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Suporte nutricional 1.Quais alterações metabólicas são encontradas no trauma cirúrgico? Hipermetabolismo, hiperglicemia com resistência a insulina, lipólise acentuada e aumento do catabolismo proteico. 2. Como é feita a avaliação do comprometimento nutricional no pré-operatório? Antropometria (peso, altura, IMC, pregas cutâneas, circunferência e área muscular do braço), dosagens laboratoriais (proteínas viscerais, hemograma, vitaminas e minerais séricos, índice creatinina/altura), relação peso atual/peso habitual, avaliação subjetiva global. 3. Quais condições pré-operatórias podem levar a comprometimento nutricional? Impedimento da alimentação por obstrução do TGI, doenças que interferem sobre a digestão e absorção acompanhadas de diarreias crônicas, alterações no metabolismo hepático, vômitos e/ou anorexia e/ou náuseas, entre outros sintomas. 4. Quais são as consequências do jejum prolongado sobre a resposta ao trauma? À medida que o jejum se prolonga de dias a semanas, passa a ocorrer um mecanismo de adaptação metabólica na tentativa de conservar a massa proteica corpórea, com a limitação do uso de aminoácidos para a gliconeogênese, passando a ocorrer oxidação das gorduras pelos tecidos. Essa adaptação promove a formação dos corpos cetônicos que passam a ser o novo combustível para o cérebro (hipercetonemia adaptativa ao jejum). Esse mecanismo adaptativo mostra-se fundamental já que se a velocidade de metabolismo proteico destinado a fornecer glicose para o cérebro continuasse no mesmo ritmo, a morte aconteceria no 10 dia, já que uma perda protéica maior que 40% está associada à morte por desnutrição. 5. Quais hormônios contrareguladores estão presentes na resposta ao trauma? Glucagon, catecolaminas, cortisol 6. Quais são os parâmetros que indicam risco nutricional grave. Perda de peso nao voluntária, baixo imc e redução da massa muscular. 7. Qual é o objetivo do emprego do suporte nutricional pré-operatório. A utilização do suporte pré operatório não visa a recuperação total do estado nutricional do paciente e sim o fortalecimento do sistema imunológico, recuperação funcional dos múltiplos órgãos, o que é conseguido geralmente num período de 7-15 dias. 8. Qual é o papel da resistência à insulina no pós-operatório? A resistência periférica à insulina ocorre no pós operatório para aumentar a disponibilidade de glicose circulante, em resposta ao trauma. Ocorre diminuição da captação e glicose, aumentando sua disponibilidade. Pode durar até 3 semanas, é mais exacerbada no primeiro e segundo DPOs. 9. Quais imunomoduladores podem ser acrescidos à nutrição e qual é o objetivo? Os nutrientes imunomoduladores atuam na resposta imunológica, estimulando-a ou suprimindo-a, dependendo da quantidade ingerida e/ou administrada desses nutrientes. Alguns desses são arginina, glutamina, cisteína, nucleotideos, ácidos graxos, fibras, vitaminas A, C, E, zinco. 10. Quais são as necessidades calóricas e protéicas básicas diárias? Calorías: 25 kcal por quilograma de peso por dia Proteínas:0,75 g a 1g / kg por dia 11. O que é a síndrome de realimentação? Alterações neurológicas, sintomas respiratórios, arritmias e falência cardíacas, poucos dias após a realimentação. Ocorre em consequência do suporte nutricional (oral, enteral ou parenteral) em pacientes severamente desnutridos. 12. Qual é a melhor modalidade para suporte nutricional no paciente cirúrgico? Quando a via digestiva está disponível e funcional deve-se dar preferência pela via oral ou enteral por meio de sondas nasoenterais ou de ostomias (gástrica ou jejunal). Portanto, a via oral e enteral são sempre preferenciais, mas na impossibilidade de seu uso a via parenteral deve ser instituída. 13. Qual é fast-track? Conjunto de medidas com intenção de reduzir o estresse cirúrgico e possibilitar recuperação pós operatória mais rápida, menor taxa de complicações e alta hospitalar precoce. Nestes protocolos incluem-se a reabilitação pós operatória agressiva e suplementos orais pré operatórios. 14. Quais são as medidas pré-operatórias empregadas no fast track? Suplementação oral pré operatório como w-3, arginina, nucleotídeos e antioxidantes, por 5 dias, na quantidade de 500 a 1000Kcal/dia. Esta medida atenua a resposta inflamatória e modula a resposta imune. 15. Em que casos não está indicada a administração das medidas pré-operatórias de fast track? Em caso de patologias como obstrução intestinal, câncer gástrico obstrutivo, gestantes, pacientes obesos, etc. 16. Em um paciente recebendo nutrição enteral e que apresente diarréia com mais de 4 evacuações por dia há dois dias, qual é a melhor conduta? Identificar se o paciente tem algum fator de risco para diarréia, como desnutrição, hipoalbuminemia, infecção, antibioticoterapia, uso de drogas como laxantes, se tem fecaloma. Importante verificar a composição da dieta para checar contaminação bacteriana, alta osmolaridade e ausência de fibras. Em pacientes críticos é fundamental afastar possibilidade de colite pseudomembranosa. Pode-se prescrever medicações anti diarreicas que podem ser utilizadas para redução no número e volume das evacuações (loperamida - imosec por exemplo) 17. (NC-UFPR, 2009) Uma cirurgia é capaz de desestabilizar a homeostasia do organismo, pois envolve alterações de diferentes naturezas. Além de que, muitas vezes, o doente cirúrgico pode apresentar problemas nutricionais prévios, devido ao déficit de ingestão por obstrução do tubo digestório (neoplasias, estenoses), dor e anorexia. Nesse sentido, é correto afirmar a. No período perioperatório, devem-se evitar períodos longos de jejum, procurando restabelecer a alimentação por via oral o mais rapidamente possível b. A escolha da via de administração para terapia nutricional no pós -cirúrgico deve ser a enteral, que viabiliza a administração de todos os nutrientes necessários para a recuperação do doente c. O primeiro passo para o estabelecimento do plano alimentar de conduta nutricional é saber a via de acesso para a terapia nutricional d. A escolha da consistência da dieta depende da aceitação do doente, independentemente do tipo de anestesia que foi utilizada na cirurgia e. A terapia nutricional parenteral deve ser iniciada em pacientes desnutridos, com impossibilidade de alimentação por via oral por mais de 7 dias no período perioperatório 18. (Prefeitura de Florianópolis 2019) Assinale a alternativa correta em relação à terapia nutricional enteral (TNE) a. A TNE é contraindicada para pacientes críticos b. A TNE só é recomendada quando o trato gastrointestinal estiver completamente funcionante c. A TNE deve ser instituída quando for verificada a necessidade de utiliza-la por pelo menos 5 a 7 dias d. A TNE deve ser instituída para pacientes críticos que irão ficar em jejum por período superior a 7 dias e. A TNE é indicada quando a ingestão oral for incapaz de alcançar 50% das necessidades nutricionais diárias 19. A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar os distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada na recuperação e/ou manutenção do estado nutricional do indivíduo. Nesse sentido, a Avaliação Subjetiva Global (ASG) baseia-se no exame físico e na história clínica do indivíduo. Quais elementos são observados no exame físico? A.Perda de gordura subcutânea, perda muscular e presença de edema B.Perda muscular, IMC e ingestão dietética C.Presença de sintomas gastrointestinais e proeminência óssea D.Perda de gordura na região do tríceps e bíceps e presença de diarreia E.Perda da capacidade funcional e relato de náuseas 20. (Residência médica UFRJ 2015) Pacientes com doenças oncológicas possuem maior risco nutricional. Sobre a terapia nutricional pré-operatória, pode-se considerar como CORRETO o seguinteprocedimento: a. Não devemos suspender a dieta enteral quando se instala distensão abdominal e íleo no pós-operatório. b. Terapia nutricional enteral possui a mesma taxa de infecção do que a nutrição parenteral. c. Nutrição enteral deve ser a preferência inicial de terapia nutricional no pós-operatório de todos os pacientes submetidos à cirurgia de grande porte. d. Há diminuição das complicações em cerca de 10% nos pacientes submetidos a grandes cirurgias quando utilizam nutrição parenteral no pós-operatório. e. Em pacientes desnutridos graves, quando se oferta nutrição parenteral por 7 a 10 dias no pré-operatório, há melhora de todos os parâmetros nutricionais, como albumina sérica, peso, força muscular, balanço nitrogenado. 21. (Residência médica UFRJ 2015) A situação clínica de contraindicação ao início de nutrição enteral é a. Paciente com choque séptico. b. Paciente com pancreatite aguda biliar. c. Pós-operatório de paciente com peritonite por apendicite aguda perfurada. d. Paciente em pré-operatório de câncer gástrico de antro. e. Pós-operatório de cirurgia de Hartmann devido à lesão perfurante de sigmoide por projétil de arma de fogo. 22. (Residência médica UFRJ 2015) A melhor conduta para um paciente com desnutrição leve a ser submetido a uma gastrectomia total por câncer de estômago é a seguinte: a. Fazer nutrição parenteral no pré-operatório. b. Operar imediatamente e iniciar dieta enteral no primeiro dia de pós-operatório. c. Deixar o paciente em jejum por 4 dias para cicatrização das anastomoses no pós- operatório. d. Iniciar nutrição parenteral no pós-operatório imediato. e. Hidratação venosa volumosa pré-operatório. 23. (Prefeitura de Ponte Nova 2020) A terapia nutricional enteral precoce (até 72 horas) satisfaz as necessidades nutricionais, promove a integridade da mucosa intestinal, melhora a cicatrização de feridas, suprime a resposta hipermetabólica, reduz a incidência de infecções, sepse, translocação bacteriana e tempo de hospitalização o que efetivamente diminui os custos hospitalares beneficiando assim o paciente. Avalie, dentre os fatores a serem considerados na seleção da via de acesso para o local de administração da dieta enteral, se intragrástrica ou pós pilórica, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso: (V) Posição Gástrica associa-se à maior tolerância a formulas variadas (proteínas intactas, proteínas isoladas, aminoácidos cristalinos) e aceitação de fórmulas hiperosmóticas. (F) Posição Pós Pilórica associa-se à maior tolerância a formulas variadas (proteínas intactas, proteínas isoladas, aminoácidos cristalinos) e aceitação de fórmulas Hiperosmóticas. (F) Posição Gástrica confere maior dificuldade de saída acidental da sonda. (F) Posição Pós Pilórica permite introdução de grandes volumes em curto tempo a. V,F,V,F b. F,V,F,F c. F,F,V,V d. V,F,F,F 24.(prefeitura de Pereiras 2019) A nutrição enteral, compreendida como um conjunto de procedimentos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional, aconselhada no seguinte caso A. Síndrome de má absorção B. Hemorragia no trato gastrointestinal severa C. Pancreatite aguda grave D. Íleo paralítico E. Fístula no trato gastrointestinal de alto débito 25.(Residência médica UFCE 2019) Mulher de 27 anos dá entrada na emergência com fratura na mandíbula após acidente automobilístico. Descartado traumatismo cranioencefálico e constatando que a paciente encontra-se hemodinamicamente estável, o médico e o cirurgião dentista decidem por tratamento cirúrgico. Conversando com a nutricionista da equipe, o cirurgião informa que a paciente não poderá se alimentar pela via oral por até 21 dias. Qual a melhor conduta a ser tomada pela nutricionista? A.Iniciar terapia de nutrição enteral, determinando como via de acesso a nasal e com posicionamento gástrico B.Iniciar terapia de nutrição parenteral, determinando como via de acesso, o central,inserido perifericamente C.Iniciar terapia de nutrição mista, determinando como vias de acessos a gastrostomia e central de curto prazo D.Iniciar terapia de nutrição mista, determinando como vias de acessos a nasogástrica e periférico de curto prazo 26.(SES/CE 2019) Idoso com diagnóstico de demência avançada, apresenta disfagia severa e risco aumentado de aspiração. Médico recomendou a passagem de sonda para alimentação. Qual acesso enteral deve ser recomendado para esse paciente? A. Oroenteral B. Nasoenteral C. Gastrostomia d. Jejunostomia 27. (Residência médica UFPR 2019) A nutrição parenteral fornece nutrientes diretamente para a corrente sanguínea. São complicações metabólicas desse tipo de nutrição A.desidratação resultante de diurese osmótica e hipoamoniemia B.desequilíbrio eletrolítico e hipolipidemia C.deficiência de ácidos graxos essenciais e hipermagnesemia. D.deficiência de microminerais e coma hiperosmolar, hiperglicêmico e não cetótico E.uremia e acidose metabólica hipoclorêmica 28. Acerca da administração da nutrição enteral, assinale a opção correta A. A nutrição enteral em sistema fechado é industrializada, estéril, envasada em frasco fechado apto para conexão ao equipo. B. A administração da nutrição enteral em sistema aberto deve ser contínua, pois sua validade é indefinida C.A nutrição enteral artesanal é seguramente estéril e amplamente utilizada nos hospitais D.Em sistema fechado, a nutrição enteral requer manipulação prévia, e sua administração pode ser tardia, pois não há riscos de contaminação E.Em sistema aberto, a nutrição enteral é estéril e apirogênica, portanto não existe definição de horário para sua administração 29. (SES/ES 2013) A respeito de nutrição enteral, assinale a opção correta A. Ofertar nutrientes pela via enteral colabora para a manutenção da arquitetura e da microbiota intestinal e modula o sistema imunológico intestinal B.A nutrição enteral, independentemente da situação clínica e do diagnóstico, sempre atinge 100% das necessidades calóricas estimadas, sendo desnecessário suplementar nutrição parenteral C.A nutrição enteral é um procedimento complexo, mais caro que a nutrição parenteral e com índices maiores de complicações D.A nutrição enteral somente deve ser administrada com a extremidade da sonda nasoenteral localizada no jejuno, pois a localização da sonda em posição gástrica não é mais utilizada E.Devido à sua importância e relevância, a nutrição enteral deve sempre ser prescrita, mesmo com o trato gastrintestinal não íntegro, como nas fístulas intestinais de alto debito
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