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CCJ0006-WL-AMMA-07-Os Bens - Continuação

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DIREITO CIVIL I
SEMANA 4 AULA 7
DIREITOS DA PERSONALIDADE
SEMANA 4 AULA 7
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1 DIREITOS DA PERSONALIDADE
1.1 Teorias dos direitos da
personalidade;
1.2 O direito geral de personalidade;
1.3 Direitos de personalidade na
constituição Federal de 1988;
1.4 Direitos de personalidade no
Código Civil Brasileiro.
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NOSSOS OBJETIVOS
• Discorrer sobre as diversas teorias a respeito dos
 direitos da personalidade.
• Demarcar as posições doutrinárias divergentes
 quanto à existência de uma cláusula geral de
 personalidade no direito pátrio e comparado.
• Introduzir o entendimento da classificação dos
 diversos direitos da personalidade no Código Civil
 Brasileiro.
• Demarcar a normatização dos direitos da
 personalidade na Constituição Federal de 1988
SEMANA 4 AULA 7
DIREITOS DA PERSONALIDADE
A idéia dos direitos da
personalidadeestá
vinculadaao
reconhecimento de valores
inerentesàpessoa
humana,imprescindíveis
ao desenvolvimentos de
suaspotencialidades
físicas, psíquicas e morais,
tais como a vida, a
incolumidadefísicae
psíquica, o próprio corpo, o
nome, a imagem, a honra,
a privacidade, entre outros.
SEMANA 4 AULA 7
A idéia, doutrina ou teoria dos
direitos da personalidade, surgiu
a partir do século XIX, sendo
atribuída a Otto Von Gierke, a
paternidade da construção e
denominação jurídica . Porém,
já nas civilizações antigas
começou a se delinear a
proteção à pessoa.
Em Roma, a proteção jurídica era dada à pessoa, no que
concerne a aspectos fundamentais da personalidade, como a
actio iniuriarium, que era dada à vítima de delitos de iniuria,
que poderia ser qualquer agressão física como também, a
difamação, a injúria e a violação de domicílio (AMARAL,
2002).
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Mais tarde, o Cristianismo
criou e desenvolveu a idéia
dadignidadehumana,
reconhecendo a existência
de um vinculo entre o
homem e Deus, que estava
acima das circunstâncias
políticas que determinavam
em Roma o conceito de
pessoa - status libertatis,
civitatis e familia (Amaral,
2000, p. 249).
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Mas, se a hybris grega e a
actio injuriarum podem ser
consideradas a origem
remota da teoria dos
direitos da personalidade,
de fato, foi na Idade Média
que se criou uma noção
modernadepessoa
humana,baseadona
dignidade e na valorização
do indivíduo como pessoa"
(Szaniawski, 1993, p. 22).
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Teorias dos direitos da personalidade
Renascimento
A condição humana antropocêntrica +
imperiosidade da ordenação divina.
Relaçãoindivíduo/sociedadee
governado/governantes dentro do
Estado.
Jus mais ligado à idéia de justiça e
vontade humana
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Escola do Direito Natural
Grócio, Hobbes, Pufendorf, Thomasius e Wolff
Idéiashumanistas
individualistas e voluntárias
contra idéias as medievais de
que a pessoa não detinha
qualquer poder sobre si
mesmo (sécs. XV e XVI).
A mitificação dos direitos
subjetivos e do direito geral de
personalidade como ius in se
ipsum.
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Segundo os partidários do
Direito Natural clássico, que
vem de Aristóteles até nossos
dias, passando por Tomás de
Aquino e seus continuadores,
os direitos da personalidade
seriam inatos, o que não é
aceito pelos juristas que, com
oRenascimento,
secularizaramoDireito,
colocando o ser humano no
centro do mundo geral das
normas ético-jurídicas.
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Teorias Negativistas
As teorias negativistas dos direitos da
personalidade consideravam a
personalidade humana como algo muito
abstrato. Não aceitavam a idéia de que a
personalidade pudesse atuar como
sujeito e objeto em uma relação jurídica,
pois isso criaria uma contradição.
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Século XVIII - ILUMINISMO
Racionalismo
liberalismo
e
AsIdéiasindividual-
contratualistas de Locke +
sistema antropológico da
E.D. Natural – liberdade
individual e subjetivismo
prevalecem sobre a ordem
estabelecida.
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Finalmente, a proteção da pessoa
humana, veio consagrada nos textos
fundamentais que se seguiram, como o
Bill of Rights, em 1689, a Declaração
de Independência das Colônias
inglesas, em 1776, a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão,
proclamada em 1789, com a Revolução
Francesa, culminando na mais famosa,
a Declaração Universal dos Direitos
do Homem, votada em 1948, pela
Assembléia geral da ONU, que se
constituem em verdadeiros marcos
históricos da construção dos direitos da
personalidade.
SEMANA 4 AULA 7
A idéia dos direitos da
personalidadeestá
vinculadaao
reconhecimento de valores
inerentes à pessoa humana,
imprescindíveisao
desenvolvimentos de suas
potencialidadesfísicas,
psíquicas e morais, tais
comoavida,a
incolumidadefísicae
psíquica, o próprio corpo, o
nome, a imagem, a honra, a
privacidade, entre outros.
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Fontesdos
Personalidade
Direitos
da
Direito Natural – A fonte desses direitos está na própria
natureza humana, são direitos pré-existentes ao
ordenamento jurídico. A positivação apenas garante esses
direitos, dotando-os de coercitividade.
Direito Positivo – Conceito de natureza humana e
direitos inerentes à pessoa varia de acordo com aspectos
de natureza histórica e étnica. É o único fundamento
juridicamente legítimo dos chamados direitos da
personalidade.
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Adriano de Cupis, esclarece que todos os direitos, na
medida em que conferem conteúdo à personalidade,
‘‘poderiam chamar-se direitos da personalidade. No
entanto, na linguagem jurídica corrente, essa
designação é reservada àqueles direitos subjetivos, cuja
função, relativamente à personalidade, é especial,
constituindo o ‘minimum’ necessário e imprescindível ao
seu conteúdo. Ou seja, há certos direitos sem os quais
a personalidade restaria completamente irrealizada,
privada de todo o valor concreto— o que equivale a
dizer que, se eles não existissem, a pessoa não existiria
como tal’’.
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O direito geral de personalidade
 Para os que defendem a idéia de um só direito geral da
personalidade, este tem a função de uma lex generalis da
ordem jurídica (é o caso do direito português) em relação a
outros especiais direitos de personalidade, como por
exemplo, o direito ao nome, os quais são leges speciales.
O direito geral da personalidade é um direito-mãe e aplica-
se subsidiariamente aos direitos especiais de
personalidade, nas hipóteses não reguladas por estes.
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 A distinção entre direitos
fundamentais e direitos de personalidade
• Ascensão ensina que: “Não são termos equivalentes.Os
 direitos da personalidade são aqueles direitos que exigem em
 absoluto reconhecimento, porque exprimem aspectos que não
 podem ser desconhecidos sem afetar a própria personalidade
 humana.O acento dos direitos fundamentais é diferente.
 Demarcam muito em particular a situação dos cidadãos
 perante o Estado. É assim a categoria cidadão que está em
 causa.
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• Direitos da Personalidade – Foram criados para
 proteger os indivíduos de si mesmos e de
 terceiros (direito privado).
• Direitos Fundamentais – Foram criados para
 proteger os indivíduos do Estado (direito público).
• Essa distinção já não faz muita diferença.
 Atualmente, prevalece a idéia de uma proteção
 unificada da pessoa humana.
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