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Tipos de dismenorreia

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João Marcos B. Trévia
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Tipos de dismenorreia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, apresentação clínica e resposta ao tratamento.
A dismenorreia é definida como uma dor pré-menstrual presente em 80% das mulheres, com prevalência na adolescência. A dismenorreia pode ser classificada em dois subtipos, é considerada como dismenorreia primária quando não existe relação com patologia orgânica, é uma condição comum e está relacionada a menstruação regular e ao sangramento normal, ocorrendo após o estabelecimento dos ciclos ovulatório.
A queixa principal das pacientes afetadas pela patologia primária são cólicas menstruais, que podem se desenvolver em graus muito variáveis; as dores em caráter de cólicas geralmente surgem após o início das menstruações, mas em parte dos casos antecede o aparecimento do fluxo menstrual. Os locais em que a dor é mais ativa são as regiões retropúbica e sacra. Normalmente o sintoma irradia-se para as faces internas das coxas.
No transcurso das primeiras horas as cólicas atingem o seu pico de intensidade, declinando gradualmente. Além das cólicas uterinas, podem ocorrer sintomas gerais, particularmente relacionados com o aparelho digestivo e respiratório. Os distúrbios gastrointestinais comumente referidos são náuseas, vômitos e diarreia. Em relação ao aparelho respiratório, a queixa fundamental é de dificuldade na respiração.
A dismenorreia secundária (DS) origina-se de um processo orgânico que determina congestão pélvica ou espasmo do útero. As principais causas são a endometriose, adenomiose, mioma uterino e doença inflamatória pélvica.
Os principais sintomas relatados são dor leve a intensa, vômitos, cefaleias, diarreia, fadiga, lipotimia, dores nas costas, náuseas e mastalgia. As adolescentes relatam que a dor começa com a menstruação, enquanto na mulher adulta a dor pode preceder em alguns dias da menstruação. Na dismenorreia primária o início da sintomatologia acontece normalmente 6 a 12 meses após a menarca e as manifestações mais comuns são: dor intensa no baixo ventre de caráter espasmódico, com irradiação para a região lombossacra, podendo estar relacionada a náuseas e vômitos, diarreia, nervosismo, vertigem, dor sacral, cansaço e cefaleia. Já na dismenorreia secundária o surgimento dos sintomas costuma ser mais tardio, na segunda ou terceira metade da vida.
Nos casos de dismenorreia primária, o tratamento dispõe caráter profilático, desde terapia de apoio; as mais comuns são aspirina, naproxeno e ibuprofeno,que são muito eficazes em aliviar a dor naquele período, e eles também tornam as cólicas menstruais menos graves e podem prevenir outros sintomas, como náuseas e diarreia; até o tratamento cirúrgico. Também contraceptivos orais agem suprimindo a ovulação e não causando proliferação endometrial, trazem alívio quase imediato dos sintomas associados à menstruação como períodos intensos e dolorosos, e sangramento irregular.
Inúmeras medidas profiláticas e terapêuticas podem auxiliar. O exercício físico, banho morno, bolsa de água quente e massagens relaxantes amenizam a dor. Modificações dietéticas específicas podem cooperar para a redução dos sintomas associados à dismenorreia, como a minoração do sal e de açúcar refinado de 7 a 10 dias antes da menstruação, o que pode reduzir retenção de líquidos; terapia de estimulação elétrica nervosa transcutânea; termoterapia.
No tratamento para a dismenorreia secundária, o crucial é identificar a causa, e fazer o uso de analgésicos ou anti-inflamatórios não hormonais para o alívio da dor, e, muitas vezes, correção cirúrgica.
Referências bibliográficas
1. ALVES, T. P. et al. Dismenorreia: Diagnóstico e Tratamento. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente 7 (2): 1 – 12, jul. – dez., 2016;
2. DALL’ACQUA, R; BENDLIN, T. Dismenorreia. Femina; 43 (6): 273 – 276, nov. – dez. 2015;
3. FRARE, J. C.; TOMADON, A.; SILVA, J. R. Prevalência da dismenorreia e seu efeito na qualidade de vida entre mulheres jovens. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano 12, nº 39, jan/mar 2014;
4. SANTOS, Luana Brito dos. Dismenorreia e funcionalidade em mulheres adultas do nordeste brasileiro. 2020. 61f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.

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