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Apostila 01 - Biossegurança nas Ações de Enfermagem no Centro Cirúrgico

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1 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM 
INSTRUMENTAÇÃO CIRURGICA 
 
 
 
 
Docente: 
Enf. Maria José Fernandes 
Torres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOSSEGURANÇA 
NAS AÇÕES DO 
CENTRO 
CIRÚRGICO 
 
2 
 
INSTITUTO DE ENSINO E CULTURA – IEC 
Rua: Rua Apodi 392, Tirol - Natal – RN 
Telefone: (84) 3344-3686 
e-mail: iecnatal@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPE GESTORA 
Diretora Geral: Oscarina Saraiva Coelho 
Coordenadora Pedagógica: Nadir Soares Vila Nova 
Coordenadora Financeira: Maria José Fernandes Torres 
 
 
 
 
 
 
NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos 
 
 
 
 
Dados Catalográficos 
AACR2 – Anglo-American Cataloguing Rules 2. 
Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos 
Bibliotecária/Documentalista 
CRB 15ª Região / 457 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T693a Torres, Maria José Fernandes. 
Biossegurança nas ações do Centro Cirúrgico / Maria José 
Fernandes Torres. ___ Natal, RN: IEC, 2019. 
 
Instituto de Ensino e Cultura – IEC. 
 
 27p.: il. 
 
 
1. Centro Cirúrgico. 2. Enfermagem. 3. Biossegurança. I. 
Torres, Maria José Fernandes. II. Título. 
 
 
IEC/NATAL/RN CDU 616.398 
 
 
 
mailto:iecnatal@hotmail.com
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nosso negócio na vida não é ultrapassar os outros, mas ultrapassar 
a nós mesmos, quebrar nossos próprios recordes, superar o nosso 
ontem através de nosso hoje. 
 
Stewuart B. Johnson 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 05 
2. BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE ENFERMAGEM NO 
CENTRO CIRÚRGICO............................................................................................... 
 
06 
2.1 HISTÓRICO.......................................................................................................... 06 
3. DIVISÃO DA MICROBIOLOGIA: BACTÉRIAS, FUNGOS E VÍRUS.................... 07 
3.1 BACTÉRIAS, CIANOBACTÉRIAS (ALGAS)......................................................... 07 
3.2 VÍRUS................................................................................................................... 09 
3.3 FUNGOS............................................................................................................... 09 
4. O ORGANISMO E SUA DEFESA........................................................................... 11 
5. O CENTRO CIRÚRGICO COMO FONTE DE INFECÇÃO.................................... 12 
5.1 LIMPEZA DO CENTRO CIRÚRGICO.................................................................. 15 
5.2 USO DAS LUVAS................................................................................................. 16 
5.3 USO DE GORROS............................................................................................... 17 
5.4 USO DAS MÁSCARAS......................................................................................... 17 
5.5 USO DOS PROPÉS............................................................................................. 17 
5.6 ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA.................................................................................. 17 
6. INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO..................................................................... 18 
7. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO.................................. 25 
 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Outra definição nessa linha diz que "a biossegurança é o conjunto de ações 
voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades 
de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, 
visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a 
qualidade dos resultados" (TEIXEIRA; VALLE, 1996). 
A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, e proteção 
do trabalhador, minimizando os riscos inerentes às atividades de produção, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos 
animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Teixeira e Valle 
(1996). Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material 
biológico que esteja sujeito a radiações, ou que manipule material perfuro-cortante ou, 
ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico (micro-ondas, ultrassom, 
autoclaves etc.), deve: 
 Estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio, autocontrole e 
comportamento; 
 Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos operacionais 
padrão do setor; 
 Agir com tranquilidade e sem pressa; 
 Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os 
equipamentos de proteção individual e coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor 
facial, cabelos presos, luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de 
exaustão, cabina de segurança biológica e química); 
 Nos setores de maior trânsito e fluxo de pessoas, as sinalizações gerais das 
áreas restritas e permitidas devem ser frequentes e devem estar visíveis. As 
referidas sinalizações devem ser expressas, também, em "braile" para os 
deficientes visuais; ou com indicação simbólica ou monitor para os analfabetos. 
 
 
 
 
6 
 
2. BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRURGICO 
 
 
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS 
 Conhecer a cadeia do processo infeccioso; 
 Identificar os fatores que favorecem a disseminação de microorganismos 
patogênicos no sitio cirúrgico; 
 Identificar a tríade sintomática do processo infeccioso; 
 Reconhecer as medidas de precauções padrões objetivando a redução das 
infecções do sítio cirúrgico. 
 
HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
 Empregar as medidas de precauções padrões; 
 Distinguir as áreas do centro cirúrgico de acordo com o seu mapeamento; 
 Utilizar estratégias que permita a identificação de áreas do corpo humano que 
sejam mais vulneráveis ao desenvolvimento do processo infeccioso. 
 
BASES TECNOLÓGICAS 
 Histórico, 
 Divisão da microbiologia: bactérias, Fungos e Vírus. 
 Centro cirúrgico como fonte de infecção. 
 Classificação das áreas no centro cirúrgico 
 
2.1 HISTORICO 
 
A origem do conceito - na década de 70 teve início a construção do conceito de 
biossegurança, na reunião de *Asilomar na Califórnia, onde a comunidade científica 
iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade. Esta 
reunião, segundo Goldim (1997), "é um marco na história da ética aplicada a pesquisa, 
pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos de proteção aos pesquisadores e 
demais profissionais envolvidos nas áreas onde se realiza o projeto de pesquisa". A 
partir daí o termo biossegurança, vem, ao longo dos anos, sofrendo alterações 
(COSTA; COSTA, 2002). 
7 
 
A Conferência de Asilomar na Califórnia, em fevereiro de 1975 foi realizada uma 
reunião de 140 cientistas norte-americanos e estrangeiros realizada no Centro de 
Convenções de Asilomar, localizado em Pacific Grove, Califórnia. Esta reunião científica 
decorreu da proposta de moratória nas pesquisas que envolvessem manipulação 
genética, feita em 1974, por um grupo de pesquisadores. Esta sugestão foi publicada 
simultaneamente nas revistas Nature e Science. Em abril de 1974, esta moratória foi 
discutida e implantada em uma reunião científica realizada no Massachusetts Institute 
of Technology (MIT). 
 
 
3. DIVISÃO DA MICROBIOLOGIA: BACTÉRIAS, FUNGOS E VÍRUS 
 
3.1 BACTÉRIAS; CIANOBACTÉRIAS (ALGAS) 
 
REINO MONERA 
 
 MORFOLOGIA DOS MONERA 
 O Reino Monera é formado por organismos procariontes, representados pelas 
bactérias e algas azuis (cianofíceasou cianobactérias). 
 CONCEITO 
São unicelulares ou coloniais. Como em toda célula procariótica, nesses 
organismos não há organelas citoplasmáticas delimitadas por membranas e o material 
nuclear não está envolto pela carioteca. Os únicos tipos de orgânulos são os 
ribossomos. 
As bactérias são encontradas no ar, na terra, na água, nos organismos. 
o Pequenas, em geral possuem membrana plasmática e membrana esquelética (= 
muco complexa) e ainda podem ter uma cápsula protetora gelatinosa como nos 
pneumococos. 
o Muitas bactérias apresentam movimentos usando estruturas semelhantes aos 
flagelos. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
As bactérias se classificam com: 
8 
 
o Cocos: bactérias arredondadas, mais ou menos globosas; 
o Bacilos: possuem a forma de bastonetes; 
o Espirilos: assemelham-se a uma espiral ou saca-rolha; 
o Vibrião: é um caso especial de espirilo, assemelhando-se a um segmento da 
espiral, ou a uma vírgula. 
 
Os Cocos e bacilos podem, em alguns casos, formar colônias, tais como: 
o Diplococos: colônias formadas por dois cocos; 
o Estreptococos: colônias formadas por vários cocos em fileira; 
o Tétrades: quatro cocos; 
o Estafilococos: colônias formadas por vários cocos arranjados de modo 
semelhante a um cacho de uva; 
o Sarcinas: colônias formadas por vários cocos em arranjos cúbicos; 
o Diplobacilos: colônias formadas por dois bacilos; 
o Estreptobacilos: colônias formadas por vários bacilos em fileira. 
 
TIPO DE NUTRIÇÃO (METABOLISMO): Como as bactérias produzem seu próprio 
alimento. 
o Autótrofas (fotossíntese ou quimiossíntese) 
o Heterótrofas: 
 Saprófitas - decomposição por enzimas, da matéria orgânica “morta” 
(PUTREFAÇÃO) - reciclagem de sais 
 Fermentação - ausência de O2: álcool; vinagre; coalhada; queijos (“cura”); 
 Mutualismo - “nódulos” de raízes de leguminosas (feijão, ervilha) - (fixadoras 
de N2) 
 Parasitas:são patogênicas e produzem as doenças. 
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________ 
9 
 
TIPO DE REPRODUÇÃO 
 
 Assexuada das bactérias: as bactérias reproduzem-se mais freqüentemente 
por um processo assexuado denominado divisão binária ou cissiparidade. 
 
IMPORTANÇA DAS BACTÉRIAS NAS DIVERSAS AREAS 
 
 Na farmacêutica - produção de antibióticos como a Tirotricina; Bacitracina; 
Subtilina; Polimixina B. 
 Os Actinomicetos - são bactérias, que lembrando fungos: produzem a 
estreptomicina; Aureomicina; Terramicina. 
 Na agricultura - fixam o nitrogênio (raízes de leguminosas: feijão, ervilha); 
parasitas (fitopatologia). 
 Na indústria - produzem o vinagre (fermentação acética); coalhadas 
(fermentação lática); bebidas alcoólicas (fermentação alcoólica ou etílica); 
queijos (“cura”): “duros”: Cheddar; parmesão; “moles”: Limburger. 
 Na genética e biologia molecular - usado nos estudos: de mutação, 
reprodução, engenharia genética, etc. 
 Na decomposição - das cadeias alimentares - reciclagem. 
 
3.2 VÍRUS 
 
Os virus são seres simples, parasitas intracelulares dotados da capacidade de 
infectar quase todos os seres vivos, não posuem estrutura celular e são inativados em 
temperaturas de 60º por 30 minutos 
 
 
3.3 FUNGOS 
 
São microrganismos eucariontes, aclorofilados (não fotossintéticos), absortivos, 
imóveis, possuidores de parede celular e células com baixo grau de diferenciação. Além 
disso, possuem quitina na parede celular e armazenam glicogênio. 
O que é quitina? 
10 
 
A quitina é um polímero de cadeia longa derivado da glicose encontrado em 
muitos lugares do mundo natural. Quitina é o principal componente das paredes 
celulares de fungos; exoesqueletos de artrópodes como crustáceos (caranguejo, 
camarão, lagosta) e insetos (formigas, abelhas, borboletas); e partes de moluscos. A 
quitina é útil para propósitos médicos e industriais. Quimicamente a quitina relaciona-se 
de perto com a quitosana, um derivado da quitina mais solúvel em água. 
Usos medicinais da quitina 
As propriedades da quitina como um material forte e flexível a fazem propícia 
para linhas cirúrgicas. A quitina é biodegradável, o que significa que ela degrada-se 
com o tempo à medida que a ferida sara. Além disso, quitina tem algumas propriedades 
que aceleram a cura de feridas em humanos. Quitina já é até utilizada sozinha como 
um agente para cura de feridas. Costuma-se utilizar a quitina para fazer quitosana, um 
produto com vários usos comerciais e biomédicos possíveis. A utilização mais famosa 
da quitosana é em produtos para emagrecer. 
Estima-se que exista mais de 1,5 milhão de espécies fúngicas no mundo, 
embora apenas aproximadamente 70.000 tenham sido descritas. 
 MACROFUNGOS - representados pelos COGUMELOS, importantes como alimento 
e em toxicologia (tóxicos e alucinógenos). 
 MICROFUNGOS - representados pelos BOLORES e LEVEDURAS, com inúmeros 
aspectos importantes para o homem. 
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11 
 
Figura 1 - Principais aspectos positivos e negativos dos fungos 
 
 
 
4. O ORGANISMO E SUA DEFESA 
 
O início de uma infecçãoão ocorre após a invasão de um microorganismo em 
algum orgão do corpo.o sistema de defesa é acionado, ocorrendo falha do sistema de 
defesa instala-se a infecção. 
O ser humano possuem defesas naturais do organismo que são: 
 A boca 
 A pele 
 O sistema respiratorio 
 O sistema urinario 
12 
 
 O sistema gastrointestinal. 
 
5. O CENTRO CIRÚRGICO COMO FONTE DE INFECÇÃO 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O Centro Cirúrgico, entendido como espaço físico e como a equipe cirúrgica 
pode estar implicando na ocorrência de infecções pós-cirúrgicas. 
 O risco de infecções do sítio cirúrgico depende de variáveis do ato operatório e 
do hospedeiro. Alguns fatores podem favorecer ao risco trazendo complicações à ferida 
operatória. 
 
FATORES QUE FAVORECEM AO RISCO 
a) Classificação da ferida (limpa-contaminada, contaminada e infectada); 
b) Características clínicas do hospedeiro; 
c) Tipo e duração da cirurgia. 
 
FONTE DE AGENTES INFECCIOSOS 
a) O hospedeiro; 
b) A equipe cirúrgica; 
c) O ambiente cirúrgico. 
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13 
 
 
 
Os agentes infecciososenvolvidos na ocorrência de infecções de sítio cirúrgico 
provêm do próprio hospedeiro, em geral, coloniza a ferida operatória ao longo do ato 
cirúrgico, principalmente ao final deste. 
 Frequentemente os microrganismos das áreas adjacentes ao local da incisão 
cirúrgica colonizam a ferida operatória, porém a microbiota profunda assumem papel 
relevante. Pode haver ocorrência de infecções em feridas operatórias por 
microorganismos presentes em locais distantes da ferida, isto ocorre pelo carreamento 
através da via hematogênica ou linfática. 
O espaço e os objetos inaminados que compõem um Centro Cirúrgico tem pouca 
implicação na ocorrência de infecção pós-operatória, porém situações podem favorecer 
a ocorrência de infecções como a quebra de regras básicas de manutenção e condutas 
no Centro Cirúrgico como o uso de substâncias e materiais não estéreis até mesmo o 
fornecimento de água contaminada. 
 
ESPAÇO FÍSICO 
 A planta física de um Centro Cirúrgico deve visar a redução do risco de infecções 
e facilitar outros aspectos funcionais. As dimensões das áreas do Centro Cirúrgico 
14 
 
dependem do porte do hospital, porte das cirurgias e tamanho da equipe cirúrgica, se 
faz necessário que o espaço físico permita movimentação sem risco de contaminação 
por contato. 
 
ZONEAMENTO ou AREA POR GRAU DE LIMPEZA 
 
 Zona ou Área Asséptica - Sala operatória – é a sala onde ficam os instrumentos 
cirúrgicos assépticos, onde só deve ter acesso pessoas com paramentação adequada. 
 Zona ou Área Limpa - Composta pelas áreas adjacentes, a área asséptica como a 
área de escovação e lavagem das mãos, devem circular pessoas com trajes do Centro 
Cirúrgico. 
 Zona ou Área de Proteção - Área intermediária entre a área limpa e o restante do 
hospital composta pelo vestuário e a sala de recuperação pós-anestésica. 
 Zona ou Área de Expurgo - A área de expurgo é utilizada para acondicionar 
temporariamente o material contaminado e desprezar secreções. 
 
OUTROS ASPECTOS 
 
 Outros aspectos devem ser considerados no planejamento arquitetônico de um 
Centro Cirúrgico como os corredores que devem ser largos facilitando o manuseio de 
macas e equipamentos. 
 Segundo Rodrigues, o piso e paredes interferem pouco na colonização de feridas 
operatórias, pois os microorganismos, uma vez depositados nestas superfícies, têm 
dificuldade em entrar em suspensão. Entretanto, é recomendada estrutura lisa e dura 
que tendem a concentrar menor número de bactérias. 
 O tráfego nas salas operatórias deve ser controlado evitando aumento na 
dispersão de partículas no ar pela menor freqüência de abertura de portas e pelo menor 
número de pessoas na sala operatória. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
15 
 
5.1 LIMPEZA DO CENTRO CIRÚRGICO 
 
 É de fundamental importância a limpeza do Centro Cirúrgico porque tem o 
objetivo de prover um ambiente limpo e seguro para o paciente cirúrgico e profissionais 
reduzindo assim a exposição aos resíduos infecciosos. 
 Atualmente a AORN “Associaton of Operating Room Nurses”, considera todo 
paciente e todas as cirurgias como possíveis fontes de contaminação. 
 
PREPARAÇÃO DA SALA CIRÚRGICA 
 
A preparação do ambiente da sala cirúrgica deve ser estabelecida para evitar e 
reduzir a possibilidade de infecção cruzada (ALEXANDER, 1997). 
A primeira etapa no preparo da sala cirúrgica é a limpeza. A limpeza consiste na 
remoção, por meios mecânicos e/ou físicos, da sujidade depositada nas superfícies 
inertes, que constituem suporte físico e nutritivo para microrganismos. Portanto é 
recomendado que os materiais contaminados a serem removidos devam ser 
acondicionados em recipientes impermeáveis, mantendo a sala limpa durante o 
procedimento. 
A limpeza terminal deve ser feita ao final do programa cirúrgico devendo ser 
usado germicida. Portanto é recomendado que os materiais contaminados, a serem 
removidos, sejam acondicionados em recipientes impermeáveis, Deve- se manter a 
sala limpa durante o procedimento. Aplica-se a superfícies 
horizontais e verticais devendo ser realizada diariamente após o término do último 
procedimento cirúrgico.Deve começar do local mais limpo para o mais sujo. Cabe ao 
funcionário do serviço de higiene, sempre utilizando o EPI. O mobiliário, os focos e os 
equipamentos, devem ser limpos pelo funcionário de enfermagem, também utilizando 
EPI. 
Limpeza preparatória: Realizada pelo funcionário da enfermagem pouco 
antes da primeira cirurgia do dia. Se o local estiver sem uso por mais de 12 horas 
é recomendado remover com Álcool 70% as partículas depositadas nos mobiliários, 
equipamentos e superfícies horizontais. 
16 
 
Limpeza operatória: Realizada pelo funcionário da enfermagem, com o 
uso de EPI, Feita durante o procedimento cirúrgico, quando ocorre a contaminação 
do chão com matéria orgânica, resíduo ou queda de material cirúrgico. 
Limpeza concorrente: Realizada apóso término de uma cirurgia e antes doinício
 de outra. Seu objetivo é remover a sujidade e matéria orgânica e mobiliários, 
equipamentos e superfícies Os funcionários da enfermagem e do serviço de higiene 
são os responsáveis por esta limpeza. Devem estar protegidos por EPIs. 
 
A EQUIPE CIRÚRGICA 
A equipe cirúrgica deve tomar medidas perioperatórias para prevenção de 
contaminação microbiana da ferida operatória. A paramentação cirúrgica vem sendo 
utilizada há muitos anos e ultimamente vem sendo alvo de discussão o uso de alguns 
itens como: pro pés, gorros, máscaras e aventais. 
 
USO DE AVENTAIS 
Os aventais cirúrgicos têm como objetivo proteger o paciente na redução de 
índices de infecções cirúrgicas e a proteção da equipe contra patógeno do sangue e 
secreções. Hardin refere ter sido Neuber, cirurgião alemão, o primeiro a usar um 
avental cirúrgico, em 1884, esterilizado em cloreto de mercúrio. Neste século, os 
aventais de algodão foram amplamente utilizados, no início do século, na metade do 
século, os aventais foram feitos de musselina e algodão, atualmente o mercado tem 
produzido aventais com menor porosidade. 
 
5.2 USO DE LUVAS 
 
 As primeiras luvas foram fabricadas pela “Goodyear Rubber Company”, em 
1889, a pedido de Dr. Halstead, do Hospital Jonhs Hopkins, a fim de serem utilizadas 
por uma enfermeira instrumentadora, que apresentava alergia nas mãos. 
 O uso de luvas durante a cirurgia tem dois propósitos: proteger o paciente da 
transferência de microorganismos das mãos da equipe cirúrgica e, - proteger a equipe 
cirúrgica da contaminação pelo sangue e exudatos do paciente. 
17 
 
 Com o estabelecimento das precauções universais, atualmente denominada de 
precauções básicas de biossegurança, tem melhorado a qualidade das luvas utilizadas 
pelos profissionais de saúde, através da realização de pesquisas. 
 
5.3 USO DE GORROS 
 
 O uso de gorro parece apropriado para prevenir a queda de cabelos sobre o 
campo operatório. Dineen relata dois surtos de infecção da ferida cirúrgica atribuída à 
equipe cirúrgica, sendo os profissionais carregadores de Staphylococcus aereus nos 
cabelos. Os gorros devem cobrir o cabelo e ter um desenho que reduza a dispersão 
microbiana. 
 
5.4 USO DE MÁSCARAS 
 
 As máscaras devem ser usadas nas áreas restritas do Centro Cirúrgico, devem 
ser fixadas de maneira que cubram a boca e nariz e previnam escape de ar. 
 
 
5.5 USO DE PROPÉS 
 
 Apesar da recomendação de pro pés no Centro Cirúrgico, não existe 
comprovação de sua eficácia nas prevenções de infecções. Porém seu uso é 
importante para proteger a equipe cirúrgica de contaminação com sangue e exudatos. 
 
5.6ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA 
 
 A escovação cirúrgica é um processo que visa remover ou destruir 
microorganismos transitórios e reduzir a microbiota residente. O agente de escolha 
deve conter um antimicrobiano que reduza o número de microorganismos da pele 
intacta, tenha amplo espectro de ação, ação rápida, persistente e não irritativa. 
Recomenda-se escovação de cinco minutos com agente contendo iodóforos, 
clorexidina ou preparação alcoólica, quanto a técnica deve-se incluir mãos, leito 
ungueal e regiões interdigitais e os antebraços. 
 
 
18 
 
6. INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO 
 
CONCEITO 
 
Infecção do sítio cirúrgico, denominada anteriormente de infecção da ferida 
cirúrgica pode ser conceituada como infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou em 
tecidos manipulados durante a operação, sendo que com caráter epidemiológico esta 
infecção pode ser diagnosticada até 30 dias após o procedimento, em casos de 
implante de próteses, até um ano após. 
 
DEFINIÇÃO 
 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
 Pacientes internados ou admitidos para o procedimento; 
 Realizados dentro do Centro Cirúrgico; 
 Pelo menos 01 incisão; 
 Também cirurgias onde não há sutura; 
 Cirurgias videoscópicas são incluídas. 
 
PROCEDIMENTOS NÃO SÃO CIRÚRGICOS 
 Procedimentos fora do Centro Cirúrgico (sutura no PS); 
 Procedimentos sem incisão (punções, incisão prévia); 
 Biópsias endoscópicas, episiotomias e circuncisões. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Segundo eventos da ferida operatória, órgãos ou cavidades abordados durante o 
ato operatório. 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
19 
 
INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO SUPERFICIAL 
 
 É aquela infecção que ocorre na ferida operatória, desde que não haja 
envolvimento de qualquer tecido manipulado durante o procedimento e que não esteja 
localizado abaixo da fáscia muscular. 
 Estas infecções são de pequena repercussão, e na maioria das vezes o 
tratamento é a nível local. 
 
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA DE ISC SUPERFICIAL 
 
a) Presença de secreção purulenta, ausente antes da operação. 
b) Cultura positiva de material colhido com medidas assépticas. 
c) Área de celulite, caracterizada por hiperemia, edema, calor e dor ao redor da 
incisão. 
Obs.: A presença de febre e sinais de infecção sistêmico, são exceção, ver 
possibilidade de outro diagnóstico infeccioso. 
 
INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO PROFUNDO 
 
É aquela infecção da ferida operatória que ocorre abaixo das fáscia muscular, 
com ou sem envolvimento dos tecidos superficiais, mas na ausência do 
comprometimento de órgãos ou cavidades profundas manipuladas durante o 
procedimento. 
 
DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA DE INFECÇÃO DO SITIO CIRURGICO PROFUNDO 
 
a) Presença de secreção purulenta, ausente antes da operação. 
b) Cultura positiva de material colhido com medidas assépticas. 
c) Área de celulite, caracterizada por hiperemia, edema, calor e dor ao redor da 
incisão. 
Obs.: Investigar presença de coleções profundas através de métodos indiretos de 
diagnóstico, como ultrassom ou tomografia. 
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INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO ESPECÍFICO DE ÓRGÃOS OU ESPAÇOS 
 
É aquela infecção em tecidos profundos manipulados durante a operação, com 
ou sem envolvimento da incisai cirúrgica. 
EXEMPLOS: 
 Peritonite ou abscesso subfrênico após cirurgia abdominal; 
 Enfisema pleural após toracotomia; 
 Infecções de próteses, incluindo endocardite, artrite e meningite; 
 Meningite após neurocirurgia; 
 Infecção urinária após prostatectomia; 
 Endocardite após troca de válvula cardíaca. 
 
PATÓGENOS CAUSADORES DE ISC 
 
 O Staphylococus Aureus é o principal causador de ISC, sendo importante 
agente colonizante da pele e pela impossibilidade de erradicação completa pela anti-
sepsia é impossível, à medida que se prolonga a cirurgia, a não proliferação deste 
patógeno nos tecidos lesados pela manipulação cirúrgica. 
 O Estafilococo Coagulase - Negativo hoje é o segundo causador de ISC. As 
principais causas associadas a evolução deste processo infeccioso é o aumento de 
implantes; baixa imunidade do paciente e o cefalosaporina na profilaxia. 
 Os gram-negativos também possuem papel importante, como a enterobactérias 
que fazem parte da microbiota da pele, porém sua importância maior está em 
operações de cavidades ocas onde os gram-negativos são encontrados em maior 
concentração. Os gram-negativos não fermentadores como a Pseudomonas 
Aeruginosa, são mais freqüentes em períodos longos de internação. 
 Os anaeróbios também podem estar envolvidos em ISC em cirurgias limpas em 
que há manipulação do trato digestivo. Além de outros patógenos, ressaltamos o 
Clostridium perfringens, bactéria anaeróbica causadora de infecções necrotizantes e 
bacteriêmicas com marcante gravidade. É importante verificar surtos relacionados a 
estes patógenos como fontes de infecções como o próprio paciente, instrumental com 
falhas no processo de esterilização. 
21 
 
 Os estreptococos tem importância menor nas ISC, as infecções por este tipo de 
patógeno tem período de incubação em torno de três dias, são atribuídas ao 
estreptococo hemolítico do grupo ª. 
 A pele do paciente e os profissionais de saúde colonizados foram identificados 
como fonte de surtos. 
 Alguns fungos também são responsáveis por ISC como Cândida, Rhizopus, 
Aspergillusa, legionella, microbactérias atípicas e rodococosa. 
 
CONTAMINAÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO 
 
 Na maioria das vezes os microorganismos atingem a ferida cirúrgica, durante o 
ato operatório e quando há exposição dos tecidos internos ao meio ambiente, ou seja, 
quando não há fechamento da ferida em decorrência de deiscência, manipulação 
excessiva da ferida, presença de drenos. 
 
FONTES DE CONTAMINAÇÃO 
 
a) Microbiota do próprio paciente. 
b) Microbiota dos profissionais de saúde. 
c) Microbiota do ambiente inanimado, incluindo o material e instrumental cirúrgico. 
 
A maior parte da ISC são de origem endógena, que provém do próprio paciente. 
A remoção completa da microbiota residente da pele é impossível, porém o uso de um 
anti-séptico reduz em 80% a contagem de colônias. 
 A equipe de saúde também é importante fonte de patógeno, em decorrência de 
algumas situações como: 
 Preparo inadequado do cirurgião, especialmente anti-sepsia das mãos; 
 Profissionais colonizados por bactérias. 
 O ambiente inanimado tem seu papel nos processos de ISC quando não 
observado alguns fatores como: 
 Material cirúrgico com falhas no processo de esterilização ou quebra grosseira da 
técnica; 
 Líquidos contaminados, usados para irrigação; 
 Superfícies inadequadamente limpas; 
22 
 
 O ar do ambiente cirúrgico tem importância maior, no início da cirurgia a 
concentração de bactérias é menor, porém o aumento da concentração de partículas 
bactérias no ar ocorre durante o ato operatório, em decorrência da dispersão de restos 
epidérmicos da equipe cirúrgica e do paciente; 
 Chão e paredes raramente estão implicados na contaminação de feridas 
operatórias quando a limpeza da sala é inadequada. 
 
 
FATORES PREDISPONENTES 
 
a) Fatores relacionados ao paciente: 
 Estado clínico do paciente; 
 Tempo de internação pré-operatório; 
 Estado nutricional do paciente (desnutrição e obesidade); 
 Imunodepressão; 
 Uso de corticosteróide (retardam o processo de cicatrização); 
 Presença de infecção em qualquer sítio no momento da cirurgia. 
b) Fatores relacionados ao procedimento: 
 A classificação das feridas é um fatorde risco, segundo Mayhall as feridas são 
classificadas como: 
 
FERIDAS LIMPAS 
 
 Operações eletivas, primariamente e sem drenos. São feridas não traumáticas e 
não infectadas nas quais nenhum sinal inflamatório há, que não aja quebra da técnica, 
abordagem de vísceras ocas (tratos respiratório, geniturinário, digestivo ou orofaringe), 
que possuam concentrações de microrganismos. 
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CONTAMINADAS 
 
 São feridas traumáticas recentes, abertas, contaminação grosseira durante a 
cirurgia de trato digestivo, manipulação de via biliar ou geniturinária na presença de bile 
ou urina infectadas, quebra da técnica e quando achado inflamação sem secreção 
purulenta. 
 
POTENCIALMENTE CONTAMINADAS 
 
Operações em que há abordagem dos tratos respiratório, geniturinário e 
orofaringe em situações controladas sem contaminação não-usual. 
 
INFECTADAS 
 
As operações infectadas são aquelas nas quais se encontram, durante a 
operação, secreção purulenta, tecidos desvitalizados, corpos estranhos, contaminação 
fecal ou trauma com atraso de tratamento. 
 
TEMPOS DE CIRURGIA 
 
A duração da cirurgia esta ligado à ocorrência de ISC, considerando que uma 
maior duração indica maior tempo de exposição de tecidos ao meio externo. Podemos 
considerar que possa haver alguns fatores favoráveis como: estado do paciente, 
obesidade, complexidade técnica, menor experiência do cirurgião, desorganização da 
sala cirúrgica. 
 
OPERAÇÕES DE URGÊNCIA 
 
Nessa situação o risco pode estar associado ao preparo inadequado do paciente, 
técnica menos rigorosa justificada pela condição da situação de emergência e também 
a condição do paciente. Outras condições estão associada às condições do trauma 
como a perda de sangue e sua reposição, o tempo do trauma e a execução do 
procedimento. 
 
 
24 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA REDUZIR A INCIDENCIA DE ISC 
 
a) MEDIDAS PRÉ-OPERATÓRIAS NA ENFERMARIA 
 Reduzir o tempo de internação no pré-operatório; 
 Lavagem das mãos na enfermaria (equipe de saúde) evitar a colonização do 
paciente com a flora hospitalar; 
 Estabilização do quadro clínico do paciente principalmente o tratamento de 
infecção prévia; 
 Banho pré-operatório noite anterior e manhã da cirurgia, com água e sabão; 
 Tricotomia se imprescindível e imediatamente antes do ato cirúrgico. 
 
b) MEDIDAS PRECAUÇÕES REALIZADAS DENTRO DO CENTRO CIRURGICO 
 Preparação do centro cirúrgico; 
 Preparação da equipe; 
 Preparo e cuidados com o paciente cirúrgico; 
 Técnica cirúrgica; 
 Uso de antimicrobianos; 
 Higienização; 
 Limpeza adequada com água e detergente (piso, mobiliário e equipamentos) 
após cada procedimento; 
 Não há necessidade de limpeza especial em salas onde foram realizadas 
cirurgias infectadas, os procedimentos de limpeza devem ser rigorosos sempre 
 Limpeza terminal diária após a última cirurgia, com água e detergente, todas as 
superfícies e acessórios da sala; 
 Retirada de sujeira e detritos, redução substancial ou eliminação da flora 
transitória e redução parcial da flora residente; 
 Solução degermante de iodóforo (PVPI) ou de gluconato de clorhexidina, ou 
álcool a 70% com emoliente; 
 Escovação necessária nos leitos sub-ungueais e espaços interdigitais; 
 05 minutos para a primeira cirurgia e 03 para os demais procedimentos; 
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 Enxágue em água corrente, das mãos para os cotovelos (mãos sempre acima do 
nível dos cotovelos). 
 
ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA 
 
 Indicação apropriada cirurgias potencialmente contaminadas e contaminadas; 
 Antimicrobiano adequado à flora esperada, em razão do tipo de cirurgia; 
 Flora residente do local abordado considerar, também, menor toxicidade e custo; 
 Dose adequada e momento certo 01 a 02 horas antes do início do procedimento; 
 Uso por curto período cobertura durante o ato cirúrgico. 
 
MEDIDAS PÓS-OPERATÓRIAS 
 
 Drenos e curativos 
 
 
7. EXPOSIÇAO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLOGICO 
 
HEPATITE E HIV 
 
Introdução: Casos de emergencia medica 
Medidas Profiláticas Pós-exposição 
 
Risco medio de se adquirir o HIV: 
 Exposição Percutânea 0,3% 
 Exposição Mucocutânea 0,09% 
 Pele Íntegra Menor 0,09% 
 
Risco medio de se adquirir Hepatite B: 
 Exposição Percutânea 40% 
 Paciente Hbsag Reativo 
 
Risco médio de se adquirir Hepatite C: 
 Exposição Percutânea 1,8% 
 
 
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NORMAS DE PRECAUÇÕES UNIVERSAIS 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI 
 
CONCEITO: São medidas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a 
todos os pacientes, quando ha manipulação de sangue, secreções e excreções e 
contato com mucosas e pele não-integra. 
 Equipamentos de proteção individual: máscara, luvas, gorro, óculos de proteção, 
capotes e botas 
 
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS EM CASO DE EXPOSIÇAO A MATERIAL 
BIOLÓGICO 
 
CUIDADOS LOCAIS 
 Medidas especificas de quimioprofilaxia para hiv azt + 3tc = biovir; 
 Critérios de gravidade: quantidade de virus presente volume de sangue, lesoes 
profundas e outros fatores; 
 Quimioprofilaxia: inicio - 1 a 2 horas apos o acidente duraçao – 4 semanas; 
 Registro do acidente de trabalho. 
 
CONDIÇÕES DO ACIDENTE 
 Data e hora da ocorrência; 
 Tipo de exposição; 
 Área corporal atingida do profissional; 
 Material biológico envolvido na exposição; 
 Utilização ou não de EPI; 
 Avaliação do risco; 
 Causa e descrição do acidente; 
 Local onde ocorreu o acidente. 
 
DADOS DO PACIENTE FONTE 
 Identificação; 
 Dados sorológicos; 
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 Dados clínicos. 
 
DADOS DO PROFISSIONAL DE SAUDE 
 Identificação; 
 Ocupação; 
 Idade; 
 Datas de coleta e resultados laboratoriais; 
 Uso ou não de medicamentos anti-retrovirais; 
 Reações adversas; 
 Uso ou não de gamaglobulina hiperimune e vacina para Hepatite B; 
 Uso de medicação imunossupressora; 
 Historia de doença imunossupressora; 
 Fazer comunicação do acidente de trabalho até 24 horas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARLILE, Michael; WATKINSON, Sarah. Fundamentals of the fungi. São Paulo: 
Sarvier, 1997. 
 
COSTA, M. A. F; COSTA, M. F. B. Biossegurança: elo estratégico de SST. Revista 
CIPA. São Paulo, v. 21, n. 253, 2002. 
 
FERNANDES, Antônio Tadeu. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da 
saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. 
 
LACAZ, Carlos da Silva. Micologia médica. São Paulo: Sarvier, 2012. 
 
LACERDA, Rúbia Aparecida (Coord.). Controle de infecção em centro cirúrgico. São 
Paulo: Atheneu, 2003. 
 
RINBAUM, Renato S. (Coord.). Prevenção da infecção de sítio cirúrgico. 2. ed. São 
Paulo: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH), 
2001. 
 
TEIXEIRA, P; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de 
Janeiro: Fiocruz, 1996. 
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