MODELO DE PETIÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C GUARDA COMPARTILHA, PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE CIDADE/MG
TÍCIA SONINHO DAS COUVES, brasileira, casada, diarista, filha X, CPF nº xxx.xxx.xxx-xx, RG nº MG-xx.xxx.xxx, residente e domiciliada na Rua X nº X, CEP X, Bairro X, Cidade X, Estado X, CEP XXXXX-XXX, TEL: (31) 9 000-000, sem endereço eletrônico, por meio de seus procuradores Dra. com endereço profissional na rua xxx, nºxx, bairro, CEP xxx, e-mail …. em face de MÉVIO DAS COUVES, brasileiro, casado, carregador de empilhadeira, filho de Y, CPF nº ccc.ccc.ccc-cc e RG MG-cc-ccc.ccc, residente e domiciliada na Rua Y, nº, CEP: Y, Cidade/UF, TEL: DDD - Número , sem endereço eletrônico conhecido, vêm a presença de vossa Excelência, com o acato e respeito de costume requerer DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C GUARDA COMPARTILHA, PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS com fulcro no art.226 § 6º CF/88 art.731 CPC e Lei nº6.515/77 nas razões de fato e de direito a seguir:
1) DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
Conforme certidão de nascimento anexa aos autos, o filho dos requerentes TÍCINHO SONINHO DAS COUVES, contando hoje com 6 (seis) anos de idade. Assim, considerado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº8.069/90, como criança.
Art.2º, da Lei 8.069/90 – Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Portanto, por ser considerado criança, tem prioridade na tramitação de processos e procedimentos, conforme direito resguardado no art.1.048 II CPC e art.152 § único do ECA. 
Por essa razão, requer que os presentes autos tramitem com prioridade processual em todos seus atos e procedimentos, por englobar AÇÃO DE ALIMENTOS.
2) - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
Inicialmente, necessário se faz destacar que os requerentes declaram não possuir, no momento, condições financeiras para arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios sem prejuízo do seu próprio sustento.
Desta feita, requer a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5º LXXIV da CF/88, artigo 98/99 do Código Civil e artigo 4º da lei 1.060/50, garantindo-lhes deste modo, o efetivo acesso à Justiça Gratuita.
3) - DOS FATOS 
Os requerentes são casados civilmente sob o regime de comunhão parcial de bens, desde 13/08/2000, conforme cópia da Certidão de Casamento, emitida pela Oficial de Registros Civil anexa aos autos.
Da união, foi concebido um filho, TICINHO SONINHO DAS COUVES, CPF nº vvv.vvv.vvv-vv, menor impúbere, tendo hoje 06 anos, conforme Certidão de Nascimento emitida pelo Oficial de Registro Civil, que atualmente reside com sua genitora.
Por motivo de foro íntimo, o casal já se encontra separado de fato desde 05/09/2015, não tendo mais condições de conciliação e manutenção da união conjugal, motivo pelo qual a autora pleiteia a Vossa Excelência seja oficializada o Divórcio.
Ao longo dos anos que viveram em matrimônio, o casal adquiriu apartamento no valor de R$110.000,00 (cento e dez mil reais), localizado na rua tal, nº B, Bairro, Cidade)UF, um veículo modelo X, ano Tal, no valor de R$3.500,00 (três mil e quinhentos reais) e os móveis que guarnecem o lar.
4) DO DIREITO 
As causas de dissolução da sociedade e do vínculo conjugal estão previstas no Art.1.571 CC.
 Art. 1.571 CC – A sociedade conjugal termina:
 I – pela morte de um dos cônjuges;
 II – pela nulidade ou anulação do casamento;
 III – pela separação judicial;
 IV – pelo divórcio 
 § 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste código quanto ao ausente.
 4.1) DA GUARDA COMPARTILHADA DO FILHO 
Nos termos do art.1.583 § 2º CC, os requerentes pleiteiam a guarda compartilhada, de tal sorte que o filho terá a assistência mútua dos requerentes que, em conjunto, levarão a efeito os necessários cuidados do filho comum como consequência do poder familiar, afirmando a necessidade e concordância em compartilhar com as atribuições decorrentes da Guarda.
Nesse esteio, como consequência do estabelecimento da guarda compartilhada, pretendem os requerentes que o menor TICINHO SONINHO DAS COUVES ficará sob a guarda da mãe, tendo o pai direito de permanecer com o filho em dias e horários que mais convenientes sejam do interesse do menor, preferencialmente, nos finais de semana.
Os cônjuges anuem em flexibilizar os dias e os horários de visitas, desde que sejam previamente estabelecidos e acordados, e que tal ato não imponha prejuízo ao rendimento escolar do filho.
No que diz respeito às férias escolares, feriados prolongados e às festividades de final de ano, os cônjuges acordam previamente com quem o menor permanecerá durante os referidos períodos.
4.2) DA PARTILHA DE BENS
Durante a união, os requerentes adquiriram de forma onerosa 01(um) veículo e 01(um) apartamento, na qual segue forma de partilha
Automóvel (marca) cor, ano e modelo (Alc/Gasol), placa, RENAVAM , ficará para o cônjuge varão. 
Apartamento no valor de R$110.000,00 (cento e dez mil reais), localizado na rua tal, nº B, Bairro, Cidade)UF, com X² metros, X garagem, que ficará com a varoa, por estar com o filho do casal.
4.3) DOS ALIMENTOS
A nossa Carta Magna, em seu art.227, institui que “É dever da família, sociedade e Estado assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Assim, o art.229, da Lei Constitucional, dispõe que “Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
No mesmo sentido, se demonstra o art.1.634, inciso I, C/C quanto à criação e educação dos filhos menores, bem como o art.22 do ECA, se refere ao dever de sustento, guarda e educação dos filhos.
No caso em questão, os requerentes não acordam que o pagamento de alimentos para seu filho, TÍCINHO SONINHO DAS COUVES. Sendo assim, segue a proposta de fixar o valor dos alimentos em uma importância de 30%(trinta por cento) de seus rendimentos líquidos.
Os pagamentos mensais da pensão serão feitos até o dia 10 de cada mês, mediante depósito em conta especial de alimentos que a genitora cuidará de abrir e informar os dados ao genitor.
 4.5) DO NOME DA CÔNJUGE VAROA
Desde que a requerente contraiu núpcias sempre usou o nome de casada, ou seja, TÍCIA SONINHO DAS COUVES, assim sendo, há necessidade de modificação de nome no Cartório de Registro Civil, para que Tícia volte a assinar o nome de solteira, ou seja, Tícia Soninho, visto a dissolução da sociedade conjugal pelo divórcio. 
5) DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, REQUEREM a Vossa Excelência, o recebimento da presente ação, determinando:
a) seja deferida a prioridade na tramitação com fulcro nos arts.1.048, inciso II do CPC e 152 § único da Lei nº 8.096/90-ECA;
b) seja concedido aos requerentes, os benefícios da Assistência Judiciária, nos termos do art.5º inciso LXXIV CF/88, arts.98 e 99 CPC e Lei 1.060/50 em razão da hipossuficiência dos requerentes;
c) a procedência do pedido, para extinguir definitivamente o vínculo conjugal mediante sentença que decrete o divórcio;
d) nos termos do art.178, inciso II CPC, tendo em vista o interesse de menor impúbere, requer a oitiva do douto representante do Ministério Público;
e) seja concedida a guarda compartilhada do menor, nos termos especificados nesta peça homologando os alimentos;
f) seja realizada a partilha dos bens do casal, constituídos após o matrimônio;
g) seja deferido o valor fixo de alimentos do menor, em uma importância de 30% dos rendimentos líquidos, devendo ser pagos até o dia 10 de cada mês, mediante depósito em conta especial que será aberta pela genitora;
h) que seja deferido o pedidode volta da autora a usar seu nome de solteira, a saber: Tia Soninho, sendo realizado mediante procedimento no Cartório de Registro Civil;
i) a expedição de mandado de averbação ao Cartório de Registro Civil, para cumprimento dos devidos procedimentos;
j) informa ainda, de acordo com o inciso V do artigo 77 do CPC, que recebe as intimações nas pessoas de seus advogados, no endereço constante nessa petição;
k) requer que seja deferido o prazo em dobro, conforme artigo 186, §3º do CPC, ao Núcleo de Assistência Jurídica – NAJ.
l) seja citado o requerido, para que conteste, caso queira, no prazo de 15 dias, sob pena de revelia.
m) seja designada a audiência de conciliação;
n) condenação do réu a pagar as custas processuais.
Requerem provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.
Dá-se a causa o valor de R$ 3.610,00 ( três mil seiscentos e dez reais ). 
Pede deferimento.
Cidade, Data.
ADVOGADO
OAB/UF