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AVALIAÇÃO DA ATM - Tatyane Ferreira

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Fonte: Cirurgia Oral e maxilofacial Contemporânea. Hupp. 6° Ed. 
 
→ AVALIAÇÃO 
Deve incluir: Histórico completo, exame físico do sistema mastigatório e exames de 
imagem. 
Entrevista: Queixa principal, descrição dos sintomas (localização, qualidade e 
severidade, quantidade, cronologia e condições que ocorrem, fatores remissivos ou 
exacerbadores e manifestações associadas). 
Exame físico: Consiste em avaliação de todo o sistema mastigatório. Avaliar na cabeça 
e pescoço inspecionando assimetria de tecidos moles ou evidência de hipertrofia 
muscular. Observar sinais de apertamento da mandíbula ou outros hábitos, palpar os 
músculos avaliando sensibilidade, fasciculações, espamos ou pontos de gatilho. Examinar 
a ATM em relação a sensibilidade e ruído, notar a posição da atm com sensibilidade 
(ex.lateral ou posterior), interrogar em que momento a atm é mais dolorosa, se na abertura 
ou outra função. Análise do ruido emitido da atm, se pode ser ouvido sem instrumento, 
se pode ser sentido, se é necessário ausculta com estetoscópio. Avaliar a amplitude do 
movimento mandibular. A escala normal mandibular no adulto é de cerca de 45mm na 
vertical e 10 mm protusivamente e lateralmente. O movimento normal é simétrico e em 
linha reta. Deve-se avaliar a abertura voluntária indolor e a abertura máxima que pode ser 
conseguida com ligeira pressão digital, pois alguns pacientes a realização de uma pressão 
digital suave podem ser capaz de atingir perto de uma abertura normal. Sugerindo 
problemas musculares em vez de intracapsulares. 
Além disso, é importante a realização de uma avaliação odontológica, dores 
odontogênicas devem ser eliminadas. os dentes devem ser avaliados, pois mobilidade, dor 
e desgaste podem ser evidências de bruxismo. Avaliar anormalidades oclusais. 
→ AVALIAÇÃO POR MEIO DE IMAGENS 
Radiografias de ATM são úteis no diagnóstico de condições patológicas intra-articular, 
ósseas e de tecidos moles. O uso de radiografias na avaliação do paciente com DTM deve 
basear se nos sinais e nos sintomas, em vez de uma rotina padronizada de imagens e 
incidências. Em muitos casos, a radiografia panorâmica fornece a informação adequada 
como uma radiografia de rastreio na avaliação de DTM 
 
a. Panorâmica: é uma das melhores para avaliar a ATM, ela permite a visualização 
de ambas as ATM´s no mesmo filme, fornece uma exibição tipo tomográfica da 
ATM, esta frequentemente pode fornecer uma avaliação clara da anatomia óssea 
das superfícies articulares do côndilo mandibular e fossa glenoide. Além disso, 
podem muitas vezes serem realizadas com boca aberta ou fechada. 
 
b. Tomografia: Permite uma visualização detalhada da ATM e possibilita a secção 
radiográfica da articulação em diferentes níveis do côndilo e complexo da fossa 
 
Desordens Temporomandibulares 
Avaliação 
articular, que fornece exibições individuais, visualizando a articulação em 
“cortes” do polo medial ao polo lateral. Essas vistas eliminam a sobreposição 
óssea e fornecem uma imagem clara da anatomia óssea da articulação. 
 
c. Artrografia da ATM: foi a primeira técnica disponível que permitiu a 
visualização (indireta) do disco intra-articular. Artrografia envolve a injeção de 
contraste nos espaços inferiores ou superiores da articulação, após o qual esta é 
radiografada.4 Avaliação da configuração do corante nos espaços articulares 
permite a avaliação da posição e morfologia do disco articular. Essa técnica 
também demonstra a presença de perfurações e aderências do disco e de seus 
anexos. Com a disponibilidade de técnicas mais avançadas e menos invasivas, a 
artrografia raramente é usada. 
 
d. Tomografia computadorizada: fornece uma combinação de pontos de vista 
tomográficos da articulação, combinada com o aprimoramento computadorizado 
das imagens dos tecidos duros e moles. Essa técnica permite a avaliação de uma 
variedade de condições patológicas de ambos os tecidos da articulação. Imagens 
de TC fornecem a mais exata avaliação radiográfica dos componentes ósseos da 
articulação. Os recursos de reconstrução da TC permitem que imagens obtidas em 
um plano de espaço sejam reconstruídas, para que as imagens possam ser 
avaliadas a partir de um plano diferente. Desta forma, a avaliação da articulação 
a partir de uma variedade de perspectivas pode ser feita por uma única exposição 
à radiação. 
 
e. Tomografia computadorizada cone beam: Tem sido bastante usada por causa 
de sua conveniência, exatidão e custo reduzido. Elas são baseadas em scanners 
que são capazes de proporcionar perspectivas tomográficas com reconstruções 
tridimensionais do côndilo mandibular e da eminência articular. Ao avaliar 
estruturas ósseas, ele tem a precisão diagnóstica dos scanners de TC 
convencionais, mas requer muito menos exposição de radiação aos pacientes. 
Porém, como limitação ela não fornece imagens diagnósticas das estruturas de 
tecidos moles. 
 
f. Ressonância magnética: é a mais eficaz em avaliar tecidos moles da ATM. Ela 
permite excelentes imagens dos tecidos moles intra-articulares, tornando a RM 
uma valiosa técnica para avaliar a posição e a morfologia do disco. Imagens de 
RM podem ser obtidas apresentando a dinâmica da cinemática funcional da 
articulação, fornecendo informações valiosas sobre os componentes anatômicos 
dela durante o seu funcionamento. O fato de essa técnica não utilizar radiação 
ionizante é uma vantagem significativa. 
 
g. Imagem nuclear: envolvem a injeção intravenosa de tecnécio-99, um isótopo 
gama emissor que se concentra em áreas de metabolismo ósseo ativo. 
Aproximadamente 3 horas após a injeção do isótopo, imagens são obtidas usando 
uma câmera gama. Imagens de TC de emissão de fóton único podem então ser 
usadas para determinar as áreas ativas do metabolismo ósseo. Embora essa técnica 
seja extremamente sensível, as informações obtidas podem ser difíceis de 
interpretar. Uma vez que alterações ósseas como degenerações podem parecer 
idênticas ao reparo ou regeneração, essa técnica deve ser avaliada com cautela e 
em combinação com os achados clínicos.

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