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Pública UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Thamires Pereira Rodrigues Matrícula: 20203301913 ORÇAMENTO E CUSTOS AVALIAÇÃO 1 Rio de Janeiro Setembro 2021 Pública INTRODUÇÃO O orçamento empresarial é a projeção das receitas e gastos que uma organização elabora para um determinado período de tempo, geralmente um ano. Lunkes (2009) afirma que o orçamento empresarial é um plano dos processos operacionais que representam os objetivos economicos e financeiros a serem atingidos pela empresa, expressos através da projeção de receitas e gastos. Com o objetivo de balizar as tomadas de decisões e melhorar a gestão da empresa, o orçamento empresarial é um elemento de destaque no Sistema de Controle Gerencial (MALMI & BROWN, 2008) e, combinando suas múltiplas funções, pode criar mais valor à empresa através do desempenho das pessoas e da diminuição da folga financeira (MERCHANT & VAN DER STEDE, 2012). Catelli (2001) é categorico ao afirmar que os orçamentos devem “expressar quantitativamente os planos de ação, refletindo as diretrizes, os objetivos, as metas, as políticas estabelecidas para a empresa”, devendo os mesmos manterem-se atualizados para garantirem bases realistas para o atingimento da eficácia planejada. Dessa forma, ao definir o orçamento como um instrumento de planejamento das atividades de uma empresa, estimando gastos e receitas, pode-se também prever os lucros no período estudado (SANVICENTE E SANTOS,1983). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A elaboração do orçamento empresarial é feita, geralmente, dois ou três meses antes de se iniciar o período e segue o seguinte script: Primeiro faz-se a projeção anual de vendas, incluindo as quantidades e preços; Depois todos os departamentos elaboram a projeção dos gastos; Com as receitas e gastos em mãos, projeta-se o DRE do ano seguinte; Após a aprovação do DRE pela alta administração, os orçamentos são distribuídos para cada departamento com intuito de balizar os gastos e o departamento comercial especificamente saberá quanto deve vender. Pública Acompanhamento da execução dos orçamentos durante todo o exercício contábil. Welsch (1996) demonstra que o alicerce do orçamento empresarial é o orçamento de vendas e que se ele estiver fora da realidade, todos os outros orçamentos estarão comprometidos. Assim, o orçamento de vendas é o ponto de partida do orçamento empresarial, multiplicando o preço de venda pela quantidade, obtém-se a previsão de faturamento. Lunks (2009) acrescenta que pode-se tratar da quantidade de clientes a serem atendidos, impostos incidentes, condições de venda, à vista ou à prazo, servindo de base para as outras peças orçamentárias. Feitas as previsões, deverá ser elaborado um relatório gerencial bem didático e com riqueza de dados, devendo possuir confiabilidade, abrangência e tempestividade. Este relatório deve fornecer as projeções de vendas expressas em quantidades e em valores, detalhadas de acordo com três critérios: produto, tempo e área geográfica. Após a elaboração e distribuição do orçamento de vendas, os departamentos deverão prever os gastos, que podem ser subdivididos em 3 partes: 1) orçamento de produção, 2) custos com matéria-prima, mão-de-obra direta e custos indiretos e 3) projeção das despesas (comerciais e administrativas). O orçamento de produção é o primeiro passo do planejamento de operações de fabricação e, de forma simplificada, é um relatório gerencial que informa a quantidade de unidades que serão produzidas para atender a demanda projetada no orçamento de vendas, estabelecendo também um estoque inicial e final para cada um dos meses do ano. O grande desafio do orçamento de produção está na conciliação dos diversos interesses dos departamentos, tais quais: a) atendimento ao orçamento de vendas, b) minimização dos custos de produção e c) minimização dos investimentos em estoque. Por se tratar de uma tarefa complexa, faz-se necessária a participação da alta administração e dos outros departamentos para alinhar as expectativas e administrar os interesses dos envolvidos, aumentando o diálogo entre área de produção e venda, e ajustando, por exemplo, o orçamento de vendas, ao dar ênfase aos produtos mais rentáveis para a empresa. Pública (R$) DIAGNÓSTICO DA EMPRESA 1. ORÇAMENTO DE VENDAS Quantidades - Unidades Valor Produto 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total Unitário A 150 100 100 150 500 100,00 B 200 200 200 200 800 150,00 Total 350 300 300 350 1.300 Vendas (R$) Pr Receita Total 45.000,00 40.000,00 40.000,00 45.000,00 170.000,00 Estoque final trimestre = ½ vendas trimestre seguinte Último trimestre = trimestre anterior Estoque inicial = ½ vendas do período 2. ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO UNIDADES Produto A Estoque Final (+)Vendas (-)Estoque Inicial (=)Produção Necessária Produto B Estoque Final (+)Vendas (-)Estoque Inicial (=)Produção Necessária 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total 50 50 75 75 75 150 100 100 150 500 75 50 50 75 75 125 100 125 150 500 UNIDADES 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total 100 100 100 100 100 200 200 200 200 800 100 100 100 100 100 200 200 200 200 800 oduto 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total A 15.000,00 10.000,00 10.000,00 15.000,00 50.000,00 B 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 120.000,00 Pública Matéria- X Y Unitário Unidades Consumidas Matéria- Estoque (+)consumo (-)Estoque (=)Compras Custo Unitário Compras 3. 0. Tri 4.0. Tri Estoque (+)consumo (-)Estoque (=)Compras Estoque final de matéria prima = ½ consumo trimestre seguinte Estoque final último trimestre = trimestre anterior Estoque inicial = ½ necessidade de produção prima 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total X 250 200 250 300 1.000 Y 600 600 600 600 2.400 100 125 150 150 150 250 200 250 300 1.000 125 100 125 150 150 225 225 275 300 1.025 0,50 0,50 0,50 0,50 112,50 112,50 137,50 150,00 R$ 512,50 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total 300 300 300 300 300 600 600 600 600 2.400 300 300 300 300 300 600 600 600 600 2.400 Pública Unitário Compras Consumo MOD - Tempo Homem-Hora 0,30 0,30 0,30 0,30 180,00 180,00 180,00 180,00 720,00 292,50 292,50 317,50 330,00 1.232,50 Depto A B R$ A B Fase 1 12,00 30,00 5,00 1,00 2,50 Fase 2 30,00 30,00 5,00 2,50 2,50 Total 3,50 5,00 Tempo Homem/ h e Custo R$ Dep. Fase 1 A 1.0. Tri 63 2.0. Tri 50 3.0. Tri 63 4.0. Tri 75 Total 250 B 100 100 100 100 400 Total horas 163 150 163 175 650 Custo Unitário 5,00 5,00 5,00 5,00 Custo MOD (R$) 812,50 750,00 812,50 875,00 3.250,00 Dep. Fase 2 1. 0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total A 63 50 63 75 250 B 100 100 100 100 400 Total horas 163 150 163 175 650 Custo Unitário 5,00 5,00 5,00 5,00 Custo MOD (R$) 812,50 750,00 812,50 875,00 3.250,00 Custo Total 1.625,00 1.500,00 1.625,00 1.750,00 6.500,00 Pública Variável A B supervisores Fabricação Custo variável unitário é de R$ 0,50 para A e R$ 1,00 para B 6. Orçamento de Custo Indireto de Fabricação Rateio A R$ 0,50 B R$ 1,00 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total 63 50 63 75 250 200 200 200 200 800 263 250 263 275 1.050 1.0. Tri 2.0. Tri 3.0. Tri 4.0. Tri Total 2.500 2.500 2.500 2.500 10.000 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 1.500 1.500 1.500 1.500 6.000 5.000 5.000 5.000 5.00020.000 5.263 5.250 5.263 5.275 21.050 Receita Total 170.000,00 Consumo Matéria-prima 1.232,50 Custo de mão-de-obra 6.500,00 Custo Indireto 21.050 Resultado Parcial 141.217,50 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a obtenção do resultado parcial do período conclui-se que a empresa teve lucro no período estudado, demonstrando que o planejamento e o gerenciamento financeiro foram realizados com sucesso. Pública REFERÊNCIAS CATELLI, Armando. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica – Gecon. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 249-250. FREZATTI, Fábio. Orçamento Empresarial: planejamento e controle gerencial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LUNKES, João Rogério. Manual de Orçamento. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Malmi, T., & Brown, D. A. Management control systems as a package- opportunities, challenges and research directions. Management Accounting Research 2008, p. 287-300. Merchant, K. A., & Van der Stede, W. A. Management control systems: performance measurement, evaluation, and incentives (3rd ed.). London: Prentice Hall, 2012. PADOVEZE, Clóvis L., TARANTO, Fernando C. Orçamento Empresarial: novos conceitos e técnicas. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. SANVICENTE, Antônio Zoratto; SANTOS, Celso da Costa. Orçamento na Administração de Empresas: planejamento e controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1983. WELSCH, Glenn Albert. Orçamento Empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996
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