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AS TIC’S APLICADAS NO ENSINO DA LÍGUA ESPANHOLA 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
1 AS NOVAS TECNOLOGIAS E A REJEIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA 
EDUCAÇÃO ................................................................................................................ 3 
2 DESCREVENDO SOBRE O TERMO TECNOLOGIA ................................. 4 
3 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO .................................................................... 5 
4 AS NOVAS MÍDIAS .................................................................................... 8 
5 LISTA ELETRÔNICA/FÓRUM .................................................................. 10 
5.1 Aulas-pesquisa ................................................................................... 11 
5.2 Construção colaborativa ..................................................................... 13 
5.3 Mudanças na educação presencial com tecnologias ......................... 15 
5.4 Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula ........................... 16 
5.5 Equilibrar o presencial e o virtual ....................................................... 17 
6 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ..................................... 19 
7 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO ................... 21 
8 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL ......................................................... 24 
9 métodos de ensino em espanhol ............................................................. 27 
9.1 Ensino de outras línguas .................................................................... 30 
9.2 Enfoque .............................................................................................. 34 
9.3 Linguagem oral ................................................................................... 35 
9.4 Oralidade ............................................................................................ 35 
9.5 Destreza ............................................................................................. 36 
9.6 Competência ...................................................................................... 36 
9.7 Competência comunicativa ................................................................ 36 
9.8 Tarefa pedagógica ............................................................................. 36 
9.9 Compreensão oral .............................................................................. 37 
9.10 Atividades e Técnicas para Desenvolver a Expressão Oral ............ 38 
 
2 
 
9.11 Critérios de Avaliação da Competência Comunicativa .................... 40 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 41 
 
 
 
3 
 
1 AS NOVAS TECNOLOGIAS E A REJEIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA 
EDUCAÇÃO 
 
Fonte: az616578.vo.msecnd.net 
As tecnologias sempre existiram, mesmo que não reconhecidas por essa 
nomenclatura. Elas são as ferramentas que usamos para solucionar, da melhor forma, 
questões as quais levariam, talvez, muito tempo para resolvê-las, tornando mais 
prático e confortável o processo de execução das nossas atividades diárias. 
As novas tecnologias estão em todo e qualquer lugar, seja em fábricas ou nas 
demais empresas dos mais diversos segmentos, não ficando de fora, é claro, o setor 
educacional e, influenciando no processo de ensino-aprendizagem. Sabemos que 
essas ferramentas vêm a facilitar a forma do trabalho dentro e fora das escolas, o que 
não quer dizer que essa facilidade seja vista por todos com bons olhos, pois, há uma 
grande quantidade de profissionais da educação, principalmente professores, que não 
aceitam as novas tecnologias como instrumento transformador na sua prática 
pedagógica. 
Essa rejeição muitas vezes se dá devido à falta de conhecimento, por parte 
desses, sobre a forma como utilizá-las para adquirir praticidade no processo de 
 
4 
 
ensino-aprendizagem. Se as novas tecnologias educacionais não são usadas, torna 
cada vez mais difícil o processo de inclusão digital tão discutido e esperado. O que 
não quer dizer que o uso desordenado dessas tecnologias será bem aproveitado, pois 
o que importa é saber usá-las e não apenas usá-las. 
2 DESCREVENDO SOBRE O TERMO TECNOLOGIA 
Tecnologia é conhecimento, interpretação, aplicação e/ou estudo de técnica e 
de suas variáveis, enquanto aplicação e aplicativo, ao longo da história e em 
determinada sociedade. É um termo muito abrangente que envolve conhecimentos 
técnicos e científicos, este sugere objetos que são suas ferramentas, que usamos 
para aplicar em cada contexto. Não só as ferramentas técnicas, como as máquinas, 
como também os conhecimentos. Sendo assim, todo processo utilizado para facilitar 
ou resolver problemas é uma forma de tecnologia, obviamente sendo aplicada ao seu 
contexto especifico, auxiliando-nos na busca de solução dos problemas, de forma 
prática, com segurança e em tempo reduzido. Segundo Daniel, “Tecnologia é a 
aplicação do conhecimento cientifico, e de outras formas de conhecimento 
organizado, a tarefa prática por organizações compostas de pessoal e maquinas” 
(DANIEL 2003:26 APUD ZANELA, 2007:1). 
O termo “tecnologia” tem ligação forte com um movimento surgido na Inglaterra 
em meados do século XVIII: a Revolução Industrial, denominada assim por ser a 
responsável pelo avanço das maquinas sobre a manufatura. O que para o liberalismo 
econômico teriam muitos benefícios, de forma que aumentaria a produção, 
aumentando o lucro de pessoal, podendo também fazer os produtos caírem de preço. 
Uma tecnologia nova é oriunda de tecnologias já existentes, tornando-se 
ultrapassada a partir dessa, ou seja, sendo um novo método para resolução de 
problemas. Sempre surge para executar tarefas que a existente não tem suporte ou 
para executar tarefas em menor tempo que a tecnologia que já existe: o chamado 
aperfeiçoamento ou evolução objetivando redução de tempo na execução da 
atividade, redução de custo e aumento de lucros. As tecnologias e seus avanços são 
frutos do capitalismo. A evolução da humanidade a partir da descoberta do fogo, da 
roda, da energia etc., é um exemplo claríssimo de análise diacrônica da história das 
 
5 
 
tecnologias. “A invenção da imprensa por Gutemberg em 1442 foi a primeira grande 
revolução tecnológica na história da cultura humana [...]”. (PAIVA, 2008. p.2). 
Hoje, usamos a tecnologia para nos divertir, fazer amizades, trabalhar, cuidar 
da saúde, nos comunicar, etc. As tecnologias são tão presentes em nossas vidas que 
chegam a mudar a forma como trabalhamos ou pensamos e, levando-nos assim, a 
mudar o nosso modo de vida tornando-o mais fácil e prático. 
3 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO 
 
Fonte: silabe.com.br 
Quando se fala em recursos tecnológicos, pensa-se logo na televisão, no 
telefone e, principalmente, no computador. Mas em se tratando de educação qualquer 
meio de comunicação que completa a ação do professor é uma ferramenta 
tecnológica na busca da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Exemplos 
disso são: o quadro negro e o giz, umas das ferramentas mais antigas e mais usadas 
na sala de aula. 
A Internet é a nova tecnologia que tem se mostrado eficiente na transmissão 
de informações e na comunicação, importantíssima na construção do conhecimento. 
Através dela é possível fazer os mais diversos tipos de pesquisas, ter acesso a 
 
6 
 
conteúdos completos de livros, revistas, bem como comunicar-se com o mundo 
adquirindo informações em tempo real bem próximo à comunicação face a face. 
Mediada através do computador uma potente ferramenta que nos proporciona 
inúmeras formas de uso na educação, mesmo sem o uso da rede mundial de 
computadores, a internet, nos propicia o rompimento da barreira do tempo e do espaço 
nos mais variados seguimentos. Mas é essa potente máquina composta por 
componentes simples interligados, o computador, que nos permite o acesso a esse 
grande potencial na mediação de informações permitindo ainteração global através 
dos mais variados meios, agrupando, assim, todas as tecnologias de comunicação já 
inventadas pelo homem transformando-se no aliado perfeito na busca do 
conhecimento. 
A tecnologia da informática evoluiu rapidamente e o computador e seus 
periféricos, além do correio e do telégrafo, passaram a integrar todas as tecnologias 
da escrita, de áudio e vídeo já inseridos na sociedade: máquina de escrever, imprensa, 
gravador de áudio e vídeo, projetor de slides, projetor de vídeo, rádio, televisão, 
telefone e fax. (PAIVA, 2008. p.9). 
Com a evolução tecnológica, a comunicação através da Internet, surge como a 
forma mais viável de suprir essa necessidade, do homem moderno, de comunicar-se 
rapidamente sem a necessidade de estarem no mesmo local ou até no mesmo 
momento. 
O homem por ser altamente comunicativo utiliza-se de vários meios para 
manter sua comunicação: imagens, símbolos, sinais, gravuras, sons e muitos outros, 
além da escrita e da fala. Com a evolução da linguagem percebemos que os signos 
linguísticos vêm sofrendo modificações na comunicação oral e consequentemente na 
escrita perdendo elementos da sua composição. Com o avanço da comunicação 
através das mensagens instantâneas, isso tem acontecido constantemente porque o 
homem moderno, na sociedade capitalista, necessita das informações no menor 
tempo possível. Os signos linguísticos são reduzidos objetivando a diminuição do 
tempo de transmissão de mensagens e aceleração na comunicação. As ferramentas 
tecnológicas, hoje, são instrumentos eletrônicos indispensáveis no processo de 
evolução prática da comunicação. Com essa nova forma de comunicação, o homem 
passa a obter uma enorme quantidade de informações em curto espaço de tempo não 
 
7 
 
sendo possível seu armazenamento, pois, nosso cérebro não funciona com tamanha 
rapidez. 
Com o domínio da informática, o homem passou a dominar inúmeras novas 
tecnologias, sem desprezar as já existentes, reportando-nos, por exemplo, a 
tecnologia educacional, denominadas por Zanela de TIC. “Tecnologias da Informação 
e da Comunicação (TIC), é o conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e 
de telecomunicações, que produzem, processam, armazenam e transmite dados em 
forma de imagens, vídeos textos ou áudios” (ZANELA, 2007. p.25). 
Mas seu uso constante sem planejamento orientado tem se tornado um grande 
problema. Fortalece argumentos por parte de alguns profissionais da educação como 
suporte ideário de resistência no processo de adesão das novas tecnologias como 
ferramenta pedagógica essencial no processo de ensino-aprendizagem. Este 
processo é apresentado, por Paiva, numa classificação em estágios: rejeição, adesão 
e normalização. 
Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é de desconfiança e de 
rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da 
linguagem e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Após a 
inserção, vem o estágio da normalização, definido por Chambers e Bax (2006, p.465) 
como um estado em que a tecnologia se integra de tal forma ás práticas pedagógicas 
que deixa de ser vista como cura milagrosa ou como algo a ser temido. (PAIVA, 2008. 
p.1). 
Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e organizações 
- transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os 
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do 
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e 
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e 
profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos. 
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a 
comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar 
o individual, o grupal e o social. 
Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece 
quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as 
telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais. 
 
8 
 
Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes para o 
computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de cada 
meio. 
4 AS NOVAS MÍDIAS 
 
Fonte: www.gettingsmart.com 
O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades 
de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar 
com os alunos presencial e virtualmente e assim avaliá-los. 
Cada docente pode encontrar a forma mais adequada de integrar as várias 
tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie, 
que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de 
comunicação audiovisual/telemática. 
Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É 
importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sentir-se bem, a 
comunicar-se bem, ensinar bem, ajudar os alunos a que aprendam melhor. É 
importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar. 
Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar e 
aprender tanto nos cursos presenciais como nos à distância. São muitos os caminhos, 
 
9 
 
que dependerão da situação concreta em que o professor se encontrar: número de 
alunos, tecnologias disponíveis, duração das aulas, quantidade total de aulas que o 
professor dá por semana, apoio institucional. Alguns parecem ser, atualmente, mais 
viáveis e produtivos. 
No começo procurar estabelecer uma relação empática com os alunos, 
procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e 
perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma de relacionar-nos com 
eles é fundamental para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor 
gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para 
aprender. 
Vale a pena descobrir as competências dos alunos que temos em cada classe, 
que contribuições podem dar ao nosso curso. Não vamos impor um projeto fechado 
de curso, mas um programa com as grandes diretrizes delineadas e onde vamos 
construindo caminhos de aprendizagem em cada etapa, estando atentos - professor 
e alunos - para avançar da forma mais rica possível em cada momento. 
É importante mostrar aos alunos o que vamos ganhar ao longo do semestre, 
por que vale a pena estarmos juntos. Procurar motivá-los para aprender, para 
avançar, para a importância da sua participação, para o processo de aula-pesquisa e 
para as tecnologias que iremos utilizar, entre elas a Internet. 
O professor pode criar uma página pessoal na Internet, como espaço virtual de 
encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. 
Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação de suas 
ideias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num 
primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como ponto 
de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a qualquer 
pessoa ou só para os alunos, dependerá de cada situação. O importante é que 
professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e viabilização 
virtual. 
Hoje começamos a ter acesso a programas que facilitam a criação de 
ambientes virtuais, que colocam alunos e professores juntos na Internet. Programas 
como o Eureka da PUC de Curitiba, o LearningSpace da Lotus-IBM, o WEBCT, o 
Aulanet da PUC do Rio de Janeiro, o FirstClass, o Blackboard e outros semelhantes 
permitem que o Professor disponibilize o seu curso, oriente as atividades dos alunos, 
 
10 
 
e que estes criem suas páginas, participem de pesquisa em grupos, discutam 
assuntos em fóruns ou chats. O curso pode ser construído aos poucos, as interações 
ficam registradas,as entradas e saídas dos alunos monitoradas. O papel do professor 
se amplia significativamente. Do informador, que dita conteúdo, se transforma em 
orientador de aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e 
fora da sala de aula, de um processo que caminha para ser semipresencial, 
aproveitando o melhor do que podemos fazer na sala de aula e no ambiente virtual. 
O professor, tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe a 
participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas simples da Internet para 
melhorar a interação presencial-virtual entre todos. 
5 LISTA ELETRÔNICA/FÓRUM 
Em relação à Internet, procurar que os alunos dominem as ferramentas da 
WEB, que aprendam a navegar e que todos tenham seu endereço eletrônico (e-mail). 
Com os e-mails de todos, criar uma lista interna de cada turma ou um fórum. 
A lista eletrônica interna ajuda a criar uma conexão virtual permanente entre o 
professor e os alunos, a levar informações importantes para o grupo, orientação 
bibliográfica, de pesquisa, a dirigir dúvidas, a trocarmos sugestões, envio de textos, 
de trabalhos. 
A lista eletrônica é um novo campo de interação que se acrescenta ao que 
começa na sala de aula, no contato físico e que depende dele. Se houver interação 
real na sala, a lista acrescenta uma nova dimensão, mais rica. Se no presencial houver 
pouca interação, provavelmente também não a haverá no virtual. 
 
11 
 
5.1 Aulas-pesquisa 
 
Fonte: www.usnews.com 
Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de 
informação, comunicação e de pesquisa, onde vamos construindo o conhecimento 
equilibrando o individual e o grupal, entre o professor-coordenador-facilitador e os 
alunos-participantes ativos. Aulas-informação, onde o professor mostra alguns 
cenários, algumas sínteses, o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou 
tema. Aulas-pesquisa, onde professores e alunos procuram novas informações, 
cercar um problema, desenvolver uma experiência, avançar em um campo que não 
conhecemos. O professor motiva, incentiva, dá os primeiros passos para sensibilizar 
o aluno para o valor do que vamos fazer, para a importância da participação do aluno 
neste processo. Aluno motivado e com participação ativa avança mais, facilita todo o 
nosso trabalho. O papel do professor agora é o de gerenciador do processo de 
aprendizagem, é o coordenador de todo o andamento, do ritmo adequado, o gestor 
das diferenças e das convergências. 
Uma proposta viável é escolher os temas fundamentais do curso e trabalhá-los 
mais coletivamente e os secundários ou pontuais pesquisá-los mais individualmente 
 
12 
 
ou em pequenos grupos. Os grandes temas da matéria são coordenados pelo 
professor, iniciados pelo professor, motivados pelo professor, mas pesquisados pelos 
alunos, às vezes, todos simultaneamente; às vezes, em grupos; às vezes, 
individualmente. 
A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta, dando somente 
o tema sem referências a sites específicos, para que os alunos procurem de acordo 
com a sua experiência e conhecimento prévio. Isso permite ampliar o leque de opções 
de busca, a variedade de resultados, a descoberta de lugares desconhecidos pelo 
professor. Eles vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em 
disquete e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que 
estão salvando O professor incentiva a troca constante de informações, a 
comunicação, mesmo parcial, dos resultados que vão sendo obtidos, para que todos 
possam se beneficiar dos achados dos colegas. É mais importante aprender através 
da colaboração, da cooperação do que da competição. O professor estará atento aos 
vários ritmos, às descobertas, servirá de elo entre todos, será o divulgador de 
achados, o problematizador e principalmente o incentivador. Depois de um tempo, ele 
coordena a síntese das buscas feitas, organiza os resultados, os caminhos que 
parecem mais promissores. 
Passa-se, num segundo momento, à pesquisa mais focada, mais específica, a 
partir dos resultados anteriores. O mesmo tema vai ser pesquisado no mesmo 
endereço, de forma semelhante por todos. É uma forma de aprofundar os dados 
conseguidos anteriormente e evitar o alto grau de entropia e dispersão que pode 
acontecer na etapa anterior da pesquisa aberta. Como na etapa anterior é importante 
a troca de informações, a divulgação dos principais achados. Há vários caminhos para 
aprofundar as pesquisas: Do simples ao complexo, do geral ao específico, do aberto 
ao dirigido, focado. Os temas podem ser aprofundados como em ondas, cada vez 
mais ricas, abertas, aprofundadas. Os alunos comunicam os resultados da pesquisa. 
O professor os ajuda a fazer a síntese do que encontraram. 
O professor atua como coordenador, motivador, elo de união do grupo. Os 
textos e materiais que parecem mais promissores são salvos, impressos ou enviados 
por e-mail para cada aluno. Faz-se uma síntese dos materiais coletados, das ideias 
percebidas, das questões levantadas e se pede que todos leiam esses materiais que 
parecem mais importantes para a próxima aula, numa leitura mais aprofundada e que 
 
13 
 
sirva como elo com a próxima etapa de uma discussão mais rica, com conhecimento 
de causa. Os melhores textos e materiais podem ser incorporados à bibliografia do 
curso. O professor utilizou uma parte do material preparado de antemão 
(planejamento) e o enriqueceu com as novas contribuições da pesquisa grupal 
(construção cooperativa). Assim o papel do aluno não é o de "tarefeiro", o de executar 
atividades, mas o de pesquisador, responsável pela riqueza, qualidade e tratamento 
das informações coletadas. O professor está atento às descobertas, às dúvidas, ao 
intercâmbio das informações (os alunos pesquisam, escolhem, imprimem), ao 
tratamento das informações. O professor ajuda, problematiza, incentiva, relaciona. 
Ao mesmo tempo, o professor coordena a escolha de temas ou questões mais 
específicas, que são selecionados ou propostos pelos alunos, dentro dos parâmetros 
propostos pelo professor e que serão desenvolvidos individualmente ou em pequenos 
grupos. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa 
que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Quanto mais jovens são os 
alunos, mais curto deve ser o tempo entre o planejamento e a execução das 
pesquisas. Nas datas combinadas, as pesquisas são apresentadas verbalmente para 
a classe, trazem um resumo escrito para a aula ou o enviam pela lista interna para 
todos os participantes. Alunos e professor perguntam, complementam, participam. 
O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo alcançado 
pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto das 
informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, onde todos se envolvem, 
participam-na sala de aula, na lista eletrônica e na Home Page - é fascinante, criativo, 
cheio de novidades e de avanços. O conhecimento que é elaborado a partir da própria 
experiência se torna muito mais forte e definitivo em nós. 
5.2 Construção colaborativa 
A Internet favorece a construção cooperativa e colaborativa, o trabalho conjunto 
entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de 
uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação 
sobre um problema de atualidade. 
Uma das formas mais interessantes de trabalhar hoje colaborativamente é criar 
uma página dos alunos, como um espaço virtual de referência, onde vamos 
 
14 
 
construindo e colocando o que acontece de mais importante no curso, os textos, os 
endereços, as análises, as pesquisas. Pode ser um site provisório, interno, sem 
divulgação, que eventualmente poderá ser colocado à disposição do público externo. 
Pode ser também um conjunto de sites individuais ou de pequenos grupos que se 
visibilizam quando os alunosacharem conveniente. Não deve ser obrigatória a criação 
da página, mas incentivar a que todos participem e a construam. O formato, colocação 
e atualização podem ficar a cargo de um pequeno grupo de alunos. 
O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: 
conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância 
pela lista - comunicar-nos quando for necessário e também acessar aos materiais 
construídos em conjunto no Home-Page, na hora em que cada um achar conveniente. 
É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos 
os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por 
cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o 
audiovisual, o texto sequencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual. 
O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e 
comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o 
virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da 
semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, 
no chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às 
vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de 
pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de 
animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, 
sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico. 
 
15 
 
5.3 Mudanças na educação presencial com tecnologias 
 
Fonte: edge.alluremedia.com.au 
Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis, 
integradas. Para estruturas mais enxutas. Menos pessoas, trabalhando mais 
sinergicamente. Haverá maior participação dos professores, alunos, pais, da 
comunidade na organização, gerenciamento, atividades, rumos de cada instituição 
escolar. 
Está em curso uma reorganização física dos prédios. Menos quantidade de 
salas de aula e mais funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos 
começam a utilizar o notebook para pesquisa, busca de novos materiais, para solução 
de problemas. O professor também está mais conectado em casa e na sala de aula e 
com recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio para motivar os alunos 
e ilustrar as suas ideias. Teremos mais ambientes de pesquisa grupal e individual em 
cada escola; as bibliotecas se convertem em espaços de integração de mídias, 
software e bancos de dados. 
Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos. A relação 
professor-aluno mais aberta, interativa. Haverá uma integração profunda entre a 
 
16 
 
sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a vida. A aula não é um espaço 
de inanimado; e sim um espaço contínuo de aprendizagem. Os cursos serão híbridos 
no estilo, presença, tecnologias, requisitos. Haverá muito mais flexibilidade em todos 
os sentidos. Uma parte das matérias será predominantemente presencial e outra 
predominantemente virtual. O importante é aprender e não impor um padrão único de 
ensinar. 
Com o aumento da velocidade e de largura de banda, ver-se e ouvir-se a 
distância será corriqueiro. O professor poderá dar uma parte das aulas da sua sala e 
será visto pelos alunos onde eles estiverem. Em uma parte da tela do aluno aparecerá 
a imagem do professor, ao lado um resumo do que está falando. O aluno poderá fazer 
perguntas no modo chat ou sendo visto, com autorização do professor, por este e 
pelos colegas. Essas aulas ficarão gravadas e os alunos poderão acessá-las off-line, 
quando acharem conveniente. 
Haverá uma integração maior das tecnologias e das metodologias de trabalhar 
com o oral, a escrita e o audiovisual. Não precisaremos abandonar as formas já 
conhecidas pelas tecnologias telemáticas, só porque estão na moda. Integraremos as 
tecnologias novas e as já conhecidas. As utilizaremos como mediação facilitadora do 
processo de ensinar e aprender participativamente. 
Haverá uma mobilidade constante de grupos de pesquisa, de professores 
participantes em determinados momentos, professores da mesma instituição e de 
outras. 
5.4 Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula 
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da 
educação presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em 
que vale a pena encontrar-nos fisicamente, no começo e no final de um assunto ou 
de um curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço 
habitual, mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio 
constante, tornando real o conceito de educação permanente. 
Como regra geral, podemos encontrar-nos fisicamente no começo e no final de 
um novo tema, de um assunto importante. No início, para colocar esse tema dentro 
de um contexto maior, para motivar os alunos, para que percebam o que vamos 
 
17 
 
pesquisar e para organizar como vamos pesquisá-lo. Os alunos, iniciados ao novo 
tema e motivados, o pesquisam, sob a supervisão do professor e voltam a aula depois 
de um tempo para trazer os resultados da pesquisa, para colocá-los em comum. 
É o momento final do processo, de trabalhar em cima do que os alunos 
apresentaram, de complementar, questionar, relacionar o tema com os demais. 
Vale a pena encontrar-nos no início de um processo específico de 
aprendizagem e no final, na hora da troca, da contextualização. Iniciar o processo 
presencialmente. O professor estimula, motiva. Coloca uma questão, um problema, 
uma situação real. Os alunos pesquisam com a supervisão dele. Uma parte das aulas 
pode ser substituída por acompanhamento, monitoramento de pesquisa, onde o 
professor dá subsídios para os alunos irem além das primeiras descobertas, para 
ajudá-los nas suas dúvidas. Isso pode ser feito pela Internet, por telefone ou pelo 
contato pessoal com o professor. 
5.5 Equilibrar o presencial e o virtual 
Se tivermos dificuldades no ensino presencial, não as resolveremos com o 
virtual. Se olhando-nos, estando juntos temos problemas sérios não resolvidos no 
processo de ensino-aprendizagem, não será "espalhando-nos" e "conectando-nos" 
que vamos solucioná-los automaticamente. 
Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação: o presencial e o 
virtual, valorizando o melhor de cada um deles. Aproveitar o melhor dos dois modos 
de estar. 
Estar juntos fisicamente é importante em determinados momentos fortes: 
conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto. Conectados, para realizar trocas mais 
rápidas, cômodas e práticas. 
Realizar atividades que fazemos melhor no presencial: comunidades, criar 
grupos afins (por algum critério específico); definir objetivos, conteúdos, formas de 
pesquisa de temas novos, de cursos novos. Traçar cenários, passar as informações 
iniciais necessárias para situar-nos diante de um novo assunto ou questão a ser 
pesquisada. 
 
18 
 
A comunicação virtual permite interações espaço-temporais mais livres; a 
adaptação a ritmos diferentes dos alunos; novos contatos com pessoas semelhantes, 
fisicamente distantes; maior liberdade de expressão a distância. 
Certas formas de comunicação, as conseguirmos fazer melhor a distância, por 
dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no presencial. Na medida em que 
avançam as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de presencialidade 
também se altera. Podemos ter professores externos compartilhando determinadas 
aulas, um professor de fora "entrando" por videoconferência na minha aula. Haverá 
um intercâmbio muito maior de professores, onde cada um colabora em algum ponto 
específico, muitas vezes a distância. 
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje entendemos por aula um 
espaço e tempo determinados. Esse tempo e espaço cada vez serão mais flexíveis. 
O professor continua "dando aula" quando está disponível para receber e respondermensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente 
os alunos com textos, páginas da Internet, fora do horário específico da sua aula. Há 
uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos 
tempos e espaços diferentes, quando tanto professores quanto os alunos estão 
motivados e entendem a aula como pesquisa e intercâmbio, supervisionados, 
animados, incentivados pelo professor. 
As crianças terão muito mais contato físico, pela necessidade de socialização, 
de interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual superará o presencial. 
Haverá uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de 
aula e mais sala ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa, 
o escritório será o lugar de aprendizagem. 
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros 
predominantemente virtuais. Isso dependerá do tipo de matéria, das necessidades 
concretas de cobrir falta de profissionais em áreas específicas ou de aproveitar melhor 
especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar. 
Caminhamos rapidamente para processos de ensino-aprendizagem totalmente 
audiovisuais e interativos. Veremos, ouviremos, escreveremos simultaneamente, com 
facilidade, a um custo baixo, às vezes em grupos grandes, em outros em grupos 
pequenos ou de dois em dois. 
 
19 
 
6 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
Fonte: media.pennlive.com 
Estamos numa fase de transição na educação à distância. Muitas organizações 
estão limitando-se a transpor para as virtuais adaptações do ensino presencial (aula 
multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria 
(formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line. Começamos a passar 
dos modelos predominantemente individuais para os grupais. A educação a distância 
mudará radicalmente de concepção, de individualista para mais grupal, de utilização 
predominantemente isolada para utilização participativa, em grupos. Das mídias 
unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais 
interativas. Da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação off e on-
line (em tempo real). 
Educação a distância não é só um "fast-food" aonde o aluno vai lá e se serve 
de algo pronto. Educação a distância é ajudar os participantes a que equilibrem as 
necessidades e habilidades pessoais com a participação em grupos -presenciais e 
virtuais - onde avançamos rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. 
Iremos combinando daqui em diante cursos presenciais com virtuais, uma parte dos 
 
20 
 
cursos presenciais será feita virtualmente. Uma parte dos cursos a distância será feita 
de forma presencial ou virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. Períodos de 
pesquisa mais individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns 
cursos poderão fazê-los sozinhos com a orientação virtual de um tutor e em outros 
será importante compartilhar vivências, experiências, ideias. 
A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo 
real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será mais fácil fazer 
integrações mais profundas entre TV e WEB. 
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o 
alargamento da banca de transmissão como acontece na TV a cabo torna-se mais 
fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a 
distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, extensão. As 
possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas 
envolvidas. 
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line e aulas 
presenciais com interação a distância. Algumas organizações e cursos oferecerão 
tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora. (lucro, multiplicação) 
O ensino será um mix de tecnologias com momentos presenciais, outros de 
ensino on-line, adaptação ao ritmo pessoal, mais interação grupal, avaliação mais 
personalizada. (com níveis diferenciados de visão pedagógica) 
Outras organizações oferecerão tecnologias de ponta com visão pedagógica 
avançada (cursos de elite, subsidiados). O processo mais lento do que se espera. 
Iremos mudando aos poucos, tanto no presencial como na educação à distância. Há 
uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das 
pessoas. Alguns estão prontos para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar 
padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos 
profissionais e da sociedade. 
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos 
simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes 
professores e alunos. Caso contrário conseguirá dar um verniz de modernidade, sem 
mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas 
que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de 
ensinar e de aprender. 
 
21 
 
7 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO 
Fonte: noticias.universia.com.br 
As políticas sociais vêm transformando as relações de trabalho, através da 
inserção das tecnologias digitais, de forma significativa no cotidiano dos profissionais 
de todas as áreas. Impulsionado pelos avanços tecnológicos, o professor modifica sua 
prática pedagógica, utilizando-se de ferramentas que não tem conhecimento, em 
nome do valor dado ao acesso rápido e estratégico de informações. 
Com relação à prática pedagógica, por mais que a educação se transforme com 
um emprego de novas metodologias e tecnologias, o professor, através da sua 
postura e do seu conhecimento, é quem efetiva a utilização desse aparato tecnológico 
e científico. Dessa forma, redimensiona o seu papel, deixando de ser o transmissor 
de conhecimento para ser o estimulador. “O professor se transforma agora no 
estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a 
informação mais relevante” (MORAN, 1995). 
Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando tecnologia digital, o professor 
precisa estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o 
aluno já sabe, o que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno 
a fazer parte da proposta pedagógica, colocando-o a par sobre o que será abordado 
e convidando-o a contribuir. "Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e 
 
22 
 
principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender” (MORAN, 
2000). 
O professor detém um lugar de destaque na aprendizagem porque possui uma 
formação específica, sendo legitimado por sua formação acadêmica para trabalhar 
nessa área. Para que a atuação do professor seja satisfatória, ele necessita estar 
constantemente se atualizando e estudando sempre. A formação continuada do 
profissional é processo constante, permitindo a análise da teoria na prática, além de 
desenvolver o senso reflexivo sobre a sua atuação. Porém, a realidade, nem sempre, 
proporciona isso devido à pequena disponibilidade de tempo ou à distância, o que 
vem sendo resolvido com os cursos a distância. 
Segundo Pedro Demo, 1998, o professor moderno apresenta, ou deveria 
apresentar, algumas características a comentar. O professor deve ser um 
pesquisador, assumindo um compromisso com o questionamento reconstrutivo a fim 
de ultrapassar a simples socialização do conhecimento. Para tanto, é fundamental a 
consciência crítica, o questionamento para a construção ou para a realização de 
intervenção alternativa. O professor ao estruturar o planejamento da sua aula e ao 
utilizar novas técnicas estará experimentando outras propostas pedagógicas, 
qualificando o processo de ensino aprendizagem. 
A realidade mostra um quadro um pouco diferente. Para pesquisar é necessário 
tempo, e o professor, que se encontra em sala de aula, por vezes comuma sobrecarga 
de trabalho, não encontra este tempo para a pesquisa, para criar novas propostas de 
aula. 
Outro fator importante da prática pedagógica é a faculdade do professor 
elaborar por si próprio seu material como marca de teor emancipatório e de autonomia, 
fundamentado teoricamente. A experiência pela experiência leva a um caminho 
perigoso, o do “achismo”. O professor acha que o seu aluno está aprendendo sem 
fazer uma avaliação teórica da situação. 
O acesso à Internet é uma ferramenta que pode facilitar na inovação de 
propostas pedagógicas alternativas, bem como no contato com o conhecimento de 
ponta para poder comparar e avaliar as propostas. Isso se faz possível, uma vez que 
as escolas se encontram equipadas tecnologicamente. 
A teorização da prática faz parte da atuação pedagógica. Com o confronto entre 
teoria e prática, surge uma relação dialética que garante um processo construtivo da 
 
23 
 
aprendizagem. “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação 
Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo” 
(FREIRE, P., 1998, P.24). 
O professor também necessita de atualização permanente, buscar sempre 
informações, saber o que está acontecendo, estar consciente da relação entre os 
diferentes saberes. Saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente 
para atender as necessidades dos alunos. Isto não quer dizer que o professor precise 
saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer. O processo educativo 
precisa estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. 
Isso irá implicar em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros 
recursos pedagógicos. 
Uma questão que envolve a prática educativa relaciona-se com a avaliação, 
sendo necessário que o professor reveja sua teoria e prática dessa etapa. A avaliação 
permite acompanhar o aluno e verificar o seu processo de aprendizagem, para dar 
continuidade na construção do conhecimento através de propostas específicas. 
Portanto, ela exige do professor dedicação e sensibilidade. 
Antes de falar sobre o professor frente ao uso da tecnologia digital na 
educação, faz-se necessário uma pequena explanação sobre estas tecnologias, como 
propostas metodológicas e como ferramentas de aprendizagem. 
 
24 
 
8 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL 
 
Fonte: www.xalingo.com.br 
Dentro desse novo panorama, importante, sem sombra de dúvidas, é a questão 
da possibilidade de uso do computador, da informática, pelo professor na educação, 
sendo o computador uma forma de mídia educacional em que a abordagem 
pedagógica é auxiliada por esta ferramenta. 
Através do computador, é possível repassar a informação para ser processada 
em conhecimento com a criação de ambientes de aprendizagem e a facilitação do 
processo do desenvolvimento intelectual do aluno. 
O professor tem a sua disposição uma série de ferramentas, que podem ser 
utilizadas através do computador, como as listadas abaixo, que possibilitam a 
incrementação de sua prática pedagógica: 
- Teleconferência: a teleconferência permite que um especialista esteja em 
contato com telespectadores das mais diversas e distantes regiões do mundo, esta 
atividade permite que informações e experiências sejam transmitidas, reforçando-se 
o aspecto do ensino. Para que haja um processo de aprendizagem, essa técnica deve 
ser precedida de estudos sobre o tema, com um preparo prévio da conferência para 
a realização de um debate e não um monólogo. Outro ponto é a necessidade da 
 
25 
 
continuidade da atividade que se integra a uma teleconferência, esta não pode ser um 
acontecimento isolado. 
- Videoconferência: a videoconferência possibilita o encontro de várias 
pessoas, localizadas em espaços diferentes. Através da videoconferência as pessoas 
podem trocar áudio, vídeo, trabalhar juntas através dos recursos de compartilhamento 
e construir esquemas ou gráficos no quadro de comunicação. 
- Chat ou bate-papo: funciona como uma técnica de brainstorm, momento em 
que todos os participantes interagem sincronicamente, expressando suas ideias de 
forma livre. Permite conhecer as manifestações espontâneas dos participantes sobre 
determinado tema, possibilita uma discussão mais profunda e motiva o grupo para um 
assunto. Esta técnica acontece numa velocidade surpreendente, podendo haver a 
manifestação simultânea de todos, o que requer um acompanhamento do professor 
orientando a atividade e também tomando cuidado para não entrar a todo o momento 
nas manifestações. 
-Listas de discussão: cria online grupos de pessoas que debatem sobre um 
assunto que tenham interesse. O objetivo da lista é avançar os conhecimentos, as 
informações e experiências, para trabalhar as ideias iniciais. As listas de discussão 
exigem um tempo maior para o preparo dos textos a serem colocados na lista. Trata-
se de uma reflexão contínua, de um debate fundamentado de ideias. Não se fecha o 
assunto, e como funciona não necessariamente online simultaneamente, exige tempo 
para ser realizada. As listas são criadas utilizando-se o correio eletrônico. 
- Correio eletrônico – e-mail: este recurso permite a interação aluno/professor - 
aluno/aluno, sustentando a continuidade do processo de aprendizagem através do 
atendimento a um pedido de orientação, ou o professor pode se comunicar com todos 
os seus alunos (ou com algum em particular) durante o espaço entre uma aula e outra. 
Coloca os alunos em contato direto, favorecendo a troca de materiais, a produção de 
textos em conjunto, agilizando a comunicação. 
- Internet: é um recurso dinâmico, atraente, atualizado, de fácil acesso, que 
permite a transmissão de som e imagem em tempo real. Além das facilidades 
interativas, através da Internet, tem-se acesso ao conhecimento de ponta, bem como 
o acesso a bibliotecas do mundo todo. Com a Internet, aprende-se a ler, buscar 
informações, pesquisar, comparar dados. 
 
26 
 
- Softwares educacionais: estes recursos disponibilizam informações e 
orientações de trabalho para os usuários mais facilmente, pois se apresentam de 
forma integrada. Devem funcionar como incentivadores e interativos das atividades 
de aprendizagem. 
A utilização da ferramenta e da metodologia, sem uma proposta coerente, não 
garante a eficácia na construção do conhecimento. O professor estará apenas 
reproduzindo os modelos tradicionais. O avanço tecnológico consiste na relação 
estabelecida entre o professor e o uso da ferramenta. 
Para a construção do conhecimento do aluno atual, o professor assume o papel 
do mediador e orientador, que pode ser designado não somente ao professor, como 
também a outro sujeito com maior conhecimento sobre o assunto desenvolvido. 
O professor, com o uso das novas tecnologias em sala de aula, pode se tornar 
um orientador do processo de aprendizagem, trabalhando de maneira equilibrada a 
orientação intelectual, a emocional e a gerencial. (Moran, J., 2000). 
Os professores, muitas vezes, procuram acompanhar as mudanças 
pedagógicas que vêm ocorrendo. Porém, não conseguem exercer o seu papel no 
processo educativo. É imprescindível a reconstrução desse papel de reprodutor para 
transformador. 
O professor tem a finalidade de equilibrar a participação dos alunos nos 
aspectos qualitativos (nível de colocações e concepções trazidas à cerca do tema 
proposto) e quantitativo (não controlador, mas de observador sobre as causas da não 
participação). O professor então assume um papel de mediador da interação entre os 
sujeitos, tencionando o processo de construção do conhecimento desses sujeitos. 
Neste processo os alunos se conscientizam dos diferentes tempos e espaços da 
construção do seu conhecimento, através da autonomia. 
Mesmo que o processo educativo esteja atrelado ao professor, este precisa ter 
claro que a sua proposta deve estar voltada à aprendizagem do aluno e ao seu 
desenvolvimento. Através deações conjuntas direcionadas para a aprendizagem 
levando em conta incertezas, dúvidas, erros, numa relação de respeito e confiança. 
As intervenções do mediador precisam estar coerentes com as necessidades e /ou 
dificuldades dos alunos. 
O professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver 
na relação aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em atitudes 
 
27 
 
que intervenham para promover o pensamento do aluno, implementar seus projetos, 
compartilhar problemas sem apresentar soluções, ajudando assim o aprendiz a 
entender, analisar, testar e corrigir erros”. (MASETTO, M., P. 171, 2000). 
Os alunos provenientes de uma Prática Pedagógica Tradicional não 
vivenciaram situações de autonomia na construção do seu conhecimento, importante 
na proposta de ensino. Desta forma há o fortalecimento do papel do mediador no 
sentido de estar atento e envolvido com a construção. 
O professor é a autoridade do espaço designado para a construção do 
conhecimento, é a pessoa que possui maior conhecimento, estruturou os objetivos e 
estabeleceu uma metodologia para atingi-los. Porém, não é apropriado ao professor 
exercer sua autoridade com autoritarismo. 
9 MÉTODOS DE ENSINO EM ESPANHOL 1 
 
Fonte: noticias.universia.es 
De acordo com Cabo (2010) o Espanhol como segunda língua estrangeira (L2) 
ou língua estrangeira (LE) ocupa hoje um lugar proeminente, tanto pela sua 
excepcional expressão cultural de outrora e presente como pela sua ampla expansão 
atual, entre as línguas de cultura mais solicitadas pelo homem para a comunicação 
intercultural, interétnica e, obviamente, internacional. 
 
1 Fonte: 
https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1800/1/Metodologia%20do%20Ensino%20do%20Espanhol%20com
o%20L%C3%ADngua%20Estrangeira%20-
%20%20Recursos%20e%20Actividades%20Did%C3%A1cticas%20-%20%20Isabel%20Cabo.pdf 
 
28 
 
Se algum facto linguístico não admite dúvidas é que o espanhol se converteu, 
na atualidade, no segundo idioma de comunicação internacional. Este facto deve-se, 
fundamentalmente, a duas grandes razões. Por um lado, ao número de falantes 
dispersos por todo o mundo que têm o espanhol como língua materna. Entre estes 
encontram-se os países que têm o Espanhol como língua oficial ou co-oficial (México, 
Colômbia, Espanha, Argentina, Peru, Venezuela, Chile, Equador, Guatemala, Cuba, 
Guiné Equatorial, República Dominicana, Bolívia, Honduras, El Salvador, Paraguai, 
Nicarágua, Costa Rica, Porto Rico, Uruguai e Panamá) e outros países que, apesar 
de não terem o espanhol como língua oficial ou co-oficial, têm uma presença 
significativa de hispano-falantes (EUA, Filipinas, França, Ilhas ABC, Canadá, 
Alemanha, Suíça, Austrália, Belice, Suécia, Bélgica, Israel, Brasil, Andorra, Turquia, 
Marrocos, Ilhas Virgens, Gibraltar, Luxemburgo, Guam). 
Embora a maioria dos países se encontre no continente americano, atualmente, 
no contexto europeu, Espanha é um país com grande relevância no mundo da cultura 
e o número de falantes hispanos nos continentes europeus, africanos e orientais goza 
também de grande importância. Devido a estas circunstâncias, depois do inglês, o 
espanhol é a língua ocidental com maior quantidade de falantes. 
Por outro lado, apesar dos crescentes processos de globalização, o espanhol 
é uma língua relativamente homogénea, por outras palavras, salvo algumas ocasiões, 
a comunicação linguística entre hispano-falantes de distintas latitudes geográficas é 
fluida e sem graves rupturas comunicativas. 
Ambas as razões garantem, à partida, ao aprendente de espanhol que este 
pode falar com um número infinito de pessoas em diferentes partes do mundo, 
convicto de um entendimento sem dificuldades, independentemente das variedades 
regionais utilizadas por cada nativo. 
Devido à inequívoca presença da língua de Cervantes em distintos sistemas 
educativos, espalhados por todo mundo, começou, no século XX, um longo percurso 
de investigação sobre o processo de ensino-aprendizagem do espanhol: processos e 
estratégias que interatuam para alcançar a competência comunicativa por partes dos 
falantes não nativos, fatores que determinam o processo de ensino-aprendizagem, 
indagações científicas, etc. 
 
29 
 
Aprender línguas deixou de ser uma mera ocupação: converteu-se numa 
necessidade de milhões de pessoas que se movimentam por todo o mundo e precisam 
de estabelecer contatos com outras gentes, outros povos, outras culturas. 
Se surgiram novas razões para aprender uma língua estrangeira, este facto 
afeta também a seleção do que temos que aprender e inclusivamente como a 
aprender. Deste modo, questionamo-nos sobre as implicações que surgem na 
aprendizagem de uma língua estrangeira. 
A aprendizagem de línguas é necessária, mas não é um trabalho fácil e simples, 
envolve muito esforço pessoal e, por vezes, económico. Estas são razões mais do 
que suficientes para entender o interesse que através dos tempos tem havido para 
encontrar um método ideal. A razão das dificuldades que apresenta a aprendizagem 
de qualquer idioma reside na própria essência da língua. 
Deste modo, podemos concluir que o ensino e a aprendizagem de línguas são 
um processo muito complexo, tendo surgido vários autores que buscam 
incessantemente o método perfeito de ensino de uma língua estrangeira; por 
conseguinte, os métodos de ensino despertam grande interesse, curiosidade e 
fascínio no ensino das línguas estrangeiras. Conforme Nunan (1995) aponta, 
acreditava-se na possibilidade de desenvolvimento ou descoberta de um método que 
pudesse ser bem-sucedido em todos os contextos e com todos os alunos. 
Esta laboriosa descoberta pelo “método perfeito” de ensino de uma língua 
estrangeira surge nos inícios do século XX de forma obsessiva (Lefta: 1988; Brown: 
2001; Celce-Murcia: 2001b; Richards § Rodgers: 1986 e 2001). Durante este período 
surgiu um grande número de métodos novos e outros já existentes foram reformulados 
ou melhorados. 
A aparição de tantos métodos de ensino deveu-se, em grande parte, às teorias 
defendidas em várias áreas científicas ou disciplinas: Linguística, Psicologia, 
sobretudo a Psicologia da 
Educação, a Sociologia e a Sociolinguística, entre outras. Assim, de acordo 
com as teorias ou conceitos apresentados por estas, Prator afirma (1979: 05) que os 
defensores e adeptos de um método novo “negavam a validade” dos métodos 
anteriores. 
 
30 
 
9.1 Ensino de outras línguas 
 
Fonte: buscartrabajo.com 
De acordo com Cabo (2010) a aprendizagem de outras línguas e culturas foi e 
será uma necessidade imperativa para o ser humano, pois para a evolução dos povos 
era fundamental contatar diretamente com outras civilizações de línguas diferentes e, 
só através desta interação em meio natural, seriam resolvidas as questões 
económicas, diplomáticas, sociais, comerciais ou militares. Se por um lado, havia a 
possibilidade de aprender uma língua estrangeira através do contato direto com o 
estrangeiro, por outro lado, surgia a necessidade, por parte de alguns povos, de 
aprender e ensinar, de forma metódica, alguns idiomas estrangeiros. 
As primeiras marcas da existência do ensino de uma língua estrangeira situam-
nos por volta do ano 2350, aquando da conquista dos sumérios pelos acadianos, 
sendo que estes últimos adoptaram o sistema de escrita dos sumérios e aprenderam 
a língua dos povos conquistados. O conhecimento do sumério constituía um 
instrumento de promoção social, dando acesso à religião e à cultura da época. 
À semelhança dos acadianos, os romanos também procuravam aprender a 
língua falada pelos povos por eles conquistados. Assim, desde o século 3.º a.C. nasce 
o ensino bilíngue, os romanos aprenderam o grego como segunda língua, sendo que 
os aparecimentos dos primeiros manuais de aprendizagem de uma língua estrangeira 
 
31 
 
estão datados do século 3.º da nossa era e são utilizadossobretudo pelos falantes do 
latim que aprendiam o grego. 
Com o prestígio que começa a ganhar o latim, este é ensinados nas escolas 
francesas por volta do século 9, o latim ensinado nas escolas tem o status de uma 
língua estrangeira - língua culta - em relação à língua francesa - língua popular. 
Contudo, o latim como língua culta de muito prestígio durante a Idade Média 
perde importância no início do Renascimento, sendo que as línguas vernáculas, como 
o francês, o italiano, o inglês, o espanhol, o alemão e o holandês, tornaram-se cada 
vez mais importantes como línguas de comunicação e objeto de aprendizagem 
escolar. 
A nível metodológico, o latim era ensinado na língua dos alunos e as lições 
eram constituídas de frases isoladas, na língua materna, escolhidas em função do 
conteúdo gramatical a ser ensinado e memorizado pelos alunos. Devido ao facto de 
ter sido utilizado o mesmo modelo de ensino nas línguas vivas ou modernas, o 
primeiro modelo de ensino de línguas estrangeiras fracassa e, neste momento, surge 
o fundador da didática das línguas como disciplina científica e autónoma - Jan Amos 
Komensky, Comenius em latim, criando o seu próprio método de ensino, em 1638, 
com a publicação da obra intitulada “Didática magna”. 
Contudo, a partir do século XVIII, os textos em língua estrangeira tornam-se 
objeto de estudo; os exercícios de versão/ gramática passam a substituir a forma 
anterior de ensino que partia de frases isoladas tiradas da língua materna, 
consagrando-se o “método gramática tradução”, geralmente denominado “tradicional” 
ou “clássico” (MT). 
Pela importância que assumem na exposição das abordagens do ensino das 
línguas estrangeiras, consideramos ser pertinente clarificar alguns termos ou 
conceitos científicos relevantes, a saber, método, metodologia, abordagem, enfoque, 
linguagem oral e oralidade, destreza, competência e competência comunicativa, tarefa 
pedagógica, enquadrando-os no momento em que surgiram e refletindo sobre a sua 
importância no domínio da didática. 
Método, metodologia e abordagem 
Qualquer investigador que faça umas breves pesquisas sobre o ensino das 
línguas estrangeiras, aperceber-se-á que durante muito tempo houve uma obsessão 
por encontrar um método perfeito. Acreditava-se na possibilidade de desenvolvimento 
 
32 
 
ou descoberta de um método que pudesse ser bem-sucedido em todos os contextos 
e com todos os alunos. Cada nova descoberta originava uma nova metodologia e 
rejeitavam-se os métodos anteriores. 
Contudo, se mudam os métodos, também parece que há variações 
respeitantes ao conceito de “método” na literatura sobre o ensino de línguas 
estrangeiras, senão vejamos: “Manera sistemática y ordenada de hacer o llevar a cabo 
algo” e “Conjunto de ejercicios, técnicas, reglas y procedimientos usadas para la 
enseñanza o el aprendizaje de algo” – Gran Diccionario de Uso del Español Actual 
(SGEL: 2001). Esta definição acompanha a etimologia do termo grego méthodos, um 
vocábulo composto por meta, que significa sucessão ou ordenação e hodós que 
significa via ou caminho. 
Partindo desta etimologia, o conceito de método restringe-se apenas a 
procedimentos, porém desde o ponto de vista da sua aplicação didática, este termo 
implica, uma análise mais aprofundada dos componentes que subjazem na aplicação 
de um método: o porquê, o que e como. 
Atualmente a palavra método se refere a “um conjunto de etapas, 
ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo 
de uma ciência, ou para um determinado fim”, sublinhando que um método deve 
possuir um trajeto linear, seguindo etapas ordenadas com vista à obtenção de um fim 
previamente planificado. 
Apesar do conceito de método ser bastante abrangente e polissémico, no 
âmbito do ensino de línguas estrangeiras, destacam-se duas concepções sobre 
métodos elaboradas por Edward Anthony (1963) e por Richards e Rodgers (1986). 
A primeira concepção, elaborada e defendida por Anthony (1963), apresenta 
uma proposta que estabelece diferenças e uma clara hierarquização entre os termos 
abordagem, método e técnica, sendo que a abordagem (“enfoque”) contém e implica 
o método e, este por sua vez, contém a técnica (“procedimento” ou atividades), 
marcando uma relação de dependência muito estabelecida entre os três 
componentes, escalonada da seguinte maneira: primeiro a abordagem, depois o 
método e, por fim, a técnica. 
Anthony considera o método como o estágio intermediário entre a abordagem 
de ensino e as diferentes técnicas adoptadas pelo professor, a abordagem refere-se 
ao elemento mais abrangente e a técnica ao mais específico. Por abordagem, o autor 
 
33 
 
considera as concepções do professor relativamente à natureza da linguagem e aos 
processos de ensino e aprendizagem, referindo-se à visão geral do que é uma língua 
e do que é ensinar e aprender uma língua. As técnicas são, portanto, os recursos, as 
estratégias e as atividades práticas empregues pelo docente, na sala de aula, para 
que o método atinja a sua realização concreta no contexto pedagógico. 
Concluindo, o conceito de método (elemento intermediário nesta hierarquia) 
resulta da abordagem do professor e, por consequência, influencia diretamente a 
seleção de técnicas de ensino. Cabe, portanto, ao método a função básica de 
planeamento da atividade docente, tendo em conta as concepções de linguagem e de 
aprendizagem do professor. 
É importante destacar que uma abordagem pode gerar diferentes métodos e 
que um método se realiza na prática por diferentes técnicas. Uma mesma técnica, por 
sua vez, pode ser adoptada em métodos diferentes. A concepção de método de 
Anthony representou um marco no estudo e na pesquisa de métodos de ensino de 
línguas estrangeira, sendo amplamente adoptada e citada até à atualidade. 
O modelo, inspirado na análise de aspectos binários ou diferenciais, para 
analisar sistematicamente os métodos aplicados no ensino de línguas. 
Reformulação e consequente ampliação do conceito de método. Para estes 
autores, um método diferencia-se em três âmbitos: abordagem, o desenho (design) e 
os procedimentos. As diferenças residem nas funções que cada componente implica. 
Os conceitos de método e técnica, de Anthony, foram substituídos, pelos de 
Richards e Rodgers, por desenho e procedimentos, respectivamente. Porém, para 
Richards e Rodgers, o método deixa de ser um estágio hierárquico intermediário para 
tornar-se numa combinação harmoniosa de três fatores: a abordagem, o desenho e 
os procedimentos. 
Abordagem, é compreendida pelas concepções do professor sobre língua e 
aprendizagem, o desenho é constituído por objetivos de ensino, programa de ensino, 
papel do professor, papel do aluno, papel dos materiais de instrução, tipos de tarefas 
e, por fim, os procedimentos referem-se às técnicas, aos comportamentos, às práticas 
e estratégias didáticas que possibilitam a execução prática e real de um método na 
sala de aula. 
Ambas as concepções sobre método defendidas por Anthony e Richards e 
Rodgers oferecem aos investigadores de ensino de línguas estrangeiras meios e 
 
34 
 
parâmetros que podem auxiliar na descrição e na análise dos diferentes métodos 
existentes. Um método de ensino de língua estrangeira deve ser regido por princípios, 
que, devidamente planeados e organizados, devem conduzir a uma atividade docente 
coerente. 
O método o próprio material de ensino; metodologia estaria num nível superior, 
englobando os objetivos gerais, os conteúdos linguísticos, as teorias de referência, as 
situações de ensino e subentendem a elaboração de um método. Já o termo 
abordagem 
(“approach” do inglês) é definido por Leffa (Leffa apud Bohn e Vandersen, 1988) 
como os pressupostos teóricos acerca da língua e da aprendizagem. 
Concluímos, portanto, que o conceito de método, no campo de ensino de 
línguas estrangeiras, tem sido tratado por vários autores ao longo dos tempose, 
devido à multiplicidade das visões de estudiosos, também tem sofrido inúmeras 
críticas de autores, de entre as quais se destaca o seu carácter prescritivo, a sua 
descontextualizarão, o seu carácter polissémico e abrangente que ocasionam a 
imprecisão terminológica e a inexistência de um método perfeito. 
A busca pelo método perfeito transformou-se na busca de um ―método mais 
adequado‖ ou um método eclético. Deste modo, na era pós-método, o professor 
encara novos papéis e desafios e o aluno tem uma participação muito mais ativa no 
seu processo de ensino/aprendizagem. 
9.2 Enfoque 
Se o termo método causa algumas interpretações, também parece que há 
algumas ambiguidades na utilização dos conceitos “método” e “enfoque” na literatura 
sobre o ensino de línguas estrangeiras, substituindo-se mutuamente, vejamos a 
definição de “enfoque” oferecida pelo Gran Diccionario de Uso del Español Actual 
(SGEL: 2001): “Dirigir y concentrar la atención o el esfuerzo en la consecución de un 
objetivo determinado”. Comparando as definições, o termo “enfoque” é mais genérico, 
enquanto o termo “método” é mais concreto. Para Aquilino Sánchez (2009), o primeiro 
implica manter uma direcção pouco definida para atingir um fim, enquanto o segundo, 
além de manter uma direccionalidade nítida e concreta, define com precisão os meios 
para alcançar os objectivos, deste modo entende-se, claramente, que a utilização de 
 
35 
 
um ou de outro se trata apenas de uma clarificação prévia no uso dos mesmos do que 
significam propriamente. 
O termo “enfoque” resume-se a uma “teoria sobre a aprendizagem da língua e 
sobre a natureza da aprendizagem que constitui a base teórica e determina os 
princípios metodológicos e as práticas de ensino. Em termos gerais, o enfoque é um 
modo particular de entender o ensino e a aprendizagem. ” 
9.3 Linguagem oral 
No que respeita à linguagem oral, consideramos interessante a definição de 
Pereira e Viana (s/data), que a caracterizam como sendo uma capacidade para a qual 
os seres humanos estão biologicamente capacitados e é, sem qualquer margem para 
dúvida, o instrumento de comunicação mais complexo de que há conhecimento. Na 
produção e na compreensão dos enunciados verbais, cada falante ativa uma 
competência gramatical, que mais não é que um número finito de regras fonológicas, 
morfológicas, sintáticas e semânticas, que são conhecidas apenas intuitivamente e 
que são adquiridas com base numa capacidade inata; uma competência lexical, que 
inclui o conhecimento da forma e dos significados das palavras, tal como 
convencionados na sua comunidade linguística; e ainda uma competência 
pragmática, que diz respeito ao conhecimento das normas de uso desse 
conhecimento linguístico, formas de tratamento, níveis de linguagem adequados ao 
contexto e às finalidades da comunicação. 
9.4 Oralidade 
No presente trabalho, adoptou-se a definição incluída na Terminologia 
Linguística para o Ensino Básico e Secundário (2004): “oralidade é o modo primário, 
natural e universal da realização da língua. No modo oral, o aparelho fonador produz 
os enunciados que, transmitidos pelo ar, são percepcionados auditivamente pelo (s) 
receptor (es). A realização fónico-acústica ou vocal auditiva dos enunciados e dos 
textos determina que a comunicação oral seja de tipo próximo e instantâneo, com o 
emissor e o (s) receptor (es) in praesentia, isto é, situados no mesmo contexto 
situacional, e possua uma duração efémera (…) ”. 
 
36 
 
9.5 Destreza 
O termo “destreza” significa “cada um dos diferentes modos de utilização da 
língua: a compreensão oral (compreende a língua falada), a expressão oral (fala-a), a 
compreensão escrita (lê-a) e a expressão escrita (escreve-a). ” 
9.6 Competência 
Quando falamos em competência, assumimos a noção que lhe é atribuída no 
Currículo Nacional do Ensino Básico (2001). É um termo que integra conhecimentos, 
capacidades e atitudes e que é entendida como saber em ação ou em uso. Assim, a 
competência dirá respeito ao processo de ativar recursos (conhecimentos, 
capacidades, estratégias) em diversas situações. Associa-se ao desenvolvimento de 
algum grau de autonomia em relação ao uso do saber. 
9.7 Competência comunicativa 
No Programa de Espanhol, Nível de Iniciação, 10.º Ano (2001), o desempenho 
da competência comunicativa surge como sendo o objetivo principal da aprendizagem 
das línguas, por outras palavras, esta consiste na capacidade de interagir 
linguisticamente de forma adequada nas diferentes situações de comunicação, tanto 
de forma oral como escrita. Esta competência engloba subcompetências (linguística, 
pragmática, sociolinguística, discursiva e estratégica) e contribui para o 
desenvolvimento das competências gerais da pessoa (saber-ser, saber-fazer, saber 
apreender). 
9.8 Tarefa pedagógica 
Outro conceito que gera grande discussão é o termo “tarefa”, surgindo no 
campo do ensino das línguas também denominada de “tarefa didática” ou “tarefa 
pedagógica”. Este conceito em termos gerais deriva e baseia-se no conceito de tarefa 
na vida real, sendo que uma tarefa pedagógica tem como único fim aprender uma 
determinada línguas. Esta ideia é corroborada por 
 
37 
 
“una unidad didáctica de trabajo en el aula que implique a los aprendices a la 
comprensión, manejo, producción o interacción en la L2, mientras su atención se halla 
centrada prioritariamente en el significado más que en la forma”. 
No Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), 
encontramos a seguinte descrição: “Uma tarefa é definida como qualquer acção com 
uma finalidade considerada necessária pelo indivíduo para atingir um dado resultado 
no contexto da resolução de um problema, do cumprimento de uma obrigação ou da 
realização de um objetivo. ” 
9.9 Compreensão oral 
Tendo em consideração que existe uma gramática própria do discurso oral, 
caracterizada por um conjunto de factos verbais e não verbais, é necessário para o 
nosso estudo proceder ao levantamento de alguns desses factos verbais e não 
verbais. 
Devemos considerar como fundamental para o estudo da comunicação oral as 
seguintes características do discurso oral, a saber: a rapidez no tempo e no espaço, 
o modo de manifestar-se as relações sociais entre os interlocutores, o tempo no qual 
decorre a mensagem e os limites de memória na sua retenção, a articulação do 
discurso ou dos signos linguísticos e dos elementos prosódicos, paralinguísticos e da 
paralinguagem, a entoação, o acento e as pausas (sinais de pontuação). 
Devemos ainda destacar a existência de inúmeros elementos prosódicos que 
caracterizam o discurso oral, como o tom da voz, o ritmo, a clareza ou nitidez da voz, 
os suspiros, os risos; a quinésica e a proxémica, nomeadamente o movimento de 
mãos, o olhar, o afastamento ou a aproximação do respectivo interlocutor. 
Além das características referidas anteriormente, salientamos a estruturação 
sintáctica no discurso oral, caracterizada pelo predomínio de enunciados 
concatenados – coordenação aditiva ou justaposição, a frequência do uso de 
marcadores discursivos, os conectores, inúmeras sequências de repetições, as 
reformulações, a presença de orações suspensas, a inversão da ordem das palavras, 
o emprego de léxico, a elipse, a presença contínua de procedimentos deícticos, etc. 
 
38 
 
Numa língua estrangeira surgem como aspectos com grande relevância a 
pronúncia adequada, segmental ou não segmental, como o acento, a entoação, o 
ritmo e as pausas com que o falante produz o seu discurso oral. 
Para evitar o acento típico ou a pronúncia especial nos falantes de uma língua 
estrangeira, é frequente os alunos utilizarem as seguintes estratégias prosódicas: a 
entoação, que consiste na modificação expressiva, segundo a curva melódica, o tom 
mais alto/baixo; a demora silábica e a acentuação marcada, que modificam a força 
ilocutiva do enunciado proferido, a velocidade naemissão do enunciado, o tom mais 
ou menos marcado e os alargamentos fónicos. 
Fazem parte da comunicação oral diversos elementos paralinguísticos, tais 
como a linguagem gestual, caracterizada pela utilização propositada ou espontânea 
de gestos, os movimentos do corpo e outros recursos paralinguísticos, como 
interjeições e muletas da comunicação, bem como gestos simbólicos (significados 
convencionais), gestos icónicos (significados ocasionais) e gestos rítmicos (marcam 
o ritmo da elocução). 
9.10 Atividades e Técnicas para Desenvolver a Expressão Oral 
De acordo com Cabo (2010) há uma vasta lista de diferentes tipos de 
atividades e diversas técnicas para desenvolver a capacidade de expressão oral do 
falante, de entre as quais destacamos as seguintes: jogos em tabuleiros, úteis para 
fazer apresentações na sala de aula de novos estudantes e/ou para a prática de 
algumas estruturas simples que surgem nos níveis iniciais; jogos para descobrir a 
personagem misteriosa, jogos das profissões, jogos de descoberta com fragmentos 
de textos escritos; jogos de diferenças com desenhos; jogos de detectives; 
questionários preparados pelos alunos e/ou professores; trabalhos em pares para 
completar informação com fichas de trabalho; exposições; diálogos dirigidos nos quais 
os alunos seguem instruções dadas pelos professores para completar a informação 
do diálogo; diálogos abertos para completar livremente a informação; entrevistas; 
jogos de papéis; debates onde cada aluno ou grupo defende uma posição ou opinião; 
fotos e desenhos para fazer descrições ou para criar histórias fantásticas, jogos 
linguísticos existentes no mercado, por exemplo, “Tabú”, “Scattegories”, “Pictionary” 
para trabalhar o léxico, etc. 
 
39 
 
De entre as atividades apresentadas anteriormente aquelas que são mais 
utilizadas na aula de língua espanhola são as seguintes: vazios de informação, 
diálogos dirigidos, jogos de papéis, solução de problemas, histórias e contos, 
exposição, debates e discussões. 
A atividade “vazios de informação” deriva da necessidade que um aluno tem 
em pedir uma informação que possui um colega. 
A atividade “diálogos dirigidos” é formada por um conjunto de exercícios 
constituídos por diálogos nos quais os alunos praticam, de forma controlada, 
determinadas estruturas linguísticas já estudadas anteriormente. 
Na atividade “jogos de papéis”, o aluno assume um papel e/ou uma função que 
tem que ver com situações diversas, por exemplo, a profissão, a idade, os interesses, 
as atitudes, etc., que podem ser diferentes da sua personalidade, tendo sido 
estabelecida anteriormente por outra pessoa. 
A atividade “solução de problemas” consiste na criação de situações 
imaginárias, normalmente muito longe da realidade, com um tema gerador de 
controvérsia que fomenta a discussão e o debate em aula. São atividades motivadoras 
e abertas que promovem a fluidez expressiva. 
A atividade “histórias e contos” consiste em modificar uma história conhecida 
e/ou inventar uma nova história. 
A atividade “exposição” é um dos exercícios de expressão oral mais praticados 
na aula. 
As atividades de expressão oral referidas anteriormente são as mais utilizadas 
na aula de Espanhol pelas seguintes razões: devido às características das turmas, 
que se caracterizam por ser exageradamente grandes; pelas características dos 
alunos, por existirem capacidades e interesses muito diferentes dentro de um mesmo 
grupo; e, por serem as que surgem com mais frequência nos manuais selecionados. 
Devido ao facto dos professores terem que rentabilizar ao máximo os manuais 
selecionados, o professor nem sempre tem liberdade para introduzir outros tipos de 
material. 
As atividades de expressão oral causam normalmente muitos problemas em 
aula, porque, por um lado, para o aluno, podem ser entendidas como um passatempo 
ou uma perda de tempo e, por outro, para o professor, podem ser momentos 
 
40 
 
geradores de problemas, nomeadamente no que toca a perdas de tempo para impor 
a disciplina e controlar o nível de ruído. 
Contudo para atenuar os problemas supra apresentados, é fundamental fazer 
ver ao aluno a utilidade da atividade de expressão oral e é essencial existir uma 
planificação rigorosa dos conteúdos e dos objetivos da mesma. 
Na expressão oral se o objetivo de aprendizagem é o uso da língua para a 
comunicação, por parte dos alunos, sabemos que nem sempre os falantes de uma 
língua estrangeira conseguem comunicar adequadamente com os seus interlocutores, 
tendo, por vezes, necessidade de utilizar estratégias de comunicação e, deste modo, 
desenvolverem a sua competência estratégica. 
9.11 Critérios de Avaliação da Competência Comunicativa 
De um ponto de vista didático, o tipo de avaliação que mais favorece o processo 
de aprendizagem é a formativa e contínua, integrada no processo, que analisa as 
dificuldades e procura soluções quando ainda é possível superá-las. A prática da 
destreza de expressão oral não é uma tarefa simples, já que para muitos estudantes 
a consecução desta destreza é a que mais dificuldade oferece das quatro, tendo em 
conta os fatores pessoais como a timidez ou o sentido do ridículo, que podem 
entorpecer ou atrasar em grande medida o seu desenvolvimento. 
 
 
41 
 
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