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Política e Gestão de Resíduos Urbanos e Reciclagem Universidade de Brasília Faculdade UnB Planaltina RECICLAGEM Profa. Dra. Elaine Nolasco Ribeiro RECICLAGEM De acordo com a Lei 12.305/10, cap. II, art. 3º, reciclagem é o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; MINERAÇÃO URBANA Em 2012, na revista Forbes, surgia: “Bem-vindo à era da Mineração Urbana”. Gestão dos resíduos elétricos e eletrônicos (REEE) ou “lixo eletrônico”. Em inglês: WEEE (waste electrical and eletrônic equipament), eletronic waste (e-waste) ou e-scrap. Alto valor agregado. Potencial econômico x risco na reciclagem (XAVIER e LINS, 2018). MINERAÇÃO URBANA Filme, “A história dos eletrônicos”* aborda os impactos da gestão dos REEE durante a sua produção e após a sua vida útil. obsolência programada – economia linear x economia circular (XAVIER e LINS, 2018). *(https://www.youtube.com/watch?v=BZzxU46DBd8). MINERAÇÃO URBANA Mineração convencional: extração de recursos minerais do solo. Mineração urbana: aproveitamento econômico de recursos do “sobressolo” resultantes da geração de resíduos, de características diversas, pelo descarte de produtos e materiais pós-consumo (XAVIER e LINS, 2018). MINERAÇÃO URBANA É a recirculação ou reciclagem de produtos e materiais pós-consumo na forma de matéria-prima secundária, como forma de se minimizar os impactos ambientais, valorizar os resíduos, e criar e otimizar os benefícios econômicos em prol de um ambiente sustentável (XAVIER e LINS, 2018). Escape de insumos de alto valor agregado. Comunidade Européia: acabar com os REEEs na Europa. Como? Economia circular e hierarquia dos resíduos. Reuso, reciclagem e uma economia cíclica. Programa Horizon (H2020) (XAVIER e LINS, 2018) https://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/en MINERAÇÃO URBANA MINERAÇÃO URBANA Fonte: XAVIER e LINS (2018). MINERAÇÃO URBANA Fonte: XAVIER e LINS (2018). MINERAÇÃO URBANA Fonte: XAVIER e LINS (2018). LOGÍSTICA REVERSA DOS REEE Aspectos legais: Acordo Setorial para implantação de Sistema de Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos e seus Componentes: assinado no dia 31/10/2019 e teve seu extrato publicado no D.O.U de 19/11/2019. Decreto nº 10.240: de 12 de fevereiro de 2020, replicou o conteúdo do acordo setorial firmado em 31/10/2019. Fonte: https://sinir.gov.br/component/content/article/63-logistica-reversa/474-acordo-setorial-de-eletroeletronicos LOGÍSTICA REVERSA DOS REEE Aspectos legais: Decreto 9.117/17: regulamenta o artigo 33 de lei 12.305/10. Este Decreto estabelece normas para assegurar a isonomia na fiscalização e no cumprimento das obrigações imputadas aos fabricantes, aos importadores, aos distribuidores e aos comerciantes de produtos, seus resíduos e suas embalagens sujeitos à logística reversa obrigatória. ABNT NBR 15:833/10: sobre manufatura reversa de refrigeradores. ABNT NBR 16:156/13: manufatura reversa de equipamentos eletroeletrônicos Fonte: https://sinir.gov.br/component/content/article/63-logistica-reversa/474-acordo-setorial-de-eletroeletronicos LOGÍSTICA REVERSA DOS REEE Alguns dados do setor de REEE: Produção mundial:45 milhões de toneladas 80% têm descarte inadequado No Brasil: geração de 1,5 milhão de toneladas Atualmente: cerca de 170 pontos de coleta Até 2025: 5 mil pontos de coleta nos 400 maiores municípios brasileiros, abrangendo assim, 60% da população. 2020 – estruturação 2021 – cumprimento das metas Fonte: https://sinir.gov.br/component/content/article/63-logistica-reversa/474-acordo-setorial-de-eletroeletronicos LOGÍSTICA REVERSA DOS REEE Fonte: http://www.slu.df.gov.br/df-tera-120-pontos-de-entrega-voluntaria-de-eletroeletronicos/ ONG Programando o Futuro: https://www.programandoofuturo.org.br/noticias/ ECONOMIA CIRCULAR Economia primária: agrária – nada se perde, tudo se recicla. Manufatura e linha de montagem (séculos XVIII e XIX): mercado de consumo e descarte de resíduos – modelo linear de produção e consumo, acompanhado de desperdício (CALIXTO E CISCATI, 2016).. ECONOMIA CIRCULAR Anos 80 – proposta de novos paradigmas. Michael Braungart e William McDonough, autores de Cradle to cradle ("Do berço ao berço", traduzido no Brasil como Cradle to Cradle: criar e reciclar ilimitadamente) – novo modelo produtivo: RESÍDUOS MATÉRIA PRIMA ECONOMIA CIRCULAR A economia circular propõe que o valor dos recursos extraídos e produzidos seja mantido em circulação por meio de cadeias produtivas integradas. O destino de um material deixa de ser uma questão de gerenciamento de resíduos, mas parte do processo de design de produtos e sistemas (WEBSTER, 2015). ECONOMIA CIRCULAR Ecodesign Novos modelos de negócios Redes reversas globais Condições de habilitação ECONOMIA CIRCULAR Por que é necessário adotar a economia circular? Ponto de vista empresarial: Sobrevivência, os recursos minerais e matérias primas vão ficar mais raros e caros; Valorização das empresas sustentáveis pelos consumidores; Oportunidades de negócios; Existência da humanidade ECONOMIA CIRCULAR Precursores: Kalundborg - Dinamarca Nova Suzhou – China Flex – Sorocaba – HP Votorantim – CDR Metas da Comissão Europeia: reciclar 65% dos resíduos inorgânicos gerados nos países até 2030; reduzir o desperdício de comida em 30%. LIXO ZERO Segundo o conceito estabelecido pela ZWIA – Zero Waste International Alliance –Lixo Zero é: “uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudar seus modos de vidas e práticas de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo.” Uma gestão Lixo Zero é aquela que não permite que ocorra a geração do lixo, que é a mistura de resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos. Fonte: https://ilzb.org/conceito-lixo-zero/ LIXO ZERO O termo Lixo Zero foi proposto primeiramente por Paul Palmer, em 1974, como nome para sua empresa Zero Waste System Inc, que tinha como propósito encontrar novos usos para a maioria dos produtos químicos excedentes da nascente indústria eletrônica (PALMER, 2004). GAIA, Global Alliance for Incinerator Alternatives, com a proposta de reivindicar por um mundo Lixo Zero. 2002, durante um congresso é proposta a Zero Waste Coalition UK, expandida rapidamente para Zero Waste International Alliance (ZWIA) (RITTL, 2020). Chegada do movimento no Brasil em 2010. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FOSTER, A.; ROBERTO, S. S.; IGARI, A. T. Economia circular e resíduos sólidos: uma revisão sistemática sobre a eficiência ambiental e econômica. Encontro Internacional Sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, 2016. SINIR. 2020. Disponível em: https://sinir.gov.br/logistica-reversa RITTL, L. G. F. Avaliação da implementação da rede internacional de cooperação acadêmica Lixo Zero (NIZAC) no Brasil. SEHNEM, S.; PEREIRA, S. C. F. Rumo à economia circular: sinergia existente entre as definições conceituais correlatas e apropriação para a literatura brasileira. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa. v. 18, n. 1, p. 35-62, 2019. XAVIER, L. H.; LINS, F. A. F. et al. Mineração urbana de resíduos eletroeletrônicos: uma nova fronteira a explorar no Brasil. Brasil Mineral, no 379, 2018. 24
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