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Bárbara Mourelhe | Materiais Dentários 2020.1 Apesar de esses materiais fazerem parte de um amplo espectro de características, elas são separadas em subgrupos para uma visualização melhor de suas variáveis. Por exemplo, as propriedades químicas analisam o comportamento dos materiais em um ambiente químico e as propriedades mecânicas frente a aplicação de forças externas. Obviamente, o comportamento de materiais dentários em um ambiente químico depende simultaneamente de diversas variáveis, mas o entendimento geral do desempenho é definido pela habilidade do profissional de diferenciar propriedades primárias ou secundárias. Materiais dentários são utilizados como substitutos para coroa e raiz dentária e podem pertencer a uma dessas classes: metais, cerâmicas, polímeros ou compósitos. Na busca pelo material , este deve ser: 1) Biocompatível; 2) Aderir permanentemente à estrutura dentária ou ao osso; 3) Reproduzir a aparência natural da estrutura dentária; 4) Exibir propriedades semelhantes à do esmalte, dentina ou tecido adjacente e 5) Ser capaz de iniciar a reparação tecidual. 1) Materiais Dentários Preventivos 2) Materiais Dentários Restauradores (Provisórios ou Definitivos) 3) Materiais Dentários Acessórios !! Nesse sentido, é importante analisar cada substância utilizada de acordo com seus átomos (núcleo com prótons e nêutrons rodeado por uma nuvem de elétrons) para entender essas propriedades manipulativas. Se aumenta a energia cinética, aumenta a distância entre os átomos e eles irão mudar de um estado físico pra outro. Em função de como esses átomos estão ligados/interagindo será determinado o estado físico da matéria. A forma que o material se comporta vai depender de suas características atômicas. 1. Ligações Primárias (fortes) Covalente ex.: resinas odontológicas Iônica - Os materiais formados com esse tipo de ligação se arrumam na forma de cristais. ex.: gessos e cimentos Metálica ex.: ouro puro 2. Ligações Secundárias (fracas) Pontes de Hidrogênio ex.: DNA Forças de Van der Wall !! Os materiais devem ser bem manipulados, inseridos e resistentes a cavidade bucal (variações de temperatura, pH). !! Muitos materiais odontológicos mudam de estado físico no momento da manipulação. Propriedade que analisa o comportamento do material decorrente de forças externas os quais estão submetidos. Podemos saber como o material irá se comportar após a mastigação, por exemplo. Ligações Interatômicas = Força coesiva entre os átomos que se juntam para formar moléculas e, posteriormente, materiais. Seu estudo busca conhecer os materiais utilizados e suas propriedades manipulativas. Estado físico da matéria = sólido, líquido e gasoso. Bárbara Mourelhe | Materiais Dentários 2020.1 !! Quando uma força externa é aplicada a um corpo, uma força interna de igual magnitude, mas com direção oposta, se desenvolve dentro do corpo. Varia em função da área em que a força está sendo aplicada, ou seja, quanto maior a área da força menor será a tensão. 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛/Á𝑟𝑒𝑎 Tipos de tensão: 1. Tração O corpo está sujeito a forças opostas e há uma tentativa de esticamento/alongamento. A tensão de tração ocorre quando o corpo resiste a esse alongamento. 2. Compressão O corpo é colocado sobre uma carga que tende a comprimí-lo/encurtá-lo. A tensão de compressão ocorre quando o corpo resiste a esse encurtamento. 3. Cisalhamento Tentativa de deslizamento de um material sobre o outro. A tensão de cisalhamento ocorre quando o corpo resiste a esse deslizamento. Ex.: retirada de tártaro !! Na mastigação essas tensões coexistem Sua fórmula matemática é obtida após subtrair o comprimento final menos o inicial e dividir pelo comprimento inicial. Não tem uma unidade. Tipos de Deformação 1. Deformação elástica: é reversível, parte retilínea do gráfico, grandeza diretamente proporcional; !! O material volta a sua forma original após a liberação da tensão. 2. Deformação Plástica: é irreversível, parte curvilínea do gráfico. Não volta pra sua forma original após a liberação de tensões, é permanente a deformação. Isso é regido através do limite de proporcionalidade (LP). Limite de Proporcionalidade é o ponto em que o material perde as proporções das grandezas, é a tensão máxima que o material pode resistir para voltar a sua forma original. Até o LP o material retorna a sua forma inicial quando retirada a força. Ultrapassando o LP a deformidade é permanente. É a divisão da deformação elástica e da plástica. Deformação que ocorre no material quando ele ainda está dentro do limite de proporcionalidade (elasticidade). Módulo de Elasticidade/Módulo de Young Mede a rigidez existente nos materiais, é a quantidade de tensão que aquele material sofre da deformação elástica. Ela é mensurável pela inclinação da região elástica na curva tensão-deformação. !! Quanto maior o módulo de elasticidade = Mais rígido é o material = Maior a tensão para deformidade !! Na odontologia queremos o material mais rígido (o que deforme menos), ou seja, material com maior módulo de Tensão é reação interna de um material contrária à força. Deformação é a alteração do comprimento de um material que foi submetido a uma força ou tensão. Bárbara Mourelhe | Materiais Dentários 2020.1 elasticidade, porém com constante mais próxima da cavidade em que ele irá preencher, a dentina. Caso contrário, o material irá sofrer fraturas. Determina a rigidez do material, não a resistência. É o ângulo formado dentro da fase elástica. Ela mede o grau de deformação em função da tensão (und. mPa). A rigidez só pode ser medida na fase reversível, sendo o material rígido o que possui um maior ângulo formado. É a medida da área do gráfico na fase elástica. !! Materiais de moldagem na odontologia deve ser bem resilientes, devem absorver energia sem se fraturar (romper). O ponto de fratura (PF) fica próximo ao Limite de Proporcionalidade. Tem pouca resistência. Ex: cerâmica, porcelana, esmalte, lentes de contato. Maleabilidade: é a capacidade do material de transformar-se em lâminas. Resiste a tração sem sofrer rupturas. Deforma-se sem romper por forças de COMPRESSÃO. Ductibilidade: é a capacidade do material de transformar-se em fio. Resiste a força de compressão. Deforma-se sem romper, por forças de TRAÇÃO. O material se deforma muito elasticamente e plasticamente apresenta muita resistência a fratura. Se mede calculando toda a área do gráfico. Ex: fio-ortodôntico. 1. Resistência a fadiga: Quando o material fratura antes de chegar ao limite de proporcionalidade. Considerar a tensão na qual o material falha sobre cargas repetidas. As fraturas por fadiga são desenvolvidas a partir de pequenos defeitos ou trincas, falhas que vão acontecer internamente no material naquele ponto de aplicação da força. É necessário que haja uma força repetida naquele mesmo ponto, pra que em um determinado momento cause uma falha e consequentemente ocorra uma fratura no material. 2. Resistência ao Impacto: É a energia necessária para fraturar subitamente aquele corpo. !! É uma força chocante, impactante, uma força única. 3. Dureza: É a propriedade que mede a capacidade desse material de resistir aos riscos de penetração de outros objetos. !! Mede a resistência de uma obturação ao desgaste na boca, por exemplo. Podem sofrer deformação elástica, mas logo se fraturam ME = T/DCapacidade de um material de sofrer deformação e retornar ao estado original. Grande capacidade de deformação plástica, ou seja, oposto de friabilidade. Capacidade de absorver energia até sua fratura. Bárbara Mourelhe | Materiais Dentários 2020.1
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