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Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 1
Número 2, dezembro 2010
Revista
FISIOTERAPIA
EM EVIDÊNCIA
NúMERO 3, abRil 2011
issN 2178-1672
f a c u l a d a d e
muito além dO ENsiNO
2 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Ano 2º, nº 3, abril/2011
ISSN 2178-1672 
Revista
Editores responsáveis
Sandra Mara Meireles Adolph (Doutora)
Faculdade Dom Bosco 
 
Salete do Rocio Cavassin Brandalize 
(Mestre) 
Faculdade Dom Bosco 
fisioterapia-faculdade@dombosco.com.br
 
Conselho editorial
Ariani Cavazzani Szkudlarek (Mestre)
Faculdade Dom Bosco, Faculdade 
Evangélica do Paraná e Faculdades 
Integradas Espírita
Cassio Preis (Mestre) 
Faculdade Dom Bosco e PUC-PR
Claudia Chaguri de Oliveira Pellenz 
(Mestre) 
Faculdade Dom Bosco
Cristiane Gonçalves Ribas (Mestre)
Faculdade Dom Bosco e PUC-PR
Cristiane Regina Gruber (Mestre) 
Faculdade Dom Bosco e Unibrasil
Eduardo Bolisenha Simm (Mestre)
Faculdade Dom Bosco, Faculdade 
Evangélica do Paraná e Unibrasil
Francisco Ernesto H. Zanardini (Mestre)
Faculdade Dom Bosco e Faculdades 
Integradas Espírita
Gerson Luiz Cleto Dal Col (Doutor)
Faculdade Dom Bosco e Universidade 
Tuiuti do Paraná
Gilda Maria Grasse Luck (Doutora)
Faculdade Dom Bosco
Isabel Cristina Bini (Mestre) 
Faculdade Dom Bosco
Marcia Maria Kulczycki (Mestre)
Faculdade Dom Bosco
Maria Laura Aquino C Assunção 
(Mestre) 
Faculdade Dom Bosco
Raciele Ivandra Guarda (Mestre)
Faculdade Dom Bosco e Faculdade 
Evangélica do Paraná
Silvia Regina Valderramas (Doutora) 
Faculdade Dom Bosco e Faculdade 
Evangélica do Paraná
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 3
Mais do que promover a melhora funcional, o fisioterapeuta é o ator social responsável por permitir significativo 
ganho na qualidade de vida. Atuando como promotor da saúde 
e reabilitador, esse profissional é essencial para a redução de 
gastos com doenças. Para tanto, o crescimento técnico-científico 
baseado em evidências, abordando ações fisioterapêuticas, 
desde a promoção da saúde ao tratamento de patologias, torna-
se essencial na valorização profissional perante a sociedade, que 
atualmente está amparada por uma ampla atualização científica, 
conquistada pela sólida formação universitária. Neste volume, o 
leitor pode aproximar-se de estudos realizados por graduandos 
e seus orientadores, na busca pela excelência no atendimento a 
pacientes.
O primeiro artigo aborda o tema revitalização geriátrica num grupo 
de portadores da doença de Parkinson, englobando um conjunto 
de ações fisioterapêuticas para a melhora da qualidade de vida e 
independência funcional dos indivíduos acometidos. O segundo 
artigo compara a ação da terapia manual com a cinesioterapia 
como técnicas de tratamento para a osteoartrite, patologia que 
acomete um número crescente de indivíduos no Brasil, cursando 
com inúmeras incapacidades decorrentes do quadro álgico. O 
artigo seguinte aborda a técnica da bandagem funcional na área 
de fisioterapia desportiva como recurso profilático de lesões por 
entorse de tornozelo em praticantes de basquetebol. O quarto 
artigo comprova como um programa de cinesioterapia com bola 
suíça, associado ao fortalecimento da musculatura do assoalho 
pélvico, contribui para a melhora da satisfação sexual de mulheres. 
Por fim, o último artigo, relacionado à fisioterapia do trabalho, 
debate o percentual e o índice de absenteísmo de funcionários 
de um hospital, levando o leitor a observar os fatores que podem 
constituir risco à saúde funcional do trabalhador.
Raciele Ivandra Guarda Korelo
Conselheira editorial
Professora do curso de Fisioterapia da Faculdade Dom Bosco
4 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 1º................................................................................................... 5
Revitalização geriátrica como recurso fisioterapêutico 
em portadores da doença de Parkinson
Geriatric Revitalization as resource Physiotherapeutic in patients 
of Parkinson’s Disease 
Artigo - 2................................................................................................... 15
Estudo comparativo controlado, randomizado, cego, entre terapia 
manual e cinesioterapia na osteoartrite de joelho
Comparative study controlled, randomized, blind and between manual therapy 
and kinesiotherapy in osteoarthritis of knee. 
Artigo - 3...................................................................................................26
Estudo comparativo dos efeitos profiláticos da bandagem funcional 
para a entorse de tornozelo em atletas de basquetebol
Comparative study of prophylactic effects of functional bandage for ankle sprains 
in basketball players
Artigo - 4................................................................................................... 34
Avaliação dos efeitos da cinesioterapia com bola suíça na satisfação sexual das 
mulheres
Evaluation of the Effects of the Swiss Ball Cinesioterapia Sexual Satisfaction in Women
Artigo - 5................................................................................................... 42
Análise do percentil de absenteísmo e suas causas nos diferentes setores em um 
hospital geral de Curitiba no ano de 2009
Analysis of the percentile of absenteeism and their causes in the different sectors in a general hospital 
of Curitiba in the year of 2009
Normas para Apresentação de Artigos................................................. 47
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 5
Artigo - 1º
Revitalização geriátrica 
como recurso fisioterapêutico em portadores 
da doença de Parkinson
Geriatric Revitalization as resource Physiotherapeutic in patients 
of Parkinson’s Disease
RESUMO
Objetivos: avaliar os efeitos 
da técnica de revitalização 
geriátrica em idosos com 
diagnóstico de Doença de 
Parkinson. 
Métodos: foram selecionados 
oito frequentadores da 
Associação Paranaense de 
Portadores de Parkinsonismo 
de Curitiba, PR, do sexo 
feminino, na faixa etária de 
60 a 80 anos, que atendiam 
aos critérios de classificação 
dos estágios de 0 a 2,5 da 
doença, segundo a escala de 
Hoehn e Yahr modificada. 
Foram aplicados, antes de 
iniciar o estudo, os testes de 
equilíbrio de BERG, o Teste de 
Performance Física e o Teste 
Cronometrado de Levantar 
e Ir. Os mesmos testes foram 
reaplicados ao final do estudo, 
com o intuito de comparar o 
antes e depois da aplicação da 
técnica.
Resultados: demonstraram 
diferença significativa na 
TPF (p= 0,00246). No Teste 
de Equilíbrio de BERG (p= 
0,1865) e TUG (p= 0,09168), 
não houve diferença 
estatisticamente significativa. 
Conclusão: esses resultados 
sugerem que houve aumento 
na performance física dos 
sujeitos estudados, com 
melhora da qualidade de 
vida e das AVD’s, indicando 
que a técnica de revitalização 
geriátrica pode ser um recurso 
importante da fisioterapia 
no tratamento da DP, 
influenciando favoravelmente 
no curso natural da doença.
Palavras-chave: Doença 
de Parkinson, fisioterapia, 
revitalização geriátrica.
ABSTRACT
Objectives: to evaluate the 
effects of the technique of 
Geriatric Rehabilitation in 
the elderly diagnosed with 
Parkinson’s disease. 
Methods: we selected 8 
subjects who frequented the 
Association of Patients with 
Parkinsonism Paranaense in 
Curitiba, female, between 
ages 60 to 80 years who met 
the criteria for classification of 
0 to 2.5 stages of the disease, 
according the Hoehn and 
Yahr modified. Were applied 
before starting the study, tests 
of balance BERG, Physical 
Performance Test and the Test 
of Timed RAISE and Sr. The 
same tests were reapplied 
at the end of the study, in 
order to compare the before 
and after application of the 
technique. 
Results: showed significant 
differences in TPF (p = 
0.00246). In the Berg Balance 
Test (p = 0.1865) and TUG 
(p = 0.09168) showed no 
statistically significant 
difference. 
Conclusion: these results 
suggest an increase in physical 
performance of subjects 
studied, with improvement 
in quality of life and ADLs, 
indicating that the techniqueof Geriatric Revitalization 
can be an important resource 
of physiotherapy in the 
treatment of PD, influencing 
favorably the natural course 
disease.
Keywords: Parkinson’s 
disease, physical therapy, 
geriatric rehabilitation.
Introdução
Dentre inúmeras 
patologias que acometem 
preferencialmente a 
população idosa, podemos 
Aline Rodrigues de Lima 1
Andressa Keler 2
Anna Laryssa Pedroso Wink 3
Tatiane Aparecida Lopes 4
Francisco Ernesto H. Zanardini 5
1. Graduanda da Faculdade Dom Bosco
alirodlima@gmail.com
2. Graduanda da Faculdade Dom Bosco
andrelek@hotmail.com
3. Graduanda da Faculdade Dom Bosco
anna.laryssa@gmail.com
4. Graduanda da Faculdade Dom Bosco
tatiane.fisioterapia@hotmail.com
5. Professor-mestre da Faculdade Dom Bosco 
deltaclinica@ibest.com.br
6 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
observar a doença de 
Parkinson como uma das 
patologias determinantes 
de declínio e incapacidades 
funcionais¹ (Freitas et al. 
2002). A doença de Parkinson 
é neurodegenerativa 
progressiva, e acomete cerca 
de 1% dos indivíduos com 
mais de 60 anos de idade, 
sendo homens e mulheres 
igualmente afetados. 
Segundo Kauffman (2001) 
caracteriza-se pela destruição 
de neurônios dopaminérgicos 
localizados na substância 
negra, provocando um 
quadro clínico constituído 
por acinesia, rigidez, tremor 
e instabilidade postural2. 
Esses achados, no decorrer do 
tempo, podem levar o sujeito 
a grandes incapacidades 
funcionais e até mesmo 
à dependência cinético-
funcional e das atividades de 
vida diária.
Observando os sinais e 
sintomas desta patologia, 
podemos ressaltar que a 
fisioterapia deve atuar em 
todos os estágios de evolução 
da doença, podendo utilizar-
se de diversas técnicas, 
métodos e procedimentos, que 
devem ter como finalidade 
proporcionar melhor 
qualidade de vida e/ou manter 
a independência cinético-
funcional dos indivíduos 
acometidos. 
Dentre os diversos métodos 
indicados para o tratamento 
da doença de Parkinson, 
encontra-se a técnica 
intitulada revitalização 
geriátrica, que representa 
um conjunto de ações 
fisioterapêuticas objetivando 
a reabilitação das funções 
perdidas pela doença ou 
Artigo - 1º
como forma preventiva, 
evitando maior declínio 
funcional ocasionado pela 
mesma, podendo interferir 
no curso natural da doença, 
proporcionando e melhorando 
a qualidade de vida e a 
capacidade funcional do idoso 
acometido por esta moléstia. 
A revitalização geriátrica, 
além de constituir uma técnica 
(ou conjunto de técnicas) 
preventiva e reabilitadora, 
converte-se, principalmente, 
em agente positivo para 
manter bons estados das 
condições de saúde de 
indivíduos idosos ou melhorá-
los ainda mais³ (Rebellato e 
Morelli, 2004).
Embasado nestas afirmações, 
o presente estudo foi efetuado 
entre os meses de junho e 
agosto de 2010 e teve como 
finalidade avaliar os efeitos 
da revitalização geriátrica na 
doença de Parkinson. Para 
isso, foram selecionados oito 
frequentadores da APPP 
de Curitiba, PR, do sexo 
feminino, portadores da 
doença de Parkinson, entre 
os estágios 0 a 2,5 conforme 
a escala de Hoehn e Yahr 
modificada.
Metodologia
O presente estudo, quanto 
aos seus objetivos, classifica-
se como pesquisa descritiva 
exploratória quantitativa 
e experimental4,5,6. Foram 
inclusas no estudo oito idosas 
com idade entre 60 e 80 anos 
e diagnóstico de doença de 
Parkinson. Frequentadoras da 
APPP, na cidade de Curitiba, 
apresentavam estabilidade 
clínica e não estavam 
realizando outro tratamento 
fisioterapêutico durante a 
pesquisa. 
Pessoas em estágio final da 
doença, com dependência 
cinético-funcional avançada, 
e demais enfermidades que 
perturbam o equilíbrio, 
como quadros de demência, 
síndrome de Parkinson Plus, 
parkinsonismo, doenças 
cardíacas não controladas, 
infecções e neoplasias, foram 
exclusas.
Para seleção dos indivíduos 
que estavam de acordo com 
os critérios de inclusão e 
exclusão, foi utilizada a escala 
de Hoehn Yahr modificada, 
sendo inclusos na pesquisa 
os que se apresentaram nos 
estágios de 0 a 2,5 da doença 
de Parkinson. A escala de 
Hoehn Yahr é utilizada para 
analisar o estágio da doença 
em que a pessoa se encontra. 
Como resultado, classifica 
a doença em cinco estágios, 
dentre eles o 0, caracterizado 
por ausência de sinais da 
doença, e 5, que caracteriza 
limitação à cadeira de rodas, 
cama, exceto se auxiliado.
Após escolhidos os 
indivíduos, de acordo com 
os métodos de inclusão e 
exclusão, foi apresentado 
o termo de Consentimento 
Livre Esclarecido, segundo a 
resolução 196/96 do Conselho 
Nacional de Saúde, que 
esclarece o estudo, assim como 
seus objetivos e os riscos e 
benefícios da técnica utilizada. 
Assinado esse termo, o 
estudo seguiu com uma 
avaliação inicial individual 
na APPP, utilizando uma 
sala cedida pela própria 
associação. Nessa avaliação, 
foi preenchida uma ficha de 
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 7
Artigo - 1º
avaliação fisioterapêutica 
para cada paciente, contendo 
dados pessoais, exame físico, 
atividades funcionais na 
associação e medicamentos 
em uso. Terminada essa etapa, 
foram aplicados testes e 
escalas para avaliar os sujeitos 
antes de iniciarem a técnica 
de revitalização geriátrica, 
com a finalidade de comparar 
os mesmos testes e escalas ao 
final do estudo. 
Foram usados os testes de 
Performance Física (TPF), 
de Equilíbrio de Berg e 
Cronometrado de Levantar e 
Ir (TUG).
Os sujeitos passaram pela 
avaliação e aplicação dos 
testes e escalas, e em seguida 
pela aplicação da técnica de 
revitalização geriátrica, que 
foi realizada duas vezes por 
semana, durante três meses, 
com duração entre 50 a 55 
minutos. A técnica foi aplicada 
em uma área clara e arejada, 
com piso antiderrapante, 
cedida pela associação.
A técnica começou com 
exercícios de aquecimento e 
alongamento dos principais 
grupos musculares, 
durante 5 a 7 minutos. Em 
seguida, foram trabalhados 
componentes de mobilidade 
e força. Os pesquisadores 
dedicaram-se, em todos os 
atendimentos, aos distintos 
segmentos corporais, e 
combinaram exercícios de 
força e mobilidade, com 
duração aproximada de 15 
minutos, utilizando recursos 
auxiliares como bastões, bolas, 
bambolês, faixas elásticas e 
halteres. Os exercícios foram 
iniciados em marcha lenta, 
aumentada gradualmente ,e 
foram finalizadoscom retorno 
gradual à marcha lenta, com 
duração aproximada de 3 
minutos. Neste momento 
do atendimento, houve 
um intervalo para que os 
sujeitos pudessem descansar 
e hidratar-se com água. Os 
15 ou 20 minutos restantes 
foram dedicados a exercícios 
de coordenação, agilidade 
e equilíbrio. Finalizou-
se o atendimento com 
exercícios respiratórios e de 
relaxamento. 
No primeiro atendimento, 
foram apresentados os 
objetivos do estudo aos 
frequentadores da APPP, 
desenvolvendo o primeiro 
contato com os indivíduos e 
aplicando a escala de Hoehnr 
Yahr e conforme os critérios 
de inclusão e exclusão 
foram selecionados oito 
participantes.
No segundo atendimento 
foram aplicadas, de forma 
individual, as escalas TPF, 
Berg e TUG, e confirmaram-se 
os dias de atendimento, que 
iniciou na semana seguinte.
A partir do terceiro 
atendimento, iniciou-se 
a aplicação da técnica de 
revitalização geriátrica, 
conforme descrita 
anteriormente, seguindo 
criteriosamente sua aplicação, 
entretanto, visando sinais 
e sintomas característicos 
da doença de Parkinson já 
citados, alguns exercícios 
foram realizados. Estes serão 
descritos a seguir e foram 
executados em quase todos os 
atendimentos.
1. Exercícios de 
mobilidade articular, 
principalmente com 
movimentos de grandes 
articulações, como ombro, 
quadril, joelho e coluna. 
Sendo que nos movimentos 
de coluna foi enfatizada a 
rotação e extensão. 
2. Treinos de marcha, 
equilíbrio e coordenação 
através de informações 
visuais por meio de 
marcadores sobre o solo, 
em formato de passos, em 
curvas e mudança súbita 
de direção, orientando 
os sujeitos a andarem de 
lado, com um pé na frente 
dooutro, associando a 
marcha com mobilidade 
de cintura escapular, 
com auxílio de bastões 
e balanceio de membros 
superiores. Conforme a 
evolução dos sujeitos, 
algumas modificações 
foram realizadas, com 
o intuito de aumentar a 
dificuldade dos exercícios e 
treinar dupla-tarefa, sendo 
estas executadas ao subir e 
descer degraus e rampas, 
segurar objetos e bolas ao 
andar, associar o balanceio 
de membros superiores 
de forma alternada com 
a flexão de quadril e 
joelhos durante a marcha, 
bater palmas, responder 
a perguntas feitas pelas 
pesquisadoras e andar para 
trás com supervisão. 
Outros exercícios foram 
executados com o intuito de 
treinar dupla-tarefa, de forma 
que os sujeitos eram dispostos 
em círculo, sendo solicitado a 
eles jogar a bola e responder 
a perguntas feitas pelas 
pesquisadoras ao mesmo 
tempo.
Ao fim dos três meses de 
8 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 1º
aplicação do estudo, os 
sujeitos foram questionados 
sobre a melhora vista por eles 
em sua qualidade de vida, e 
os testes de equilíbrio de Berg, 
TUG e TPF foram reaplicados 
para a comparação da pré 
e pós-aplicação da técnica 
de revitalização geriátrica. 
Dessa forma observaram-se 
os possíveis efeitos que este 
tratamento pode proporcionar 
aos portadores da doença de 
Parkinson.
RESULTADOS
A análise estatística foi 
realizada utilizando o 
software R version 2.11.1 
(2010-5-31). Os dados 
quantitativos foram descritos 
através de médias, medianas 
e desvio-padrão e foram 
aplicados, aos dados que serão 
expostos a seguir, o Teste 
Exato de Fischer e o Teste 
T-Student. As informações 
estão classificadas conforme 
os quesitos da avaliação.
Os oito sujeitos eram do sexo 
feminino, com idade entre 62 e 
70 anos, uma média de 69, 75 
anos. O tempo de diagnóstico 
da doença de Parkinson 
variou entre 2 e 12, anos com 
média de diagnóstico entre 
7 e 13 anos. Segundo o teste 
de Hoehn Yahr, o estágio da 
doença esteve classificado 
entre 0 e 2,5, sendo que 
50% dos sujeitos estavam 
classificados no estágio 0, com 
ausência dos sinais da doença; 
20% no estágio 1; 12,5% 
no estágio 1,5; 12, 5 % no 
estágio 2,5. Tais dados estão 
apresentados na tabela 1.
TABELA 1 – IDADE, TEMPO DE DIAGNÓSTICO E ESTÁGIO DA 
DOENÇA DE PARKINSON
 Tempo Teste
 Idade de diagnóstico de Hoen Yahr
Média 69,75 7,13 1
Mediana 69,5 5,5 1
Desvio-padrão 5,73 3,94 0,80
____________________________________________________________________
FONTE: elaborado pelas autoras.
TABELA 2 – TESTE DE PERFORMANCE FÍSICA 
 Antes Depois
Média 17,5 21,625
Mediana 17,5 22 
Desvio-padrão 3,93 4,00
____________________________________________________________________
FONTE: elaborado pelas autoras.
Nos dados apresentados na tabela 2 e exemplificados no gráfico 
1, em que foi aplicado o teste paramétrico T de Student para 
avaliar se existe diferença entre as médias “antes” e “depois” 
da aplicação do estudo, obtendo-se um p-valor = 0,00246, 
conclui-se que na variável Teste de Performance Física, quando 
analisada a soma das capacidades, observa-se uma diferença 
estatisticamente significativa, ao nível de 5% de significância. 
Sendo este aumento, em média, de 4,125 pontos, podendo 
variar, considerando um intervalo de confiança de 95%, entre 
2,008 e 6,241 pontos.
GRÁFICO 1 – TESTE DE PERFORMANCE FÍSICA TOTAL
FONTE: elaborado pelas autoras.
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 9
Artigo - 1º
TABELA 3- ESCALA DE BERG
 Antes Depois
Média 44,75 47,5
Mediana 46 49 
Desvio-padrão 7,70 6,59
____________________________________________________________________
FONTE: elaborado pelas autoras.
GRÁFICO 2 - ESCALA DE BERG
FONTE: elaborado pelas autoras.
TABELA 4– TESTE CRONOMETRADO DE LEVANTAR E IR
 Antes Depois
Média 13,625 segundos 11,6125 segundos
Mediana 11,5 segundos 9,285 segundos 
Desvio-padrão 10,06 segundos 7,81 segundos
____________________________________________________________________
FONTE: elaborado pelas autoras.
Para a variável Escala de Berg, cujos dados estão exemplificados 
na tabela 3 e no gráfico 2, obteve-se p-valor = 0,1865; no “Teste 
Cronometrado de Levantar e Ir, apresentado na tabela 4 e 
demonstrados no gráfico 3, obteve-se um p-valor = 0,09168. 
Utilizando também o teste T de Student, concluiu-se que não há 
evidências estatísticas de que os valores desses testes tenham se 
alterado após a aplicação do tratamento, considerando um nível 
de 5% de significância.
10 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 1º
GRÁFICO 3 – TESTE CRONOMETRADO DE LEVANTAR E IR
FONTE: elaborado pelas autoras.
Discussão
No presente estudo, utilizaram-se como instrumentos de 
avaliação quantitativa os testes de TPF, Berg e TUG. 
Foi avaliada cada uma das variáveis do TPF em separado com a 
intenção de identificar a perda funcional para AVD’s e AIVD’s 
na doença de Parkinson. As AVD’s podem ser divididas em 
seis categorias básicas, conforme o Índice de Kats 7. Segundo 
a TPF, os itens comer, vestir-se, girar 360º, caminhar 15,2 m, 
subir um degrau, subir e descer números de degraus simulam 
as AVD’s básicas; itens como escrever uma sentença, erguer um 
livro e colocá-lo em uma estante, pegar uma moeda no chão são 
classificadas como AIVD’s. 
A avaliação das AVD’s e AIVD’s em portadores de Parkinson 
no presente estudo através do TPF baseiam-se em autores 
que apresentam a doença de Parkinson (DP) como distúrbio 
neurodegenerativo progressivo, que acomete os núcleos da base 
(NB) do sistema nervoso central, principalmente com destruição 
dos neurônios da substância negra, responsáveis pela produção 
do neurotransmissor conhecido como dopamina, abrangendo 
um grupo de manifestações clínicas caracterizadas por tremor e 
perturbação dos movimentos involuntários da postura corporal, 
do equilíbrio, rigidez que tem uma prevalência maior em 
idosos em uma faixa etária entre 55 e 65 anos3,8,9. Esses sinais 
e sintomas podem acarretar 
limitações das AVD’s já na 
fase inicial da doença, e fazem 
dos aspectos físicos uns dos 
grandes responsáveis pela 
piora da qualidade de vida 
(QV) desses indivíduos10. 
Os portadores da doença 
de Parkinson apresentam 
dificuldades em lidar com 
tarefas como caminhar, 
levantar da cadeira, mover-se 
na cama, comer e colocar os 
sapatos. Essas limitações, no 
estado funcional e nas AVD’s, 
frequentemente explicam a 
perda de independência e 
o declínio na qualidade de 
vida11. 
Quando analisada a soma 
das capacidades do TPF 
através do teste T de Student, 
observa-se uma diferença 
estatisticamente significativa 
no Teste de Perfomance 
Física. Ou seja, os sujeitos 
aumentaram sutilmente a 
capacidade de realizar várias 
atividades, individualmente 
não muitosignificativas, 
mas em conjunto, sim, 
melhorando a perfomance 
física e, consequentemente, as 
AVD’s e AIVD’s dos sujeitos 
estudados. Esses dados 
podem ser comparados aos 
achados de Lana et al. (2007), 
em estudo realizado com 24 
indivíduos portadores da 
doença de Parkinson, com 
idade superior a 65 anos, 
entre os estágios 2 e 3 no teste 
de Hoehn e Yahr, divididos 
em dois grupos, em que o 
grupo experimental associava 
atendimentos de fisioterapia 
com cinesioterapia ao uso 
do fármaco Levodopa, e 
o grupo-controle somente 
o uso do fármaco. Obteve 
diferença significativa o grupo 
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 11
Artigo - 1º
que realizou cinesioterapia 
associado ao Levodopa, com 
aumento da qualidade de 
vida e melhora das AVD’s 
como caminhar, levantar da 
cadeira, mover-se na cama, 
comer e colocar os sapatos, 
estas avaliadas pela escala 
SPES e pelo questionário de 
qualidade de vida PDQL11. 
Para a variável TUG, foi 
utilizado o teste de T de 
Student, que não demonstrou 
diferença significativa na 
pré e pós-aplicação do 
estudo, entretanto houve 
tendência à melhora na 
habilidade e mobilidade e 
diminuição no tempo de 
execução do teste. No início 
da aplicação do estudo, 
os sujeitos executaram o 
teste em 13,6 segundos, 
caindo este tempo para 11,6 
segundosapós a aplicação, e 
consequentemente puderam 
desempenhar a AVD de 
caminhar melhor, pois a 
marcha no Parkinson é 
caracterizada por pobreza de 
movimentos e diminuição 
de velocidade, sendo que a 
presença da festinação ocorre 
na tentativa de perseguir o 
centro da gravidade a fim de 
evitar quedas, caracterizada 
por aumento progressivo da 
velocidade e encurtamento 
do passo12,13. Caetano et al. 
(2007) estudaram dezesseis 
idosos, oito com DP e oito 
neurologicamente sadios. 
Analisaram o equilíbrio 
dinâmico, andando 
livremente e em condições de 
restrição na largura e altura 
da superfície de suporte. 
Os dados cinemáticos 
foram registrados com 
marcadores passivos afixados 
no ombro, quadril, joelho, 
tornozelo, calcanhar e nos 
metatarsos, e pedu-se para 
os sujeitos andarem em 
uma superfície retilínea de 
5 metros. Concluíram que, 
comparado com o andar dos 
idosos neurológicos sadios, 
o andar dos idosos com DP 
foi mais lento, com passadas 
curtas, maior tempo gasto 
com ambos os pés em contato 
com o solo e menor tempo 
gasto na fase de balanço da 
perna14. Goulart et al. (2004) 
analisaram a velocidade da 
marcha e velocidade de subir 
e descer escadas, comparando 
vinte sujeitos com DP e 
vinte saudáveis. Embora 
sem diferença estatística, 
pode-se observar que os 
pacientes com Parkinson 
levaram mais tempo para 
deambular e subir e descer 
degraus, demonstrando 
a menor independência 
vista nesta população, 
mesmo em estágios iniciais 
da doença, resultantes da 
depleção da dopamina, que 
se apresenta na bradicinesia 
e rigidez. Entretanto, 
sugerem que essas alterações 
podem ser resultantes não 
somente das características 
neurológicas da doença, 
mas também das limitações 
musculoesqueléticas que 
a acompanham15. Tais 
afirmações demonstram a 
importância da atuação da 
fisioterapia na DP focando 
a marcha dos idosos 
acometidos. 
Dias et al. (2005), baseados 
nesses achados, avaliaram 
a eficácia do treino 
de marcha com pistas 
visuais em pacientes 
com DP. Selecionaram 
dezesseis sujeitos com DP 
randomizados em dois 
grupos. O primeiro grupo 
experimental realizou 
treino de marcha com 
pistas visuais associadas à 
fisioterapia convencional, e 
o segundo realizou somente 
fisioterapia convencional. 
Chegaram à conclusão 
que o grupo que realizou 
fisioterapia convencional e 
treino de marcha com pistas 
visuais apresentou redução 
significativa no número de 
passos, em um percurso de 
10 m, quando comparado 
ao grupo-controle, que 
realizou apenas fisioterapia 
convencional, aumentando 
o comprimento do passo e a 
velocidade, evidenciando uma 
melhora da cadência no grupo 
de estudo. Os autores citam 
que a utilização das pistas 
visuais tem a finalidade de 
desviar a função dos núcleos 
da base, a fim de regular a 
função motora deficitária13. 
As pistas visuais funcionam 
através de alvos moventes 
que ativam a via cerebelar 
visual-motora16. Ensaios de 
laboratório mostraram que 
estímulos externos, como 
linhas brancas no chão, 
batidas rítmicas e música, 
permitem que pessoas 
com Parkinson caminhem 
com passos largos. Essas 
intervenções ajudam as 
pessoas a andar mais rápido, 
compensando a hipocinesia 
característica da doença17.
O teste de Equilíbrio de Berg 
foi analisado utilizando o 
teste T de student pré e pós-
tratamento. Estatisticamente, 
não houve diferença 
significativa entre as duas 
distribuições, todavia, foi 
observada uma tendência 
12 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 1º
em melhora do equilíbrio, 
uma vez que na avaliação 
pré-aplicação os sujeitos 
alcançaram 44,75 pontos, e 
no pós subiram este número 
para 47,5 pontos. Observando 
a tendência à elevação na 
pontuação, mesmo que sem 
significância estatística, 
ela pode ser justificada 
pelo incremento de FM em 
membros inferiores advindos 
da reabilitação executada, 
que embora não tenha sido 
idealizada com o intuito 
de promover aumento da 
força muscular, pode mantê-
la ou incrementá-la3. Essa 
tendência à melhora ressalta 
a importância do treino de 
equilíbrio, pois ao avaliar 
o índice de quedas e a 
correlação com o estágio da 
doença em trinta pacientes, 
estudiosos detectaram 
que 60% dos pacientes 
classificados no estágio 
leve de progressão da DP 
apresentaram risco moderado 
de quedas, e 20% risco alto. 
Dos que se encontravam no 
estágio moderado e todos os 
classificados no estágio grave 
da doença, 75% apresentaram 
risco alto de quedas, concluindo 
que o risco de queda na DP 
aparece desde o estágio leve 
e tende aumentar conforme a 
evolução da doença18.
Para tanto, é preciso entender 
que a condição de equilíbrio é 
determinada pela integração 
de vários sistemas, em que 
a visão fornece as devidas 
relações espaciais; o aparelho 
vestibular responde a 
estímulos que envolvem 
o corpo, propiciando 
coordenação da resposta 
motora; a propriocepção pelos 
sensores proprioceptivos 
dos músculos, tendões, 
articulações, vísceras e pele 
traduzem esses estímulos 
por reflexos relacionados a 
calor, frio ou dor. Qualquer 
alteração apresentada pelo 
idoso em um destes sistemas 
interfere na interação da 
manutenção do equilíbrio 
corporal. Os distúrbios 
motores ocasionados pela 
doença, como rotação do 
tronco reduzida, postura de 
tronco flexionada, amplitude 
de movimento reduzido nos 
quadris, joelhos e tornozelos, 
ausência ou redução 
do balanço dos braços, 
comprimento reduzido do 
passo e festinação, assim como 
alterações na variabilidade, 
regularidade e estabilidade 
temporal do andar – como o 
maior gasto em duplo suporte 
–interfere em sua agilidade 
e equilíbrio dinâmico, o 
que pode comprometer o 
desempenho das AVD’s e 
aumentar o índice de quedas14. 
Adkin, Bloem e Allum 
(2005) mediram as oscilações 
anteroposterior e médio-
lateral do tronco durante 
a realização de tarefas de 
postura quieta e a locomoção. 
Os resultados para as tarefas 
de postura quieta sugerem 
que, mesmo sob efeito da 
medicação, as estratégias de 
restabelecimento do equilíbrio 
são alteradas nos pacientes, 
entretanto, para as tarefas 
de locomoção, nenhuma 
diferença significativa para 
as oscilações do tronco 
foi encontrada, tendo 
sido revelado apenas que 
portadores de DP levam 
mais tempo para realizar 
cada tarefa de locomoção, 
quando comparados com 
o grupo-controle de idosos 
sadios. Concluiu-se que o 
maior tempo gasto pelos 
pacientes para locomover-se 
funciona como uma estratégia 
compensatória para reduzir 
a oscilação do tronco19. A 
dificuldade do indivíduo com 
DP em executar movimentos 
que influenciam no equilíbrio, 
como balanceio de MMSS, 
rotação de tronco e flexão de 
quadril para deambular, são 
causados pela degeneração 
dos NB, que têm a função 
de controlar o movimento, 
explicando que é possível, 
para os pacientes com 
Parkinson, gerar padrões de 
movimentos normais quando 
se focalizam no desempenho. 
Isso porque pode ocorrer 
a ativação da região do 
córtex pré-motor, intacto, 
sem recorrer ao circuito 
deficitário dos núcleos da 
base, auxiliando na produção 
dos movimentos. Teixeira e 
Alouche (2007) confirmaram 
isso em seu estudo com 
dez indivíduos saudáveis 
e dez com DP, em que foi 
solicitado que vestissem uma 
camisa com botões o mais 
rapidamente possível de 
forma isolada (tarefa simples) 
enquanto verbalizavam 
nomes próprios femininos em 
ordem aleatória (dupla tarefa). 
Concluíram que os pacientes 
com DP levaram mais tempo 
para completar ambas as 
tarefas, quando comparados 
aos indivíduos saudáveis. 
Ambos os grupos cometeram 
mais erros na dupla 
tarefa20. Porém, afirmam a 
possibilidade de melhora do 
desempenho com a prática, 
sendo que a capacidade de 
aprender novas sequências 
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 13
Artigo - 1º
de movimentos ao realizarem 
repetições é possível nos 
estágios iniciais e moderados 
da doença21.
Estas afirmações enfatizam 
a atuação da fisioterapia na 
doença de Parkinson, que 
deve interferir no curso 
natural da doença, sendo 
que melhora as AVD’spor 
ensinar e treinar as funções 
perdidas na DP11. O presente 
estudo, ao empregar a técnica 
de revitalização geriátrica 
como recurso a ser utilizado 
no tratamento da DP, sendo 
um agente promotor de saúde 
e uma técnica reabilitadora, 
visou essas afirmativas, 
propostas por alguns autores3. 
O objetivo da revitalização 
geriátrica é a melhora na 
qualidade de vida dos 
idosos participantes. Pode 
ser aplicada para diferentes 
estados de saúde dos idosos, 
justificando a utilização 
desta técnica neste estudo na 
doença de Parkinson. Por ser 
aplicada em grupo, concorda 
com Castro et al. (2007) 
que a fisioterapia em grupo 
na DP não é parcialmente 
mediada somente pela 
aptidão aumentada e alívio 
da rigidez, pois os benefícios 
vão além de melhorias 
funcionais, mas também 
pode oferecer maiores 
oportunidades psicológicas 
e sociais, conscientização e 
educação, uma vez que os 
pacientes que realizam terapia 
em grupo interagem com 
outras pessoas que enfrentam 
situações semelhantes e 
apoiam-se ativamente uns aos 
outros, contribuindo para a 
socialização global, além de 
ser um recurso disponível 
pelo seu baixo custo22,23. 
CONCLUSÃO
A técnica de revitalização 
geriátrica aplicada aos 
portadores da doença de 
Parkinson, com média 
de 1 ponto, conforme o 
Teste de Hoehn e Yahn, no 
presente estudo, demonstrou 
estatisticamente, pela 
escala de TPF pré e pós-
tratamento, melhora da 
performance física global, 
com aumento da qualidade 
de vida e otimização 
das AVD’s e AIVD’s dos 
sujeitos estudados. Também 
demonstrou tendência à 
melhora de equilíbrio e 
prevenção de risco de quedas 
pelas escalas de Berg e TUG, 
respectivamente. 
A fisioterapia pela técnica de 
revitalização geriátrica tende 
a ser um agente facilitador 
na alteração natural do 
curso dessa doença crônica, 
podendo ser uma sugestão 
para seu tratamento, 
devendo estar ao alcance dos 
profissionais de fisioterapia, 
pois visa restituir ou manter 
a independência funcional 
do idoso, tornando-o capaz 
de gerir sua vida e executar 
suas AVD’s e AIVD’s e, 
consequentemente, melhorar 
sua qualidade de vida. 
Entretanto, ressaltamos 
a importância de novos 
estudos com uma amostra 
maior e a inclusão de um 
grupo-controle para concluir, 
com maior fidedignidade, 
os resultados obtidos e 
apresentados por este estudo.
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Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 15
Artigo - 2
Estudo comparativo controlado, 
randomizado, cego, entre terapia manual 
e cinesioterapia na osteoartrite de joelho
Comparative study controlled, randomized, blind and between 
manual therapy and kinesiotherapy in osteoarthritis of knee.
RESUMO
Sabe-se que a osteoartrite 
é um distúrbio articular 
que pode ser causado 
por diversos fatores 
articulares e não articulares, 
sendo considerada uma 
das principais doenças 
causadoras de incapacidade, 
acometendo indivíduos 
a partir da quinta ou 
sexta década de vida, 
principalmente mulheres. 
Analisando tais dados, 
esta pesquisa se propôs a 
realizar uma comparação 
entre a aplicação da terapia 
manual e da cinesioterapia na 
osteoartrite de joelho. Foram 
selecionados, para participar 
da pesquisa, quatorze 
sujeitos, na faixa etária de 50 
a 75 anos, sendo que destes 
dois não participaram da 
pesquisa por problemas de 
saúde. Os doze indivíduos 
que participaram da pesquisa 
foram distribuídos através 
de sorteio em dois grupos: 
G1 (grupo experimental, 
recebendo tratamento 
com terapia manual e 
cinesioterapia), e G2 
(grupo-controle, recebendo 
tratamento somente com 
cinesioterapia). Estes 
indivíduos foram avaliados 
e reavaliados por avaliador 
cego, enfatizando grau de 
dor, goniometria e avaliação 
da resistência máxima, e 
foram submetidos a oito 
atendimentos, distribuídos 
numa frequência de duas 
vezes semanais. Não houve 
diferenças na redução do 
quadro álgico, no aumento 
da amplitude de movimento 
nem no aumento do resultadoda avaliação de resistência 
máxima. Devido ao pequeno 
número de amostra e de 
atendimentos, não se pôde 
comprovar a efetividade da 
terapia manual na redução do 
quadro clínico da osteoartrite.
Palavras-chave: joelho, 
osteoartrite, terapia manual, 
cinesioterapia, fisioterapia.
ABSTRACT
It is known that osteoarthritis 
is a joint disorder that can 
be caused by many factors 
and non-articular joint, and 
is considered a major disease 
causing disability, affecting 
individuals from the fifth or 
sixth decade of life, especially 
women. Analyzing such data, 
this research proposes to 
make a comparison between 
the application of manual 
therapy and kinesioterapy 
in knee osteoarthritis. Were 
selected to participate in the 
survey in 14 subjects aged 
50 to 75 years, of whom 
two did not participate in 
the study because of health 
problems. The 12 individuals 
who participated in the 
survey were distributed at 
random into two groups: 
group 1 (experimental 
group receiving manual 
therapy and treatment 
with kinesiotherapy) 
and G2 (control group 
receiving treatment with 
only kinesiotherapy). These 
individuals were assessed 
and reassessed by a blind 
assessor, emphasizing the 
degree of pain, goniometry 
and evaluation of full 
strength and were subjected 
to 8 visits distributed over a 
frequency of twice weekly. 
There were no differences in 
the pain reduction, increased 
range of motion, or in raising 
the result of evaluation of 
maximum strength. Due to 
the small sample number 
Douglas Ramos do Rosário 1 
Lais Simioni 2
Luciane Aparecida dos Anjos 3
Hellen Stacheski 4
Maria Laura Aquino Calado de 
Assunção 5
1. Acadêmico do curso de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco 
douglas_rrosario@hotmail.com) 
2. Acadêmica do curso de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco 
3. Acadêmica do curso de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco 
4. Acadêmica do curso de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco 
5. Mestre em Educação pela UFPR e 
docente da Faculdade Dom Bosco.
16 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 2
and owing to the small 
number of visits, we can not 
prove the effectiveness of 
manual therapy in reducing 
the clinical symptoms of 
osteoarthritis.
Keywords: Knee, 
Osteoarthritis, Manual 
Therapy, Kinesiotherapy, 
Physical Therapy
Introdução
Sabe-se que a osteoartrite 
é uma doença que vem 
acometendo um número 
significativo de sujeitos 
a partir dos 45 anos para 
homens, e antes dos 45 anos 
para mulheres (SKARE, 
1999). Com a evolução desta 
doença, os sujeitos acometidos 
sofrem de dores próximas 
às articulações afetadas, 
diminuição da amplitude de 
movimento, redução da força, 
instabilidade articular, dentre 
outros, ou seja, o sujeito 
apresenta dificuldades na 
realização das atividades de 
vida diária (REBELATTO & 
MORELLI, 2007).
Para Moreira et al. (2009), 
a osteoartrite, comumente 
chamada de artrose, tem sua 
prevalência aumentada com 
a idade e é muito frequente 
na população com mais de 65 
anos, sendo que as mulheres 
apresentam os sinais mais 
precocemente que os homens. 
Freitas et al. (2002) informam-
nos que, atualmente, a 
população brasileira com 
idade igual ou superior a 
60 anos é da ordem de 15 
milhões de habitantes. Sua 
participação no total da 
população nacional dobrou 
nos últimos 50 anos, passando 
de 4%, em 1940, para 9%, 
em 2000. Projeções recentes 
indicam que esse segmento 
poderá ser responsável por 
quase 15% da população 
brasileira em 2020, colocando 
o Brasil como 6º país do 
mundo em numero de idosos 
(CAMARANO, 2002). 
A fisioterapia apresenta 
diversos recursos, como 
a cinesioterapia e a 
eletrotermofototerapia, que 
auxiliam no tratamento da 
osteoartrite, promovendo 
maior qualidade de vida aos 
sujeitos afetados.
Da mesma forma, a terapia 
manual é um recurso 
fisioterapêutico, que existe há 
séculos, como lembrado por 
Lederman (2001), com boa 
aceitação. Acredita-se que, 
por meio de suas manobras, 
possivelmente os pacientes 
com osteoartrite de joelho 
serão beneficiados na redução 
do quadro clínico da doença.
Apesar da ação dos efeitos 
da terapia manual não 
serem muito investigados, 
é lembrado que a terapia 
manual é um mecanismo 
antigo, utilizado para o 
relaxamento e alívio da dor, 
fornecendo assim os benefícios 
mecânicos de aumento da 
circulação, redução do edema 
e relaxamento do tecido onde 
são realizadas as manobras 
(LEDERMAN, 2001).
Baseado nestes dados, 
este estudo tem como 
objetivo verificar se a 
terapia manual é efetiva na 
redução da dor, na melhora 
funcional, na mobilidade 
e na qualidade de vida de 
sujeitos com osteoartrite 
de joelho. Os objetivos 
específicos são estudar os 
efeitos patognomônicos 
da osteoartrite, comparar 
os efeitos do uso da 
cinesioterapia e da terapia 
manual com o uso exclusivo 
da cinesioterapia, analisar 
estatisticamente os resultados 
e discuti-los. 
Métodos e 
Procedimentos
A presente pesquisa foi 
aprovada pelo Comitê de Ética 
em Pesquisa da Faculdade 
Dom Bosco, de acordo com a 
lei nº. 196/96, do CNS, em 16 
de dezembro de 2009.
Teve como base o estudo 
quantitativo controlado 
randomizado cego, oqual 
para Fachin, (2005), aborda 
o problema por meio de 
pesquisa quantitativa, pois 
determina, os dados em 
proporções numéricas, 
quantificando a variável, 
contagem e mensuração dos 
dados que serão obtidos. 
Gil (2002) diz que é uma 
pesquisa controlada, por 
existir a necessidade de um 
grupo-controle, sendo ainda, 
do ponto de vista dos vários 
procedimentos técnicos, uma 
pesquisa experimental. 
POPULAÇÃO E 
PARTICIPANTES
Sujeitos com osteoartrite de 
joelho, homens e mulheres 
entre 50 e 80 anos da cidade 
de Curitiba. Critérios de 
inclusão: 1) sujeitos com 
osteoartrite de joelho; 2) faixa 
etária entre 50 a 80 anos; 3) 
acessibilidade geográfica; 
4) EVA máxima de 8; 5) 
minimental com nota mínima 
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 17
Artigo - 2
20 para analfabetos; 25 de 1 a 
4 anos de escolaridade; 26,5 de 
5 a 8 anos de escolaridade; 28 
de 9 a 11 anos de escolaridade; 
29 para indivíduos com 
escolaridade superior a 11 
anos. Critérios de exclusão: 1) 
ter realizado fisioterapia nos 
últimos 3 meses; 2) ter prótese 
de joelho; 3) apresentar 
trombose e/ou tromboflebite.
LOCAL DA REALIZAÇÃO 
DAS ETAPAS 
EXPERIMENTAIS
Este estudo foi realizado nas 
dependências da Clínica- 
Escola de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco.
TIPO DA AMOSTRA
Conforme Gil, (2002) a 
amostragem do tipo aleatória 
simples.
CÁLCULO DA AMOSTRA 
Para o cálculo do tamanho da 
amostra, foi usada a variável 
dor (parâmetro principal do 
estudo). Foi considerado o 
nível de significância de 5%, 
o poder do teste de 90% e a 
variância da dor igual a 1,4, 
como apresentado no artigo 
de WENG et. Al. (2009). Para 
se detectarem diferenças 
significativas de dois pontos 
na escala visual analógica 
(EVA) de dor, o número da 
amostra (n) foi estabelecido 
em, no mínimo, dez sujeitos 
em cada grupo.
PROCEDIMENTOS
Entrou-se em contato com 
os pacientes portadores de 
osteoartrite da Clínica Escola 
de Fisioterapia da Faculdade 
Dom Bosco. Os laudos desses 
pacientes encontram-se no 
arquivo morto da instituição 
cedente. Prevê-se posterior 
contato com os pacientes, com 
o intuito de dar continuidade 
ao tratamento, para analisar se 
a terapia manual é efetiva na 
osteoartrite de joelho.
Randomização dos sujeitos 
da pesquisa
Os sujeitos da pesquisa foram 
divididos em dois grupos, 
distribuídos aleatoriamente 
em grupo experimental 
e grupo-controle pelos 
aplicadores das técnicas.
Avaliação dos sujeitos da 
pesquisa
Realizou-se uma avaliação 
no início do tratamento, e 
uma reavaliação ao término 
do tratamento por um 
avaliador cego. Utilizou-se 
o questionário WOMAC 
para avaliação funcional e 
a escala EVA para avaliar a 
intensidade da dor.
A utilização da escala EVA é 
assim descrita por Aquino et. 
al, (1990) “Para avaliação da 
dor, o paciente indicará uma 
nota em uma escala visual 
analógica horizontal, que 
marcaráde 0 a 10 cm, na qual 
0 representa sem dor, e 10, a 
máxima dor (insuportável)”.
Foi realizada a goniometria, 
como descrita por MARQUES 
(2005), para avaliar a 
amplitude de movimento 
inicial e final dos sujeitos.
GRUPO EXPERIMENTAL
Alongamento
Realizou-se alongamento 
de forma passiva, sendo 
executado como relatado por 
Kisner e Colby, (2005).
1. Alongamento do 
reto femoral – sujeito em 
decúbito lateral sobre o divã. 
O fisioterapeuta, posicionado 
atrás do sujeito, apoia a 
mão na região medial do 
joelho, o qual se encontra em 
semiflexão, realizando então a 
extensão do quadril.
2. Alongamento de 
isquiotibiais – sujeito em 
decúbito dorsal sobre o divã, 
com os membros inferiores 
em extensão. O fisioterapeuta 
realiza uma flexão de quadril 
em um dos membros.
3. Alongamento dos 
adutores do quadril – sujeito 
em decúbito dorsal, com 
extensão de quadril e extensão 
de joelho. O fisioterapeuta 
realiza abdução de quadril.
4. Alongamento dos 
abdutores do quadril – sujeito 
em decúbito dorsal sobre o 
divã, com flexão de quadril 
mínima. O fisioterapeuta 
aplica força na região do 
tornozelo do sujeito, em 
sentido ao lado contralateral, 
fazendo com que um membro 
passe sobre o outro.
Os alongamentos tiveram 
duração de 45 segundos, pois, 
segundo Mchugh, (1992), 
durante um período de 39 
segundos o fuso muscular 
reage como se estivesse sendo 
estirado, e após esse período 
é inibido pela ação do OTG 
(órgão tendinoso de Golgi), 
restando 6 segundos para um 
alongamento mais efetivo.
Fortalecimento
Realizou-se fortalecimento de 
forma ativa em cadeia cinética 
aberta, com exercício resistido 
18 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 2
progressivo, que utiliza 
regimes isotônicos, conforme 
Deliberato, (2007), e uma 
tornozeleira. Os pacientes 
dos grupo experimental e 
controle foram submetidos à 
avaliação da força muscular 
pela repetição máxima (RM). 
Sendo assim, os pacientes 
realizaram dez repetições 
com o máximo de peso que 
conseguiam, determinando 
dez repetições máximas (10 
RM), seguindo o protocolo 
de DELORME. Uma vez 
estipulada a carga de 10 RM, 
o treinamento foi dividido da 
seguinte forma: duas séries de 
dez repetições, com 50% de 
10 RM, sempre respeitando o 
limite de dor do paciente.
A posição do sujeito foi 
realizada conforme Kisner e 
Colby, (2005).
1. Fortalecimento de 
extensores de joelho –sujeito 
sentado com flexão de quadril 
a 90º, com tornozeleira. O 
fisioterapeuta solicita que o 
sujeito realize extensão do 
joelho, retornando em seguida 
à posição inicial.
2. Fortalecimento de 
flexores de joelho –sujeito 
em decúbito ventral, com 
joelho e quadril na posição 
neutra e com tornozeleira. O 
fisioterapeuta solicita que o 
sujeito realize flexão do joelho, 
logo em seguida retornando à 
posição inicial.
3. Fortalecimento de 
abdutores de quadril –sujeito 
em decúbito lateral, com os 
joelhos e o quadril na posição 
neutra, com tornozeleira. O 
fisioterapeuta solicita que o 
sujeito realize uma abdução, 
retornando à posição inicial 
em seguida.
4. Fortalecimento de 
adutores de quadril – o 
fisioterapeuta solicita que o 
sujeito retorne, de forma lenta, 
à posição inicial, quando 
realizado o exercício de 
abdutores de quadril.
Mobilização articular
A técnica de mobilização 
articular foi realizada 
conforme descrita por 
Edmond (2000).
1. Mobilização articular 
femoropatelar de cranial para 
caudal – sujeito em decúbito 
dorsal sobre o divã, mantendo 
5º de flexão de joelho com o 
apoio de uma almofada. O 
fisioterapeuta, posicionado ao 
lado do sujeito, segura as faces 
superior e inferior da patela 
com ambos os polegares e 
os indicadores de ambas 
as mãos, realizando então 
movimento patelar no sentido 
cranial para caudal, sem 
pressão descendente.
2. Mobilização articular 
femoropatelar de medial 
para lateral – mantendo o 
paciente a mesma postura que 
a anterior, o fisioterapeuta 
coloca os polegares e 
indicadores na região lateral 
e medial da patela, esta sendo 
então movida de medial para 
lateral, deslizando-a sobre o 
fêmur.
3. Mobilização articular 
femoropatelar de anterior 
para posterior – a postura 
do paciente é mantida 
como anteriormente. O 
fisioterapeuta segura a patela 
com um polegar na base e o 
outro polegar sobre o ápice da 
patela, movendo inicialmente 
a base da patela em sentido 
anteroposterior, e depois 
repete o movimento no ápice 
da patela, causando uma 
espécie de movimento de 
balanço.
Pompage
É descrita conforme 
Bienfait (1999) e realizada 
em três tempos: no 
primeiro, tensionamento, 
o fisioterapeuta realiza um 
alongamento de forma lenta, 
regular e progressiva, indo 
até o limite da elasticidade 
fisiológica, o qual é dosado 
pela sensibilidade de cada 
indivíduo. No segundo, 
manutenção da tensão, 
manteve-se o tensionamento 
por 20 segundos, sendo este 
tempo necessário para que 
a cartilagem fosse embebida 
de líquido sinovial para 
melhor nutrição. É importante 
salientar que este tempo 
é o mais importante para 
a pompage. No terceiro, 
tempo de retorno, o paciente 
retornou lentamente à posição 
inicial, para que não provoque 
reflexo contrátil do músculo.
As pompages foram a de 
psoas, aplicadas em sujeitos 
em decúbito dorsal com flexão 
de joelho. O fisioterapeuta 
apoiou, com um membro 
superior, o membro a ser 
tratado na fossa poplítea; 
com um membro superior, 
apoiou o quadril do sujeito. 
No tensionamento, o 
fisioterapeuta inclinou-se 
para traz. Para o piriforme, 
o sujeito ficou em decúbito 
dorsal flexão de um joelho. 
O fisioterapeuta, no lado 
oposto, segurou o joelho 
e o quadril, realizando o 
tensionamento pela tração da 
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 19
Artigo - 2
mão caudal, puxando o joelho 
e levando o quadril para uma 
adução-rotação interna. Na 
pompagem do piramidal, o 
sujeito, em decúbito dorsal, 
realizou flexão de joelho, e o 
fisioterapeuta, no lado oposto, 
realizou o tensionamento, 
levando o joelho flexionado 
para uma rotação interna. 
Na pompagem do solear, 
o sujeito permaneceu em 
decúbito dorsal e realizou 
uma leve flexão de quadril. 
O fisioterapeuta segurou o 
pé do sujeito e realizou a 
flexão dorsal do tornozelo. 
Para o joelho, estando o 
sujeito em decúbito dorsal 
com um membro inferior 
suspenso na beira do divã e 
mantendo flexão de joelho, o 
fisioterapeuta segurou o joelho 
e gerou um tensionamento, 
com um leve recuo para traz. 
Para o quadríceps, mantendo 
o sujeito em decúbito ventral 
com um apoio em baixo 
do joelho a ser tratado, o 
fisioterapeuta realizou a flexão 
total do joelho. Para o quadril, 
estando o sujeito em decúbito 
dorsal, o fisioterapeuta 
segurou o membro inferior 
a ser tratado, realizando 
uma flexão de quadril; o 
tensionamento foi obtido com 
a tração do quadril.
Para o grupo-controle foram 
realizados exercícios de 
fortalecimento e alongamento, 
conforme citado no grupo 
experimental.
RESULTADOS
Participaram deste estudo 
quatorze sujeitos, que foram 
avaliados e reavaliados 
por um avaliador cego, 
randomizados em dois 
grupos: (G1), grupo experimental, o qual teve variação de idade 
de 52 a 72 anos, tendo uma média de idade de 63,83 ± 9,11, e 
(G2), grupo-controle, no qual houve variação de idade de 57 a 65 
anos, tendo uma média de idade de 61,50 ± 3,02.
Dentre os sujeitos participantes do estudo, treze eram do sexo 
feminino e um do masculino. Salienta-se que dois sujeitos não 
finalizaram a pesquisa, sendo eles M.S.C., que não completou 
o tratamento devido a problemas no sistema urinário, e I.O., 
que não pôde iniciar o tratamento por apresentar quadro de 
trombose venosa profunda.
O gráfico 1 representam a diferença entre os valores obtidos 
na avaliação e reavaliação de cada sujeito, na aplicação da 
EVA. Por meio dele, pode-se observar que, na avaliação, o G1 
apresentava uma média de 5,83 ± 1,33, e na reavaliação, passou 
a apresentar 1,83 ± 1, 47; e o G2, na avaliação, apresentava uma 
média de 7,50 ± 2,81, e na reavaliação, passou aapresentar 4,33 
± 4, 50. Logo, ao se aplicar o teste de Walsh, o G1 apresentou 
diferença média significativa somente quando comparada a 
avaliação com a reavaliação. Porém, na comparação entre os 
grupos G1 e G2, não houve diferença significativa, obtendo um 
p-valor > 0,05.
GRÁFICO 1 – RESULTADOS DA EVA
Médias - EVA
4,33
1,83
5,83
7,50
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
Avaliação Reavaliação
Es
ca
la
 A
ná
lo
ga
Grupo 1 Grupo 2
Fonte: Dados da pesquisa (2010)
A tabela 1 demonstra a avaliação e a reavaliação dos grupos 
referente à repetição máxima, ainda demonstrando o p-valor, 
que foi gerado por meio do teste estatístico ANOVA, com 
exceção do teste de resistência máxima dos extensores de joelho 
do lado direito, o qual foi realizado o teste de Walsh, por se 
tratar de uma análise não paramétrica.
20 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 2
TABELA 1 – Resultado do teste de repetição máxima
Variável Medida
Grupo experimental Grupo-controle
Avaliação Reavaliação Avaliação Reavaliação p-valor
Músculos abdutores de 
quadril –lado direito
Média 1,92 4,5 2,17 3,83 0,3164323
Mediana 2 4,5 1,75 4
Desvio-padrão 1,2 1,05 1,29 0,75
Músculos abdutores de 
quadril –lado esquerdo
Média 2,42 4,42 2 3,5 0,592986
Mediana 2,75 4,5 1,5 3,5
Desvio-padrão 0,8 1,11 1,45 1,05
Músculos adutores de 
quadril –lado direito
Média 1,83 4,33 2,33 4 0,3813575
Mediana 1,75 5 2,5 4
Desvio-padrão 1,03 1,51 1,21 0,63
Músculos adutores de 
quadril –lado esquerdo
Média 2 4,25 2,25 3,83 0,4410939
Mediana 1,75 4,5 2,5 4
Desvio-padrão 0,84 1,33 1,13 0,75
Músculos flexores de 
joelho –lado direito
Média 2,5 4,08 2,83 3,67 0,39021
Mediana 3 4,5 2,5 4
Desvio-padrão 0,84 1,56 0,98 0,52
Músculos flexores de 
joelho –lado esquerdo
Média 2,42 4,25 2,92 3,67 0,22664
Mediana 3 4,5 2,75 4
Desvio-padrão 0,92 1,33 0,92 1,03
Músculos extensores de 
joelho –lado direito
Média 2,83 4,67 3,67 4,42 >0,05
Mediana 3 5 4 4,25
Desvio-padrão 1,17 0,98 0,52 0,49
Músculos extensores de 
joelho –lado esquerdo
Média 3,17 4,83 3,75 4,42 0,176076
Mediana 3,5 5 4 4,75
Desvio-padrão 1,17 0,82 0,61 0,8
Fonte: Dados da pesquisa (2010)
A tabela 2 demonstra os resultados obtidos por meio do teste 
ANOVA e os valores de média e p-valor da avaliação e da 
reavaliação do teste de amplitude de movimento. A avaliação 
goniométrica dos músculos flexores de joelho dolado direito 
foi realizada pelo teste de Walsh, por se trata de um dado não 
paramétrico.
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 21
Artigo - 2
TABELA 2 – Resultados do teste de amplitude de movimento
Variável Medida
Grupo experimental Grupo-controle
Avaliação Reavaliação Avaliação Reavaliação p-valor
Músculos extensores de 
quadril –lado direito
Média 14,83 19,67 17,5 22,17 0,9797
Mediana 16 17,5 17,5 22,5
Desvio-padrão 7,65 8,64 7,58 7,73
Músculos extensores de 
quadril –lado esquerdo
Média 16 21,17 16,5 21,5 0,9802
Mediana 17,5 21 17,5 22,5
Desvio-padrão 9,4 7,83 7,89 7,18
Músculos flexores de quadril 
–lado direito
Média 68,33 80,33 58 63,67 0,64328
Mediana 74 83 55 66
Desvio-padrão 16,9 10,31 19,8 17,45
Músculos flexores de quadril 
–lado esquerdo
Média 72,67 84,33 61 66,33 0,540173
Mediana 78 88 63 68
Desvio-padrão 11,78 7,94 14,9 14
Músculos flexores de joelho 
–lado direito
Média 78,33 90 69,67 83 >0,05
Mediana 90 94 70 85
Desvio-padrão 18,35 12,07 18,57 12,95
Músculos flexores de joelho – 
lado esquerdo
Média 77 88,33 68 76,67 0,81527
Mediana 78 85 75 70
Desvio-padrão 16,24 9,83 15,34 12,88
Músculos abdutores de 
quadril – lado direito
Média 24,5 34,67 25 35,67 0,931034
Mediana 23,5 33 23 35
Desvio-padrão 4,64 7,45 8,07 7,31
Músculos abdutores de 
quadril – lado esquerdo
Média 29 37,33 29,33 36,67 0,86722
Mediana 29 40 30 35
Desvio-padrão 6,54 9,09 6,02 6,89
Músculos adutores de quadril 
– lado direito
Média 14,67 20 17 23,67 0,88259
Mediana 11 18 13 20
Desvio-padrão 6,77 6,69 10,18 13,94
Músculos adutores de quadril 
– lado esquerdo
Média 17 22,33 21,67 27,33 0,8489
Mediana 12 18 20 23
Desvio-padrão 10,26 10,91 10,91 17,1
Fonte: Dados da pesquisa (2010)
Discussão 
O objetivo deste estudo foi verificar se a terapia manual 
associada com a cinesioterapia apresentaria melhor resultado na 
redução do quadro clínico da osteoartrite, comparado com o uso 
da cinesioterapia de forma isolada, ou seja, sem a utilização e 
nenhuma técnica coadjuvante.
O projeto deste estudo teve como finalidade comparar as 
técnicas em um grupo de vinte sujeitos, em que, para delimitar 
tal amostra, foi utilizada a escala EVA, conforme Weng et al 
(2009). No entanto, durante a realização da fase prática do 
22 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 2
mesmo, este número não foi 
atingido, participando do 
estudo somente quatoreze 
sujeitos, sendo que destes 
doze participaram dos oito 
atendimentos previstos, 
e dois sujeitos não deram 
continuidade devido a 
problemas de saúde.
Da mesma forma que alguns 
sujeitos não concluíram esta 
pesquisa, no estudo de Deyle 
et al. (2005) um paciente 
não finalizou o estudo por 
problemas médicos, outros 
dois não puderam continuar 
na pesquisa logo após a 
avaliação, outro sujeito trocou 
de medicação, o que poderia 
afetar o resultado da pesquisa, 
e um último sujeito não deu 
continuidade ao trabalho 
por causa desconhecida. Isso 
demonstra que podem ocorrer 
perdas nos grupos.
Em relação à idade, 
observou-se, como relatado 
por Carvalho (2008), que 
os sujeitos portadores de 
osteoartrite estão entre a 5ª e 
6ª década de vida.
Carvalho (2008) ainda relata 
sobre a predominância da 
osteoartrite em mulheres, 
sendo esta informação 
observada em nossa pesquisa.
A respeito da osteoartrite 
de joelho, Cecchi et al (2008) 
apud Alexandre, Cordeiro 
e Ramos (2008) relatam que 
sua incidência em idosos é 
de 12,2%, enfatizando que 
idade avançada, obesidade, 
perda de força muscular e 
sobrecarga mecânica articular 
vem a ser os principais fatores 
para o desenvolvimento da 
osteoartrite. Os atores deixam 
claro, ainda, que o subir e 
descer escadas e deambular 
com rigidez articular são as 
queixas mais relatadas pelos 
indivíduos portadores de 
osteoartrite. 
Pode-se afirmar, então, 
que no estudo realizado 
tais características foram 
encontradas em todos os 
sujeitos que participaram do 
mesmo, os quais destacaram 
ter mais dificuldade para 
subir e descer escadas, 
conforme avaliado pelo índice 
de Womac para osteoartrite, 
citado em Carvalho (2008).
Da mesma forma, Melo 
et al. (2008) dizem que, 
na osteoartrite de joelho, 
observa-se precocemente 
diminuição de força de 
flexores e extensores de joelho, 
relacionada à diminuição 
da capacidade funcional e 
da habilidade em realizar 
atividades como subir 
escadas, levantar, sentar e 
caminhar. Pode-se notar, neste 
estudo, que a pluralidade 
dos sujeitos possuía algum 
grau de fraqueza muscular 
localizada nos músculos 
flexores e extensores de joelho, 
assim como nos músculos 
adutores e abdutores de 
quadril, os quais, segundo 
Fulkerson (2002) apud 
Baldon (2010), têm um papel 
importante na redução do 
ângulo Q. Este, quando 
apresenta maior obliquidade 
gerada pela adução do fêmur, 
aumenta a resultante lateral 
sobre a patela, predispondo 
a uma compressão da faceta 
lateral da mesma. Kapandjy 
(2000) informa que estes 
desvios laterais, com o tempo, 
podem gerar artrose. 
Mikesky et al. (2006) 
realizaram uma pesquisa 
para observar o efeito do 
treinamento de força sobre 
a incidência e a progressão 
da osteoartrite de joelho. 
Ao término da pesquisa, 
observaram que, em relação 
à força, não apresentaram 
diferença estatisticamente 
significante, no entanto 
demonstram ser mais 
benéficos que no grupo-
controle.
Após realizarem levantamento 
bibliográfico dos bancos de 
dados da PUBMED, LILACS 
e MEDLINE, referente a 
artigos de ensaios clínicos 
controlados, Ricci e Coimbra 
(2006) chegaram à conclusão 
que exercícios físicos como 
fortalecimento muscular, 
alongamento e treinode 
marcha apresentam efeitos 
positivos na redução do 
quadro clínico da osteoartrite.
Da mesma forma, em uma 
revisão sistemática Ottawa 
Panel (2005) informa os 
benefícios dos exercícios 
terapêuticos, além de informar 
que a terapia manual, quando 
combinada com os exercícios 
terapêuticos, apresenta 
ótimos resultados, vindo a 
discordar das informações 
ditas por Jamtvedt et al. 
(2008), quando relata, em sua 
revisão sistemática, que os 
exercícios terapêuticos não 
são evidenciados quanto à 
redução do quadro clínico da 
osteoartrite de joelho.
Para Fatouros et al. (2005), 
os exercícios físicos com 
repetição máxima foram 
benéficos para os portadores 
de osteoartrite de joelho, após 
realizarem treinamento por 24 
semanas.
Já no estudo de Deyle et al 
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 23
Artigo - 2
(2005), no qual realizaram 
exercícios terapêuticos 
e técnicas manuais em 
portadores de osteoartrite 
de joelho, os resultados 
obtidos, mesmo apresentando 
ser positivos, não foram 
significantes.
Collins et al. (2008) realizaram 
um trabalho similar, em que 
se procedia à mobilização 
patelar nos sujeitos, 
apresentando, ao término da 
pesquisa, uma redução no 
quadro clínico dos pacientes.
Já Crossley et al (2002) fizeram 
uma pesquisa aplicando 
a mobilização articular na 
patela de portadores de dor 
patelofemoral, e observaram 
que, após os seis atendimentos 
propostos, houve redução 
significante da dor nos 
sujeitos examinados. Com 
esta informação, pode-se 
observar que a mobilização 
articular pode ser benéfica em 
portadores que possuam dor 
nos joelhos.
A osteoartrite, além de gerar 
destruição da cartilagem 
articular, produz dor nas 
estruturas musculares. Desta 
forma, como relatado por 
Bienfait (1999), a utilização 
da pompage apresenta efeito 
calmante na musculatura. 
Sendo assim, a pompage pode 
ser uma grande aliada no 
tratamento de indivíduos que 
apresentam esta enfermidade, 
porém, mais estudos devem 
ser realizados para que possa 
ser comprovado que esta 
técnica e efetiva na redução 
da dor em portadores de 
osteoartrite de joelho.
Em seu estudo, Arroyo et 
al (2008) observaram que a 
terapia manual foi efetiva no 
alívio das dores dos atletas 
após realizarem atividade 
de alta intensidade proposta 
pela pesquisa. Ao comparar 
com o grupo que não realizou 
a terapia manual, a pesquisa 
demonstrou que a liberação 
miofascial pode ser de grande 
ajuda na redução das algias 
musculares, salientando que a 
liberação miofascial vem a ser 
uma técnica manual similar à 
pompage.
Barnes (1997) informa 
que a liberação miofascial 
contribui para a restauração 
do comprimento dos tecidos 
fasciais, tornando-os mais 
maleáveis e, por consequência, 
aliviando no processo álgico 
do paciente.
 Por meio dessas informações, 
pode-se observar que a 
terapia manual, associada aos 
exercícios terapêuticos, vem a 
ser um tratamento adjuvante 
no tratamento da osteoartrite, 
porém é importante salientar 
que, para obter um resultado 
melhor, faz-se necessário 
um número maior de 
atendimentos com os sujeitos 
tratados, pois o efeito real 
da técnica pode não vir a ser 
significativo.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados 
coletados verificou-se que, 
após a aplicação das técnicas, 
o estudo não apresentou 
resultados significantes 
na comparação entre 
os grupos. No entanto, 
quando comparado 
isoladamente, o grupo 
experimental apresentou 
ganho de força expressivo e, 
consequentemente, melhor 
estabilização articular, 
havendo também a redução 
do quadro álgico. 
Pudemos observar que o 
tempo de aplicação foi pouco, 
pois se houvesse tempo 
maior para a aplicação das 
técnicas, possivelmente o 
grupo experimental poderia 
apresentar uma melhora 
significativa.
Sendo assim, acreditamos ser 
necessário, para os próximos 
estudos, um maior tempo de 
aplicação das técnicas, um 
maior número de sujeitos, e a 
inclusão de dados como IMC, 
peso e altura dos sujeitos.
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Artigo - 2
26 Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011
Artigo - 3
Estudo comparativo dos efeitos profiláticos da 
bandagem funcional para a entorse de tornozelo 
em atletas de basquetebol
RESUMO
A entorse de tornozelo 
é uma das lesões mais 
comuns no âmbito do 
esporte, como o basquetebol. 
Frequentemente, os atletas 
utilizam implementos no 
tornozelo como medida 
profilática. O objetivo deste 
estudo foi avaliar os possíveis 
benefícios da bandagem 
funcional como medida 
profilática para a lesão de 
entorse de tornozelo em 
atletas de basquetebol. Foram 
analisados doze indivíduos 
sem histórico prévio de 
lesões no tornozelo e pé. A 
análise foi realizada de duas 
maneiras: com a utilização de 
bandagem e sem a utilização 
dela. Houve diferença 
estatisticamente significativa 
entre utilizá-la ou não , pois 
durante o período em que a 
foi aplicada, os indivíduos 
não tiveram nenhuma entorse 
de tornozelo, ao passo que 
no período em que estavam 
sem a bandagem, houve 
um total de seis entorses de 
tornozelo, obtendo assim p 
= 0,026, sendo este menor 
que o p-valor adotado para 
o presente estudo (p < 0,05). 
Conclui-se que a bandagem 
funcional, por meio da 
utilização de esparadrapo, 
tem resultados profiláticos no 
que diz respeito à prevenção 
de lesões por entorse de 
tornozelo em indivíduos 
sem histórico de lesões 
recentes. Entretanto, mais 
estudos serão realizados para 
comparar com os resultados 
aqui apresentados.
Palavras-chave: basquetebol, 
tornozelo, traumatismos 
do tornozelo, bandagens, 
fisioterapia.
ABSTRACT
The ankle sprain is one of 
the most common injuries in 
sports, like basketball. Often 
athletes are using implements 
the ankle as a prophylactic 
measure. The aim of this 
study was to evaluate the 
possible benefits of taping 
as prophylactic measures for 
the injury of ankle sprains 
in basketball players. We 
analyzed 12 individuals 
with no previous history of 
ankle and foot injuries. The 
analysis was performed in 
two ways: through the use 
of bracing and without the 
use of bracing. A statistically 
significant difference between 
using and not using the 
bandage, because during 
the time when the bandage 
was applied subjects had no 
ankle sprain compared to 
when they were without the 
application of the bandage, 
which has a total of 6 ankle 
sprains, thereby obtaining a 
p = 0.026, which is less than p 
value adopted for this study 
(p < 0.05). It is concluded that 
the taping through the use of 
tape has prophylactic results 
as regards the prevention of 
injuries from ankle sprains 
in subjects with no history 
of recent injuries. However 
more studies should be 
conducted to compare with 
our findings.
Keywords: basketball, ankle, 
ankle injuries, bandages, 
physiotherapy.
Introdução
O basquetebol atingiu alto 
nível de popularidade, tanto 
Juliana Carla de Almeida 1 
Francine Bianca da Silva 2
Cássio Preis 3
1. Acadêmica do curso de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco.
julicarla.almeida@hotmail.com
2. Acadêmica do curso de Fisioterapia da 
Faculdade Dom Bosco.
francine.fisioterapia@hotmail.com
3. Fisioterapeuta, especialista em 
Fisioterapia Traumato-Ortopédica; 
mestre em Tecnologia em Saúde; docente 
da Faculdade Dom Bosco e da PUCPR; 
coordenador da Especialização em 
Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica 
e Desportiva da PUCPR; responsável pelo 
Centro de Dinamometria Isocinética e 
Baropodometria da PUCPR. 
cassiopreis@hotmail.com
Comparative study of prophylactic effects of functional bandage for 
ankle sprains in basketball players
Revista FISIOTERAPIA EM EVIDÊNCIA – abril 2011 27
nos Estados Unidos, onde 
começou a ser praticado, 
como no Brasil e no mundo 
todo. 
 O basquete está classificado 
como um dos dez principais 
esportes em relação ao 
alto grau de complexidade 
dos movimentos que exige 
[1]. A participação nessa 
modalidade esportiva exige 
muito do atleta no que se 
refere a corrida, saltos e 
movimentos em pivô, assim 
como alta velocidade e ritmo 
rápido, ocasionando, por sua 
vez, uma quantidade razoável 
de lesões traumáticas [2].
O basquetebol possui 
diversas regras, que têm 
como intuito diminuir o 
contato corporal entre os 
jogadores. Porém, por ser 
muito dinâmico, as colisões 
entre os participantes são 
frequentes, o que resulta 
em lesões de contato [1]. A 
maioria das lesões ocorridas 
no basquete são contusões, 
distensões e entorses [3].
Os segmentos do corpo mais 
acometidos em jogadores de 
basquete são os MMII, e a 
queixa principal é de lesão 
por entorse de tornozelo [4]. 
A articulação do tornozelo 
é o segmento mais afetado 
dentro da prática do 
basquete, independente de 
categoria e sexo [1]. 
De acordo com Hebert [5], 
as entorses de tornozelo 
acometem aproximadamente 
15% de todas as lesões do 
esporte, sendo que, de todas, 
45% envolvem a entorse de 
tornozelo no basquetebol. 
A entorse é observada 
quando determinada 
articulação é alongada de 
maneira excessiva, ou seja, 
quando uma articulação sofre 
estresse acima de seu limite 
anatômico [6]. 
O mecanismo de entorse mais 
frequente é por inversão, 
o que geralmente ocorre 
durante uma aterrissagem 
após um salto, seja este para 
bandeja, rebote ou arremesso 
[1]. 
Segundo Grisogono [7], a 
entorse de tornozelo por 
mecanismo de inversão 
é a lesão mais comum na 
articulação do tornozelo. 
Isso se dá devido à maior 
mobilidade que o tornozelo 
possui de realizar a inversão 
com relação a outros 
movimentos.
Em torno de 80 a 90% 
das lesões por entorse de 
tornozelo são decorrentes 
do mecanismo de lesão de 
inversão associado à flexão 
plantar [8]. 
A fisioterapia aplicada à 
desportiva é especializada em 
tratar lesões e desenvolver 
as habilidades cinético-
funcionais que se relacionam 
com a prática esportiva. 
Em contrapartida, a 
prevenção busca evitar esses 
acontecimentos. Para que 
ela ocorra, faz-se necessário 
conhecer e aprofundar-se 
no mecanismo de cada lesão 
ocorrida na prática esportiva; 
também se deve levar em 
conta o preparo físico do 
atleta, assim como seu estado 
psicológico [9].
 Bandagem e outros tipos 
de órteses são utilizados 
com bastante frequência 
para minimizar o risco de 
lesões nos esportes. Esses 
tipos de suporte podem ser 
utilizados em vários estágios 
da reabilitação, e até mesmo 
como agentes profiláticos 
para atletas saudáveis [3].
Grisogono [7] relata que 
enfaixar o tornozelo tem 
como finalidade dar suporte 
para a articulação, assim 
como obter melhora no 
sistema proprioceptivo.
Safran, McKeag e Camp [2] 
afirmam que a bandagem 
funcional serve para proteger 
uma parte do corpo contra 
lesão; proteger uma parte do 
corpo contra novas lesões; 
limitar uma amplitude de 
movimento excessiva ou 
anormal; incrementar um 
feedback proprioceptivo; 
permitir que o atleta pratique 
o esporte com o mínimo de 
restrições possível. 
Muitos estudos apontam 
que a utilização de órteses 
e bandagens oferece 
benefícios profiláticos no 
que diz respeito à prevenção 
de lesões por entorse de 
tornozelo [10, 11].
Métodos
Amostra
Foi constituída por doze 
sujeitos sadios, jogadores 
de basquetebol, com idade 
entre 14 e 17 anos, do sexo 
masculino, da cidade

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