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Cirurgia Prática 03 - Instrumentação Cirúrgica

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Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2021.1 – 4º semestre 
 
INTRODUÇÃO 
A instrumentação cirúrgica é uma técnica utilizada pelo instrumentador 
para operacionalização do ato cirúrgico, sendo esse, integrante da equipe 
que se responsabiliza pelo preparo da mesa, fornecendo com segurança e 
precisão os instrumentais ao cirurgião, acompanhando a sequência lógica 
de cada tempo cirúrgico durante o ato operatório. 
RELEMBRANDO POSIÇÃO DO INSTRUMENADOR 
Geralmente, o instrumentador posiciona-se ao lado do primeiro auxiliar, 
de frente ao cirurgião, ajustando a mesa instrumental em posição 
perpendicular à mesa cirúrgica. 
Obs.: Lembre-se que 
dependendo da cirurgia e 
da equipe, a posição pode 
ser outra. 
Figura 1: Posição da 
equipe cirúrgica. 
MESA INSTRUMENTAL 
Existem variados tipos de mesas instrumentais: 
Figura 2: Respectivamente: Mesa instrumental convencional, Mayo, Com 
Varal/Ganchos. 
CAMPOS DA MESA INSTRUMENTAL 
 Os campos podem ser: 
o Descartáveis ou não descartáveis; 
o Simples ou dupla camada, esse último maior barreira de proteção. 
Figura 3: Respectivamente: 
Mesa convencional e a de Mayo já com a colocação de campo. 
 
ARRUMAÇÃO DA MESA INSTRUMENTAL 
Existem algumas regras gerais que norteiam a arrumação da mesa 
instrumental, porém essa organização varia de acordo com cada serviço, 
sendo que cada instrumentador dispõe os materiais na ordem que melhor 
se adapta. 
 Os quadrantes normalmente seguem a ordem dos tempos 
cirúrgicos, ou seja, a ordem em que cada manobra será realizada 
pelo cirurgião, permitindo, assim, uma maior agilidade na operação 
e melhor coordenação entre o instrumentador e o cirurgião. 
Figura 4: Respectivamente, arrumação em 04 e em 06 quadrantes. 
TEMPOS CIRÚRGICOS 
Lembrar sempre de posicionar a parte funcional dos instrumentos 
para a frente do instrumentador e colocar a curvatura voltada para baixo, 
evitando possíveis danos ao profissional. 
 Instrumento não montado fica com a parte funcional voltada 
“contra” o instrumentador. 
DIÉRESE E PREENSÃO 
 Está localizada no quadrante inferior direito. 
A diérese é a manobra cirúrgica destinada a promover uma via de acesso 
através dos tecidos, ou seja, através dela ocorre a separação dos tecidos, 
ou dos planos anatômicos para abordagem de certa região. Desta forma, 
serão necessários instrumentais cortantes ou perfurantes, os quais serão 
o bisturi e as tesouras. 
 Os bisturis podem ser de vários tipos (ex.: com cabo de encaixe para 
lâminas, elétricos e harmônicos) e são utilizados para incisões e 
dissecções de estruturas. Existem vários tipos de cabos, esses são 
escolhidos pelo porte e tipo de cirurgia, sendo os mais utilizados o 
cabo n°3 e cabo n°4: 
 
 
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o Cabo n° 3: Adapta-se às lâminas de n° 9 ao n°19 (há literaturas 
que trazem no 9 ao no 17); 
o Cabo n°4: Adapta-se às lâminas de n° 20 ao no 50 (há 
literaturas que trazem no 18 ao no 50). 
Empunhadura do Bisturi: Existem duas formas principais de se 
empunhar um bisturi, são elas: tipo lápis (incisões pequenas, conferindo 
maior delicadeza e precisão) e tipo arco de violino (incisões longas, 
retilíneas ou de curvas suaves). 
 
Figura 5: Respectivamente: Tipo Lápis/Caneta e tipo arco de violino. 
 Tesouras: Tem como função principal efetuar cortes ou divisão de 
tecidos orgânicos, além de cortar materiais. As tesouras variam no 
tamanho (grande, média e pequena), no formato da ponta 
(pontiaguda e romba), na curvatura (curva e reta), lâmina (simples 
ou serrilhada). Cada tesoura possui uma finalidade específica e 
adequada a cada fase do ato operatório e à especialidade cirúrgica. 
Existem vários modelos, dentre eles se destacam: 
o Tesoura de Mayo: Utilizada para secção de fios e outros 
materiais cirúrgicos na superfície ou em cavidades. É 
considerada uma tesoura mais traumática, pois sua parte 
cortante é proporcional à parte não cortante. 
o Tesoura de Metzenbaum: Utilizada para diérese de tecidos 
orgânicos, podem ser utilizadas em cavidades, introduzindo-
as a fundo. Considerada menos traumática, pois apresenta sua 
porção cortante mais curta do que a não cortante. 
Figura 6: Respectivamente, Tesouras de Mayo e Metzenbaum. 
Empunhadura da tesoura: Introduzir as falanges distais dos dedos 
anular e polegar nas argolas. O dedo indicador proporcionará precisão 
ao movimento e o dedo médio auxiliará na estabilidade da mão. 
Figura 7: Empunhadura da 
tesoura. 
 
!!!Obs.: Quando é utilizada a tesoura reta e a tesoura curva? A tesoura 
reta é mais utilizada para auxiliar fora da cavidade, ex.: corte de fios, já 
as curvas são mais utilizadas pelo cirurgião, ex.: dentro das cavidades, por 
observar mais facilmente a ponta da tesoura. 
!!!Obs.2: Como é uma diérese ideal? Extensão adequada; Bordas nítidas; 
Um plano de cada vez, respeitando a anatomia regional; Não 
comprometer grandes vasos e nervos; Acompanhar as linhas de forca da 
pele; Seccionar os tecidos na direção das suas fibras. 
Os instrumentos de preensão são basicamente constituídos pelas pinças 
de dissecção, as quais estão destinadas à manipulação e à apreensão de 
órgãos, tecidos ou estruturas. Os modelos mais utilizados são: 
 Pinça de Adson: Possui um tamanho reduzido (bastante utilizadas 
em cirúrgicas pediátricas). Pode ser traumática ou atraumática; 
Figura 8: Respectivamente, pinça de Adson atraumática e traumática. 
!!!Obs.: Traumática X Atraumática: A pinça traumática apresenta dentes 
na extremidade, já a pinça atraumática possui ranhuras transversais e 
finas na face interna de suas pontas. 
 Pinça Anatômica: Utilizada para preensão de estruturas orgânicas 
delicadas. É atraumática e possui ranhuras transversais na face 
interna de suas pontas; 
 Pinça Dente de Rato: São traumáticas, logo são utilizadas para 
preensão de tecidos mais grosseiros. É muito utilizada para fazer 
suturas, pois proporciona uma maior estabilidade. 
Figura 9: 
Respectivamente: 
pinça anatômica e 
pinça Dente de 
rato. 
 
 
 
COMO ORGANIZAR ESSE QUADRANTE? 
1. Bisturi: Cabo 4 > Cabo 3; 
2. Tesoura: Segue uma ordem: 
I. Tamanho: Tesouras pequenas > médias > grandes; 
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II. Tipo: Metzenbaum > Mayo; 
III. Curvatura: Curva > Reta. 
3. Pinças de Dissecção: Traumáticas > Atraumáticas. 
Figura 10: Organização da Diérese e Preensão. 
HEMOSTASIA 
 Está localizado no quadrante inferior esquerdo. 
É a manobra cirúrgica destinada a prevenir ou corrigir as hemorragias, 
evitando, dessa maneira, o comprometimento hemodinâmico do 
paciente, além de impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos 
no período pós-operatório, complicações que predispõe o paciente a 
infecções. Os instrumentais utilizados nas hemostasias são as pinças 
hemostáticas, essas se apresentam em vários modelos e tamanhos. As que 
se destacam: 
 Pinça de Kelly: Pode ser reta ou curva e apresenta ranhuras 
transversais até 2/3 da face interna de suas pontas. 
o A reta é utilizada para pinçamento de materiais cirúrgicos 
como fios e drenos de borracha; a curva é utilizada para o 
pinçamento de vasos e tecidos pouco grosseiros. 
 Pinça de Crile: Pode ser reta ou curva e apresenta ranhuras 
transversais em toda face interna de suas pontas. 
o Sua utilização é semelhante à pinça de Kelly. 
Figura 11: Letra “a” 
representa a pinça Kelly e 
a letra “b” Crile. 
 
 
 
 Pinça de Halstead ou Mosquito (recebe essa segunda nomenclatura 
por causa de seu tamanho reduzido e delicadeza): Pode ser reta ou 
curva, e possui ranhuras transversais em toda face interna. 
o É utilizada em vasos de pequeno calibre. 
 Pinça Rochester: Pode ser reta ou curva e é caracterizada por possuir 
ranharas transversais em toda sua face interna, e por ser uma pinça 
grande. 
Figura 12: O tamanho da 
Pinça de Halstead 
comparado com o 
tamanho de uma pinça 
hemostática.Empunhadura da pinça: Se assemelha com a descrita para as 
tesouras, por apresentar formato semelhante ao da tesoura, diferindo-se 
delas pela presença da cremalheira entre as duas argolas, que permite o 
fechamento do instrumental de 
forma auto-estática com 
diferentes níveis de pressão de 
fechamento. 
Figura 13: Cremalheira das 
pinças. 
COMO ORGANIZAR ESSE QUADRANTE? 
1. Tamanho: Pinças pequenas > médias > grandes; 
2. Curvatura: Curva > Reta. 
Figura 14: Organização da Hemostasia. 
ESPECIAIS 
 Quadrante superior esquerdo. 
Os materiais são específicos para cada cirurgia, destinados as manobras 
que serão realizadas. Algumas delas: 
 Desjardins: Pinça de preensão com pontas largas providas de 
fenestrações, não possui cremalheiras: 
o Função: Extração de cálculos renais e de vias biliares. 
Figura 15: Pinça Desjardins. 
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 Guyon: Pinça hemostática 
atraumática com pontas curvas e 
robustas, presença de ranhuras 
transversais em toda face interna: 
o Função: Pinçar pelve renal. 
Figura 16: Pinça Guyon. 
 Cheron: Pinças longas com 
presença de ranhuras transversais em 2/3 da face interna, e 
presença de cremalheira: 
o Função: Principalmente 
para antissepsia útero-
vaginal, mas também 
pode transportar gazes 
para hemostasia e 
curativos em 
profundidade. 
Figura 17: Pinça Cheron. 
 Museux: Pinça traumática que possui garras pontiagudas e 
resistentes, além de superfícies serrilhadas: 
o Função: Utilizada para preensão e tração do colo uterino, ex.: 
procedimento para introdução de DIU. 
Figura 18: Pinça Museux. 
 Pozzi: Pinça que possui pontas pontiagudas: 
o Função: Utilizada para preensão e tração do colo uterino, ex.: 
procedimento para introdução de DIU. 
Figura 19: Pinça Pozzi. 
 Allis: Pinça de preensão traumática, com poder maior de preensão 
por denteamento fino nas superfícies de contato: 
o Função: Preensão e tração de materiais desvitalizados, que 
serão extirpados, ou que podem ser traumatizados. Utilizada 
em cirurgia gastrointestinal. 
Figura 20: Pinça Allis. 
 Babcock: Pinça de preensão atraumática: 
o Função: Preensão de víscera oca, indicada principalmente para 
alças intestinais por não lesar o tecido. 
Figura 21: Pinça Babcock. 
 Foerster: Pinça de preensão atraumática: 
o Função: Preensão de víscera oca e antissepsia. São mais 
utilizadas como transportadores de gazes para hemostasia, 
curativo sem profundidade e antissepsia do paciente, no início 
do ato cirúrgico. 
Figura 22: Respectivamente: Pinça Foerster reta e curva. 
 Collin: Pinça de preensão e tração: 
o Função: Preensão atraumática de víscera oca ou tração 
traumática da língua usada na via aérea difícil. 
 
Figura 23: Pinça Collin atraumática com ranhuras. 
 Duval: Pinça de preensão atraumática, em formato de triangulo 
invertido, tendo superfície ampla de contato com ranhuras: 
o Função: Preensão de víscera oca. Utilizada para apresentação 
de vísceras, ex.: apêndice vermiforme e parênquima pulmonar. 
Figura 24: Pinça Duval. 
 Kocher: Pinça traumática de preensão e tração, caracterizada por 
possuir ranhuras transversais em toda sua face e dente de rato em 
sua extremidade. Pode ser reta e curva: 
o Função: Usada para pinçamento traumático do estomago ou 
alças intestinais, promovendo coproestase, evitando saída de 
conteúdo intestinal e apresentando as bordas para sutura. 
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Figura 25: Pinça Kocher reta. 
 
 
 
 
 Clamp intestinal: Instrumento que apresenta ranhuras 
longitudinais (sendo este modelo pouco traumático) ou transversais 
ao longo da face interna de sua ponta: 
o Função: Utilizado na interrupção do trânsito intestinal, o que 
o classifica como instrumental de coproestase. 
 
 
 
 
 
Figura 26: Clamp Intestinal. 
 Backaus: Pinça traumática que tem pontas agudas ou dentes: 
o Função: Prender os campos entre si ou fixar objetos nos 
campos. 
Figura 27: Backaus. 
 Pean: Pinça hemostática pequena com pontas finas e delicadas: 
o Função: Antissepsia e curativos, usada, também, para 
preensão das bordas dos vasos. 
Figura 28: Pinça Pean. 
 Mixter: Pinça hemostática que apresenta ponta em ângulo reto e 
ranhuras na face interna: 
o Função: Pinça vascular 
utilizada para apresentação de 
fios em ligaduras e dissecção de 
vasos. Auxilia a manipulação 
de pedículos como o hepático, o 
renal e o pulmonar. 
Figura 29: Pinça Mixter. 
 Clamp de Bulldog e Satinsky: Clamp atraumático utilizado para 
interromper temporariamente o fluxo de vasos, ou seja, clamp de 
hemostasia de vasos. 
 
Figura 30: Respectivamente: Clamp de Bulldog e Satinsky. 
 Tesoura Potts-Smith: Especial com pontas finas e anguladas em 
vários graus (25º a 120º): 
o Função: Tesoura usada para vasos e tecidos delicados. 
Utilizada em cirurgias vasculares. 
Figura 31: Tesoura de Potts-Smith. 
 Tesoura Spencer: Especial pequena que possui um gancho em sua 
ponta: 
o Função: Retirada de suturas. 
 
Figura 32: Tesoura Spencer. 
 Tesoura Íris: Pequena e delicada, utilizada em cirurgias plásticas 
para uso em pele, pode também, para oftalmologia. 
 
 
Figura 33: Tesoura Íris. 
 Tentacânula: 
o Usado para suspensão do frênulo lingual ou exérese de unha, 
representada por cada extremidade, respectivamente. 
 
Figura 34: Tentacânula. 
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 Serra de Gigli: Instrumento formado por um arame de aço de 
superfície conjugada, onde é fixado a ganchos, sendo utilizados 
movimentos manuais de vaivém: 
o Função: Utilizada para serrar estruturas ósseas. 
Figura 35: Serra de Gigli. 
 Costótomo: 
o Função: 
Seccionar arcos 
costais. 
 
Figura 36: Costótomo. 
 Afastadores: São elementos mecânicos cuja função é afastar os 
tecidos, expondo os planos anatômicos ou órgãos subjacentes para 
propiciar o desenvolvimento de determinado ato operatório. 
Existem muitas variedades e tamanhos de afastadores e seu uso 
dependerá em grande parte do tipo de procedimento executado. 
Podem ser: 
1. Dinâmicos: Manuseados pelos auxiliares, têm-se possibilidade de 
mudar de posição sempre que a necessidade do campo cirúrgico a 
isso obrigar. Esses afastadores necessitam de tração manual 
contínua e as manobras de afastamento devem ser suaves para não 
traumatizar os tecidos; 
2. Autoestáticos: Mantêm-se abertos e em posição por si sós. 
 
 Afastadores dinâmicos: 
 Espátula Maleável: São lâminas flexíveis, de várias larguras e 
comprimentos. Pode-se conseguir qualquer tipo de curvatura ou 
forma, adaptável a qualquer necessidade durante o ato operatório: 
o Função: são usadas na cavidade torácica ou abdominal. 
 
Figura 37: Espátula 
maleável. 
 
 
 Farabeuf: Lâmina metálica dobrada no formato da letra"C": 
o Função: usado para afastamento de pele, subcutâneo e 
músculos superficiais. 
Figura 38: Afastador Farabeuf. 
 Langenbeck: Possui uma lâmina metálica com as duas extremidades 
dobradas em ângulo reto, tendo cabo para empunhadura e mais 
longo se comparado com o afastador Farabeuf: 
o Função: Mesmo uso do afastador Farabeuf, podendo atingir 
planos músculo-fasciais mais profundos. 
Figura 39: Afastador Langenbeck. 
 Volkmann: Possui garras em sua parte curva, dando mais aderência 
aos tecidos: 
o Função: Usado somente em planos muscular e aponeurose. 
Figura 40: Afastador Volkmann. 
 Gancho de Gillies: 
o Função: Utilizado para tecidos delicados. 
Figura 41: Gancho de Gillies. 
 Válvula de Doyen e Válvula Suprapúbica: Apresenta uma superfície 
maior que os afastadores de Langenbeck: 
o Função: São afastadores utilizados para separação e abertura 
de campo em operações abdominais e pélvicas. 
Figura 42: Respectivamente: Doyen e Suprapúbica. 
 
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 Afastadores Estáticos: 
 Finochietto: Possui 
engrenagem na barra 
transversa:o Função: Usado 
para a cavidade torácica, 
servindo para abertura dos 
espaços intercostais e 
medioesternal. 
Figura 43: Finochietto. 
 Gosset: Apresenta duas hastes paralelas apoiadas em uma barra 
lisa: 
o Função: Utilizado em cirurgia abdominal. 
Figura 44: Afastador Gosset. 
 Balfour: Trata-se de um afastador Gosset associado a uma válvula 
suprapúbica ou Doyen: 
o Função: Usados para afastamento das paredes abdominais. 
Figura 45: Afastador Balfour, respectivamente, com valva suprapúbica e 
valva Doyen. 
SÍNTESE 
 Quadrante superior direito. 
É a manobra cirúrgica que visa a aproximação das bordas de um tecido. 
Os instrumentais usados nesta etapa são o porta-agulha, fios agulhados 
e fios não agulhados. As duas principais porta-agulhas são: 
 Mayo-Hegar: Possui o eixo superior pequeno, apresenta cremalheira 
para fixação. Utilizada para síntese em cavidades. 
Sua empunhadura é semelhante à descrita para os outros instrumentais 
com argolas. Figura 49: 
 Mathieu: Possui hastes curvas, semelhantes a um alicate. Possui uma 
cremalheira pequena e central. Utilizada em suturas de tecido 
superficial. 
o Este modelo possui uma empunhadura espalmada. 
Esses tipos de instrumentais e os outros dessa mesma classe possuem 
uma característica em comum: a face interna marcada por ranhuras em 
xadrez, as quais evitam o deslizamento da agulha, melhorando, dessa 
forma, sua fixação. 
 
Figura 46: Respectivamente: Mayo-Hegar e Mathieu. 
!!!Obs.1: Há instrumentadores que colocam o porta-agulha Mathieu no 
quadrante dos instrumentais especiais. 
!!!Obs.2: Síntese Ideal: Antissepsia e assepsia corretas; Hemostasia 
adequada; Abolição do espaço-morto; Bordas de ferida limpas e sem 
anfractuosidades; União de tecidos de mesma natureza, de acordo com 
os diferentes planos; Ausência de corpos estranhos ou de tecidos 
desvitalizados; Empregos de suturas e fios adequados, realizados com 
técnica apropriada. 
COMO ORGANIZAR ESSE QUADRANTE? 
1. Tamanho: Maior > menor. 
Figura 47: Organização da Síntese. 
Figura 48: 
Organização da 
mesa instrumental 
completa. 
 
 
 
 
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Figura 49: Exemplo da arrumação da mesa instrumental. 
ENTREGA DOS INSTRUMENTAIS 
 Instrumentador deve passar os materiais pela parte funcional; 
 Materiais com curvaturas sempre devem ser entregues com a 
curvatura voltada para cima; 
 Bisturi: Sempre com a lâmina voltada para baixo; 
 Porta Agulha: Passar da forma como encontra-se na mesa. 
SINALIZAÇÃO 
 Bisturi Tesoura Pinça 
Porta-Agulha Backaus Pinça hemostática 
 Afast. Dinâmico Afast. Auto-Estático Fio não agulhado 
 Gaze Compressa

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