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@brunapvilla Abdome Agudo Obstrução ➥ Qualquer afecção que dificulta o trânsito intestinal ➥ 2º subtipo de abdome agudo mais frequente ➥ 80% das obstruções intestinais originam-se no intestino delgado Obstrução de intestino delgado – Obstrução mecânica – ➥ Brida (60%): aderência pós-operatória que representam bandas fibróticas “cicatrizes cirúrgicas” ou de processos inflamatórios da cavidade abdominal (principalmente no andar inferior), também podem surgir a partir de trauma abdominal fechado, de origem congênita ou de outros processos inflamatórios (DIPs) ➥ Hérnia da parede abdominal (30%) ➥ Neoplasia (maioria é de lesão metastásicas) (20%) – Obstrução funcional – ➥ Íleo pós-operatória: REMIT (resposta endócrino-metabólica imunológica ao trauma) = ↓ peristaltismo ➥ Peritonites ➥ Íleo metabólico (por diminuição do potássio) ➥ Megacólon (destruição dos plexos nervosos) Obstrução do intestino grosso ➥ Neoplasia maligna (44%) – Carcinomatose peritoneal ➥ Megacólon: feloma (30%) e volvo de sigmoide (5%) Patogênese ➥ Distensão à dor à isquemia à necrose de mucosa à translocação bacteriana à choque à hipodermia por desidratação (perda de líquido para o interstício e por vômitos) Quando mais baixa for a obstrução, maior será a distensão Quanto mais alta a obstrução, maior a DHEAB (por vômitos e perda de líquido associado ao sequestro de líquido para o terceiro espaço – parede da alça) à hemoconcentração, hipovolemia, podendo evoluir para choque Além disso: ➥ Distensão à perda de líquido para o terceiro espaço (interstício) à Edema de parede intestinal à Perda da função absortiva Quadro clínico ➥ Dor abdominal tipo cólica constante (alças intestinais se contraindo à distensão) ➥ Vômitos ➥ Interrupção do trânsito intestinal (parada de eliminação de gases e fezes) Em alguns casos pode ocorrer uma pseudodiarréia à reflexo de Harington (para fazer uma desobstrução) — A – abaulamento na região inguinal ou ventral? –– B – blood - perda de sangue nas fezes? –– C – cirurgias abdominais prévias? –– D – dor características? –– E – eliminação de fezes e flatos? –– F – febre? – No exame físico – ➥ Distensão abdominal (por gás obstruído no TGI à hipertimpanismo) ➥ Antes: Alteração de RHA ↑ e em timbre metálico ➥ Depois: RHA ↓ (principal característica) ➥ Hipertimpanismo a palpação ➥ Toque retal ➥ Exame da região inguinal ➥ Taquicardia e hipotensão à DESIDRATAÇÃO ➥ Febre e irritação peritoneal à PERFURAÇÃO (achados tardios) @brunapvilla – Laboratório – ➥ Alcalose metabólica hipocalêmica e hipoclorêmica (gasometria arterial) pH >7,5 ➥ Ionograma com eletrólitos alterados: Esses achados laboratoriais são decorrentes dos vômitos, após a perda do suco gástrico (H+ e Cl-). O potássio vai sair pela urina. “Quem vomita perde potássio na urina” ➥ Leucocitose acima de 15000 com desvio a esquerda à sofrimento de alça. Diagnóstico ➥ Anamnese e exame físico associado com exames de imagem – Imagem – ➥ Sinal do U invertido, sinal do grão de café ou do grão de feijão = grão de feijão ➥ Tríade de rigler = íleo biliar ➥ Empilhamento de moedas ➥ Níveis hidroaéreos Empilhamento de moedas e níveis hidroaéreos estão presentes em todos os casos de obstrução intestinal Tratamento ➥ Correção de distúrbio hidroeletrolítico (reposição volêmica e de eletrólitos) ➥ Dieta zero + SNG (para evitar a distensão/descomprimir) ➥ ATB: evitar translocação bacteriana – Ceftrexona – Metronidazol ➥ SVD: avaliar a perfusão tecidual pela diurese Avaliar necessidade de cirurgia, só é necessária em 20-30% dos casos. ➥ Nas doenças de Chron e aderências sempre tentar tratamento conservador – Táticas cirúrgicas – ➥ Enterotomia ➥ Sem abertura de alça ➥ Ressecção + anastomose primária ➥ Confecção de estoma Complicações ➥ Isquemia mesentérica não por obstrução dos vasos, mas porque o sangue não chega por causa da distensão (↑ pressão) – A desidratação não é uma complicação, é um achado
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