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Yasmim Rodrigues • Administração e Controle de Serviços de Saúde I Processo sistemático que tem por finalidade a previsão da quantidade e qualidade por categoria (Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de enfermagem) requerida para atender, direta ou indiretamente, às necessidades de assistência de enfermagem da clientela IMPORTÂNCIA DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL A inadequação numérica e qualitativa dos recursos humanos de enfermagem lesa a clientela no seu direito de assistência à saúde livre de riscos Pode comprometer legalmente a instituição pelas falhas ocorridas na assistência ⚠ As características da instituição também devem ser consideradas podendo sofrer adequações regionais e/ou locais, de acordo com realidades epidemiológicas e: 1. Missão; 2. Porte 3. Estrutura organizacional 4. Estrutura física 5. Tipos de serviços e/ou programas; 6. Tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas 7. Politica de pessoal 8. Politica de RH; 9. Politica financeira 10. Atribuições e competências dos integrantes dos diferentes serviços e/ou programas; 11. Indicadores tanto do ministério da saúde quanto instituicionais. O DIMENSIONAMENTO DEVE BASEAR-SE EM: Características da Instituição; Característica do serviço de enfermagem; Característica da Clientela. O REFERENCIAL MÍNIMO CONSIDERA (24H INTERNAÇÃO) Sistema de Classificação do Paciente (SCP); Horas de assistência de Enfermagem; Turnos; Proporção funcionário/leito. O serviço de enfermagem deve ser também considerado quanto à fundamentação legal do exercício profissional (Lei nº 7.498/86 e Decreto 94.406), o Código de Ética dos profissionais de enfermagem, Resoluções COFEN e Decisões dos CORENs, além dos aspectos técnico-administrativos: 1. Modelo gerencial; 2. Modelo assistencial; 3. Métodos de trabalho; 4. Jornada de trabalho; 5. Carga horaria semanal; 6. Padroes de desempenho dos profissionais; 7. Indice de segurança técnica (IST); 8. Taxa de absenteísmo (TA); 9. Taxa de ausência de benefícios (TB); 10. Proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e médio; 11. Indicadores de avaliação de qualidade de assistência. LEGISLAÇÃO COFEN Resolução COFEN nº 189/1996 Regulamentação das unidades de medida e as horas de enfermagem despendidas por leito ocupado Resolução COFEN nº 293/2004 Mudança Principal: Número de horas de assistência de enfermagem por nível de complexidade e por leito. Resolução COFEN nº 527/2016 Foi revogada pela resolução nº 543/2017 que atualiza e estabelece parâmetros paraa o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nos serviços/loais de em que são realizadas atividades de enfermagem ⚠ Parecer Normativo 002/2020 – atualização devido pandemia de COVID-19 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES (SCP) Existe desde os tempos de Florence Nightingale; 1930 (Estados Unidos) – foi desenvolvido e passou a ser amplamente utilizado nos hospitais; 1072 (Brasil) – Foi introduzido e rapidamente incorporado como um critério essencial para dimensionar pessoal de enfermagem; DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL EM ENFERMAGEM Yasmim Rodrigues • Administração e Controle de Serviços de Saúde I Método capaz de determinar, validar e monitorar o cuidado individualizado. ⚠ O SPC possibilita ao enfermeiro, em suas atividades diárias adequar o enfermeiro em suas atividades diárias adequar o volume de trabalho requerido com o pessoal de enfermagem disponível. A utilização do SCP pode auxiliar o enfermeiro a justificar a necessidade de pessoal adicional, quando ocorre aumento do volume de trabalho na unidade Os dados obtidos pelo uso do SCP subsidiam: Alocação de pessoal de enfermagem Planejamento de custos de assistência Manutenção de padrões de qualidade Funções do SCP Agrupar os pacientes por complexidade assistencial; Distribuir os leitos para atendimento por grupo de pacientes; Realocar recursos materiais e humanos; Detalhar a dinâmica operacional do sistema; Reorientar a equipe envolvida no processo assistencial. ⚠ A resolução de 543/2017 sugere utilizar os seguintes instrumentos de classificação de pacientes: Dini (2014); Fugulin, Gaidzinski e Kurgant (2005) Perroca e Gaidzinski (1998) Perroca (2011) Para classificar os pacientes da Unidade de internação, a resolução COFEN 293/04, utilizou o Método de: Escore de Schein/Rensis Likert: Classificação: Cuidados mínimos: até 17 Cuidados intermediários: de 18 a 28 Cuidados Semi Intensivos: de 29 a 39 Cuidado Intensivo: de 40 a 50 Método de Perfil Simples SCP – DEFINIÇÕES Pacientes de cuidados mínimos (PCM)/autocuidado Paciente estável, sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, e fisicamente autossuficiente quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas. Pacientes de cuidados intermediários (PCI): Paciente estável, sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, requerendo avaliações médicas e de enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas. Paciente de cuidado alta dependência (PCAD) Paciente crônico, incluindo o de cuidado paliativo, estável sob o ponto de vista clinico, porem com total dependência das ações de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas Paciente de cuidados semi-intensivo (PCSI) Paciente passível de instabilidade das funções vitais, recuperável, sem risco iminente de morte, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente especializada Pacientes de cuidados intensivos (PCIT) Paciente grave e recuperável com risco iminente de morte, sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. Yasmim Rodrigues • Administração e Controle de Serviços de Saúde I ⚠ IMPORTANTE: De acordo com a resolução do COFEN nº 543/2017 para berçário e unidade de internação em pediatria todo recém-nascido e criança menor de 6 anos deve ser classificado, no mínimo como cuidado intermediário, independente da presença do acompanhante. Para alojamento conjunto, o binômio mãe/filho deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário ⚠ De acordo com a resolução do COFEN nº 543/2017 Horas de Enfermagem (HE), por leito, nas 24 horas ⚠ Considerando: Índice de segurança técnica – IST – 15% (nunca inferior) Jornada Semanal de trabalho – JST – considerar 20;24;30;32,5;36 e 40 horas De acordo com a resolução do COFEN nº 543/2017 a distribuição percentual dos profissionais de enfermagem deve ser: Assistência mínima e intermediaria De 33% de enfermeiros e os demais são técnicos de enfermagem e/ou auxiliares de enfermagem. Assistência alta dependência De 36% de enfermeiros e os demais são técnicos de enfermagem Assistência semi- intensiva De 42% de enfermeiros os demais são técnicos de enfermagem Assistência intensiva De 52% de enfermeiros, demais são técnicos de enfermagem Cálculo de Quadro de Pessoal (QP) para Unidades de internação Cálculo da quantidade de profissionais (QP) de enfermagem para unidade de internação QP= Km x THE Onde THE (total de horas de enfermagem) calcula-se como segue abaixo: THE = {(PCM X 4h) + (PCI x 6h) + (PAD x 10h) + (PCSI x 10H) + (PCIT X 18H)} DS= Dias da semana = 7 JST= Jornada semanal de trabalho (20,30,36h...) IST= Índice de segurança técnica= 15% = 1.15 Km= Constante Marinho (cálculo abaixo) Km = DSxIST JST Portanto Km é uma constante conforme o quadro abaixo: Exemplo: Você deve planejar o quantitativo de pessoal da enfermagem para um hospital com 28 pacientes,desses, 15 são pacientes com cuidados intermediários e 13 pacientes com cuidados semi-intensivos, distribuídos nas 24 horas com 100% de ocupação. Jornada semanal de trabalho da enfermagem de 36 horas. QP= KM x THE QP= 0,2236 x 220H QP= 49,19 QP=49 PROFISSIONAIS THE={(15x6H) + (13x10H)} THE= 90+130 THE= 220 Horas
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