equação 1)
Em que:
C = Capacidade de carga estática [kN]
fs = Fator de esforços estáticos [adimensional]
P = Carga estática equivalente [kN]
O fator de esforços estáticos é de�nido como (GENERAL FAG..., 1999, p. 30):
“1,5 < fs ⩽ 2,5 ⇒ para exigências elevadas
1,0 < fs ⩽ 1,5 ⇒ para exigências normais
0,7 ⩽ fs ⩽ 1,0 ⇒ para exigências reduzidas”
segundo e o terceiro dígito são identi�cados por
meio de um instrumento de medida e um
catálogo. Os dois últimos dígitos representam o
diâmetro interno multiplicado por cinco. Para
encontrar os códigos dos su�xos, é importante
ter o catálogo do fabricante em mãos, pois são
muitos códigos.
Para assistir ao vídeo, acesse o link a seguir.
A S S I S T I R
o
= fs.Co Po
o
o
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A carga estática equivalente é determinada em função das cargas radiais e
axiais que atuam de forma simultânea no rolamento. Quando apenas uma
das cargas está atuando, então, a carga equivalente é igual a esta carga
atuante, seja ela radial ou axial, mas quando ambas as cargas atuam no
rolamento, a carga estática equivalente é dada por:
                                        (Equação 2)
Em que:
P = Carga estática equivalente [kN]
X = Fator radial [adimensional]
Y = Fator axial [adimensional]
F = Carga radial [kN]
F = Carga axial [kN]
Quando o rolamento atuar com rotação maior que 10 rpm, então, ele deve ser
dimensionado por meio da capacidade de carga dinâmica, sendo:
                                                        (Equação 3)
Em que:
C = Capacidade de carga dinâmica [kN]
f = Fator de esforços dinâmicos [adimensional]
f = Fator de rotação [adimensional]
P = Carga dinâmica equivalente [kN]
A carga dinâmica equivalente é determinada em função das cargas radiais e
axiais que atuam de forma simultânea no rolamento. Quando apenas uma
das cargas está atuando, então, a carga equivalente é igual a esta carga
= . + .Po Xo Fr Yo Fa
o
o
o
r
a
C  =   .P
fe
fn
e
n
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atuante, seja ela radial ou axial. Quando ambas as cargas atuam no
rolamento, a carga dinâmica equivalente é dada por:
                                                          (Equação 4)
Em que:
P = Carga dinâmica equivalente [kN]
x = Fator radial [adimensional]
y = Fator axial [adimensional]
F = Carga radial [kN]
F = Carga axial [kN]
Os valores de x e y variam de acordo com o tipo de rolamento, com a
con�guração dele e com a relação entre a carga axial e a carga radial
atuantes no rolamento. Vamos veri�car a Tabela 4.1, a seguir, que apresenta
alguns valores de cálculo para a carga dinâmica equivalente.
P = x. . + y. .Fr Fa
r
a
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Tabela 4.1 - Relação de carga para carga dinâmica equivalente 
Fonte: Adaptada de Melconian (2019).
#PraCegoVer: a tabela é composta por duas colunas e oito linhas. As
primeiras seis linhas referem-se aos rolamentos de rolos cilíndricos. Na
coluna da esquerda, estão as “relações de carga” e, na coluna da direita,
a “carga dinâmica equivalente”. Na terceira linha, está indicada a relação
de carga “Fa/Fr = 0,4”, que corresponde à carga dinâmica equivalente de
“P = 0,93.Fr + 0,69.Fa”. Na quarta linha, está indicada a relação de carga
“Fa/Fr = 0,5”, que corresponde à carga dinâmica equivalente de “P =
0,93.Fr + 0,45.Fa”. Na quinta linha, está indicada a relação de carga
“Fa/Fr = 0,6” que corresponde à carga dinâmica equivalente de “P =
0,96.Fr + 0,33.Fa”. E, na sexta linha, está indicada a relação de carga
“Fa/Fr = 0,7”, que corresponde à carga dinâmica equivalente de “P =
0,96.Fr + 0,22.Fa”. Na sétima linha, está indicado “Rolamentos de esfera”
e, na oitava linha, estão os valores da “relação de carga” de “Fa/Fr = 0,8”,
que corresponde à “carga dinâmica equivalente” de “P = 0,4.Fr + 0,8.Fa”.
Rolamentos de rolos cilíndricos
Relação de carga Carga dinâmica equivalente
F /F = 0,4 P = 0,93.F + 0,69.F
F /F = 0,5 P = 0,93.F + 0,45.F
F /F = 0,6 P = 0,96.F + 0,33.F
F /F = 0,7 P = 0,96.F + 0,22.F
Rolamentos de esfera
F /F = 0,8 P = 0,4.F + 0,8.F
a r r a
a r r a
a r r a
a r r a
a r r a
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O fator de esforços dinâmicos (fe) está associado à aplicação do
equipamento e às condições usuais de carga. A literatura relata diversos
valores, esses já tabelados. Podemos considerar, de uma maneira
simpli�cada, os seguintes valores (MELCONIAN, 2019):
Máquinas leves ⇒ 1 ⩽ f < 2
Máquinas médias ⇒ 2 ⩽ f < 3,5
Máquinas pesadas ⇒ 3,5 ⩽ f < 6
O fator de rotação (f ) está associado ao tipo de rolamento (esferas ou rolos
cilíndricos) e à velocidade que o rolamento gira. A Tabela 4.2 apresenta
alguns valores, vamos veri�cá-los:
e
e
e
n
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Tabela 4.2 - Fator de rotação (fn) 
Fonte: Adaptada de Melconian (2019).
#PraCegoVer: a tabela apresenta os valores do fator de rotação (fn) em
relação à rotação (rpm), para os rolamentos de esfera e os rolamentos
de rolos. Para os rolamentos de esfera, estão indicados os seguintes
valores: para a rotação de “50”, o fator é “0,874”, para a rotação de “100”,
o fator é “0,693”, para a rotação de “200”, o fator é “0,55”, para a rotação
de “400”, o fator é “0,437”, para a rotação de “500”, o fator é “0,405”, para
a rotação de “1200”, o fator é “0,303” e, para a rotação de “1600”, o fator
é “0,275”. Para os rolamentos de rolos, estão indicados os seguintes
valores: para a rotação de “50”, o fator é “0,885”, para a rotação de “100”,
o fator é “0,719”, para a rotação de “200”, o fator é “0,584”, para a rotação
de “400”, o fator é “0,475”, para a rotação de “500”, o fator é “0,444”, para
a rotação de “1200”, o fator é “0,341” e, para a rotação de “1600”, o fator
é “0,313”.
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Quando o rolamento está exposto a altas temperaturas, há de se considerar
um fator de temperatura no cálculo da carga dinâmica equivalente, sendo:
                                                      (Equação 5)
Em que:
C = Capacidade de carga dinâmica [kN]
f = Fator de esforços dinâmicos [adimensional]
f = Fator de rotação [adimensional]
f = Fator de temperatura [adimensional]
P = Carga dinâmica equivalente[kN]
O fator de temperatura (f ) depende da temperatura de trabalho do rolamento
e só é alterado para temperaturas acima de 200°C. A Tabela 4.3 apresenta
esses valores.
C  =   .P
fe
fnft
e
n
t
t
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Tabela 4.3 - Fator de temperatura 
Fonte: Adaptada de Melconian (2019).
#PraCegoVer: a tabela apresenta o fator de temperatura (ft) para as
temperaturas máximas de serviço, em que, para a temperatura de
“150°C” o fator de temperatura é “1,0”, para a temperatura de “200°C”, o
fator de temperatura é “0,73”, para a temperatura de “250°C”, o fator de
temperatura é “0,42” e, para a temperatura de “300°C”, o fator de
temperatura é “0,22”.
Outro ponto importante no dimensionamento do rolamento é a determinação
da vida útil do rolamento. “A vida útil do rolamento compreende o período em
que ele desempenha corretamente a sua função. A vida útil termina quando
ocorre o desgaste causado pela fadiga do material” (MELCONIAN, 2019, p.
206). Para o cálculo da vida útil, temos:
                                     (Equação 6)
Em que:
L = Duração até a fadiga [h]
a = Fator de probabilidade de falha [adimensional] (Tabela 4. 4)
= ⋅ ⋅ ⋅Lna a1 a2 a3 Lh
na
1
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a = Fator de material [adimensional] (1,0 para aço; 1,2 para aço tratado
termicamente)
a = Fator de condição de serviço [adimensional] (1,0 para serviço normal; 0,6
para serviço severo)
Lh = Vida nominal do rolamento [h] (vai de 10.000 a 100.000 h)
Tabela 4.4 - Fator de probabilidade de falha 
Fonte: Adaptada de Melconian (2019).
#PraCegoVer: a tabela apresenta o fator de probabilidade de falhas (a1)
correspondentes à porcentagem de probabilidade de falhas, em que,
para probabilidade de falhas de “1%”, o fator é “1,0”, para probabilidade
de falhas de “2%”, o fator é “0,62”, para probabilidade de falhas de “3%”, o
fator é “0,53”, para probabilidade de falhas de “4%”, o fator é “0,44”, para
probabilidade de falhas de “5%”, o fator é “0,33” e, para probabilidade de
falhas de “10%”, o fator é “0,21”.
2
3
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Agora que já vimos as etapas do dimensionamento, vamos resolver um
exemplo:
Exemplo 1 – Um eixo de transmissão (máquina média – f = 3,0 e
temperatura < 150°C gira a 1600 rpm e deve trabalhar com um rolamento de
rolos cilíndricos, que está sujeito a 25 kN de carga radial e 15 kN de carga
axial. Calcule a capacidade de carga dinâmica equivalente do rolamento (C).
Calcule, também, a vida útil desse rolamento (L ) sabendo que: a
probabilidade de falha é de 10%, o rolamento é fabricado em aço, a vida
nominal é de 50.000 h e a condição de serviço é severa.
Solução:
Dados:
F = 25 kN
F = 15 kN
f = 3,0
n = 1600 rpm
Lh = 50.000 h
Cálculo da capacidade de dinâmica equivalente:
Como o rolamento está sujeito à carga radial e axial, devemos de�nir a
proporção da carga, sendo:
Fa/Fr ⇒ 15/25 = 0,6 ⇒ Pela Tabela 4.1, temos: P = 0,96.Fr + 0,33.Fa
Então: P = 0.96 (25 kN) + 0,33 (15 kN) ⇒ P = 29,95 kN
Para o fator de rotação (fn), consultamos a Tabela 4.2 rolamentos de rolos
com a rotação (n = 1600 rpm) e encontramos fn = 0,313. O valor de fe foi
dado no problema (fe = 3,0). Como a temperatura é menor que 150°C, então,
e
na
r
a
e
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o rolamento não está sujeito a altas temperaturas. Agora, utilizando a
Equação 3, temos:
 ⇒ ⇒ C = 287,06 kN (Resposta)
Para o cálculo da vida útil, utilizamos a Equação 6, em que:
O fator a1 refere-se à probabilidade de falha e encontramos seu valor na
Tabela 4.4. Para uma probabilidade de falha de 10%, a1 = 0,21. O fator a2
refere-se ao material (para aço comum, a2 = 1,0). O fator a3 refere-se à
condição de serviço (para serviço severo, a3 = 0,6), então, temos:
 ⇒ L = 6.300 h (Resposta)
Agora que tal você tentar resolver uma questão também? Vamos lá!
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
Um rolamento de esfera, trabalhando em um equipamento de médio porte
(f = 3,0), funciona com rotação de 500 rpm e está sujeito a uma carga radial
de 30 kN e temperatura de trabalho < 150°. Nessas condições, o valor da
capacidade de carga dinâmica é igual a:
a) 102,97 kN.
C  =   .P
fe
fn
C  =   .29, 95 kN30,313
= . . .Lna a1 a2 a3 Lh
= (0, 21) . (1, 0) . (0, 6) . (50.000 h)Lna na
e
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b) 163,63 kN.
c) 189,47 kN.
d) 202,7 kN.
e) 222,22 kN.
Caro(a) estudante, vimos a importância do correto dimensionamento do
rolamento para uma determinada aplicação. Mas existem outros fatores que
são fundamentais para que o rolamento funcione bem. Você sabe quais são
esses fatores? São os processos de manuseio, montagem, instalação e
lubri�cação. É isso que vamos discutir neste tópico. Vamos lá?
Lubrificação
Sabemos que praticamente todo equipamento mecânico que tem movimento
precisa ser lubri�cado para se evitar o contato metal-metal e para reduzir o
Montagem de
Rolamentos
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desgaste. A lubri�cação, nos rolamentos, tem as seguintes funções (MOTT,
2015, p. 605):
Os rolamentos podem ser lubri�cados com graxa ou óleo. Os óleos,
geralmente, são do tipo minerais, puros e estáveis. As graxas são misturas
de óleos lubri�cantes e agentes espessantes, como lítio ou bário. A escolha
do tipo correto de lubri�cante leva em consideração muitos fatores e por isso
é importante consultar o fabricante do rolamento para a melhor decisão.
Alguns rolamentos feitos totalmente de cerâmica podem trabalhar sem
lubri�cação, o que é muito interessante para aplicação na indústria
alimentícia, em dispositivos aeroespaciais ou instalações a alto vácuo (MOTT,
2015).
 1 2 3 4
Fornecer uma película de baixa fricção entre os elementos rolantes e as pistas
do rolamento e em importantes pontos de contato;
SAIBA MAIS
O vídeo fala da importância da lubri�cação dos
rolamentos. O vídeo mostra os cinco principais
problemas na lubri�cação e indica alguns
cuidados, que são: 1) volume correto de
lubri�cante; 2) Cumprir o plano de lubri�cação
de acordo com o especi�cado; 3) Seguir a
periodicidade de lubri�cação; 4) Selecionar o
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Para rolamentos que trabalham a altas velocidades e com serviço pesado, é
fundamental que uma película de óleo seja mantida na superfície dos
elementos rolantes. Embora essa película seja de apenas alguns
micrômetros, a insu�ciência de lubri�cação é uma das principais causas de
falha prematura em rolamentos de contato angular (MOTT, 2015).
Os dados para avaliar a espessura da película em rolamentos de esfera
dependem de alguns fatores, como:
fatores geométricos (diâmetro da esfera, número de esferas etc.);
fatores de materiais do rolamento (módulo de elasticidade das esferas
e da pista);
fatores do lubri�cante (viscosidade);
fatores operacionais (velocidade angular, carga radial, carga axial
etc.).
Para que os rolamentos tenham uma vida útil longa, é importante que a
lubri�cação seja realizada de forma correta e que a película de óleo seja
constantemente veri�cada. “Na lubri�cação a banho de óleo a troca do óleo
se faz a cada ano se a temperatura atinge no máximo 50ºC e sem
contaminação, acima de 100°C, quatro vezes ao ano, acima de 120°C, uma
vez por mês e, acima de 130°C, uma vezpor semana ou a critério do
fabricante” (TELECURSO, 2000, p. 135). No próximo subtópico, vamos
conhecer as melhores práticas de montagem e desmontagem de rolamentos.
lubri�cante correto para cada aplicação e 5)
Manuseio e armazenamento correto do
lubri�cante.
A S S I S T I R
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Melhores Práticas de Montagem e
Desmontagem de Rolamentos
Um fator de “sucesso” na utilização de um rolamento é a forma como ele é
montado no equipamento. Antes da montagem, é importante consultar o
catálogo do fabricante, pois nele há recomendações e a forma correta de
realizar a montagem. Alguns cuidados que devem ser tomados na montagem
são:
veri�car as dimensões do eixo e do cubo;
veri�car as tolerâncias exigidas;
usar o lubri�cante recomendado pelo fabricante;
cuidar para que os elementos rolantes não sofram golpes durante a
montagem (NIEMANN, 1971).
Em uma instalação típica, o furo do rolamento faz um ajuste de interferência
no eixo, enquanto o diâmetro externo da pista faz um ajuste deslizante no
furo da carcaça. Na montagem do rolamento em um eixo, ele precisa ser
�xado ao eixo, para facilitar a montagem e a desmontagem.
SAIBA MAIS
O vídeo mostra o passo a passo para a correta
montagem e desmontagem do rolamento. O
operador deve primeiramente desmontar a peça
e levar para onde fará o reparo. Os rolamentos
com defeitos podem ser retirados com extrator.
Deve-se comparar a especi�cação do rolamento
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A �xação pode ser realizada por bucha de �xação, bucha de desmontagem,
rebordamento ou contraporca e arruela (NIEMANN, 1971). A Figura 4.5
apresenta dois rolamentos montados em um eixo em que o rolamento da
esquerda está apoiado no próprio eixo, que tem um rebaixo, e o rolamento da
direita está �xo por um sistema de contraporca. Vamos analisar a �gura a
seguir, para entender melhor.
para conferir se está montando o rolamento
correto. Deve-se veri�car as dimensões do eixo e
realizar a montagem com o dispositivo
compatível com a aplicação.
Para assistir ao vídeo, acesse o link a seguir.
A S S I S T I R
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Vimos, neste tópico, que os rolamentos precisam de cuidados especiais não
só nos cálculos de dimensionamento, como também na sua montagem e
lubri�cação. Todos esses cuidados vão resultar em maior vida útil dos
rolamentos e em menos dor de cabeça para os usuários. No próximo tópico,
vamos tratar de forma mais detalhada de outro tipo de mancal, o mancal de
deslizamento.
Prezado(a) estudante, você sabia que os mancais de deslizamento são
compostos por um elemento cilíndrico que está em contato com a máquina a
ser acionada e uma parte �xa chamada de mancal? Como não há elementos
rolantes, a lubri�cação exerce um papel fundamental para evitar o contato
metal-metal. Neste tópico, vamos estudar os tipos de mancais de
deslizamento (que variam de acordo com o tipo de lubri�cação) e seu
dimensionamento. Vamos lá então?
Mancais de
Deslizamento
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Principais tipos de Mancais de
Deslizamento
Podemos começar com uma pergunta. Qual o melhor mancal, o de rolamento
ou o de deslizamento? A resposta não é tão simples. Às vezes, o de
rolamento é melhor, às vezes, o de deslizamento é melhor e, em outras
ocasiões, ambos podem ser utilizados. Então, quando devemos escolher o
mancal de deslizamento? Nas seguintes situações, o deslizamento é mais
adequado (NIEMANN, 1971):
quando o nível de ruído deve ser baixo;
quando há fortes impactos e vibrações;
quando são desejados mancais bipartidos ou diâmetros pequenos;
quando os mancais de deslizamento satisfazem e suas desvantagens
não são decisivas.
Os mancais de deslizamento são formados por uma parte externa, chamada
mancal, e pela parte interna, chamada bucha de deslizamento, e, entre eles,
há uma folga e uma camada de lubri�cante, chamada de película (MOTT,
2015). A Figura 4.6, a seguir, apresenta um esquema da geometria do mancal
de deslizamento. Vamos analisá-la.
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Os mancais de deslizamento podem trabalhar com três tipos de lubri�cação
(MOTT, 2015):
lubri�cação marginal;
lubri�cação de película mista;
lubri�cação de película completa (hidrodinâmica).
A lubri�cação hidrodinâmica é quando as partes móveis e imóveis do
sistema estão separadas por uma película completa de lubri�cante que
sustenta a carga. Essa lubri�cação não depende da introdução de lubri�cante
sob pressão, mas, sim, da existência de um suprimento constante de
lubri�cante, por isso é também chamada de lubri�cação de película
completa. A lubri�cação marginal é quando há contato entre alguma parte
móvel com a imóvel e a lubri�cação de película mista é uma situação
intermediária entre a lubri�cação marginal e a de película completa.
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O material de fabricação do mancal de deslizamento deve atender a algumas
condições. Ele deve ter boa resistência mecânica à fadiga, coe�ciente de
atrito baixo, boa incrustabilidade, para evitar a incrustação de impurezas, boa
condutividade térmica, para manter a temperatura do lubri�cante baixa, boa
usinabilidade e boa resistência à corrosão. Os materiais mais utilizados são
metais com base de chumbo e estanho, ligas de alumínio, nylon (onde a
lubri�cação é problemática) e te�on, que pode ser usado puro ou combinado
com cobre ou �bra de vidro (MELCONIAN, 2019). No próximo subtópico,
vamos estudar o dimensionamento do mancal de deslizamento.
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Dimensionamento de Mancais de
Deslizamento
Existem vários métodos de dimensionamento de mancais de deslizamento a
depender do autor. Aqui vamos focar no método de dimensionamento de
Melconian (2019). Para facilitar o entendimento, iremos apresentar a solução
de um exercício e acompanhar o seu passo a passo.
Exercício 1 – Dimensionar o mancal do virabrequim de um automóvel que
atuará com lubri�cação forçada com rotação n = 2000 rpm, submetido à ação
de uma força F = 20 kN. O diâmetro da árvore é d = 60 mm, conforme
ilustrado na Figura 4.7, a seguir (MELCONIAN, 2019, p. 340):
O mancal possui as seguintes características:
   ➔   Material: bucha de bronze ao chumbo
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   ➔   Temperatura ambiente: t = 50°C
   ➔   Coe�ciente de atrito: 𝜇 = 0,0025
   ➔   Relação largura/diâmetro: b/d = 0,5
   ➔   Folga do mancal: 𝜑 = 0,002
   ➔   Espessura da película lubri�cante: h = 5𝜇m
Pede-se para dimensionar:
   a)   Velocidade periférica da árvore (v)
   b)   Pressão admissível (p)
   c)   Largura do mancal (b)
   d)   Diâmetro externo da bucha (De)
   e)   Espessura da fenda do lubri�cante (hr)
   f)   Potência de atrito (Pat)
   g)   Vazão do lubri�cante (Q)
   h)   Temperatura �nal do lubri�cante (tf)
Solução:
   a)   Velocidade periférica da árvore (v)
A velocidade periférica da árvore é encontrada usando a equação:
                                                           (Equação 7)
Em que:
v = velocidade periférica da árvore [rad/s]
a
v  =   π.r.n30
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n = rotação [rpm]
r = raio da árvore [m]
Substituindo os valores (r = d/2 = 60/2 = 30 mm = 0,03 m) e n = 2000 rpm,
temos:
 ⇒ v = 6,28 m/s
   b)   Pressão admissível (p)
A pressão admissível é dada por:
                                       (Equação 8)
O valor de (pv)máx é encontrado na Tabela 4.5, a seguir:
v  =  
π.0,03.2000
30
p  =  
(pv)m xá
v
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Tabela 4.5 - Características do bronze 
Fonte: Adaptada de Melconian (2019, p. 335).
#PraCegoVer: a tabela tem quatro colunas e oito linhas. Na primeira
linha, está indicado o cabeçalho da tabela, da esquerda para a direita,
está indicado: “v (m/s)”, “p (N/mm²)”, “(pv)máx (N/mm².m/s)” e
“Observação”. Na segunda linha, estão indicados os dados de “8” para a
“v (m/s)”, “-” para “p (N/mm²)”, “30” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e
“lubri�cação forçada” para “Observação”. Na terceira linha, estão
indicados os dados de “3,5” para a “v (m/s)”, “-” para “p (N/mm²)”, “2,0 a
3,0” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e “Lubri�cação com anel de óleo” para
“Observação”. Na quarta linha, estão indicados os dados de “0,9” para a
“v (m/s)”, “-” para “p (N/mm²)”, “2,0 a 3,0” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e
“Lubri�cação a graxa” para “Observação”. Na quinta linha, estão
indicados os dados de “0,5” para a “v (m/s)”, “-” para “p (N/mm²)”, “1,5 a
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2,0” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e “Utilização em rodas” para
“Observação”. Na sexta linha, estão indicados os dados de “0,3” para a “v
(m/s)”, “-” para “p (N/mm²)”, “1,5 a 2,0” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e
“Utilização em tambores e polias” para “Observação”. Na sétima linha,
estão indicados os dados de “0,05” para a “v (m/s)”, “15,0” para “p
(N/mm²)”, “-” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e “Utilização em articulações”
para “Observação” e, na oitava linha, estão indicados os dados de “-” para
a “v (m/s)”, “40,0” para “p (N/mm²)”, “-” para “(pv)máx (N/mm².m/s)” e
“Utilização em máquinas manuais” para “Observação”.
Como o exercício indica que a lubri�cação é forçada, utilizamos (pv)máx = 30
N/mm².m/s e temos, então, para o cálculo de p:
 ⇒ p = 4,8 N/mm²
c) Largura do mancal (b)
Foi dado, no problema, que a relação entre a largura do mancal e o diâmetro é
b/d = 0,5. Se d = 60 mm então b = 60.0,5 ⇒ b = 30 mm
d) Diâmetro externo da bucha (De)
O diâmetro externo da bucha é calculado por:
De = 1,5.d                                                                                               (Equação 9)
De = 1,5.60 mm ⇒ De = 90mm
e) Espessura relativa de fenda do lubri�cante (hr)
A espessura relativa da fenda do lubri�cante é calculada pela razão entre a
espessura da película lubri�cante (h) pela folga do mancal (𝜑) multiplicada
pelo raio, sendo:
                                                                       (Equação 10)
p  =  
30 N/m .m/sm2
6,28 m/s
=hr
h
φ.r
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Substituindo os valores, temos (h = 5 𝜇m = 0,005 mm, r = 30 mm e 𝜑 = 0,002):
 ⇒ hr = 0,08 (adimensional)
f) Potência de atrito (Pat)
A potência de atrito é dada pelo produto da força pela velocidade e pelo
coe�ciente de atrito, em que:
                                                            (Equação 11)
Em que:
Pat = Potência de atrito [W]
𝜇 = coe�ciente de atrito [adimensional]
F = Força [N]
v = velocidade periférica [m/s]
Substituindo os valores (v foi encontrado na letra a) v = 6,28, F e 𝜇 foram
dados no problema, então:
 ⇒ Pat = 314 W
g) Vazão do lubri�cante (Q)
A vazão do lubri�cante é calculada pela equação:
                                              (Equação 12)
Em que:
Q = vazão do lubri�cante [mm³/s]
d = diâmetro da árvore [mm]
b = largura do mancal [mm]
=hr
0,005 mm
(0,002).(30 mm)
= μ.F . vPat
= 0, 0025. (20.000 N) . (6, 28 m/s)Pat
Q  =  
.b.μ.nd2
19,2.θ
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𝜇 = coe�ciente de atrito [adimensional]
𝜃 = coe�ciente de aquecimento [adimensional]
O coe�ciente de aquecimento é encontrado no grá�co mostrado na Figura
4.8. Em que a �gura da esquerda (4.8a) mostra o grá�co para aplicação geral,
e o grá�co da direita (4.8b) mostra o valor do coe�ciente para o exercício em
que, no eixo das abscissas, entramos com o valor da espessura de fenda do
lubri�cante (hr) e vamos até a curva da relação largura diâmetro (b/d)
correspondente e, então, no eixo das ordenadas, encontramos o valor do
coe�ciente de aquecimento, que, para esse caso, é 𝜃 = 6.
Substituindo os valores na Equação 12 temos:
Figura 4.8 - Coe�ciente de aquecimento 
Fonte: Adaptada de Melconian (2019, p. 339).
#PraCegoVer: a �gura apresenta dois grá�cos do coe�ciente de aquecimento. À
esquerda, o grá�co geral, em que, no eixo das abscissas, estão os valores da
espessura de fenda do lubri�cante (hr), que vai de 0,1 a 0,5. No corpo do grá�co,
estão as curvas da relação largura diâmetro (b/d), curvas B=D, B=½.D, B=1/3D e
B= 1/4D e, no eixo das ordenadas, estão os valores do coe�ciente de
aquecimento, que vai de 0 a 30. O grá�co da direita é igual ao da esquerda, com a
diferença que está indicado em vermelho o ponto do exercício onde hr = 0,08,
B=½.D e 𝜃 = 6.
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 ⇒ Q = 4.687,5 mm³/s = 4,687 ml/s (1 l = 1 dm³ = 10
mm³)
h) Temperatura �nal do lubri�cante (t )
A temperatura �nal do lubri�cante será igual à temperatura de saída do óleo
menos a temperatura de entrada do óleo mais a temperatura ambiente, em
que:
                                                                           (Equação
13)
Em que:
t = temperatura �nal do óleo [°C]
t = temperatura de saída do óleo [°C]
t = temperatura de entrada do óleo [°C]
t = temperatura ambiente [°C]
A variação da temperatura (𝛥t) é dada por:
                                                                        
(Equação 14)
Em que:
pm = pressão média [N/mm²]
𝜃 = coe�ciente de aquecimento [adimensional]
𝛽 = coe�ciente térmico do lubri�cante [N/mm².°C]
Quando t vai de 20°C a 110°C e t de 35°C a 55°C, então, 𝛽 = 1,65 N/mm².°C
Q  =  
.30.0,0025.2000602
19,2.6
6
f
= ( − )   +  tf ts te ta
f
s
e
a
Δt  =   ( − )   =  ts te
pm. θ
β
s e
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A pressão média é encontrada por meio da razão entre a força e a área, ou
seja:
                                                      (Equação 15)
Então, calculamos inicialmente a pressão média (b = 30 mm, d = 60 mm e F =
20.000 N):
 ⇒ pm = 11,1 N/mm2
Em seguida, calculamos o 𝛥t:
 ⇒ ⇒ 
Então, a temperatura �nal será a soma da temperatura ambiente com o 𝛥t:
 ⇒ t = 40°C + 50°C ⇒ t = 90°C
Agora que já vimos o dimensionamento do mancal de deslizamento, vamos
fazer uma atividade?
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos 
(Atividade não pontuada) 
O mancal de deslizamento de um motor elétrico em bucha de bronze ao
chumbo com rotação n = 1100 rpm está submetido a uma carga radial F = 6
kN e o diâmetro do rotor é d = 80 mm. Considere a lubri�cação em anel de
pm  =   F
b.d
pm  =   20.000N30 mm.60 mm
Δt  =  
pm. θ
β
Δt  =  
11,1. 6
1,65 Δt ≃  40 C
∘
= Δt  +  tf ta f f
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óleo, coe�ciente de atrito de 0,0025 e relação b/d = 0,75. A pressão
admissível (p) e a pressão média (pm) são, respectivamente:
a) p = 1,25 N/mm²; pm = 0,65 N/mm².b) p = 0,65 N/mm²; pm = 1,25 N/mm².
c) p = 0,43 N/mm²; pm = 1,87 N/mm².
d) p = 0,65 N/mm²; pm = 0,87 N/mm².
e) p = 0,65 N/mm²; pm = 1,87 N/mm².
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Material
Complementar
W E B
Mancais de rolamentos – ENGENHARIA
CARGA RÁPIDA – aula de bolso em 7min
Ano: 2016
Comentário: O vídeo apresenta as principais
características de mancais de deslizamento e do
rolamento e traz um passo a passo do dimensionamento
de um rolamento, para ser utilizado em uma ponte rolante,
e a seleção do rolamento no catálogo do fabricante, o que
ajuda a entender melhor o dimensionamento e a seleção
desses elementos. Para conhecer mais sobre o vídeo,
acesse o link a seguir.
ASS IST IR
https://www.youtube.com/watch?v=oVEMs3WHzeo
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L I V R O
Análise de falhas em equipamentos de
processo – mecanismo de danos e
casos práticos
Editora: Interciência
Autores: André da Silva Pelliccione et al.
ISBN: 9788571933286
Comentário: O livro aborda os diversos tipos de falhas que
podem ocorrer nos processos e suas implicações quanto à
segurança no trabalho, quanto aos impactos ambientais,
quanto à con�abilidade do processo e dos equipamentos e
o impacto nos custos diretos e indiretos relativos à
produção. Além da parte teórica, o livro apresenta
situações práticas. O conhecimento sobre as possíveis
falhas que podem ocorrer em um processo ajuda no
correto dimensionamento dos elementos para que elas
sejam evitadas ou minimizadas.
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Conclusão
Caro(a) estudante! Finalizamos nosso estudo e, como você pôde ver, os elementos
de apoio podem ser guias, buchas e mancais. Em nossa jornada, você também
aprendeu a dimensionar um mancal de rolamento, podendo calcular a capacidade
de carga estática ou dinâmica e também determinar a vida útil dos rolamentos.
Com esses dados calculados, é possível escolher o rolamento que mais se aplica
à sua situação. Vimos, também, algumas considerações e cuidados com a
montagem e lubri�cação dos rolamentos.
Quanto aos mancais de deslizamento, podemos calcular a velocidade periférica e
a pressão admissível, bem como a temperatura �nal do óleo. Outros cálculos
também são necessários para o dimensionamento desse tipo de mancal, como o
cálculo da vazão do lubri�cante.
Este material foi produzido de forma a explorar vários conteúdos e fornecer
possibilidades conceituais para você, estudante. Espero que tenha gostado!
Referências
5 ERROS cometidos na lubri�cação de
rolamento. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo
(6min05s). Publicado pelo canal Portal
09/09/2021 E-book
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 51/57
da Inspeção. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=DljcndmX7eo. Acesso em: 06 jun.
2021.
COMO fazer a correta interpretação das designações dos rolamentos. [S. l.: s. n.],
2021. 1 vídeo (6min51s). Publicado pelo canal CEGTec - Educação Pro�ssional.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6JVeba71lhY. Acesso em: 06
jun. 2021.
DIFERENÇA entre os rolamentos rígidos de esferas & contato angular. [S. l.: s. n.],
2020. 1 vídeo (4min30s). Publicado pelo canal CEGTec - Educação Pro�ssional.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=a0DA73VjGcA. Acesso em: 06
jun. 2021.
FRANCESCHI, A.; ANTONELLO, M. G. Elementos de máquinas. Santa Maria:
EdTech, 2014.
GENERAL FAG Catálogo. Rolamentos FAG. Catálogo WL 41 520/3 PB. 1999.
Disponível em: https://www.generalt.com.br/Catalogo%20General%20Fag.pdf.
Acesso em: 07 jun. 2021.
MANCAIS de rolamentos – ENGENHARIA CARGA RÁPIDA – aula de bolso em
7min. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (12min32s). Publicado pelo canal Engenharia
Carga-Rápida. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oVEMs3WHzeo.
Acesso em: 06 jun. 2021.
MELCONIAN, S. Elementos de máquinas. 11. ed. São Paulo: Saraiva Educação SA,
2019.
MONTAGEM bucha de �xação sob rolamento autocompensador de rolos com
chave de gancho. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (4min11s). Publicado pelo canal
Bglbuchasbgl. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZtBg5JpgNB0.
Acesso em: 06 jun. 2021.
MONTAGEM e desmontagem de rolamentos. [S. l.: s. n.], 2013. 1 vídeo (12min26s).
Publicado pelo canal NTNSNRBRASIL. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DljcndmX7eo
https://www.youtube.com/watch?v=6JVeba71lhY
https://www.youtube.com/watch?v=a0DA73VjGcA
https://www.generalt.com.br/Catalogo%20General%20Fag.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=oVEMs3WHzeo
https://www.youtube.com/watch?v=ZtBg5JpgNB0
09/09/2021 E-book
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https://www.youtube.com/watch?v=GTtg9T5WO-s. Acesso em: 06 jun. 2021.
MOTT, R. L. Elementos de máquinas em projetos mecânicos. 5. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2015.
NIEMANN, G. Elementos de máquinas: vol. 1. São Paulo: Editora Blucher, 1971.
TELECURSO 2000. Pro�ssionalizante de mecânica – elementos de máquinas:
Volume I. Porto Alegre: Editora Globo, 2000.
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09/09/2021 E-book
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