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APOSTILA TÉCNICO - PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

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DISCIPLINA
PORTUGUÊS
INSTRUMENTAL
Apostila Cursos Técnicos
Sumário
INTRODUÇÃO
................................................................................................. 05 O
QUE É PORTUGUÊS INSTRUMENTAL?
......................................................... 06 UNIDADE 1 - RECURSOS
FUNDAMENTAIS DA COMUNICAÇÃO HUMANA 1.1 Linguagem,
língua: conceitos e variedades linguísticas ............................ 07 1.2
Conotação e denotação ............................................................................
07 1.3 Níveis de linguagem
.................................................................................. 08 1.4 Funções da
linguagem ............................................................................... 09 1.5
Elementos da Língua Portuguesa
.............................................................. 10 UNIDADE 2 – A
LINGUAGEM DO TEXTO
2.1 Frase, oração e período
............................................................................. 10 2.2 Parágrafo:
unidade de organização ........................................................... 11 2.3
Coesão e coerência
.................................................................................... 13 UNIDADE 3 –
ESTRUTURA DO TEXTO
3.1 Estrutura de uma redação
.......................................................................... 13 3.2 Formato e
conteúdo ................................................................................... 13 3.3
Tipos de redação ........................................................................................
14 3.4 Texto descritivo
.......................................................................................... 14 3.5 Texto
narrativo ........................................................................................... 15
3.6 Discurso
...................................................................................................... 15 3.7
Texto dissertativo .......................................................................................
16 3.8 O ato de escrever
........................................................................................ 16 UNIDADE 4
– OS GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
4.1 Redação Oficial
........................................................................................... 17 4.2
Gêneros textuais
......................................................................................... 17 4.3
Interpretação textual ..................................................................................
18 4.4 Textos técnicos e de instrução
.................................................................... 19 4.5 Prontuário
................................................................................................... 20
UNIDADE 5 – ORTOGRAFIA, DIVISÃO SILÁBICA, ACENTUAÇÃO,
EMPREGO DO
HÍFEN E QUESTÕES NOCIONAIS DA LÍNGUA
5.1 Ortografia
................................................................................................ 21 5.2 O
que mudou? ........................................................................................
21 5.3 Emprego de por que, porquê, porque e porquê
..................................... 23 5.4 Palavras parônimas e homônimas
.......................................................... 24
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Apostila Cursos Técnicos
UNIDADE 6 – PONTUAÇÃO
6.1 Vírgula e ponto e vírgula
........................................................................ 25 6.2 Ponto, ponto de
interrogação, ponto de exclamação e dois pontos ..... 26 6.3
Travessão, reticências e aspas
............................................................... 27 UNIDADE 7 – DICAS
PARA INTERPRETAR TEXTOS ......................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 28
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Apostila Cursos Técnicos
Apresentação
Caro (a) aluno (a):
Apresentamos abaixo, uma coletânea diversificada de textos, atividades
complementares, portfólios, conteúdos de português instrumental, que você irá utilizar
em seu percurso profissional.
O Português Instrumental tem como objetivo dar condições para o desenvolvimento da
expressão oral e escrita, de forma a compreender e criar habilidades no exercício de
sua vida e em seu desempenho profissional.
Acreditamos que estamos fornecendo competências básicas que serão requeridas
pelo mercado de trabalho. Sempre que tiver dúvidas e necessitar, consulte os textos e
outros autores que lhes são fornecidos.
0s objetivos pedagógicos da disciplina Português Instrumental, nos Cursos de
Técnicos, visam levar o aluno a situações e aspectos em que possa reconhecer os
tipos e gêneros de textos, compreender as variações linguística, debater temas
propostos pelos textos e desenvolver habilidades de comunicação, opinião e
descrição orais, aceitando opiniões divergentes, produzir textos coesos, claros,
concisos, precisos e coerentes com os temas propostos na forma descritiva, narrativa
e dissertativa, simular situações para a elaboração de relatórios, pesquisas, projetos,
estudos, prontuários e outros documentos, utilizar a norma culta da língua e
comportar-se de acordo com as situações de comunicação exigidas, percebendo a
importância de moldar sua atitude em função da necessidade dos grupos sociais.
Neste contexto, o professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a
aprendizagem, orientando os estudantes. 0 estudante deve aprender estratégias
intelectuais para ter acesso a novos conhecimentos. Não pode decorar sem
compreender, pois assim não poderia aplicar o conhecimento em outros contextos que
não fossem o da escola.
Além de todos os aspectos pedagógicos acima citados, não se descarta a formação
humana e cidadã, visando formar cidadãos comprometidos com a ética profissional,
bem-estar pessoal e interpessoal, saúde coletiva em uma sociedade diversificada, em
seus diversos postos de trabalhos.
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Apostila Cursos Técnicos
INTRODUÇÃO
Esta Apostila tem por objetivo a elucidação dos componentes que deverão ser tratados
na área de Português Instrumental ao longo dos Cursos Técnicos, onde trataremos os
seguintes tópicos do Português Instrumental:
 Comunicação Oral e Escrita
 Níveis de Linguagem e Adequação Linguística
 Diversidade dos gêneros textuais
 O processo de produção textual
 Gramática Aplicada
 Leitura e Compreensão de Textos de Área Profissional
 Redação Técnica
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Apostila Cursos Técnicos
O que é Português Instrumental?
Português Instrumental é o estudo da língua portuguesa, que objetiva a capacitação
para a compreensão, a interpretação e para a composição de textos.
Equívocos de concordância, de regência e a elaboração de textos sem clareza e
objetividade são as maiores deficiências apresentadas por quem redige tecnicamente
um texto.
Atualmente, as empresas investem cada vez mais nos treinamentos de seus
funcionários. Investem em cursos de informática, atendimento ao cliente e técnicas de
vendas, entretanto, se não houver domínio do idioma pátrio, o resultado será pouco
satisfatório.
Comunicar-se bem, tanto na expressão oral quanto na escrita, exige objetividade,
clareza e coesão.
Evitar modismos e gírias, além de cuidar da ortografia, correção e coerência das ideias
apresentadas ajudam bastante na boa comunicação.
Vivemos em uma era altamente tecnológica e que exige rapidez nas comunicações.Assim, as possibilidades de "erros", sejam elas por meio do correio eletrônico (e-mail),
memorandos, cartas comerciais e outros aumentam.
Se a agilidade é importante em plena era da "sociedade conectada", comunicar-se
bem e de forma eficiente em língua portuguesa, tornou-se algo essencial.
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Apostila Cursos Técnicos
UNIDADE 1 - RECURSOS FUNDAMENTAIS DA COMUNICAÇÃO
HUMANA 1.1 - Linguagem, língua: conceitos e variedades linguísticas
Linguagem, língua e dialetos: conceitos e variedades linguísticas
Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamental que você os
assimile e entenda. Contamos com sua participação e sua interação afetivo-educativa.
a) Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a
comunicação e a interação entre as pessoas. Há outras concepções de linguagem que
você pode pesquisar para ampliar o seu conceito.
b) Língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também,
semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela. Martinet
(1978) foi um dos primeiros linguistas a apresentar uma distinção clara entre língua e
linguagem. Segundo ele, a linguagem designa propriamente a faculdade de que os
homens dispõem para se compreenderem por meio de signos vocais.
c) Dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de
classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.: gíria).
d) Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com
as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
e)
Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio
social. f) Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da
língua padrão. Atividades de aprendizagem
1. Depois de ler os conceitos de Linguagem, Língua e Dialetos, selecione um deles e
faça um comentário no seu caderno.
1.2 Comunicação: conotação e denotação
Conceito: À raiz semântica ou protossignificado podemos chamar denotação; ao
processo de desenvolvimento de um protossignificado, chamaremos conotação.
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Apostila Cursos Técnicos
A distinção entre denotação e conotação faz-se por via analítica. Em um discurso
autêntico, seja de natureza literária ou não, seja de caráter técnico ou de caráter
científico.
Denotação e conotação são, na maior parte das situações comuns de comunicação
verbal, simultâneas e dialógicas.
Denotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido literal,
dicionarizado. A conotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu
sentido figurado.
1.3 - Níveis de linguagem
A) O que é a linguagem
A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a
comunicação entre pessoas e para a expressão de ideias, valores e sentimentos.
Indica os signos linguísticos, função indicativa ou denotativa.
B) A importância da linguagem
Aristóteles afirma que somente o homem é um “animal político”, social e cívico, porque
somente ele é dotado de linguagem. 0s animais possuem a voz, mas o homem possui
a palavra e com ela, exprimem o bom e o mau, o justo e o injusto.
C) A força da linguagem
A linguagem tem um poder encantatório, isto é, uma capacidade para reunir o sagrado
e o profano, trazer os deuses e as forças cósmicas para o meio do mundo. 0 poder
mágico-religioso da palavra aparece ainda num outro contexto: o do direito.
Diferença entre Linguagem Oral e Escrita
A língua portuguesa encontra-se em constante alteração, evolução e atualização, não
sendo um sistema estático e fechado. O uso faz a regra e os falantes usam a língua
de modo a suprir suas necessidades comunicativas, adaptando-a conforme suas
intenções e necessidades.
Sendo uma sociedade complexa, formada por diferentes grupos sociais, com
diferentes hábitos linguísticos e diferentes graus de escolarização, ocorrem variações
na língua, principalmente de caráter local, temporal e social.
Nem todas as variações linguísticas usufruem do mesmo prestígio, sendo algumas
consideradas menos cultas. Contudo, todas as variações devem ser encaradas como
1fator de enriquecimento e cultura e não como erros ou desvios.
Níveis de linguagem
O objetivo principal do estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a
reconhecer as diferenças entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que
possa selecionar o registro adequado nas mais diferentes situações de comunicação.
A fim de entendermos os diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de
recorrer à sociolinguística, que é o ramo da linguística que tem como foco de estudos
a relação direta entre língua e sociedade.
O domínio dos diferentes níveis de linguagem propicia oportunidades mais efetivas ao
falante, de promover a adequação da sua linguagem às exigências do contexto social
e, dessa forma, estabelecer uma comunicação mais eficiente e aumentar seu nível de
compreensão, interação e interlocução nas várias instâncias sociais nas quais estará
inserido.
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Apostila Cursos Técnicos
1.4 - Funções da linguagem
As funções da linguagem estão relacionadas com os estudos da linguagem e da
comunicação. As funções da linguagem são:
 função referencial;
 função poética;
 função fática;
 função conativa;
 função emotiva;
 função metalinguística.
Elementos da comunicação
As funções da linguagem estão intimamente relacionadas com a comunicação e seus
efeitos de sentido, já que cada elemento da comunicação está associado a uma
função da linguagem. Dessa forma, não é recomendável estudá-las sem antes
abordar tais elementos comunicativos.
O processo de comunicação envolve alguns elementos para que se estabeleça. O
linguista Roman Jakobson teorizou que, para a comunicação ocorrer, é necessário
que um remetente (ou emissor) envie uma mensagem a um destinatário (ou receptor),
dentro de um contexto (ou referente), por meio de um código passado via contato (ou
canal).
 Remetente/Emissor: é quem produz o enunciado e emite a mensagem para
estabelecer a comunicação.
 Destinatário/Receptor: é quem recebe o enunciado emitido pelo
remetente.  Mensagem: é o enunciado em si, o que foi comunicado pelo
emissor ao receptor.
 Contexto: é o assunto do enunciado, indicando seu significado. Pelo contexto, os
interlocutores terão maior clareza sobre a mensagem.
 Contato: é o canal através do qual se estabelece a comunicação.
 Código: é o sistema seguido pelos interlocutores para estabelecer a
comunicação. Função referencial ou denotativa
Quando o enunciado se centra no contexto, dizemos que a linguagem possui função
referencial ou denotativa. Nesse caso, o emissor transmite a mensagem da maneira
mais realista e objetiva possível. Costuma ser a função predominante em notícias de
jornais e em artigos científicos.
Função poética
Na função poética, o enunciado centra-se na mensagem. Significa que há muito mais
preocupação estética e nos efeitos que a mensagem pode causar. Por isso mesmo,
costuma ser um enunciado que pode gerar muitas interpretações pessoais. Tende a
ser a função predominante em poemas, músicas, quadros e obras artísticas em geral.
Função fática
Quando o enunciado se centra no contato (ou no canal), dizemos que a linguagem
possui função fática. Nesse caso, a mensagem está sempre voltada para o contato
em si, a fim de certificar-se de que o canal está aberto, funcionando eficientemente, e
de prolongar a comunicação.
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Apostila Cursos Técnicos
Costuma estar presente em determinados momentos de ligações telefônicas ou
contatos por escrito (cartas e e-mails), além de algumas construções orais.
Função conativa ou apelativa
Se o enunciado se centra no receptor da mensagem, a linguagem possui função
conativa (ou apelativa). Aqui, o enunciado procura estabelecer um vínculo muito forte
com o receptor, chamando sua atenção. Por isso, muitas vezes é um enunciado na 2ª
pessoa. Essa função está fortemente relacionada a anúncios publicitários.
Função emotiva ou expressiva
A função emotiva, por outro lado, está centrada no próprio emissor. Assim sendo,
costuma tratar-se de um enunciado repleto de lirismo e de subjetividade, comumente
construído na 1ª pessoa. O eu-lírico mostra-se de maneira muito evidente. Costuma
estar presente em diários e em obras artísticas narradas em 1ª pessoa ou baseadas
na autorrepresentação.
Função metalinguística
Quando o código é que se mostra o centro do enunciado, trata-se da função
metalinguística. Como o próprio nome diz, o enunciado foca o código por meio do qual
se estabelece a mensagem, citando-o e/ou descrevendo-o explicitamente. Está
presente sempre que o código é explicitado de alguma forma.
1.5 – Elementos da língua portuguesa
A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes campos de estudo: a
fonética, a morfologia, a semântica, e a sintaxe. A fonética que estuda os sons da fala.
A morfologia estuda a forma das palavras, ou seja, a representação gráfica, o
vocábulo. A semântica preocupa-se não só com a representação gráfica do vocábulo,
mas com seu significado. Portanto, é um campo da gramática que estuda a palavra,
não apenas o vocábulo.
A sintaxe é o campo da gramática que estuda a unidade linguística em seu contexto
oracional, ou seja, estuda os termos que compõem uma oração. A oração, em Língua
Portuguesa, basicamente pode ter sujeito, terá sempre um predicado, e pode ter ou
não complementos.
Pode-se dizer, então, que a fonética e a morfologia tratam cada qual de um dos
aspectos dos vocábulos, a semântica trata do significado que determinada palavra
assume e a sintaxe trata da colocação dos termos nas orações, encarregando-se a
fonética de estudar os sons das palavras
Quem deseja escrever bem, deve respeitar as normas da variante padrão, empregar
sua criatividade e ter ciência de que um texto é muito mais do que a soma ou
justaposição de orações. É antes uma unidade de sentido, coesa e bem articulada
acima de tudo.
UNIDADE 2 – A LINGUAGEM DO TEXTO
Objetivos de aprendizagem:
-- Reconhecer os diferentes tipos de linguagem e de gênero, e utilizá-los
adequadamente;
-- Considerar a leitura como objeto de qualificação social, atentando para o potencial
crítico que ela confere ao indivíduo;
-- Compreender a relação indissociável entre leitura e escrita, explicitada pela
facilidade em elaborar um texto após contato regular e contínuo com textos de
variadas origens e linguagens.
2.1 Frase, oração e período
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Apostila Cursos Técnicos
São fatores constituintes de qualquer texto escrito em prosa, pois ele compõe-se de
uma sequência lógica de ideias, todas organizadas e dispostas em parágrafos
minuciosamente construídos.
Por isso, é importante saber o conceito de cada um deles.
Em se tratando de todo e qualquer texto, sabemos que ele é um todo organizado de
ideias justapostas entre si, de modo a estabelecer uma comunicação clara e objetiva.
Assim sendo, todo o discurso é constituído por elementos que formam o chamado
“enunciado linguístico”. E dentre estes elementos figuram a tríade composta pelas
frases, orações e períodos.
a) Frase é todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação.
Pode ser nominal ou verbal.
b) Oração é um enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução
verbal. Ex: A menina sujou seu vestido.
c) Período constitui-se de uma ou mais orações. Pode ser simples ou
composto. -- Período simples: A menina ofereceu um livro a Joana.
-- Período composto: O povo anseia que haja uma eleição justa, pois, a última
obviamente não o foi.
2.2 Parágrafo: unidade de organização
O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período,
em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras,
secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
Divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é mostrar
que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o restante do
texto.
O parágrafo obedece a uma lógica maior, a de ser, inegavelmente, produto e produtor
do encadeamento das ideias de um texto. Se desenvolve em torno e a partir de um
núcleo central, seja este uma ideia, um acontecimento, ou uma paisagem. Por outro
lado, o parágrafo permite ao leitor entrever o desenrolar das ideias que o texto carrega
consigo. Portanto, cada parágrafo, independentemente de seu tamanho, tem um
núcleo.
É claro que alguns parágrafos, muitas vezes, além de desenvolver seu núcleo central
(uma ideia, uma paisagem, um acontecimento), apresentam outros pequenos núcleos
(ideias) que vão tomar forma ao longo do texto. A extensão de um parágrafo pode
variar bastante, tanto por opção de estilo, de efeito, como por melhor adequação à sua
ideia central.
Deste modo, podemos concluir, há parágrafos de duas páginas e há aqueles de
apenas uma linha.
Como saber a hora de usá-los?
Diferentes Maneiras de Fazer um Parágrafo
a. Declaração Inicial - Esta parece a feição mais comum: o autor afirma ou nega
alguma coisa logo de saída para, em seguida, justificar ou fundamentar a declaração,
apresentando argumentos sob a forma de exemplos, confrontos, analogias, razões,
restrições – fatos ou evidências.
b. Definição ou Explicação - É uma forma muito presente nos textos dissertativos.
Exige do redator segurança intelectual, a fim de não apresentar uma definição
equivocada.
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c. Divisão - É uma maneira bastante didática de construção do parágrafo. Segundo o
professor Jayme, “o tópico frasal é apenas a discriminação das ideias que serão
expostas”.
d. Oposição ou Tema Polêmico - O redator estabelece o rumo da sua argumentação, a
partir das duas ideias que se confrontam no parágrafo.
e. Alusão Histórica - Esse tipo de construção do parágrafo requer, obviamente, do leitor
um conhecimento seguro da história, para que ele, o redator, tenha condições de
apresentar dados coerentes. Segundo o prof. Jayme Barros, esse caminho “desperta
a curiosidade do leitor. Reportar-se a fatos históricos, lendas, tradições, anedotas ou
acontecimentos. É artifício empregado por oradores e por cronistas que, com
frequência, aproveitam incidentes do cotidiano como assunto ‘não apenas para um
parágrafo, mas até para toda a crônica’”.
f. Uma Pergunta - Com este recurso, o redator visa a chamar atenção do leitor para a
ideia fundamental daquele parágrafo. É um recurso elegante, pois o redator chama,
inevitavelmente, o leitor a acompanhá-lo naquele exercício de reflexão. Perceba,
todavia, que não se cria o vínculo direto redator x leitor, condenável no texto
dissertativo, como se o primeiro estivesse “batendo papo” com o segundo. Por isso,
devem ser evitadas palavras do tipo: você, eu, nós, nosso (a) e verbos em 1ª pessoa.
g. Confrontação Espacial - Esse tipo de parágrafo serve para a confrontação de duas
regiões, duas áreas, duas localidades de uma mesma cidade, estado, país ou não.
Para que o redator faça uma boa confrontação é necessário que ele conheça o
assunto, as especificidades de cada lugar, para não fugir da realidade, não cometer
erros,não contrariar a lógica.
h. Adjetivação - A partir dos adjetivos apresentados acerca de uma determinada ideia,
o redator define a base para desenvolvê-la em seguida.
i. Citação - O redator traz ao seu texto um pensamento de outrem, coerente, é óbvio,
com o que ele pretende defender no seu parágrafo. Este pensamento geralmente é
colhido no mundo da cultura, da arte, da política, da filosofia, cujos pensadores, pela
própria atividade intelectual que desenvolvem, constroem afirmações, observações
muito inteligentes sobre os mais diversificados temas relacionados à vida humana.
Ressalte-se que é indispensável ao redator apontar a autoria da frase, do pensamento
que ele coloca em seu texto, para que sobre ele não recaia qualquer suspeita de
falsidade ideológica.
j. Citação Indireta - Devemos usar esta forma quando não sabemos reproduzir
textualmente a citação que pretendemos registrar. A mente humana às vezes é
traiçoeira e, por isso mesmo, recria fatos e pensamentos. Portanto, para nos
salvaguardar de qualquer omissão ou invenção do que não é de nossa autoria quando
não lembrarmos a ideia de forma exata, textual, recorremos à citação indireta, afinal,
como salienta o prof. Antônio Viana, em Roteiro de Redação: “é melhor citar de forma
indireta que de forma errada”.
k. Exposição de um Ponto de Vista Oposto - Apresenta-se um pensamento que será
refutado, combatido pelo redator.
l. Retomada de um Provérbio - A partir de um dito popular, o escrevente fundamenta
seu posicionamento defendido no parágrafo. Cuidado para não utilizar aforismos,
máximas e provérbios populares de forma clichê, senso comum.
m. Omissão de Dados Identificadores - Com esse mecanismo, o redator cria uma
expectativa no leitor acerca da ideia que será desenvolvida no parágrafo. Também
pode ser chamado de parágrafo indutivo, pois vai deixando o tópico para o final.
n. Parágrafos de Causa e Consequência - Muitos temas propiciam a elaboração
levando-se em conta os fatores causais e os decorrentes. Assim, o melhor é abordar o
assunto de forma que se possa argumentar das duas formas: apresentando as causas
e as consequências.
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Apostila Cursos Técnicos
2.3 Coesão e coerência
a) Coesão: ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos
conectivos da linguagem, o que permite expressar uma ideia de cada vez, omitindo o
desnecessário e prendendo-se às relações existentes entre a ideia principal e as
secundárias. Tal resultado em muito se deve ao correto emprego do tópico frasal.
b) Coerência: valendo-nos da definição primariamente apresentada para coerência (a
ligação perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo), podemos
auferir que esta consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e
de acordo com um plano definido.
Atividades de aprendizagem
1. Demonstre, por meio de um texto, que você domina os conceitos de oração, frase,
período e parágrafo. Apresente, também, com suas palavras, um texto no qual fique
clara a definição de coesão e coerência.
UNIDADE 3 – ESTRUTURA DO TEXTO
Objetivo de aprendizagem
-- Entender a relevância comunicativa na produção textual: ter o que dizer, querer
dizê-lo para si mesmo ou para alguém, colocando-se como sujeito de suas próprias
palavras.
3.1 - A estrutura de uma redação
O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes: a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão.
O texto da redação
deve ter a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Isto facilita o trabalho de
quem se habilita a escrever, especialmente uma redação como a que é solicitada para
ingresso na universidade ou num processo de seleção para quem pleiteia um
emprego.
A figura apresenta as três partes de uma redação, que são elementos primordiais para
o trabalho inicial de quem escreve. É partindo do conhecimento das partes que
compõem o texto de uma redação que se pode planejar aquilo que se vai escrever.
O processo de planejamento começa com a escolha do tema sobre o qual se vai
escrever. Outro fator de sucesso para uma boa redação é que se faça uma pesquisa
sobre o assunto, lendo o
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maior número possível de textos sobre o tema que será abordado no processo de uma
nova escrita.
Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem é, antes de tudo, aprender a pensar.
No fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a organizar as ideias e a planejar o
que vai escrever, para que no momento da escrita as palavras obedeçam a uma lógica
e possam conduzir o leitor até o final do texto, com pleno entendimento de tudo o que
foi dito.
É importante lembrar que os textos literários possuem a especial licença para provocar
suspense e, às vezes, demandar outras leituras para uma compreensão mais ampla.
Assim, existe um jogo de palavras, muitas vezes travestidas de seu sentido
denotativo, ganhando, pois, um sentido novo e especial dentro do texto, ou seja, um
sentido conotativo, uma nova roupagem um papel diferente do que comumente
possuem.
Podemos dizer que, na linguagem literária, as palavras usam máscaras temporárias e
específicas para um determinado contexto literário; portanto seu sentido está
intimamente ligado a esse contexto.
3.2 Formato e conteúdo
A separação entre forma e conteúdo nos livros didáticos tem o único fim de facilitar o
aprendizado. No entanto, forma e conteúdo vivem intimamente ligados.
Podemos dizer que a forma é o modo que você usa para pôr suas sensações, seus
pensamentos e suas opiniões num papel, compondo o que chamamos de texto. A
forma é algo pessoal, é o "jeito" que cada um tem de escrever. Poderia ser chamada
de estilo, pois a forma se caracteriza pelas palavras escolhidas (vocabulário), as
conjunções e preposições (conectivos), os tempos verbais e os sinais de pontuação.
Esses símbolos formam o código (a Língua Portuguesa) e são tomados por
empréstimo para as pessoas se expressarem. Se todas as pessoas fizessem o
mesmo "empréstimo" dos símbolos do código, na mesma sequência, com o mesmo
sentido etc., os textos escritos em qualquer lugar seriam todos iguais. Portanto, a
forma é o modo particular que cada autor escolhe para expressar suas ideias.
O conteúdo é o assunto sobre o qual se vai escrever. Suponhamos que você seja
solicitado a redigir um texto sobre o calor. Você teria que saber o que é, onde, como e
por que ocorre o fenômeno, enumerando, ainda, as causas, consequências e
exemplos, bem como os fatos complementares.
Percebemos, então, que os conteúdos (assuntos) podem ser os mesmos para várias
redações. No entanto, mudará a forma como cada pessoa irá tratá-lo em seu texto.
Neste caso você teria dois tipos de escolha de palavras para dois gêneros de textos
diferentes. Um texto ficcional, literário, no qual as palavras teriam um sentido mais
conotativo e dois textos técnicos: um descritivo e outro dissertativo, ambos de
natureza informativa nos quais as palavras estariam em seu sentido denotativo e
referencial.
3.4 Texto descritivo
Enquanto, por meio da dissertação, quem escreve defende uma ideia e se posiciona a
respeito do assunto sobre o qual escolheu dissertar, em uma descrição, a ênfase
objetivará com maior detalhe descrever objetos, ambientes, estado de espírito etc.
O importante da descrição é que quem escreve consiga fazer com que o leitor entenda
claramente aquilo que é descrito. Lembramos que outro fator importante na descrição
é que o redator tenta apenas descrever algo, sem tomar partido, sem se envolver,
apenas descrevendo de modo distanciado o que está observando.
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Enfatizamos, ainda, que a descrição "pura" não existe e que descrever é colocar no
papel as características de objetos, de imagens, de locais, de pessoas, da forma mais
próxima possível do real para, assim, o leitor ser capaz de reconstruir o que foi
descrito. É como se o tempo não existisse e o leitor mergulhasse no assunto com a
sensação de que a descrição é atual, não importando o tempo a que ela remete ou em
que foi escrita.
3.5 – Texto narrativo
Narração é uma redação por meio da qual se escreve uma história, uma piada, um
conto, uma novela ou qualquer outro tipo de texto que tenha dois elementos
essenciais: ação e personagem. Quando se trata de uma narração literária, tentar
narrar algo de maneira diferente do que as pessoas costumam imaginar é o primeiro
passo para quem pensa em "escrever bem".
Quem escreve não deve esquecer que "escrever bem" é fazer boas escolhas, ter boas
ideias, é dedicar atenção no trato dos padrões linguísticos já apontados aqui, é ser
criativo procurando sempre ser entendido pelas pessoas que estão lendo o texto
escrito.
Lembramos, ainda, que você deve considerar os componentes básicos da narração, já
comentados neste caderno, pois eles o auxiliarão a obter sucesso na escrita de sua
narrativa. Assim, será sempre importante que as narrativas respondam às seguintes
questões:
a) QUEM? A resposta a esta pergunta aponta o personagem ou os personagens da
narração.
b) O QUÊ? Conduz ao fato central; é o que se pode chamar de "fio condutor". É como
se fosse a estrutura do enredo (assunto). Na narração, poderíamos simplificar e dizer
que se trata do conteúdo.
c) QUANDO? É o tempo em que os fatos narrados ocorreram.
d) ONDE? Marca o espaço, o local onde os fatos ocorreram ou estão ocorrendo.
e) COMO? O enredo, ou seja, o conteúdo baseia-se nas respostas a essa
pergunta. f) POR QUÊ? As razões, os motivos, as causas que levaram ao fato
que se está narrando.
Como podemos ver, a narração carrega, em si, uma ideia de ação, de movimento. É
como se quem narra estivesse acompanhando os fatos no exato momento em que se
desenrolam. O narrador seria, pois, uma espécie de testemunha ocular do que está
acontecendo, enquanto narra.
3.6 – Discurso
Na dissertação, existem três formas de o autor se posicionar. Isso implica nas formas
do discurso que ele empregará em seu texto. Conheça-as a seguir.
3.6.1 Discurso direto
É aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
a) emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;
b) uso, especificamente para introduzir os diálogos, dos seguintes sinais de
pontuação: dois pontos e travessão.
3.6.2 Discurso indireto
É aquele em que o narrador reproduz com suas próprias palavras aquilo que escutou
de outra pessoa ou leu sobre ela. No discurso indireto eliminamos os sinais de
pontuação que introduzem o diálogo e usamos conjunções: que, se, como etc.
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3.6.3 Discurso indireto livre
É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria,
servindo-se de orações.
3.7 – Texto dissertativo
Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram justificativas
para a elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades, para a
repressão dos pais. É mundial a preocupação com a Floresta Amazônica, a AIDS, a
solidão, a poluição. Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um
defende seu ponto de vista em relação ao tema que está sendo discutido, como por
exemplo, o futebol, o cinema, a música. Agora pense em ARGUMENTAR e
CONVENCER.
A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de ideias pessoais,
opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a
adotarem ou aceitarem uma nova forma de pensar.
Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou
seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da apresentação de
ideias, dados e conceitos, chegar a conclusões.
Em suma, dissertar ou escrever uma dissertação implica apresentar uma discussão de
ideias, oferecer argumentação e organização do pensamento, expor a defesa de
pontos de vista, oferecer a descoberta de soluções. É, portanto, necessário que se
tenha conhecimento sobre o assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de
posição diante dele.
Nas dissertações aceita-se o uso do plural majestático, ou seja, o uso da primeira
pessoa do plural, e, modernamente, passou-se a aceitar o uso da primeira pessoa do
singular. Mas, se você optar pela primeira pessoa do singular, evite "aparecer" no
texto, usando inteligentemente essa escolha como um instrumento argumentativo,
fazendo parecer ao leitor que as ideias expostas por você são de aceitação universal.
Vejamos alguns exemplos de frases para você compreender como é "aparecer" em
uma dissertação:
-"Eu acho que o problema dos escândalos na política só terá solução quando os
partidos..." -"Eu penso que o autor tem razão quando afirma..."
-"As pessoas, na minha opinião, deveriam ser conscientizadas da participação
social..." Agora, exemplos de frases de dissertação em que você não
"aparece":
-"O problema dos escândalos na política ..."
-"O autor tem razão quando afirma..."
"As pessoas deveriam ser conscientizadas..."
Lembramos que na dissertação sempre haverá um tema (geralmente um problema
social, educacional, político etc.) e uma delimitação desse mesmo tema. O
desenvolvimento pode estar dividido em dois ou três parágrafos.
Na conclusão o autor fala da impressão final sobre o assunto. Essa parte da redação
pode conter em torno de cinco a dez linhas. Pode-se fazer uma reafirmação do tema e
apresentar possíveis soluções para o problema apresentado.
3.8 O ato de escrever
Considerando que o redator só alcança o objetivo de produzir resposta, tornar comum
suas ideias e persuadir se estiver usando um código conhecido do leitor, que é seu
receptor, e que
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em certas circunstâncias a redação é feita para satisfazer necessidades curriculares, a
pessoa que escreve uma redação escolar ou de vestibular, por exemplo, não pode
esquecer que os examinadores estarão sempre levando em conta os conhecimentos
básicos de Língua Portuguesa, bem como a clareza de raciocínio, demonstrada no
modo como a redação é estruturada. De forma simplificada, isso significa que toda
boa redação deve ter começo, meio e fim. Cada uma dessas partes deve ter ligação
com a parte anterior, para dar unidade (coesão) ao texto.
Não se deve esquecer que o emissor codifica a mensagem que será enviada ao
receptor e que este, ao recebê-la, inicia o processo de decodificação, interpretando-a.
Por isso, é fundamental que os códigos utilizados pelo emissor sejam conhecidos do
receptor. No caso de uma redação, o código (a Língua Portuguesa) deve ser
entendido por todos os que escrevem e leem. Daí, ser uma necessidade básica de
quem escreve ter conhecimentos da Língua Portuguesa.
UNIDADE 4 – OS GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
Objetivos de aprendizagem
-- Reconhecer gêneros do discurso;
-- Redigir documentos
4.1 Redação oficial
Redação Oficial "é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e
comunicações" (MENDES; FOSTER JR., 2002).
Segundo a Constituição Federal, são princípios fundamentais de toda a Administração
Pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência,
sendo inadmissível que um documento expedido pelo Poder Público esteja redigido de
maneira obscura ou ambígua. Dessa forma, impessoalidade, clareza, concisão,
formalidade, uniformidade e o uso dopadrão culto da linguagem deverão ser
características norteadoras da redação de documentos e correspondências oficiais, a
fim de produzir-se um texto transparente e inteligível para todo o conjunto de cidadãos
(MENDES; FOSTER JR., 2002).
Procure não esquecer:
Impessoalidade – O "tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que
constam das comunicações oficiais decorre:
- "da ausência de impressões individuais de quem comunica, [...] de quem recebe a
comunicação, [...] do caráter impessoal do próprio assunto tratado[...]
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para
elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a
necessária impessoalidade."(Id.Ibid., p.4-5)
4.1.1 A linguagem dos atos e comunicações oficiais
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes
oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações;
de outro, de sua finalidade. [...]
[...] por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza
e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o
padrão culto é aquele em que:
a) se observam as regras da gramática formal, e
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma (MENDES;
FOSTER JR.,2002).
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4.2 – Gêneros Textuais
Gêneros textuais exercem uma determinada função social e acontecem em situações
cotidianas da comunicação. Eles são classificados a partir de suas características e do
contexto que envolve. São identificados por meio dos objetivos, circunstâncias,
funções. A intenção comunicativa, as particularidades, a estrutura e o conteúdo são os
aspectos que possibilitam a variação dos gêneros textuais.
Os processos de comunicação do cotidiano acontecem por meio dos gêneros textuais,
pois estão ligados a histórias. Apesar de eles terem estruturas próprias, os gêneros
são flexíveis e se adaptam a linguagem. Vivem assim em constante evolução e a
depender das necessidades podem surgir novos gêneros textuais.
Alguns textos apresentam mais de um tipo de linguagem e para identificar o gênero é
necessário observar qual a predominante. Mas para isso é importante entender a
diferença entre tipos e gêneros textuais.
Diferença entre tipos e gêneros textuais
Quando estão estudando para o Enem ou outra prova de ingresso em Universidades,
os estudantes normalmente confundem os conceitos de tipos de textos e gêneros
textuais. Apesar da confusão, há diferenças entre os conceitos.
A classificação dos tipos de textos é gerada a partir dos formatos. Possuem número
limitado, ou seja, não são gerados novos. São divididos em:
• Texto narrativo;
• Dissertativo;
• Expositivo;
• Descritivo;
• Injuntivo.
Os gêneros textuais, por sua vez, são particularizados conforme o seu conteúdo. São
flexíveis e permitem a criação de novos modelos. Além disso, suas estruturas e
temáticas permitem que sejam colocados em modelos predefinidos de tipos textuais, o
que significa que para cada tipo há um gênero. Alguns gêneros textuais são:
• Romance;
• Conto;
• Fábula;
• Lenda;
• Editorial;
• Notícia;
• Carta;
• Bula de medicamento;
• Lista de compras;
• Cardápio de restaurante;
• Outros.
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4.3 Interpretação textual
Interpretar não é afirmar, pressupor, deduzir o que o autor/emissor quis dizer, mas
estabelecer relações, levantar hipóteses e comprová-las no texto. Cabe ao receptor
levantar-se os implícitos e pressupostos da mensagem, sempre ancorado no texto.
A intelecção é entender e compreender as reais intenções do emissor em relação à
mensagem. É retirar do texto o que está explícito e claro. A exemplo, se o emissor
expõe em um texto que é favorável ao aborto, na intelecção desse texto o receptor
deve descrever o que está explícito, ou seja, mesmo o receptor não concordando com
as ideias do autor/emissor, não se pode deduzir, ou achar que essa não era a ideia
principal do texto, simplesmente porque o receptor não é favorável a tais ideias.
Assim, a intelecção não admite o uso de termos como “o autor quis dizer”, mas sim de
termos que demonstrem, afirmem o que realmente está explícito na mensagem/texto/
discurso.
No processo de leitura, é importante que haja interação entre o emissor e o receptor
da mensagem, mediada pelo texto, de modo que haja compreensão e interpretação
da mensagem.
4.4 Textos técnicos e de instrução
4.4.1 - Mensagem eletrônica (e-mail)
As mensagens eletrônicas, que também podem ter cunho técnico-administrativo, estão
sendo muito usadas atualmente, e a celeridade de sua circulação requer cuidados
quando utilizadas para fins profissionais. O emissor da mensagem deve atentar para
sua clareza, coerência e coesão, não se esquecendo do uso de uma linguagem
padrão, formal, uma vez que nas mensagens eletrônicas institucionais e profissionais
não cabem abreviaturas, gírias, linguagem coloquial, tal qual usamos em mensagens
eletrônicas pessoais.
É um texto elaborado a partir de relatos, fatos, deliberações ocorridas em uma reunião,
encontro, assembleia. Suas principais características são:
• Texto constituído sem parágrafos, emendas ou rasuras, uma vez que a ata é um
documento, não se admitindo modificações posteriores. Caso seja necessária alguma
alteração, deve-se usar a expressão “Em tempo:”, com a anuência do presidente;
Números são grafados por extenso;
• O texto poderá ser manuscrito em livro próprio para este fim ou digitado, este último
com numeração para cada ata;
• A ata deverá ser assinada, obrigatoriamente, pelo presidente da reunião e pelo
secretário desta. Poderá ser assinada pelos demais presentes à reunião, desde que
necessário;
• Obrigatoriamente, o texto/ata deverá conter dia, mês, ano e hora da reunião,
grafados por extenso; local da reunião; relação nominal dos presentes à reunião;
pauta (ordem do dia) e o fecho da ata.
4.4.3 Requerimento
É um texto produzido com a finalidade de solicitar, requerer algo dentro de uma
mesma instituição pública ou privada. Esse documento é elaborado quando se tem a
presunção de que a solicitação tem amparo legal. Como exemplo, tomemos a
solicitação, via requerimento, da licença-maternidade.
4.4.4 – Declaração
É um documento em que se declara, conceitua, ou explica algo a alguém. Quando
queremos comprovar que estamos estudando em determinada instituição, por
exemplo, solicitamos da secretaria escolar uma declaração de que estamos
matriculados.
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4.4.5 – Resumo
Nessa aula vimos o conceito de texto técnico e de instrução e as principais
características de cada tipo de texto/gênero textual abordado. Oferecemos um
endereço eletrônico para você revisar alguns pronomes de tratamento, os quais
garantem a formalidade da comunicação. Observamos que o uso da linguagem formal
na redação de textos oficiais e comerciais se faz necessário, uma vez que, além de
serem claros, concisos e coesos, tais textos fogem da esfera pessoal, e têm valor de
documento.
4.5 – Prontuário (Específico para o Técnico em Enfermagem)
A Comunicação Escrita na Enfermagem*
A comunicação escrita representa um meio de documentar as informações relevantes
sobre os cuidados prestados por diversos profissionais da saúde que podem
integrar-se, também por meio dos registros realizados. No ambiente
médico-hospitalar, a comunicação escrita tem recebido cada vez maior ênfase
atualmente. Antes, muitas informações eram transmitidas somente de maneira verbal.
Hoje, cresce a importânciado registro escrito enquanto respaldo legal para o
profissional e para a instituição. Por isso, enfocaremos a partir de agora no maior
representante desse tipo de comunicação na Enfermagem:
O PRONTUÁRIO
O que é o Prontuário?
O prontuário é um documento que se origina da passagem de um paciente em um
serviço de saúde, seja para uma simples consulta e/ou uma internação hospitalar.
Qual a sua importância?
Ele é um importante documento onde se registra não só a anamnese do paciente e
sim toda assistência prestada, onde se inclui o exame físico, as prescrições
terapêuticas, os resultados dos exames complementa e relatórios de várias equipes
que atuam no processo de saúde doença. Além disso, serve também para analisar a
evolução da doença e os resultados alcançados, bem como constitui-se em fonte de
dados estatísticos e defesa do profissional de saúde.
Funções do Prontuário
O prontuário do paciente tem as seguintes funções:
 Apoiar o processo de atenção, servindo de fonte de informação clínica e
administrativa para tomada de decisão e meio de comunicação compartilhada entre
todos os profissionais que atuam nestes processos.
 É o registro legal das ações realizadas pela equipe multiprofissional.
 Deve apoiar a pesquisa, estudos clínicos, epidemiológicos, avaliação de qualidade,
entre outros.
 Deve promover o ensino e gerenciamento dos serviços, fornecendo dados para
cobrança e reembolso, autorização dos seguros, suporte para aspectos
organizacionais e gerenciamento do custo.
O que encontramos em um Prontuário?
Alguns documentos que compõem o prontuário do cliente:
1.Formulários com dados de identificação.
2.Folha de anamnese e exame físico.
3.Evoluções e prescrições da equipe multidisciplinar.
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4.Exames complementares (laboratoriais, radiológicos, ultrassonográficos e outros) e
seus respectivos resultados.
5.Formulário de descrição cirúrgica
6.Partograma (em obstetrícia)
7.Anestesia - ficha de avaliação pré-anestésica, ficha de anestesia, ficha da sala de
recuperação pós-anestésica.
8.Formulário de débitos do centro cirúrgico ou obstétrico (gasto de
sala) 9.Formulários de interconsultas
Tipos de Relatórios/Prontuários
Os relatórios de enfermagem podem ser apresentados em diferentes formatos
(gráficos, numéricos, descritivos...) e em diferentes locais (prontuários do cliente, livro
ata, cadernos administrativos, impressos comuns...). Podem ser realizados manual ou
eletronicamente.
Existem dois tipos de prontuários: eletrônico e de papel. Esse documento é valioso,
porque armazena informações que permitem retomar dados clínicos de um indivíduo,
viabilizando a comunicação entre profissionais da área da saúde
UNIDADE 5
ORTOGRAFIA, DIVISÃO SILÁBICA, ACENTUAÇÃO, EMPREGO
DO HÍFEN E QUESTÕES NOCIONAIS DA LÍNGUA
5.1 Ortografia
Em nossa primeira aula observamos que a linguagem e a comunicação integram os
membros de uma sociedade, e há quem diga que essa integração é maior quando nos
comunicamos pela escrita. Mas já vimos que tanto a linguagem oral como a escrita
são importantes no processo de interação entre os seres humanos.
Para iniciarmos nosso diálogo, vamos definir o que é ortografia. A ortografia é um
sistema convencionado de representar, grafar a fala. Foi estabelecida como forma de
padronizar a grafia das palavras, pois, conforme Faraco e Tezza (2010, p. 56), “[...] no
seu primeiro momento, lá pelo século XII, a escrita da língua portuguesa pretendia
imitar a fala das pessoas [...], que não falam de modo uniforme”.
Como forma de sistematizar a língua escrita, tivemos ao longo da história ortográfica
brasileira três grandes reformas: a do ano de 1943, com alterações nos encontros
consonantais, como a mudança de phármacia para farmácia; de 1971, que se ateve à
acentuação, com a queda de quase todos os acentos diferenciais, como de côr para
cor, êle para ele; e a de 2009, Novo Acordo Ortográfico, com prazo de adaptação
prorrogado até 2016, com alterações novamente na acentuação, no hífen, no alfabeto
e no trema. Você poderá conhecer as alterações constantes nesse novo acordo
acessando o endereço eletrônico que disponibilizamos logo a seguir.
5.2 O que mudou?
A reforma ortográfica do ano de 2009 trouxe algumas alterações significativas, como a
inclusão de mais três letras em nosso alfabeto (K, W e Y), a extinção do trema, salvo
em nomes próprios e seus derivados. As alterações também aconteceram na
acentuação das palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica) que possuem ditongos
abertos éi e ói, bem como perderam os acentos as palavras com ee e oo dobrados.
Ainda na ortografia, a supressão do hífen aconteceu em alguns casos. Na tabela
abaixo você poderá identificar o que mudou e como ficou agora, exemplificado.
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O que deve ficar claro quando falamos de ortografia, é que se trata da grafia oficial e
única da Língua Portuguesa, pois a norma escrita é convencionada, sistematizada.
Você, como técnico(a) em Informática para Internet, deve atentar para as questões
ortográficas, uma vez que a produção textual oficial ou científica deve seguir e garantir
o uso correto da língua escrita, da língua padrão. Para o bom entendimento do texto
escrito, dependemos da relação direta de todos os tópicos que estudamos neste
fascículo e não poderia ser diferente com a ortografia, ou seja, o entendimento da
mensagem pelo receptor também depende de uma correta grafia das palavras que
vão compor o texto.
5.3 Emprego de por que, porquê, porque e porquê
Por que, por quê, porque e porquê. Você já deve ter percebido que todas essas formas
existem e que todas estão corretas, não é mesmo? Você certamente notou também
que os diferentes porquês são empregados em situações específicas, pois, embora
sejam muito parecidos, não devem ser confundidos na modalidade escrita. Observe a
síntese abaixo:
5.4 Palavras parônimas e homônimas
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia,
porém se constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos
ressaltar que esse é um fator preponderante na construção de nossos discursos – na
oralidade e, principalmente, na escrita.
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja
equivocado, é essencial dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos
enunciados, tais como a prática constante da leitura, o uso de um bom dicionário,
enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para o aprimoramento da
competência linguística.
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Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que imperam no
processo de significação das palavras, passemos a partir de agora a estabelecer
familiaridade com alguns aspectos relacionados à homonímia e à paronímia.
5.4.1 Homônimos
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou
igualdade gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa
particularidade, temos que os homônimos se subdividem em três grupos.
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no
significado. Vejamos alguns exemplos:
almoço → substanƟvo / almoço → verbo
colher → substanƟvo / colher → verbo
começo → substanƟvo / começo → verbo
jogo → substanƟvo / jogo → verbo
sede → substanƟvo (vontadede beber) / sede → localidade
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no
significado. São exemplos:
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes
no significado. Observemos alguns exemplos:
cedo → verbo / cedo → advérbio
caminho → substanƟvo / caminho → verbo
livre → adjeƟvo / livre → verbo
Parônimos
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos.
Constatemos alguns casos:
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UNIDADE 6 – PONTUAÇÃO
Pontuação
 Serve para assinalar as pausas e as inflexões da voz (entonação)
na leitura;  Separar palavras, expressões e orações que devem ser
destacadas;
 Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.
6.1 – Vírgula e ponto e vírgula
Vírgula (,)
 para separar palavras ou orações justapostas ou assindéticas (que não possuem
relação sintática com as demais orações);
 para separar vocativos (termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um
ouvinte real ou hipotético);
 para separar apostos (que podem ser Explicativo: usado para explicar o termo
anterior; Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido
genérico; Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar
um termo anterior; Resumidor: resume termos anteriores) e certos predicativos (termo
que confere ao sujeito ou ao objeto uma qualidade, uma característica).
 para separar orações intercaladas e outras de caráter explicativo;
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 para separar certas expressões explicativas ou retificativas (correção), como, isto é,
a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes etc.;
 para separar orações adjetivas explicativas (acrescentam uma qualidade acessória
ao antecedente e são separadas da oração principal por vírgulas);
 para separar orações adverbiais reduzidas (são aquelas que apresentam o verbo
em uma de suas formas nominais: Infinitivo - terminações –ar, -er, -ir -, Particípio -
terminações –ado, -ido - ou Gerúndio - terminação – ndo. Nestas orações, geralmente,
o tempo verbal vem representado por uma locução verbal, na qual o verbo auxiliar
está em uma de suas formas nominais. Diferentemente das demais orações
subordinadas, as subordinadas reduzidas não são ligadas por conectivo.);
 para separar adjuntos adverbiais (indica uma circunstância - dando ideia de tempo,
lugar, modo, causa, finalidade etc. Ele é o termo que modifica o sentido de um verbo,
de um adjetivo ou de um advérbio);
 para indicar a elipse (que consiste na omissão de um ou mais termos numa oração
que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na
própria oração, quanto pelo contexto) de um termo;
 para separar certas conjunções pospositivas, como, porém, contudo, pois,
entretanto, portanto etc.;
 para separar elementos paralelos de um provérbio;
 para separar termos que desejamos realçar;
 para separar, nas datas, o nome do lugar.
Não se emprega Vírgula (,)
 entre sujeito e o verbo da oração quando juntos.
 entre o verbo e seus complementos, quando juntos;
 em geral, antes de oração adverbial consecutiva (indica uma consequência ou efeito
atribuído à ação da oração principal).
Ponto e Vírgula (;)
Denota uma pausa mais sensível que a vírgula e emprega-se
principalmente:  para separar orações coordenadas de certa
extensão;
 em enumeração;
 para separar os considerandos de um decreto, de uma sentença, de uma
petição etc.  para separar os itens de um artigo de lei, de um regulamento.
6.2 Ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação e dois pontos Ponto
Final (.)  para fechar o período;
 para abreviaturas.
Ponto de Interrogação (?)
 usa-se no fim de uma palavra, oração ou frase, para indicar pergunta direta, que se
faz com entoação ascendente;
 aparece, às vezes, no fim de uma pergunta intercalada, que pode, ao mesmo
tempo, estar entre parênteses;
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Ponto de Exclamação (!)
 usa-se depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas, que se proferem
com entonação descendente, exprimindo surpresa, espanto, susto, indignação,
piedade, ordem, súplica etc.
 substitui a vírgula depois de um vocativos enfático.
Dois pontos (:)
 para anunciar a fala dos personagens nas histórias de ficção;
 antes de uma citação;
 antes de certos apostos, principalmente nas enumerações;
 antes de orações apositivas (exerce função de aposto de algum termo da oração
principal);  para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse.
6.3 Travessão, reticências e aspas
Travessão (-)
Traço maior que o hífen
 nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor ou, simplesmente, início da fala
de um personagem;
 para separar expressão ou frases explicativas, intercaladas;
 para isolar palavras ou orações que se quer realçar ou enfatizar;
 às vezes substitui os parênteses e mesmo a vírgula e os dois-pontos.
Reticências (...)
 para indicar suspensão ou interrupção do pensamento, ou ainda, corte da frase de
um personagem pelo interlocutor nos diálogos;
 no meio do período, para indicar certa hesitação ou breve interrupção do
pensamento;
 no fim de um período gramaticalmente completo, para sugerir certo prolongamento
da ideia;  para sugerir movimento ou a continuação de um fato;
 para indicar chamamento ou interpelação, em lugar do ponto interrogativo;
 para indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita, caso em que se podem
usar quatro pontos ao invés de três.
Aspas (“ “)
 usa-se antes e depois de uma citação textual (palavra, expressão, frase
ou trecho);  costuma-se usar em expressões ou conceitos que se deseja
pôr em evidência;
 coloca-se entre aspas ou, então, grifam-se palavras estrangeiras, termos da gíria,
expressões que devem ser destacadas;
 títulos de livros, revistas, jornais, filmes etc. são, de preferência,
grifados. UNIDADE 7 – DICAS PARA INTERPRETAR TEXTOS
Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na
realidade isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de
sofisma (=argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que
supõe má fé por parte de quem
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o apresenta). Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim,
ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três
vezes; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 09.
Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não, correta, incorreta, certa,
errada, falsa, verdadeira, exceto e outras; palavras que aparecem nas perguntas e
que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas,procurar a mais exata ou a mais
completa; 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que
melhor se enquadre no sentido do texto;
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema
e a mensagem;
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na
interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa,
determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando
morreu.;
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão
coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão,
aumentando lhe ou determinando-lhe o significado.
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o queé, como se faz? São Paulo: edições Loyola,
1999. BARTHES, Roland. Mitologias. São Paulo, Ática, 1985. . et alii. Análise estrutural da
narrativa. Petrópolis, Vozes, 1972. BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 13
ed. São Paulo, Ática, 1995. BELTRÃO, Odaci& BELTRÃO, Mariúsa. Correspondência:
linguagem e comunicação: oficial comercial, bancária e particular. 21. ed. São Paulo: Altas,
2002. FÁVERO, Leonor. Coerência e coesão textuais. 4. Ed. São Paulo, Ática, 1992. FIORIN,
Jose Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 16. ed. São
Paulo: Atica, 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na
Escola? Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil: 1996. PRETTI,
Dino. LIMA, Renira Lisboa de Moura. Como se faz um resumo. Maceió: EDUFAL, 1994.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo com
as atuais normas da ABNT. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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