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1 Ketlin T. Sauer ATM 2024.2 ANEMIAS • É uma manifestação de uma doença de base que muitas vezes está oculta: NÃO é uma doença. • É um problema que afeta um bilhão de pessoas em todo o mundo. • Parasitose está muito relacionado com a anemia. • A causa mais comum de anemia em nosso meio é por deficiência de ferro. É facilmente tratado com sulfato ferroso. • O tratamento da anemia depende de sua causa, como a reposição de ferro ou de eritropoetina, entre outros. É preciso procurar a causa base. • Os sintomas são associados a redução do transporte de oxigênio pelo sangue, alteração do volume sanguíneo total e a resposta compensatória cardiopulmonar. Quanto mais abrupta a queda nos níveis de hemoglobina e/ou volume sanguíneo, mais intensos. Queilite, unhas mais quebradiças e aspecto concavo, aftas, palidez... • Em crianças está muito associada a perda cognitiva. • Diagnóstico laboratorial: OMS define como Hb inferior a 12g/dL para mulheres pré-menopausa e inferior a 13g/dL para homens e para .... • Eritropoiese: Em casos de hemorragias acabamos encontrando eritrócitos novos na corrente sanguínea. • Classificação: Fisiopatológica: informa a causa da anemia. Reticulócitos: diminuição da sobrevida dos eritrócitos (hemorragias agudas/hemólise); defeitos na medula (hipoproliferação); defeitos na maturação dos eritrócitos (eritropoiese ineficaz); Valor referência em adultos 0,5-1,5%. Aumento desses pensa-se em perdas sanguíneas mais abruptas como sangramentos e hemólise; quando estão diminuídos é por menor produção. Morfológica: informa o tipo de anemia. Na prática trabalha-se com essa. Índices hematimétricos: Anemia macrocítica: deficiência de B12 (anemia megaloblástica/antiretroviral). Anemia microcítica: anemia ferropriva. Anemia normocítica: VCM: macro, micro, normo. HCM: hiper, hipo, normo. MACROCÍTICA HIPERCRÔMICA MICROCÍTICA HIPOCRÔMICA NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA VCM>100 fi HCM >34 g/dL VCM < 80 fi HCM < 28 g/dL VCM 80-100 fi HCM 28-34 g/dL EX: anemia megaloblástica EX: anemia ferropriva EX: anemias hemolíticas/anemias aplásticas 2 Ketlin T. Sauer ATM 2024.2 • ANEMIA MICROCÍTICA: #Ferro sérico #Ferritina #Capacidade total de ligação do ferro (TIBC): no SUS não tem #Saturação de transferrina IST: ferro sérico/TIBC x 100. <16% é patognomônico de ferropenia. Índice de Mentzer: VCM/eritrócitos < 13 talassemia (fazer diagnóstico e encaminhar ao hemato) e > 14 sugere deficiência de ferro. Grupo que causam anemia da doença inflamatória: doenças autoimunes, infecção crônica, câncer, doença renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, DPOC, obesidade, anemia do idoso. 3 Ketlin T. Sauer ATM 2024.2 Anemia ferropriva: tratamento da causa de base; reposição de ferro; monitorar de perto a resposta (aumento da hemoglobina de 1g/dL depois de 1 mês de tto. Caso não haja melhora, reavaliar a causa de base e considerar uso de ferro EV. • ANEMIA NORMOCÍTICA: HIPOPROLIFERATIVA (dim reitulócitos periféricos). Descartar neoplasias principalmente. #Incluem distúrbios que diminuem a produção de eritrócitos. #Neoplasias hematológicas e anemia aplásica são os diagnósticos mais importantes a serem descartados. #Uma anemia isolada geralmente decorre de aplasia pura de série vermelha, que pode ser autolimitada ou persistente. Doença renal crônica ou hipotireoidismo podem causar também uma anemia isolada. #O hiperparatireoidismo secundário exacerba a anemia da doença renal crônica. **Biópsia de medula HIPERPROLIFERATIVA #Anemias hemolíticas #Anemia hemolítica microangiopática, anemia hemolítica autoimune, medicamentos, infecções, doenças hereditárias, reações transfusionais ou queimaduras. É importante sempre ter um hemograma prévio para comparar. • ANEMIA MACROCÍTICA: MEGALOBLÁSTICA: #Deficiência de B12 ou folato ou medicamentos que interferem na síntese de DNA; #A doença tireoidiana autoimue pode coexistir com anemia perniciosa e gastrite atrófica que reduzem a absorção de B12; NÃO MEGALOBLÁSTICA #Abuso de álcool, síndrome mielodisplásica, doença hepática crônica e síndromes de falência medular congênitas. • Outros tipos de anemia prevalentes: #Anemia na gestação (normalmente ferropriva). #Anemia da doença renal crônica (EPO). #Anemia do idoso (anemias carenciais, mielodisplásicas e de doenças crônicas). • O tratamento é com base no ferro elementar. • Quando referenciar? PARA EMERGÊNCIA PARA HEMATOLOGIA Anemia sintomática (dispneia, taquicardia, hipotensão) e/ou instabilidade hemodinâmica (hemorragias intensas); Doença falciforme com crise álgica ou outros sinais de gravidade; Presença de citopenias concomitantes com critérios de gravidade. Suspeita ou diagnóstico de doença falciforme; Suspeita ou diagnóstico de talassemia; Suspeita ou diagnóstico de outras anemias hemolíticas; Anemia por causa desconhecida após investigação inconclusiva na APS. • Erros cometidos com frequência: Tratamento em subdose e por curto período. Prescrever medicamentos compostos com polivitamínicos, que, além de onderosos, não apresentam benefício comprovado. Reposição de ferro sem caracterizar o tipo de anemia. O tratamento indiscriminado pode trazer sérias conseguências, como a hemocromatose. Naqueles indivíduos em tto com imunossupressores, como o metotrexato para a artrite reumatoide, não associar o ácido fólico na prevenção de anemia magaloblástica. Não diagnosticar a causa da anemia que, se tratada adequadamente, resolve o problema. A anemia pelo hipotireoidismo é um exemplo. Protocolo do TELE SAÚDE para saber fazer encaminhamentos. Página Inicial - TelessaúdeRS-UFRGS https://www.ufrgs.br/telessauders/
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