Grátis
3 pág.

Aplicabilidade e eficacia das normas constitucionais
Denunciar
5 de 5 estrelas









5 avaliações
Enviado por
Isabela Nascimento 
5 de 5 estrelas









5 avaliações
Enviado por
Isabela Nascimento 
Pré-visualização | Página 1 de 1
1. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS Todas as normas constitucionais apresentam eficácia, algumas jurídica e social e outras apenas jurídica. Eficácia social se verifica na hipótese de a norma vigente com potencialidade para regular determinadas relações, ser efetivamente aplicada a casos concretos. A eficácia jurídica significa que a norma está apta para produzir efeitos a ocorrência de relações concretas; ma já produz efeitos jurídicos na medida em que a sua simples edição resulta a revogação de todas as normas anteriores que com ela conflitam. 1.1. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA Aplicabilidade direta, imediata e integral. São aquelas normas que o momento em que entra em vigor, estão aptas para produzir todos os seus efeitos, independentemente de norma infraconstitucional integrativa. Em regra, criam órgãos ou atribuem aos entes federativos competências. Não podem ser enfraquecidas pelo legislador. Exemplos: art. 2º; 5º, III; 14, p. 2º; 16; 17, p 4º. 1.2. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA Aplicabilidade direta, imediata e não integral. Prospectiva. Aquela que pode ser aplicada de imediato, mas permite restrição do seu conteúdo por meio de lei posterior. Exemplo: art. 5º, XIII assegura ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. O inciso garante o direito e livre exercício profissional, mas o Estatuto da OAB pode exigir que para nos tornarmos advogados sejamos aprovados em um exame da ordem. O que a lei infraconstitucional fez foi reduzir a amplitude de um direto constitucionalmente assegurado. 1.3. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida. No momento em que a Constituição é promulgada ou entra em vigor, não tem o condão de produzir todos os seus efeitos, precisando de norma reguladora infraconstitucional a ser editada pelo Poder, órgão ou entidade competente, ou até mesmo de integração por meio de emenda constitucional. Podem ser classificadas em normas de princípio institutivo ou orgânico e normas programáticas. Se divide em dois grupos: a) Normas de princípio institutivo (organizativo): contém esquemas gerais de estruturação de instituição, órgão ou entidade. Exemplo: art. 18, p. 2º. b) Normas de princípio programático: visam a realização de fins sociais. 2. CLASSIFICAÇÃO DE MARIA HELENA DINIZ a) Normas supereficazes (com eficácia absoluta): não podem ser emendadas. Contém força paralisante total de qualquer legislação que explícita ou implicitamente, vier contrariar. Exemplo: cláusulas pétreas. b) Normas com eficácia plena: produção imediata dos efeitos previstos, apensar de suscetíveis a emenda, não requerem normação subconstitucional subsequente. Exemplo: art. 1º, p. único. c) Normas com eficácia relativa restringível: correspondem às normas de eficácia contida. Enquanto não houver restrições, o direito nelas contemplado será pleno. d) Normas de eficácia relativa complementável (dependente de complementação legislativa): dependem de lei complementar ou ordinária para o exercício do direito ou benefício consagrado. 3. CLASSIFICAÇÃO DE CELSO RIBEIRO BASTOS E CARLOS AYRES BRITTO a) Normas de aplicação (irregulamentáveis ou regulamentáveis): já estão aptas para produzir todos os seus efeitos, dispensando regulamentação (art. 2º). b) Normas de integração: são integradas pela legislação infraconstitucional. Ora são complementáveis (exigem uma legislação integrativa para a completa produção de seus efeitos), ora restringíveis (estabelecem a possibilidade de o legislador infraconstitucional reduzir o comado constitucional). 4. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA EXAURIDA E APLICABILIDADE ESGOTADA Sugeridas por Uadi Lammêgo Bulos. Já extinguiram a produção de seus efeitos. São próprias do ADCT (atos de disposições constitucionais transitórias), aquelas normas que já cumpriram seu papel ou encargo para o qual foram propostas. Normas constitucionais – sem exceção - servem como parâmetro de controle de constitucionalidade.