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CARACTERÍSTICAS GERAIS • Eucarióticos • Possuem células bem-organizadas • Possuem DNA encapsulado em um núcleo • Possuem organelas especializadas • Podem ser unicelulares ou multicelulares CRESCIMENTO DOS FUNGOS • 2 formas básicas o Leveduras ▪ Células isoladas ▪ 3 a 15 um ▪ Forma esférica a elipsoide ▪ Reprodução: brotamento o Bolares ▪ Reprodução de colônias filamentosas ▪ Diâmetro varia de 2 a 10 um ▪ Hifas • Fungos dimórficos: tem a capacidade de crescer em forma de levedura ou bolar, dependendo das condições ambientais MICOLOGIA E INFECÇÕES FÚNGICAS • As infecções fúngicas são denominadas micoses • Aprox. 100.00 espécies de fungos descritas, porém pouco mais de 400 têm importância médica e menos de 50 espécies causam mais de 90% das infecções fúngicas em seres humanos e nos animais • Os fungos patogênicos são exógenos • Habitats naturais: água, solo e resíduos orgânicos DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS MICOSES SUPERFIC IA IS PIT IRÍASE VERSICOLOR • Fungo do gênero Malassezia, que são leveduras que habitam o folículo piloso sem causar doença o Malassezia globosa, malassezia e outros membros do complexo Malassezia furfur (leveduras lipofílicas) • Quando existem condições favoráveis para o crescimento do fungo, ele consegue invadir a pele e causar lesões • Fatores que favorecem a infecções o Externos: calor a umidade o Hospedeiro: a desnutrição, a sudorese excessiva e o uso de anticoncepcionais, de corticoides e/ou de imunossupressores o Mais frequentes em adolescentes e adultos jovens • Infecções superficial leve a crônica do extrato córneo • Tanto a invasão da pele do extrato córneo quanto as respostas do hospedeiro são mínimas • Máculas isoladas, serpiginosas, hiper ou hipopigmentadas na pele • Geralmente no tórax, nas costas, nos braços ou no abdome • Descamação, inflamação e irritação sejam mínimas • Representa um problema estético DIAGNÓSTICO • Exame microscópico direto de raspados da pele infectada • Presença de hifas curtas não ramificadas e células esféricas • Pode-se utilizar uma lâmpada conhecida como Wood, pois as lesões fluorescem de forma característica TRATAMENTO • Aplicações diárias de sulfeto de selênio T ÍNEA NEGRA • Infecção superficial crônica e assintomática do extrato córneo • Causada pelo fungo dematiáceo Hortaea (Exophiala) werneckii • Infecção acontece principalmente nas palmas das mãos ou plantas dos pés, causando uma mancha escura • As lesões aparecem com pigmentação escura (castanho-negra) DIAGNÓSTICO • Exame microscópico de raspados da pele da periferia da lesão • Presença de hifas septadas ramificadas e de células leveduriformes em brotamento, com paredes melaninizadas TRATAMENTO • Soluções ceratolíficas • Ácido salicílico • Antifúngicos azóis (bloqueiam a síntese do ergosterol, um importante componente da membrana da célula fúngica) P IEDRA • Piedra negra: infecção nodular dos fios de cabelo causada por Piedraia hortae • Piedra branca: decorrente da infecção por espécies de Trichosporon, manifesta-se em forma de nódulos amarelados maiores e de consistência mais mole nos pelos • Os pelos axilares e púbicos, a barba e os cabelos podem ser infectados DIAGNÓSTICO • Exame micológico da haste do fio Micoses TRATAMENTO • Consiste na remoção dos pelos infectados e na aplicação de um agente antifúngico tópico (imidazólicos, ciclopirox olamina, piritionato de zinco) • É endêmica em países tropicais MICOSES CUTÂNEAS DERMATOFITOSES • Causadas por fungos que apenas infectam o tecido ceratinizado (pele, cabelos e unhas) • Mais importantes, 40 espécies que pertencem a 3 gêneros: microsporum, trichophyton, epidermophyton • Estão entre as infecções mais prevalentes no mundo • Embora possam ser persistentes e incômodas, não se mostram debilitantes nem potencialmente fatais MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Eram incorretamente denominadas como micose ou tínea, devido à ocorrência de lesões circulares elevadas e, por convenção, foi mantida essa terminologia • Formas clínicas baseiam-se no local de comprometimento • Única espécie capaz de provocar mais de um tipo de infecção clínica • Já uma única forma clínica, como a tínea do corpo, pode ser causada por mais de uma espécie de dermatófito • Raramente, os pacientes imunocomprometidos podem desenvolver infecção sistêmica por dermatófito TÍNEA DOS PÉS • Pés de atleta • Espaços interdigitais nos pés de pessoas que usam sapatos • Aguda: pruriginosas, vesiculosa e vermelha • Crônica: pruriginosa, descamação e fissuras • Trichophyton rubrum, trichophyton mentagrophytes, epidermophyton flocosum TÍNEA DAS UNHAS • Onicomicose • Unas espessadas ou com fragmentação distal, despigmentadas, sem brilho, geralmente associadas à tínea do pé • Trichophyton rubrum, trichophyton mentagrophytes, epidermophyton flocosum TÍNEA DO CORPO • Em forma de anel • Pele lisa glabra • Placas circulares com bordas vesiculadas e avermelhadas, bem como descamação central; pruriginosas • Trichophyton rubrum, epidermophyton flocosum TÍNEA CRURA • Coceira do jóquel • Virilha • Lesão eritematosa na área intertriginosa; pruriginosa • Trichophyton rubrum, trichophyton mentagrophytes, epidermophyton flocosum TÍNEA DA MÃO • Mãos ou dedos • Lesões secas e descamativas • Podem afeta uma ou ambas as mãos e um, dois ou mais dedos (tínea manus) TÍNEA DA CABEÇA • Couro cabeludo • Endótrix: fungo no interior da haste do pelo • Extótrix: fungo na superfície do cabelo • Placas circulares de alopecia com pontas de cabelo curtas ou pelo fraturados no interior do folículo piloso • Pelos infectados por microsporum fluorescem • trichophyton mentagrophytes, microsporum canis TÍNEA DA BARBA • Pelos da barba • Lesões edematosa e eritematosa • trichophyton mentagrophytes DERMATOFÍTIDE (ALERGIA) • Reação id • Em geral na superfície dos dedos das mãos • Pode ser em qualquer lugar do corpo • Lesões vesiculares pruriginosas e com bolas • Mais comumente associada à tínea dos pés • Ausência de fungos na lesão • Pode tornar-se infectada secundariamente por bactérias DIGANÓSTICO • Exame microscópico o Amostras: raspados da pele e das unhas, juntamente com pelo ou cabelos arrancados das áreas afetadas • Pele ou nas unhas, independentemente da espécie infectante, são observadas hifas ramificadas TRATAMENTO • Remoção completa das estruturas epiteliais infectadas e mortas • Aplicação de antifúngico ou antibiótico tópico • Tínea da cabeça o Oral de griseofulvina ou terbinafina o Xampus e creme de miconazol ou outros antifúngicos tópicos • Tínea do corpo o Fármacos mais eficazes são o itraconazol e a terbinafina MICOESES S ISTÊMICAS ( PROFUNDAS) • Existem quatro principais (dimórficas): o Coccidioidomicose o Histoplasmose o Blastomicose o Paracoccidioidomicose H ISTOPLASMOSE E PARACOCCIDIOIDOMICOSE • Cada uma dessas é causada por um fungo teoricamente dimórfico • As infecções começam, em sua maioria, nos pulmões, após a inalação dos respectivos conídios (extremidades das hifas) • Maioria das infecções é assintomática ou branda, se resolvendo sem tratamento específico • Pequeno número de indivíduos desenvolve infecções pulmonares que podem se disseminar para outros órgãos HISTOPLASMOSE • Histoplasma capsulatum pe um saprófita dimórfico do solo que provoca Histoplasmose, a infecção fúngica pulmonar mais prevalente em seres humanos e animais • Após inalação, após fagocitose, no interior dos macrófagos, as leveduras podem disseminar-se para os tecidos reticuloendoteliais, como o fígado, o baço, a medula óssea e os linfonodos • Imunocompetentes – Histoplasmose pulmonar aguda, síndrome autolimitada, semelhante à influenza, com febre, calafrios, mialgias, cefaleia e tosse improdutiva• Imunossuprimidos – linfadenopatia, aumento de tamanho do baço e do fígado, febre alta, anemia e taxa elevada de mortalidade na ausência de terapia antifúngica • Podem ocorrer úlceras mucocutânea no nariz, boca, língua e intestino DIGANÓSTICO • Amostras pela cultura incluem escarro, urina, raspados de lesões superficiais, aspirado de medula óssea • Exame microscópico • Pequenas células ovoides podem ser observadas no interior dos macrófagos em cortes histológicos TRATAMENTO • Histoplasmose pulmonar aguda: terapia de suporte e repouso • Cetoconazol constitui o tratamento utilizado para infecções leves a moderadas • Disseminada: tratamento sistêmico com anfotericina B é frequentemente curativo, embora alguns pacientes possam necessitar de tratamento prolongado e monitoração à procura de recidivas PARACOCCIDIOIDOMICOSE • Paracoccidioidomicose brasiliensis é inalado e as lesões iniciais aparecem nos pulmões • Depois de um período de dormência, que pode durar décadas, os granulomas pulmonares podem tornar-se ativos, resultando em disseminação ou doença pulmonar progressiva crônica • Em sua maioria, os pacientes têm 30 a 60 anos, e mais de 90% são homens • Alguns pacientes desenvolvem infecções progressivas agudas ou subagudas, com período de incubação mais curto • No caso habitual da paracoccidioidomicose crônica, as leveduras disseminam-se para outros órgãos, em particular para a pele e o tecido mucocutâneo, os linfonodos, baço, fígado, glândulas suprarrenais e outros locais • Muitos pacientes apresentam lesões dolorosas que afetam a mucosa oral • Em geral, a histologia revela granulomas com caseificação central ou microabscessos • Com frequência, as leveduras são detectadas em células gigantes ou visualizadas diretamente no exsudato de lesões mucocutânea DIAGNÓSTICO • Amostras: escarro, em exsudatos, nas amostras de biópsia ou em outro material de lesões • Exame microscópico: leveduras são frequentemente aparentes ao exame microcópico direto TRATAMENTO • Itraconazol, cetoconazol são eficazes • Doença grave pode ser tratada com anfotericina B DROGAS ANTIFÚNGICAS • Nistatina e Anfotericina-B o Ligam-se ao ergosterol da membrana plasmática e destroem- na • Fluconazol, cetoconazol, intraconazol o Inibem a enzima esterol-14-desmetilase, diminuindo a produção de ergosterol e fragilizando a membrana • Equinocandinas (caspafungina, micofungina) o Inibem enzima 1,3 glicano sintase, diminuindo a produção de glucana na parede celular
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