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1. Constituição Federal ................................................................................................................... 1 
2. Constituição do Estado de São Paulo ........................................................................................ 10 
3. Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado – Lei nº 10.261 de 28 de outubro de 1968. .. 38 
4. Lei nº 10.177 de 30 de dezembro de 1998 ................................................................................. 83 
5. Lei Complementar 1080/08 ....................................................................................................... 97 
6. Lei de Acesso à Informação – Lei Federal nº 12.527 de 18 de novembro de 2011 ..................... 103 
7. Decreto nº 58.052/2012. .......................................................................................................... 114 
Questões.................................................................................................................................... 132 
Respostas .................................................................................................................................. 139 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho 
na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em 
contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O professor 
terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
 
 
. 1 
 
 
TÍTULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
 
A Constituição Federal, ao trazer os conceitos e cominações normativas dos Direitos Sociais, o fez 
com intuito de torná-los extensivos a toda população, de forma que a diretriz política visa garantir que 
todos indivíduos estejam aptos a exercê-los na forma da lei. O grande valor social que se busca com os 
direitos sociais é o da igualdade, discriminando uma gama de direitos extensiva a todos os 
componentes da sociedade, independentemente de qualquer condição específica. 
Mais do que a igualdade como conceito abstrato, os direitos sociais visam a igualdade em concreto, 
ou seja, buscam diminuir a distância entre os desiguais dentro da sociedade, se valendo do princípio da 
isonomia. Têm como um dos objetivos a tutela daqueles indivíduos que se encontram nas localidades 
periféricas do âmbito social, devendo agir na medida do possível para dirimir as discrepâncias e 
desigualdades sociais. 
Contudo, o Estado não tem condições econômicas, de estrutura e de infraestrutura para conceder a 
toda população brasileira os direitos inerentes aos direitos sociais. Trata-se de uma determinação 
genérica do texto constitucional que, ao ser veiculada, exige ações da Administração Pública, seja por 
meio de políticas públicas, seja por incentivos a entidades privadas ou pela criação de órgãos de 
assistência social, dentre outras medidas. Reconheça-se que a total eliminação de diferenças sociais, 
gritantes em nossa sociedade, não se dará num passe de mágica jurídica, mas é objetivo a ser 
perseguido. 
Diante da impossibilidade material da concretização destes direitos, impõe-se a análise dos critérios 
de concessão dos direitos sociais, tendo em vista a necessidade mais pungente, sendo que em razão 
da dimensão das mazelas sociais e da ausência de substrato do Estado para fornecer todos os direitos 
sociais de forma uniforme a toda sociedade é possibilitado ao ente estatal que faça aquilo que está ao 
seu alcance, na medida do que é razoavelmente exigível, para buscar uma solução plausível para 
efetivar os direitos sociais. 
 
Para que os direitos sociais sejam consolidados, dentro das possibilidades e condições de que 
dispõe o estado, devem ser observados três patamares de análise. Primeiro, a possibilidade fática, ou 
seja, uma condição econômica favorável para fornecer a prestação social para toda sociedade; 
segunda, a possibilidade jurídica, que consiste na verificação de disposição de norma orçamentária que 
destine verbas para investimento em determinado setor dos direitos sociais e, por fim, a razoabilidade e 
a proporcionalidade na prestação, sendo preciso aferir se a medida a ser tomada será efetiva e 
necessária à população, de acordo com a condição material a ser enfrentada. 
Ainda dentro das asseverações primárias acerca desses direitos, é importante salientar o conceito do 
mínimo existencial, assim entendido como prestações que garantam as condições mínimas de vida 
digna, das quais o Estado não pode se furtar de fornecer aos membros da sociedade. Tal conceito 
vincula-se à condição mais básica de existência do ser humano social, baseado na dignidade da pessoa 
humana, na liberdade material que esta goza e no princípio do estado social, dentro da condição de 
propagador e implementador dos direitos sociais. 
Por fim, devemos salientar ainda o princípio da vedação ao retrocesso social, que preconiza que aos 
direitos fundamentais e sociais alcançados por meio de disposição legislativa ganham status de norma 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Prof. Dr. Ricardo Pinha Alonso 
 
. 2 
constitucional, sendo assim toda evolução que foi tangida em sede dos direitos afetos aos conceitos 
que englobam os direitos sociais não estão sujeitos à mitigação ou extinção. 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
 
O artigo 6º traz o rol dos direitos sociais a serem garantidos e tutelados pelo Estado brasileiro. Esses 
direitos são considerados como alicerce de uma sociedade organizada, são requisitos primordiais para 
que seja viável uma existência harmônica e sustentável de toda uma sociedade, são os direitos sociais: 
 
Direito à Educação: 
 
O Estado brasileiro se compromete em fornecer a educação básica e obrigatória dos 4 aos 17 anos 
de maneira indistinta, como assevera o art. 208, inciso I, da Constituição Federal, bem como a 
educação infantil em creches e escolas para crianças de até 5 anos de idade, no que consta no art. 208, 
inciso IV, disponibilizando por meio da rede pública o acesso a educação a todos que dela necessitarem 
sem qualquer encargo. 
No que diz respeito ao ensino superior, o Estado brasileiro deve garantir acesso, ficando a cargo de 
cada um, por mérito próprio, superar o sistema probatório para adentrar o sistema superior de ensino, 
como discorre o art. 208, inciso V. 
Ainda cabe ressaltar que se o poder público não fornecer o estudo obrigatório, ou fornecê-lo de 
forma irregular, a autoridade estará sujeita a responder em sua esfera de responsabilidade pelo não 
cumprimento das diretrizes constitucionais, como denota o § 2º do art. 208. 
 
Direito à Saúde: 
 
O direito à saúde talvez seja o direito que mais se aproxime do direito fundamental à vida. Contido no 
caput do art. 5º da Constituição Federal, é condição mínima que garante aos membros da sociedade 
uma vida digna. Trata-se do dever do Estado em fornecer a assistência médica e hospitalar a todos, 
bem como a prevenção para redução do risco de doença, bem como a promoção do acesso universal e 
igualitário aos serviços de saúde, como expressa o art. 196, da Constituição Federal. 
O Estado fornece a saúde por intermédio de políticaspúblicas, com programas de assistência, 
conhecido como Sistema Único de Saúde (SUS), que possui atribuição de exercer as atribuições 
constitucionais para promover as diretrizes constitucionais da melhor forma possível, realizando o que 
determina o art. 200, incisos I a VIII da Constituição Federal. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar 
da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias 
e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
Direito a Alimentação: 
 
Não existe uma regulamentação detalhada a respeito desse direito, embora a Constituição tenha-o 
consagrado. Trata-se de uma proposição de caráter amplo e de conceituação abstrata. O direito à 
alimentação remete a existência digna do ser humano, onde o direito de se alimentar não se restringe 
somente ao suficiente para sobrevivência, mas sim ao necessário para que não faltem as condições 
que garantam a regularidade biológica do indivíduo. A previsão constitucional, ademais, volta-se à 
 
. 3 
garantir alimentação saudável, nutritiva e livre de quaisquer contaminações que possam provocar 
problema à saúde das pessoas. 
 
Direito ao Trabalho: 
 
O direito ao trabalho é uma das garantias mais enfatizadas pelo texto constitucional e está 
acompanhado de uma série de outros direitos e prerrogativas normativas que ampliam o âmbito de seu 
alcance. A Constituição Federal traz expresso nos artigos 7º ao 11 os direitos dos trabalhadores e 
empregados. Um rol amplo visando sempre uma situação favorável para o desenvolvimento do trabalho 
e para diminuição dos níveis de desemprego. Importante registrar que a leitura dos dispositivos entre os 
artigos 7º e 11 da Constituição Federal é imprescindível. 
 
Direito a Moradia: 
 
O direito à moradia se baliza na necessidade de conceder aos membros da sociedade um lugar para 
que se fixe e possa erigir sua vida de maneira plena, possibilitando uma vida digna, oferecendo toda 
uma estrutura de saneamento básico e urbanidade para que o indivíduo possa viver. 
 
Direito ao Lazer: 
 
Não existe uma definição específica do direito ao lazer, no entanto compreende-se lazer todo aquele 
meio em que o membro da sociedade se insere que lhe confere conforto social, seja por meio da 
cultura, do esporte, ou de outras vertentes a serem consideradas como lazer, de acordo com os valores 
pessoais e sociais. 
 
Direito à Segurança: 
 
O direito à segurança é um dever de prestação do Estado, bem como um direito de responsabilidade 
de toda sociedade em conjunto para manutenção da mesma, conforme pode se extrair do art. 144 da 
Constituição Federal. Esse direito compreende a proteção da ordem pública, vedando a autotutela dos 
membros da sociedade e a possibilidade de judicialização para a resolução dos enfrentamentos 
particulares. 
A efetividade deste direito afasta a possibilidade da justiça social suplantar a égide da ordem jurídica, 
ou seja, cria uma sistematização de segurança pública, para evitar que os particulares busquem 
resolver seus problemas sem a tutela do Estado. Por exemplo: casos de violência que vem ocorrendo, 
onde os populares amarram e comprometem a integridade física de supostos criminosos, para a 
realização da justiça com as próprias mãos. O direito a segurança veda a ignorância como resposta de 
uma injusta provocação. 
O Estado deve promover a segurança pelos meios e pelas instituições incumbidas desse serviço, 
fornecendo estrutura e infraestrutura para que o serviço seja prestado com a maior eficiência possível, 
com a finalidade de diminuir a marginalidade e a ocorrência de condutas que não estejam de acordo 
com o ordenamento jurídico, de forma preventiva ou de forma repressiva, levando todos os casos ao 
conhecimento do Poder Judiciário. 
 
Direito à Previdência Social: 
 
Este direito está disciplinado nos artigos 201 e 202 da Constituição Federal, onde se encontram 
todos os institutos e conceitos que abarcam este direito. Trata-se do regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial. 
Garante ao trabalhador, que cumpriu os requisitos legais, que goze da concessão de aposentadoria, 
em função das contribuições vertidas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou, em casos 
específicos, usufrua da concessão de benefícios relativos à situação em que se encontre. 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e 
de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, 
nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
 
. 4 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, 
observado o disposto no § 2º. 
 
Proteção a Maternidade e à Infância: 
 
Esse direito encontra-se disseminado por todo o texto constitucional, em diversos dispositivos 
dispersos. Tem o fulcro principal de garantir aos infantes e suas genitoras todo o suporte para que o 
desenvolvimento da criança seja pleno, possibilitando que sejam obtidos todos os direitos inerentes à 
vida digna, tanto da criança como de sua mãe. 
 
Assistência aos Desamparados: 
 
Percebe-se, pela terminologia genérica desse direito, que o legislador o manejou para supressão de 
eventuais lacunas ou omissões que pudessem sobrevir em relação à gama de grande amplitude dos 
direitos sociais. Portanto, se municiou desse direito para garantir uma tutela a toda sociedade, 
independente das mazelas e discrepâncias sociais das quais tenham sido acometidas. 
Desse modo, o artigo 203, da Constituição Federal traz a conceituação de que a assistência social 
será prestada a quem dela necessitar e elenca os escopos constitucionais que este direito visa tutelar, 
que pode ser considerada uma reiteração dos conceitos do direito trazidos pelo art. 6º aqui estudado. 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua 
família, conforme dispuser a lei. 
 
Direitos dos Trabalhadores Urbanos e Rurais: 
 
A Constituição visou garantir dentro do rol dos direitos sociais as condições e incentivospara que os 
trabalhadores obtivessem uma condição favorável para o exercício de suas funções, fornecendo os 
parâmetros mínimos para que o trabalho não seja pernicioso e impróprio para o trabalhador, 
constituindo um patamar de sustentabilidade para todo o trabalhador. 
Os incisos subsequentes são os direitos que fundamentam e permitem a melhoria da condição social 
dos trabalhadores. São incisos autoexplicativos e de conteúdo completo, onde é possível averiguar 
todas as garantias sociais ao trabalhador. Assim, necessária a leitura. 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
 
. 5 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva 
de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do 
normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte 
dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da 
lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da 
lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade 
em creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a 
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato 
de trabalho; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos 
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII 
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das 
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas 
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à 
previdência social. 
 
Direito à Livre Associação Profissional ou Sindical: 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro 
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização 
sindical; 
 
. 6 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores 
ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será 
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de 
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, 
salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de 
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
 
Este artigo traz os patamares e limites dos órgãos de associação profissional ou sindical, 
demonstrando que o trabalhador é livre para se associar ao ente que representa sua categoria 
profissional. Os seus incisos discriminam os direitos atinentes aos sindicatos e seus membros, desde 
sua composição até sua participação afetiva na vida do trabalhador, na tutela de todos os seus direitos. 
Mais uma vez, registre-se a necessidade da leitura do texto constitucional, vez que as questões são 
extraídas literalmente do texto. 
 
Direito de Greve: 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade 
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
 
Este artigo garante aos trabalhadores o direito a greve, para que possamdefender seus interesses 
trabalhistas, garantindo ao trabalhador a permanência em seu emprego, desde que a lei determine os 
serviços e atividades essenciais que não podem ser interrompidas e os limites em que a greve poderá 
ocorrer. 
Deve ser ressaltado que a greve não garante ao trabalhador o direito de cometer qualquer tipo de 
abuso ou impropriedade durante o período, sendo que aqueles que os cometerem estarão sujeitos as 
penas legais. 
Sempre importante registrar que os direitos e liberdades são limitados e estão acompanhados da 
ideia de responsabilidade. Portanto, ter determinado direito consagrado pela Constituição não significa 
que esse direito será exercido de forma ilimitada e sem quaisquer condicionamentos. 
 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação. 
 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os 
empregadores. 
 
Os artigos 10 e 11 dispõem sobre a participação dos trabalhadores nas deliberações de órgãos 
públicos que tratem de seus interesses profissionais e previdenciários. Ademais determina que nas 
empresas cujo contencioso seja superior a duzentos empregados é possível a eleição de um 
representante dos trabalhadores para promover o diálogo e entendimento com os empregadores. 
 
TÍTULO III 
CAPITULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
. 7 
SEÇÃO II 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de 
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos 
Poderes 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório 
observará 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada 
carreira 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o 
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos 
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os 
entes federados. 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, 
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de 
admissão quando a natureza do cargo o exigir. 
 
O art. 39 até seu §3º trata da fixação dos padrões do sistema remuneratório dos servidores públicos, 
que devem levar em consideração a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos 
componentes de cada carreira, os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos, bem 
como a instituição de escolas de governo e o fornecimento de cursos, para o aperfeiçoamento dos 
servidores públicos. 
Também é garantido aos servidores públicos todos os direitos de trabalho conferidos pela 
Constituição federal contidos no art.7º, em seus incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, 
XIX, XX, XXII e XXX. 
 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários 
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou 
outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação 
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto 
no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e 
da remuneração dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de 
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e 
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento 
e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a 
forma de adicional ou prêmio de produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos 
do § 4º. 
 
O art. 39 em seu §4º até o §8º trata das especificações relativas ao sistema remuneratório de 
benefícios dos servidores públicos, no tocante aos membros do poder, os detentores de mandado 
eletivo, os ministros de estado e os secretários estaduais caberá a remuneração exclusiva por subsidio 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou 
outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI, devendo ser 
publicados os valores de subsídios destinados a este fim. 
Os entes federativos deverão destinar verbas provenientes da economia com despesas correntes em 
cada órgão para otimizar o funcionamento do serviço público prestado, aplicando a verba no 
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional 
ou prêmio de produtividade. 
 
 
. 8 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e 
inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o 
disposto neste artigo. 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão 
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na 
forma da lei; 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição; 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço 
público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de 
idade e trinta de contribuição, se mulher; 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão 
exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que 
serviu de referência para a concessão da pensão. 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão 
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de 
previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria 
aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis 
complementares, os casos de servidores: 
I portadores de deficiência; 
II queexerçam atividades de risco; 
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. 
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação 
ao disposto n § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio 
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência 
previsto neste artigo. 
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: 
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento 
da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou 
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, 
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o 
art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data 
do óbito. 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o 
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. 
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de 
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. 
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive 
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades 
sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de 
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. 
 
. 9 
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de 
cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de 
previdência social. 
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o 
regime geral de previdência social. 
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de 
previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, 
para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o 
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 
201. 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do 
respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por 
intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão 
aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. 
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser 
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de 
instituição do correspondente regime de previdência complementar. 
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° 
serão devidamente atualizados, na forma da lei. 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime 
de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores 
titulares de cargos efetivos. 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria 
voluntária estabelecida no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de 
permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para 
aposentadoria compulsória contida no § 1º, II. 
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os 
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em 
cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de 
aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na 
forma da lei, for portador de doença incapacitante. 
 
O art. 40 e seus incisos e parágrafos, tratam da instituição do regime próprio de previdência social 
para os servidores públicos, bem como as disposições para concessão de benefícios e aposentadoria. 
Os servidores públicos serão aposentados pelo regime próprio nas seguintes hipóteses: 
 
-Por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na 
forma da lei; 
-Compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição; 
 
-Voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço 
público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: 
-Sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de 
idade e trinta de contribuição, se mulher. 
-Sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
 
Os servidores receberão a remuneração de acordo com as remunerações utilizadas como base para 
as contribuições do servidor os regimes de previdência que tratam o art. 40 e o art. 201 da Constituição 
Federal. Em relação ao professor é reduzido o tempo para aposentadoria voluntaria em 5 anos, desde 
 
. 10 
que comprovado o exercício efetivo do tempo de serviço no magistério da educação infantil, 
fundamental ou ensino médio. 
Só será possível a adoção de critérios específicos para concessão da aposentadoria por disposição 
de lei complementar que a regulamente, especialmente no tocante aos portadores de deficiência, aos 
que exerçam atividades que implique em risco ou aqueles que desenvolvem atividades que sejam 
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou integridade física. 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o 
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, 
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade comremuneração proporcional ao tempo de 
serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, 
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
O art. 41 e seus incisos tratam da estabilidade garantida ao servidor público após três anos de 
serviço público, nomeados para o cargo em virtude de aprovação em concurso público, só podendo ser 
retirado do seu cargo no caso de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo 
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa, mediante procedimento de avaliação 
periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
 
O servidor que for demitido injustamente terá o direito de ser reintegrado e eventualmente ocupará a 
vaga para qual fora designado anteriormente, ou se for o caso será aproveitado em outro cargo, com 
remuneração proporcional a seu tempo de serviço, para que o servidor obtenha a estabilidade é 
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade, no 
entanto não existe ainda este tipo de posicionamento administrativo dos órgãos públicos. 
 
 
 
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: 
 
I - Soberania: que trata-se de um poder político supremo e independente, entendendo-se por poder 
supremo aquele que não está limitado por nenhum outro na ordem interna e por poder independente 
aquele que, na sociedade internacional, não tem de acatar regras que não sejam voluntariamente 
aceitas e está em pé de igualdade com os podres supremos dos outros povos. É a capacidade de 
editar suas próprias normas, sua própria ordem jurídica (a começar pela Lei Magna), de tal modo que 
qualquer regra heterônoma só possa valer nos casos e nos termos admitidos pela própria Constituição. 
 
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Prof. Bruno Tulim e Silva 
 
. 11 
II – Cidadania: A cidadania representa um status e apresenta-se simultaneamente como objeto e um 
direito fundamental das pessoas; 
 
III - Dignidade da pessoa humana: A dignidade da pessoa humana concede unidade aos direitos e 
garantias fundamentais, sendo inerente às personalidades humanas. A dignidade é um valor espiritual e 
moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e 
responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, 
constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, 
somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas 
sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres 
humano; 
 
IV - Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: É através do trabalho que o homem garante sua 
subsistência e o crescimento do país, prevendo a Constituição, em diversas passagens, a liberdade, o 
respeito e a dignidade ao trabalhador. Importante salientar que a proteção ao trabalho não engloba 
somente o trabalhador subordinado, mas também aquele autônomo e o empregador, enquanto 
empreendedor do crescimento do país; 
 
V - Pluralismo político: Demonstra a preocupação do legislador constituinte em afirmar-se a ampla e 
livre participação popular nos destinos políticos do país, garantindo a liberdade de convicção filosófica e 
política e, também, a possibilidade de organização e participação em partidos políticos. 
 
Estado Democrático de Direito, significa a exigência de reger-se por normas democráticas, com 
eleições livres, periódicas e pelo povo, bem como o respeito das autoridades públicas aos direitos e 
garantias fundamentais. 
A Constituição do Estado de São Paulo, em seu artigo 1º, da mesma forma, prevê que, o Estado de 
São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as competências que não lhe são 
vedadas pela Constituição Federal, ou seja, adota os mesmos princípios e fundamentos previstos na 
Carta Magna, exercendo suas jurisdições nos limites do que a Constituição autoriza os Estados fazerem 
ou não fazerem. 
Ainda com relação aos direitos fundamentais, o artigo 2º da Constituição do Estado de São Paulo, 
prevê como garantia dos direitos fundamentais, que a lei estabelecerá procedimentos judiciários 
abreviados e de custos reduzidos para as ações cujo objeto principal seja a salvaguarda dos direitos e 
liberdades fundamentais. 
Isto porque, sabemos que a morosidade da prestação jurisdicional cerceia o direito do cidadão, 
cabendo aos Estados buscar soluções concretas e viáveis para o problema, tais como a criação de 
juizados especiais, garantir o acesso à justiça gratuita, bem como o acesso ao Poder Judiciário através 
de remédios constituições, dentre outras ações. 
Vale ressaltar que o artigo 5º inciso LXXIV da Constituição Federal assim como o artigo 3º da 
Constituição do Estado de São Paulo, dispõe que o Estado prestará assistência jurídica integral e 
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
Em primeiro lugar, importante esclarecer, que o artigo se refere à assistência jurídica e não à 
assistência judiciária, termo que vinha sendo historicamente utilizado pela legislação pátria. Nesse 
sentido, o que se verifica com tal modificação é que o constituinte teve o objetivo de ampliar a 
assistência aos carentes, dando-lhes, além daquela necessária para o ingresso em juízo, também as 
assessorias preventiva e extrajudicial. 
 
Ao utilizar também o adjetivo integral, o legislador constituinte reforça a ideia da assistência 
jurídica integral ser entendida como aquela que propicie ao interessado todos os instrumentos 
necessários antes, durante e posteriormente ao processo judicial e mesmo extrajudicialmente, 
quando aquele não for necessário. 
O adjetivo gratuita, em conjunto com o anterior (integral), quer significar que aquele que não 
possui recursos suficientes para arcar, sem onerar o sustento familiar, com as despesas 
provenientes de uma demanda, será isento de todo o qualquer gasto que se fizer necessário para o 
efetivo acesso à justiça. Nesse sentido a constituição também estabelece gratuidade do acesso, na 
forma que a lei estabelecer, a todos os demais atos necessários ao exercício pleno da cidadania. 
Ou seja, trata-se de função essencial do Estado prestar a assistência jurídica gratuita a 
população, incumbindo-lhe, a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados. 
 
. 12 
Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, deverá ser observado, entre outros 
requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e o devido processo legal, especialmente 
quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da ampla defesa e do despacho ou decisão 
motivados. 
O princípio do contraditório e da ampla defesa é assegurado pelo artigo 5º, inciso LV da Constituição 
Federal, mas pode ser definido também pela expressão audiatur et altera pars, que significa ―ouça-se 
também a outra parte‖: 
 
Constituição Federal: 
"Artigo 5º - LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;" 
 
No meio processual, especificamente na esfera do direito probatório, ele se manifesta na 
oportunidade que os litigantes têm de requerer a produção de provas e de participarem de sua 
realização, assim como também de se pronunciarem a respeito de seu resultado. 
Para melhor elucidar a matéria, seguem os artigos 1º a 4da Constituição do Estado de São Paulo, 
que tratam dos fundamentos do Estado. 
TÍTULO I 
Dos Fundamentos do Estado 
 
Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as 
competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal. 
 
Artigo 2º - lei estabelecerá procedimentos judiciários abreviados e de custos reduzidos para as ações 
cujo objeto principal seja a salvaguarda dos direitos e liberdades fundamentais. 
 
Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que declara insuficiência de 
recursos. 
 
Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, observar-se-ão, entre 
outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e o devido processo legal, 
especialmente quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da ampla defesa e do despacho ou 
decisão motivados. 
 
O ordenamento jurídico brasileiro, assim como a legislação estadual adotou o princípio constitucional 
da separação dos poderes, acompanhando a teoria Tripartido, ou seja, da mesma forma como dispõe o 
artigo 2ª da Constituição Federal, sobre os poderes da União, a Constituição do Estado de São Paulo 
dispõe sobre os poderes do Estado como sendo: Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
A essência da respectiva teoria sempre foi delegar atribuições a órgãos distintos, desconcentrando o 
poder demasiado e sem limites. 
O objetivo dessa separação é evitar que o poder concentre-se nas mãos de uma única pessoa, para 
que não haja abuso, como o ocorrido no Estado Absolutista, por exemplo, em que todo o poder 
concentrava-se no rei. 
Cada um desses Poderes tem sua atividade principal e outras secundárias. Por exemplo, ao 
Legislativo cabe, principalmente, a função de produzir leis. Ao Judiciário, cabe a função de dizer 
o direito ao caso concreto, pacificando a sociedade, em face da resolução dos conflitos. Ao Executivo 
cabe a atividade administrativa do Estado, é dizer, a implementação do que determina a lei, atendendo 
às necessidades da população, como infraestrutura, saúde, educação e cultura. 
 
A independência entre os poderes é manifestada pelo fato de cada Poder extrair suas competências 
da Carta Constitucional, depreendendo-se, assim, que a investidura e a permanência das pessoas num 
dos órgãos do governo não necessitam da confiança nem da anuência dos outros poderes. No exercício 
das próprias atribuições, os titulares não precisam consultar os outros, nem necessitam de sua 
autorização e que, na organização das atividades respectivas, cada um é livre, desde que sejam 
verificadas as disposições constitucionais e infraconstitucionais. 
Ao se falar em separação de poderes, automaticamente surge a discussão sobre o princípio da 
indelegabilidade de poderes, ou seja, o fato de ser vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições. 
 
. 13 
Isto significa, que, por exemplo, a tarefa legislativa não poderia ser transferida a nenhuma outra 
pessoa que não às do Poder Legislativo. 
A regra constitucional prevê a indelegabilidade de atribuições, mas o sistema de freios e 
contrapesos, utilizado na nossa Constituição, faculta ao Governo as situações em que esse princípio 
pode ser delineado, ora de forma direta, ora indireta. 
Da mesma forma, as pessoas que compõem os três Poderes do governo devem se manter 
separadas e distintas, sendo nenhum indivíduo autorizado, a exercer a função de outro, salvo as 
exceções previstas nesta Constituição. 
Superada a discussão sobre a separação dos Poderes do Estado, mas ainda discorrendo sobre a 
organização do Estado, temos que o município de São Paulo é a capital do Estado de São Paulo. 
Temos que cada Estado é composto por um conjunto de cidades, sendo que uma delas é a capital 
de Estado, onde está reunida a sede administrativa e todos os órgãos supremos da administração do 
Estado, além de ser o principal centro de atividades. 
A bandeira do estado de São Paulo, juntamente com o brasão e o hino, constituem os símbolos do 
estado de São Paulo. 
Com relação aos bens de um Estado, temos que o artigo 26 da Constituição Federal, assim os 
descreveram como sendo: 
 
Constituição Federal 
Art. 26 - Incluem-se entre os bens dos Estados: 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste 
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob 
domínio da União, Municípios ou terceiros; 
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
A Constituição do Estado de São Paulo inclui entre seus bens, além dos indicados no artigo 26 da 
Constituição Federal, os terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio. 
Para melhor elucidar a matéria, seguem os artigos referente as disposições preliminares da 
Organização e dos Poderes, senão vejamos: 
 
TITULO II 
DA ORGANIZAÇÃO E PODERES 
CAPÍTULO I 
Disposições Preliminares 
 
Art. 5º São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
§1º. É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições. 
§2º. O cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer a de outro, salvo as 
exceções previstas nesta Constituição. 
 
Art. 6º O Município de São Paulo é a Capital do Estado. 
 
Art. 7º São símbolos do Estado a bandeira, o brasão de armas e o hino. 
 
Art. 8º Além dos indicados no artigo 26 da Constituição Federal, incluem-se entre os bens do Estado 
os terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio. 
 
 
DO PODER EXECUTIVO 
 
Neste momento, necessário se faz um maior aprofundamento no tópico ―Do Poder Executivo‖, para 
melhor elucidação da matéria. 
O Poder Executivo tem a função de executar as leis já existentes e de implementar novas leis 
segundo a necessidade do Estado e do povo. Em um país presidencialista como o Brasil, o poder 
executivo é representado, a nível nacional, pelo Presidente, conforme dispõe o artigo 76 da CF/88: 
 
. 14 
 
Constituição Federal 
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de 
Estado. 
 
Já o Poder Executivo Estadual é exercido pelo Governador do Estado e tem a responsabilidade de 
administrar cada uma das unidades da Federação. O mandato do governador é de quatro anos, assim 
como o do Presidente. É assessorado pelo vice-governador e pelos secretários de estado. Cada estado 
tem a sua constituição, aprovada pela Assembleia Legislativa. A estrutura do Poder Executivo Estadual 
é semelhante à do Nacional. 
O artigo 28 da CF/88 prevê, que: 
 
Constituição Federal: 
 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, 
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em 
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse 
ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. 
 
A seguir o artigo 77 da CF/88, para complemento do conteúdo apresentado: 
 
Constituição Federal: 
 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, 
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, 
se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
 
A Constituição do Estado de São Paulo, no mesmo sentido do previsto na Constituição Federal/88 
previu em seus artigos sobre quem exerce o Poder Executivo Estadual, a competência do Vice-
Governador, bem como sobre a forma de realização da eleiçãoe prazo do mandato de cada um. 
Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, 
serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa e 
o Presidente do Tribunal de Justiça. 
No caso de o Governador e também o Vice-Governador não tiverem condições, por qualquer razão, 
de se manterem no cargo deverá ser realizado nova eleição, noventa dias depois de aberta a última 
vaga. 
As regras referentes a substituição do Governador, nos seus impedimentos e de sucessão, no caso 
de morte ou renúncia do titular, são idênticas às aplicáveis ao Presidente da República, que dispõe da 
seguinte forma sobre o assunto: 
A declaração da vacância da Presidência da República compete ao Congresso Nacional, salvo no 
caso de condenação do presidente em processo judicial. Tal declaração, todavia, é suscetível de 
controle judicial, na medida em que ferir direitos individuais. 
Em caso de vacância da Presidência da República, sucede definitivamente no cargo o vice-
presidente. No caso de afastamento, também é o vice quem substitui interinamente o presidente. Não 
havendo vice-presidente, ou não querendo ou não podendo este assumir o cargo de presidente da 
República, nele será investido o presidente da Câmara dos Deputados e, no impedimento deste, o 
presidente do Senado Federal. Na circunstância deste último também estar impedido, a Presidência da 
República será exercida interinamente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. 
 
Note-se, porém, que o exercício da Presidência da República pelos presidentes da Câmara dos 
Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal é sempre provisório e até a eleição do novo 
presidente, no caso de vacância do cargo. 
Já no caso de vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Governança, o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do 
Tribunal de Justiça. Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo 
restante. 
Importe esclarecer, que Governador está impedido de exercer qualquer outro tipo de cargo na 
Administração Pública Direta ou Indireta, sob pena de perder o mandato de Governador, ressalvada a 
 
. 15 
posse em virtude de concurso público e observado o disposto no artigo 38, I, IV e V, da Constituição 
Federal. 
O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, prestando 
compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de observar as leis. 
Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo 
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
No Brasil, o cargo de governador é posto como o de líder máximo do Poder Executivo de um Estado 
da federação. Na condição de chefe, ele deve representar o seu Estado nas mais importantes questões 
políticas, administrativas e jurídicas que envolvam os interesses da mesma região. 
Por esta razão, o Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia 
Legislativa, ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.Vale 
ressaltar ainda, que o pedido de licença, amplamente motivado, deverá indicar, especialmente, as 
razões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos. 
O Governador deverá residir na Capital do Estado. 
A Lei nº. 8.730/93 estabelece a obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercício de 
cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, dessa forma o Governador 
e o Vice-Governador deverão, no ato da posse e no término do mandato, fazer declaração pública de 
seus bens. 
Para melhor elucidar a matéria, seguem os artigos referente a tema discutido acima. 
CAPÍTULO III 
Do Poder Executivo 
SEÇÃO I 
Do Governador e Vice-Governador do Estado 
 
Art. 37. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, eleito para um mandato de quatro 
anos, podendo ser reeleito para um único período subsequente, na forma estabelecida na Constituição 
Federal. 
 
Art. 38. Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-
Governador. 
Parágrafo único. O Vice-Governador, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei 
complementar, auxiliará o Governador, sempre que por ele convocado para missões especiais. 
 
Art. 39. A eleição do Governador e do Vice-Governador realizar-se-á no primeiro domingo de 
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano 
anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do 
ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no artigo 77 da Constituição Federal. 
 
Art. 40. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos 
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia 
Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça. 
 
Art. 41. Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois 
de aberta a última vaga. 
§1º. Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, aplica-se o disposto no artigo 
anterior. 
§2º. Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo restante. 
 
Art. 42. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração 
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no 
artigo 38, I, IV e V, da Constituição Federal. 
 
Art. 43. O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, 
prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de observar 
as leis. 
Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
 
 
. 16 
Art. 44. O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, 
ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
Parágrafo único. O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões da 
viagem, o roteiro e a previsão de gastos. 
 
Art. 45. O Governador deverá residir na Capital do Estado. 
 
Art. 46. O Governador e o Vice-Governador deverão, no ato da posse e no término do mandato, fazer 
declaração pública de bens. 
 
DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR 
 
Governador é o mais elevado cargo político eletivo que representa a autoridade máxima do poder 
executivo em Estado de uma federação. 
Nos países cujo pacto seja federativo, como no Brasil, o governador é eleito com periodicidade de 
quatro anos, através do sistema de sufrágio universal ou votação em dois turnos, permitida a reeleição 
pelo mesmo período. É eleito o candidato que obtiver em primeiro turno 50% mais um dos votos. Sendo 
esta condição não satisfeita os dois candidatos mais votados no primeiro turno concorrem no segundo 
turno, sendo eleito o candidato que obtiver maioria simples, ou seja, maior votação entre os dois 
concorrentes. 
Esse profissional exerce a direção superior de um estado, participa dos processos jurídicos, políticos 
e administrativos. As constituições dos estados e a lei orgânica do Distrito Federal dispõem sobre as 
competências, atribuições e responsabilidades do governador. 
Dentre as principais atribuições do Governador de um Estado, podemos citar: 
 
a) nomear e exonerar os Secretários de Estado, ou ocupantes de cargos equivalentes, o Procurador-
Geral do Estado, o Defensor Público-Geral do Estado, o Auditor-Geral do Estado e o Comandante-Geral 
da Polícia Militar do Estado;b) sancionar, promulgar e fazer publicar as leis; 
 
c) expedir decretos e regulamentos para a execução das leis; 
 
d) vetar projetos de lei total ou parcialmente; 
 
e) dispor sobre a organização e funcionamento do Estado; 
 
f) decretar e executar a intervenção nos municípios; 
 
g) remeter mensagem e plano de governo à Assembleia Legislativa, solicitando as providências que 
julgar necessária; 
 
h) nomear os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado; 
 
i) exercer o comando superior da Polícia Militar, promovendo e nomeando oficiais; 
 
j) enviar à Assembleia Legislativa planos plurianual de investimentos, projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e propostas de orçamento; 
 
k) prestar, todo os anos, contas à Assembleia Legislativa sobre o ano de exercício anterior; 
 
l) prever e extinguir cargos públicos 
 
Existe ainda a possibilidade de o Governador do Estado delegar à outra Autoridade, a possibilidade 
de representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas. No entanto, tal 
possibilidade dever ser delegada exclusivamente por lei. 
Com o objetivo de complementar os estudos acerca das atribuições do Governador do Estado, 
seguem as disposições constantes na Constituição do Estado sobre o tema: 
 
. 17 
 
SEÇÃO II 
Das Atribuições do Governador 
 
Art. 47. Compete privativamente ao Governador, além de outras atribuições previstas nesta 
Constituição: 
I - representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas; 
II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual; 
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, não 
inferior a trinta nem superior a cento e oitenta dias, expedir decretos e regulamentos para sua fiel 
execução, ressalvados os casos em que, nesse prazo, houver interposição de ação direta de 
inconstitucionalidade contra a lei publicada; 
IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
V - prover os cargos públicos do Estado, com as restrições da Constituição Federal e desta 
Constituição, na forma pela qual a lei estabelecer; 
VI - nomear e exonerar livremente os Secretários de Estado; 
VII - nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, observadas as condições estabelecidas nesta 
Constituição; 
VIII - decretar e fazer executar intervenção nos Municípios, na forma da Constituição Federal e desta 
Constituição; 
IX - prestar contas da administração do Estado à Assembleia Legislativa, na forma desta 
Constituição; 
X - apresentar à Assembleia Legislativa, na sua sessão inaugural, mensagem sobre a situação do 
Estado, solicitando medidas de interesse do Governo; 
XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 
XII - fixar ou alterar, por decreto, os quadros, vencimentos e vantagens do pessoal das fundações 
instituídas ou mantidas pelo Estado, nos termos da lei; 
XIII - indicar diretores de sociedade de economia mista e empresas públicas; 
XIV - praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do Executivo; 
XV - subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja recursos hábeis, de 
sociedade de economia mista ou de empresa pública, bem como dispor, a qualquer título, no todo ou 
em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado, mediante 
autorização da Assembleia Legislativa; 
XVI - delegar, por decreto, a autoridade do Executivo, funções administrativas que não sejam de sua 
exclusiva competência; 
XVII - enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes 
orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito; 
XVIII - enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei sobre o regime de concessão ou permissão de 
serviços públicos; 
XIX - dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar em aumento de 
despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 
Parágrafo único. A representação a que se refere o inciso I poderá ser delegada por lei de iniciativa 
do Governador, a outra autoridade. 
 
DA RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR: 
 
Conforme poderá ser observado em análise aos artigos que tratam da responsabilidade do 
Governador, a sua grande maioria foram declarados inconstitucionais, ou estão com sua eficácia 
suspensa, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal, através de ações diretas de 
inconstitucionalidade. (Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.052-9 e Ação Direta de 
Inconstitucionalidade nº 2.220-2) 
As demais disposições estão elencadas expressamente na Constituição do Estado cuja simples 
leitura é suficiente para o entendimento sobre as responsabilidades do Governador, conforme segue: 
 
SEÇÃO III 
Da Responsabilidade do Governador 
 
. 18 
 
Art. 48. São crimes de responsabilidade do Governador ou dos seus Secretários, quando por eles 
praticados, os atos como tais definidos na lei federal especial, que atentem contra a Constituição 
Federal ou a do Estado, especialmente contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos poderes 
constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único - A definição desses crimes, assim como o seu processo e julgamento, será 
estabelecida em lei especial. 
Este artigo e seu parágrafo único encontram-se atualmente com eficácia suspensa por meio de 
liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direita de Inconstitucionalidade nº 
2.220-2, que aguarda seu julgamento final. 
 
Art. 49. Admitida a acusação contra o Governador, por dois terços da Assembleia Legislativa, será 
ele submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nas infrações penais comuns, ou, 
nos crimes de responsabilidade, perante Tribunal Especial. 
- A expressão ―ou, nos crimes de responsabilidade, perante Tribunal Especial‖ foi declarada 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos da ADI nº 2.220-2, que aguarda seu 
julgamento final. 
§1º - O Tribunal Especial a que se refere este artigo será constituído por sete Deputados e sete 
Desembargadores, sorteados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que também o presidirá. 
 - Este parágrafo encontra-se atualmente com eficácia suspensa por meio de liminar concedida pelo 
Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 2.220 -2, que aguarda 
seu julgamento final 
§2º - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Especial referido neste artigo processar e julgar o 
Vice-Governador nos crimes de responsabilidade, e os Secretários de Estado, nos crimes da mesma 
natureza conexos com aqueles, ou com os praticados pelo Governador, bem como o Procurador-Geral 
de Justiça e o Procurador-Geral do Estado. 
- Este parágrafo encontra-se atualmente com eficácia suspensa por meio de liminar concedida pelo 
Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 2.220 -2, que aguarda 
seu julgamento final 
§3º. O Governador ficará suspenso de suas funções: 
1 - nas infrações penais comuns, recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de 
Justiça; 
2 – nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pela Assembleia Legislativa. 
 Este item encontra-se atualmente com eficácia suspensa por meio de liminar concedida pelo 
Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidaden.º 2.220-2, que aguarda 
seu julgamento final. 
§4º. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Governador, sem prejuízo do prosseguimento do processo. 
§ 5º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal. 
- Este parágrafo foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 1.021 -2, julgada procedente 
pelo Supremo Tribunal Federal, que declarou sua inconstitucionalidade. 
O texto anterior, que foi declarado inconstitucional, assim dispunha: 
"§ 5º - Enquanto não sobrevier a sentença condenatória transitada em julgado, nas infrações penais 
comuns, o Governador não estará sujeito a prisão." 
§ 6º - Declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal. 
- Este parágrafo foi objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.021 -2, julgada procedente 
pelo Supremo Tribunal Federal, que declarou sua inconstitucionalidade. 
O texto anterior, que foi declarado inconstitucional, assim dispunha: 
"§ 6º - O Governador, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções" 
 
 
. 19 
Art. 50 - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical poderá denunciar o 
Governador, o Vice-Governador e os Secretários de Estado, por crime de responsabilidade, perante a 
Assembleia Legislativa. 
 
Este artigo encontra-se atualmente com eficácia suspensa por meio de liminar concedida pelo 
Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 2.220 -2, que aguarda 
seu julgamento final. 
 
DOS SECRETÁRIOS DO ESTADO 
 
Os secretários de Estado são auxiliares diretos e da confiança do Governador nas suas tarefas 
administrativas, escolhidos entre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos 
políticos, dada a complexidade e importância da função, sendo que dentro de suas atribuições serão 
responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo. 
A Lei nº. 8.730/93 estabelece a obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercício de 
cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, dessa forma os 
Secretários Estaduais deverão, no ato da posse e no término do mandato, fazer declaração pública de 
seus bens. 
A Constituição do Estado de São Paulo assim garante sobre os Secretários de Estado: 
SEÇÃO IV 
Dos Secretários de Estado 
 
Art. 51. Os Secretários de Estado serão escolhidos entre brasileiros maiores de vinte e um anos e no 
exercício dos direitos políticos. 
 
Art. 52. (Revogado) 
 
Artigo 52-A - Caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante a Comissão 
Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta, para 
prestação de contas do andamento da gestão, bem como demonstrar e avaliar o desenvolvimento de 
ações, programas e metas da Secretaria correspondente. 
§ 1º - Aplica-se o disposto no ‗caput‘ deste artigo aos Diretores de Agências Reguladoras. 
§ 2º - Aplicam-se aos procedimentos previstos neste artigo, no que couber, aqueles já disciplinados 
em Regimento Interno do Poder Legislativo. 
 
§ 3º - O comparecimento do Secretário de Estado, com a finalidade de apresentar, 
quadrimestralmente, perante Comissão Permanente do Poder Legislativo, a demonstração e a 
avaliação do cumprimento das metas fiscais por parte do Poder Executivo suprirá a obrigatoriedade 
constante do ‗caput‘ deste artigo.‖ 
 
§ 4º – No caso das Universidades Públicas Estaduais e da Fundação de Amparo à Pesquisa do 
Estado de São Paulo, incumbe, respectivamente, aos próprios Reitores e ao Presidente, efetivar, 
anualmente e no que couber, o disposto no ‗caput‘ deste artigo. 
 
Art. 53. Os Secretários farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do exercício 
do cargo, e terão os mesmos impedimentos estabelecidos nesta Constituição para os Deputados, 
enquanto permanecerem em suas funções. 
 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
De acordo com o que estabelece a Constituição do Estado de são Paulo em seu artigo 111, a 
Administração Pública Direta, Indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado (Poder 
Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário) deverá obediência aos seguintes princípios: 
 
- Princípio da Legalidade: Este é o principal conceito para a configuração do regime jurídico-
administrativo fundamentado no direito positivo (instituído por meio de normas legais – LEI), pois se 
justifica no sentido de que a Administração Pública só poderá ser exercida quando estiver em 
conformidade com a Lei. 
 
. 20 
Para que a administração possa atuar, não basta à inexistência de proibição legal, é necessária para 
tanto a existência de determinação ou autorização de atuação administrativa na lei. 
Importante esclarecer que a administração pública está obrigada, no exercício de suas atribuições, à 
observância não apenas dos dispositivos legais, mas também em respeito aos princípios jurídicos como 
um todo, inclusive aos atos e normas editadas pela própria administração pública. 
 
- Princípio da Impessoalidade: Por tal princípio temos que a Administração Pública tem que manter 
uma posição de neutralidade em relação aos seus administrados, não podendo prejudicar nem mesmo 
privilegiar quem quer que seja. 
Devendo a Administração Pública servir a todos, sem distinção ou aversões pessoais ou partidárias, 
buscando sempre atender ao interesse público de maneira impessoal. 
Impede o princípio da impessoalidade que o ato administrativo seja emanado com o objetivo de 
atender a interesses pessoais do agente público ou de terceiros, devendo ter a finalidade 
exclusivamente ao que dispõe a lei, de maneira eficiente e impessoal. 
Ressalta-se ainda que o princípio da impessoalidade possui estreita relação com o principio previsto 
na Constituição Federal da Isonomia, ou igualdade, sendo dessa forma vedadas perseguições ou 
benesses pessoais. 
 
- Princípio da Moralidade: A partir da Constituição de 1988, a moralidade passou ao status de 
principio constitucional, dessa maneira pode-se dizer que um ato imoral é também um ato 
inconstitucional. 
A falta da moral comum impõe, nos atos administrativos a presença coercitiva e obrigatória da moral 
administrativa, que se constitui de um conjunto de regras e normas de conduta impostas ao 
administrador da coisa pública. 
Assim o legislador constituinte utilizando-se dos conceitos da Moral e dos Costumes uma fonte 
subsidiária do Direito positivo, como forma de impor à Administração Pública, por meio de juízo de valor, 
um comportamento obrigatoriamente ético e moral no exercício de suas atribuições administrativas, 
através do pressuposto da moralidade. 
Cumpre ressaltar que a noção de moral administrativa não esta vinculada às convicções intimas e 
pessoais do agente público, mas sim a noção de atuação adequada e ética perante a coletividade, 
durante a gerência da coisa pública. 
 
- Princípio da Publicidade: O Princípio da Publicidade impõe à Administração Pública o dever de 
oferecer transparência de todos os atos que praticar, e de todas as informações que estejam 
armazenadas em seus bancos de dados referentes aos administrados. 
Por tal razão, os atos públicos devem ter divulgação oficial como requisito de sua eficácia, salvo as 
exceções previstas em lei, onde o sigilo deve ser mantido e preservado. 
 
- Princípio da razoabilidade: A Administração deve agir com bom senso, de modo razoável e 
proporcional à situação fática que se apresenta. 
Na Definição do jurista Antônio José Calhau de Resende, em sua obra intitulada princípio da 
Razoabilidade dos Atos do Poder Público, assim define o princípio da razoabilidade: 
 ―A razoabilidade é um conceito jurídico indeterminado,

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