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*AULA 2
DIREITO CIVIL I
SEMANA 3 AULA 6
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FIM DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL
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 A existência da pessoa natural termina com a morte, conforme preconiza o artigo 6° do Código Civil:
- Art 6º. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
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 A morte marca o fim da personalidade física, faz cessar consequentemente a personalidade jurídica, sendo assim o homem compreendido em suas funções desaparece no momento de sua morte. Dessa forma, a morte irá cessar com a personalidade jurídica que o acompanhou durante a vida, enquanto ser autônomo de imputação de normas jurídicas. 
 O de cujus não é susceptível de ser titular de direitos e obrigações. 
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Você sabia?
 A expressão “ de cujus” deriva da expressão latina de cujus sucessione agitur, "de cuja sucessão se trata". 
Obtida de "http://pt.wiktionary.org/wiki/de_cujus"
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Morte presumida
art. 7º CC: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 (dois) anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do lançamento.
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CURIOSIDADE
No sistema do Código de 1916, não existia o instituto da morte presumida, a não ser para efeitos patrimoniais, nos casos de sucessão provisória e definitiva. Tal não implica extinção da personalidade. É permitida a abertura da sucessão provisória ou definitiva do desaparecido, para proteção de seu patrimônio. Permite-se, no entanto, a justificação judicial de morte nos termos do artigo 88 da Lei de Registros Públicos. Não se trata de presunção de morte. No entanto, mesmo que acolhida uma justificação nesse sentido, nada impede que a pessoa surja posteriormente sã e salva, o que anula todos os atos praticados com sua morte justificada, protegendo-se os terceiros de boa-fé. 
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O atual CC foi mais além, autorizando a declaração de morte presumida em outras situações, independente da declaração de ausência. 
 O instituto da ausência é tratado dentro da parte geral do CC e não mais no direito de família.
Essa declaração de ausência objetiva a proteção do patrimônio do desaparecido levando à sucessão provisória e à sucessão definitiva. Os fins do instituto são exclusivamente patrimoniais. 
O Código aponta que sejam consideradas mortes presumidas as situações que autorizam a abertura da sucessão definitiva (artigos 37 ss.). 
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COMORIÊNCIA
Diz o art. 8º. Se dois (dois) ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
Temos aqui preservada a regra da comoriência do Código Civil anterior. Só mudou o nº do art. (antes era art. 11), o texto se repetiu por inteiro. 
Art. 8° Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
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A regra da comoriência tem relevância principalmente nas questões do direito de sucessão. Para que seja aplicada é necessário que tenham morrido juntos parentes que sejam sucessores recíprocos, isto é, a morte de um tio e um sobrinho numa explosão de um avião, não requer a aplicação da regra da comoriência se esse tio tiver filhos e o sobrinho não for herdeiro direto do tio. Um caso do uso da regra da comoriência seria o seguinte: “A” é único filho de “B”. "B" é casado com “C”. 
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Ausência
 Após um dia normal de trabalho em seu escritório, JOÃO DE DEUS HONÓRIO DOS SANTOS, advogado bem sucedido no ramo do direito empresarial, 40 anos, chega em casa avisando a mulher e aos filhos que estava muito feliz, pois sua escola de samba ganhou o campeonato depois de 16 anos de espera e que ia à padaria comprar umas cervejas para comemorarem juntos. João saiu e nunca mais voltou, já faz nove anos, oito meses e quinze longos dias. Sendo certo que não deixou representante ou procurador. 
 
 Pergunta-se:
 a) O caso de João se trata de ausência ou morte presumida?
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b) Após todo esse tempo desaparecido, é correto afirmar que a propriedade dos bens de João poderá ser definitivamente entregue aos seus herdeiros?
c) E se João Batista aparecer nove anos e onze meses depois alegando que fora abduzido por alienígenas, terá direito a ter seus bens de volta?
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Ausência: caracterização e efeitos jurídicos.
Pelo Código Civil (Cap. III, arts. 22 e ss.) considera-se ausente pessoa de que deixa o seu domicílio, sem deixar notícias suas e nem representante ou procurador que administre os seus bens. Nestes casos, a requerimento do MP ou de outro interessado, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência e nomeará curador provisório.
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Sobre o tempo que perdura a ausência, três
momentos podem ser destacados, a saber:
 Curadoria dos bens do ausente: 
 Quando o desaparecimento é recente e a possibilidade de retorno do ausente é, portanto, bem grande, o legislador tem a preocupação de preservar os bens por ele deixados, evitando a sua deterioração. Nesta fase o juiz declara a ausência da pessoa e nomeia-lhe curador.
Ao nomear o curador o juiz deve fixar os limites de seus deveres e suas obrigações (art. 24). Deve zelar pela administração e conservação dos bens do ausente. A nomeação deverá respeitar a ordem estabelecida pelo legislador no art. 25 do CC.
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Sucessão Provisória: 
 Decorrido um ano da data da arrecadação dos bens do ausente, ou três anos no caso de haver sido deixado mandatário constituído, os interessados podem requerer a declaração de ausência e abertura da sucessão provisória do ausente.
Estabeleceu o legislador um rol de pessoas que têm legitimidade para requerer a sua abertura:
I) o cônjuge não separado judicialmente. 
II) os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários. 
III) aquele que tenha direito a algum bem do ausente subordinado à sua morte, como no caso do donatário que recebe uma doação subordinada à condição suspensiva da morte do doador. 
IV) os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
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Uma vez imitidos na posse dos bens, os seus herdeiros ficarão responsáveis por representar o ausente em juízo, tanto em relação às ações em curso, quanto em relação àquelas que eventualmente vierem a ser propostas contra ele (art. 32).
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a decisão que declarar a ausência só produzirá efeitos após 180 dias da sua publicação. 
a partilha dos bens deixados será feita, mas para que os herdeiros entrem na posse dos bens recebidos deverão prestar garantias (Art. 30, CC).
c) os bens imóveis do ausente não poderão ser vendidos, salvo exceção do art 31.
d) a renda produzida pelos bens cabentes aos descendentes, ascendentes e ao cônjuge, pertencerá a estes. (ARts. 29 e 33).
Mesmo com a abertura da sucessão provisória a probabilidade de volta do ausente, remota, existe. Por isso prevê o Código:
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Sucessão Definitiva: 
Decorridos dez anos do trânsito em julgado da sentença concessiva da abertura da sucessão provisória, é permitido que os interessados requeiram a abertura da sucessão definitiva do ausente, bem como o levantamento das cauções anteriormente prestadas. 
Tal faculdade será ainda conferida a eles no caso de se provar que o ausente conta com oitenta anos e há mais de cinco anos são suas últimas notícias. 
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Voltando após dez anos da abertura da sucessão definitiva perde o ausente o direito aos bens, pois a partilha torna-se irrevogável.
 Não havendo interessados em requerer a abertura da sucessão definitiva, a teor do artigo 39, § único, os bens arrecadados passarão para o domínio do Município ou do Distrito Federal, quando localizados nestas circunscrições, ou para o domínio da União.
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NÃO ESQUEÇA DE LER 
O CONTEÚDO RELATIVO À SEMANA 4
 PARA A PRÓXIMA AULA
 E FAÇA OS EXERCÍCIOS NA WEBAULA!
Até lá!!!!
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