Buscar

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA DAVID GUETTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO DE ______
DAVID GUETTA, nacionalidade, estado civil, caldeireiro, nome da mãe, data de nascimento, nº do RG, nº do CPF, nº e série da CTPS, nº do PIS, endereço completo com CEP, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 840 da CLT e 319 do CPC, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito ______, em face de DAFT PUNK LTDA., pessoa jurídica de direito privado nº do CNPJ, endereço completo com CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I- DOS FATOS
O Reclamante trabalhou na empresa Reclamada, no período de 2 de fevereiro de 2018 a 2 de fevereiro de 2020, quando foi demitido sem justa causa.
Prestava serviço na função de caldeireiro, porém a empresa nunca forneceu qualquer equipamento de proteção individual (EPI).
O Reclamante trabalhava nos horários compreendidos entre 6h00 e 14h00, 14h00 e 22h00 e ainda entre 22h00 e 6h00, revezando semanalmente, sempre com intervalos de 30 minutos para refeição e descanso.
Percebia um salário no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por mês.
Por fim, não recebeu nenhum pagamento a título de verbas rescisórias.
II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
MÉRITO
A) DOS TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
O Reclamante prestou serviços ininterruptos de revezamento, que é aquele no qual a empresa desenvolve atividades ininterruptas por intermédio de grupos de trabalhadores, que se sucedem em turnos. Trabalhava 8 (oito) horas por dia nesse sistema, das 6h00 às 14h00, das 14h00 às 22h00 e das 22h00 às 6h00, sempre com intervalo de 30 (trinta) minutos para descanso e refeição.
Com efeito, a Constituição Cidadã de 1988, em seu artigo 7º, XIV, estabelece o limite de 6 (seis) horas diárias para os trabalhadores submetidos a esses turnos, com a única ressalva da negociação coletiva para a majoração da jornada.
Desta maneira, o Reclamante faz jus ao pagamento de 1 (uma) hora e 30 (trinta) minutos extras diários, com acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) e reflexos em aviso prévio, 13º salário, DSR, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS acrescido de multa de 40% (quarenta por cento).
Por fim, a súmula 213 do STF assegura aos empregados submetidos aos turnos ininterruptos o direito ao adicional noturno. Também a OJ 395 da SDI-I/TST aduz que esses trabalhadores também terão o direito à hora noturna ficta ou reduzida de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
Assim, David Guetta tem direito ao pagamento do adicional noturno e da caracterização da hora noturna ficta, com as devidas consequências legais.
B) DO DESRESPEITO AO INTEVALO INTRAJORNADA PARA REFEIÇAÕ E DESCANSO
David gozava apenas de 30 (trinta) minutos diários para refeição e descanso, mesmo trabalhando 7 (sete) horas e 30 (trinta) minutos diários.
Nessa toada, o artigo 71, caput, da CLT aduz que todo empregado que prestar serviços por mais de 6 (seis) horas diárias terá o direito a um intervalo intrajornada para refeição e descanso mínimo de 1 (uma) hora.
Ainda, o respectivo §4º do referido artigo estabelece que o desrespeito a esse intervalo terá por consequência a condenação do empregador ao pagamento do período correspondente acrescido de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento).
Outrossim, a Súmula 437, I, do TST afirma que a não concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo implica no pagamento total do período correspondente.
Por fim, a Súmula 437, III, do TST assevera que aludido pagamento possui natureza salarial, com reflexos em outras parcelas salariais.
Concluindo, o Reclamante faz jus ao pagamento de 1 (uma) hora extra diária, com acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento), com natureza salarial, repercutindo no cálculo de outras parcelas salariais. 
C) DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
David exercia função de caldeireiro sem a utilização de equipamento de proteção individual.
Nesse sentido, a CLT entende, em seu artigo 189 que serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Além disso, com base no artigo 192 da CLT, o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assegura ao empregado a percepção do respectivo adicional de insalubridade, sendo necessária a realização de perícia, nos termos do artigo 195, §2º da CLT.
Sendo assim, o Reclamante faz jus ao pagamento do adicional de insalubridade no percentual relativo ao grau apurado em perícia e seus respectivos reflexos.
D) DA DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA
O Reclamante prestou serviços para a Reclamada durante o período de 2 de fevereiro de 2018 a 2 de fevereiro de 2020 , sendo despedido sem justa causa e não percebendo nenhum valor a titulo de verbas rescisórias.
Diante disso, David faz jus aos haveres trabalhistas daí recorrentes, sendo saldo de salário, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 13º salário proporcional, férias integrais simples acrescidas do terço constitucional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, depósito do FGTS, multa de 40% do FGTS, liberação do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, e liberação das guias do seguro desemprego, multas dos artigos 467 e 477,§8º da CLT.
III- DOS PEDIDOS
Pelo exposto, o Reclamante requer a procedência dos pedidos veiculados na presente reclamação trabalhista, com a condenação da Reclamada no pagamento dos seguintes haveres trabalhistas:
a) Horas extras e reflexos por desrespeito ao limite constitucional da jornada em turnos ininterruptos de revezamento;
b) Adicional noturno e seus reflexos pelo trabalho em período noturno no sistema de turnos ininterruptos;
c) A caracterização da hora noturna ficta ou reduzida nos sistemas de turnos ininterruptos, com as respectivas consequências trabalhistas;
d) Uma hora extra diária e reflexos por desrespeito ao intervalo intrajornada para refeição e descanso, com natureza salarial e seus respectivos reflexos;
e) A condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade e seus reflexos com base na perícia a ser realizada;
f) Saldo de salário (2 dias);
g) Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (66 dias);
h) 13º salário proporcional (3/12);
i) Férias integrais simples acrescidas do terço constitucional (2019/2020);
j) Férias proporcionais (2/12) acrescidas do terço constitucional (2019);
k) FGTS sobre verbas rescisórias;
l) Multa (indenização compensatória) de 40% sobre o saldo do FGTS;
m) Liberação do TRCT pata movimentação da conta do FGTS;
n) Liberação das guias do seguro desemprego, sob pena da incidência da indenização substitutiva prevista na súmula 389 do TST;
o) Multa do artigo 477, §8º da CLT;
p) Multa do artigo 467 da CLT.
IV- DOS PEDIDOS FINAIS
Requer, também, a notificação da Reclamada para que, querendo, compareça em audiência e apresente sua defesa, sendo que o não comparecimento importará na revelia e confissão quanto à matéria de fato.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal, pericial e outras mais que se fizerem necessárias e desde já ficam requeridas.
Requer, ainda, a condenação da Reclamada em honorários advocatícios sucumbenciais, nos termos do artigo 791-A da CLT, fruto da Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017).
Por fim, requer a concessão do beneficio da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 790, §3º da CLT, declarando não estar em condições de arcar com custas e despesas processuais sem prejuízo próprio e de sua família.
Dá-se à causa o valor de R$_____________ (valor)
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento.
 
Local e data
 
ADVOGADO
OAB nº XXX

Continue navegando

Outros materiais