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Professora: Dra. Eliana Fiorini
DISCIPLINA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Capítulo 2 - Aula 1
BENEFÍCIOS CONCEDIDOS 
AOS DEPENDENTES
Coordenação: Prof. Dr. Wagner Balera
DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
01
Benefícios Concedidos aos Dependentes:
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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A presente apostila é dividida em quatro partes: 1. sujeitos da relação de proteção da seguridade social; 
2. pensão por morte ; 3. auxílio reclusão, e, 4. serviços prestados pela Previdência Social, 
habilitação e reabilitação profissional e do serviço social. 
 
1. Sujeitos da relação e proteção da Seguridade Social 
 
No sistema de Seguridade Social existem três tipos de sujeitos: o segurado, o dependente e o assistido. 
Os segurados podem ser obrigatórios ou facultativos.
As categorias de segurados obrigatórios estão previstas no artigo 11 da Lei n. 8213/91. Regra geral, é 
segurado obrigatório quem exerce atividade remunerada, de natureza rural ou urbana, abrangida pelo 
Regime Geral da Previdência Social, de forma efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício.
O segurado facultativo é aquele que opta pela proteção oferecida pelo sistema. A definição está no artigo 
13 da Lei n. 8213/91. 
 
O assistido terá direito, entre outras ações, ao benefício assistencial previsto no inciso V do artigo 203 da 
Constituição da República, regulamentado pela Lei n. 8742/93.
 
A Saúde, nos termos do artigo 196 da Constituição da República, é direito de todos. Desta forma, todos 
somos sujeitos desta proteção.
O tema da aula e da apostila são os benefícios concedidos aos dependentes. Desta forma, vamos estudar a 
figura do dependente.
Primeiro, é importante frisar que o dependente é aquele de depende economicamente ou juridicamente do 
segurado. O dependente não tem vinculação com o sistema de previdência social. A vinculação com o 
sistema previdenciário é do segurado. 
 
Desta forma, temos duas relações: uma entre o segurado e a instituição previdenciária, e, outra, entre o 
segurado e seus dependentes.
 
O rol de dependentes previdenciários está no artigo 16 da Lei n. 8213/91.
As duas regras sobre os dependentes são: a hierarquia entre as classes e a presunção de dependência 
econômica para os dependentes elencados no inciso I.
Capítulo 2
02
Cada inciso do artigo 16 da Lei n. 8213/91 é uma classe. O inciso I é a primeira classe. Existindo 
dependente de uma das classes superiores, é excluído o direito ao benefício dos dependentes das classes 
seguintes. 
 
Existindo mais de um dependente da mesma classe, o benefício será dividido, em partes iguais, aos 
dependentes habilitados. A partir da Lei n. 8213/91, com a extinção do direito do titular ao benefício, sua 
cota é revertida aos demais dependentes. Antes da Lei n. 8213/91, a cota era extinta. 
 
Por definição legal, a dependência econômica dos dependentes elencados no inciso I é presumida. Desta 
forma, o cônjuge, os companheiros e os filhos, menores de 21 anos ou inválidos, não precisam comprovar 
que dependiam economicamente do segurado. Basta a dependência jurídica ou o vínculo civil. 
 
Já a dependência econômica dos pais e dos irmãos, menores de 21 anos ou inválidos deverá ser 
comprovada. A comprovação é feita pela apresentação de, no mínimo três, dos documentos elencados no 
parágrafo 3º. do artigo 22 do Decreto n. 3048/99. A mesma relação de documentos que comprova o 
vínculo no caso de união estável é utilizada para comprovação da dependência econômica. 
 
A pessoa perde a qualidade de dependente quando sua situação econômica se desliga da situação 
econômica do segurado. 
 
O artigo 17 do Decreto n. 3048/99 traz as causas da perda da qualidade de dependente. O cônjuge perde 
a qualidade de dependente, com a separação judicial ou divórcio, desde que não haja a obrigação de 
prestar alimentos, com a anulação do casamento, morte ou sentença judicial transitada em julgado. Embora 
a Lei e o Decreto exijam para a manutenção da qualidade de dependente do ex-cônjuge ou companheiro 
que haja a obrigação de prestar alimentos, existem decisões judiciais que entendem que, comprovada a 
necessidade do ex-cônjuge, este terá direito ao recebimento da pensão por morte previdenciária. Neste 
sentido:
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. CÔNJUGE SEPARADO JUDICIALMENTE SEM ALIMENTOS. 
PROVA DA NECESSIDADE. SÚMULAS 64 TFR E 379 STF.
O cônjuge separado judicialmente sem alimentos, uma vez comprovada a necessidade, faz jus à pensão por 
morte do ex-marido.
Recurso não conhecido.
Data do julgamento. 14/12/1999
(Recurso Especial 195.919 SP) 
 A perda da qualidade de dependente do companheiro e da companheira segue a mesma lógica da perda 
da qualidade de dependente do cônjuge. Cessada a união estável, a qualidade de dependente será mantida 
se o segurado for obrigado a prestar alimentos. 
O filho e o irmão do segurado perdem a qualidade de dependentes no seu 21º. aniversário ou com sua 
emancipação. Se inválidos, perdem a qualidade de dependentes com a cessação da invalidez. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Por fim, todos os dependentes perdem esta qualidade como a morte.
As regras sobre os dependentes estão nos artigos 16 e 17 da Lei n. 8213/91 e nos artigos 16, 17, 22 e 24 do 
Decreto n. 3048/99.
 
2. Pensão por morte
 
A pensão por morte está prevista nos incisos I e V do artigo 201 da Constituição da República e nos artigos 74 
a 79 da Lei n. 8213/91 e 105 a 115 do Decreto n. 3048/99. 
 
O benefício será devido aos dependentes do segurado, aposentado ou não, que falecer. A morte pode ser 
real ou presumida. 
 
O benefício terá início na data do óbito do segurado, se requerido até trinta dias após esta data. Se o 
requerimento for feito após trinta dias do óbito, o início do benefício será a data do requerimento. No caso de 
morte presumida, o início do pagamento será a data da decisão judicial (se a presunção decorrer de 
ausência) ou da data do óbito ou do requerimento, no caso de desaparecimento em decorrência de 
acidente, desastre ou catástrofe. 
 
O benefício da pensão por morte não poderá ser inferior ao valor do salário mínimo, nos termos do artigo 33 
da Lei n. 8213/91. 
 
A cota da pensão extingue-se: com a morte do pensionista, a emancipação ou o aniversário de 21 anos do 
filho ou irmão e pela cessação da invalidez, no caso do dependente inválido. 
 
Enquanto existir pensionista, as cotas daqueles que perderam o direito ao benefício, serão revertidas aos 
demais. A reversão das cotas foi regulamentada pela Lei n. 8213/91. Antes disso, as cotas eram extintas 
juntamente com o direito de seus titulares.
 
Apenas com a extinção da parte do último pensionista a pensão é extinta.
 
A pensão pode ser requerida judicialmente. 
 
Nas ações concessórias, os pais buscam o reconhecimento judicial da dependência econômica e a 
concessão do benefício de pensão. 
Já os companheiros buscam o reconhecimento do vínculo união estável - e a concessão do benefício 
previdenciário. 
Na primeira ação concessória o que se tem que provar é a dependência econômica. Na segunda, o vínculo.
A ação revisional busca a alteração do coeficiente de cálculo para as pensões concedidas até 28 de abril de 
1995 (Lei 9032/95)."Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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04
Até 24 de julho de 1991, era calculada uma cota familiar de 50% do salário de benefício, mais 10% por 
dependente, até o máximo de cinco dependentes.
A redação original do artigo 75 da Lei n. 8213/91 alterou o cálculo do benefício. O valor do benefício 
passou a ser 80% do valor da aposentadoria que os segurado recebia ou da que teria direito se estivesse 
aposentado na data do seu falecimento, mais 10% por dependente, até o máximo de dois dependentes.
Se o falecimento ocorresse em razão de acidente de trabalho, o valor seria de 100% do salário de benefício 
ou do salário de contribuição vigente no dia do acidente, o que fosse mais vantajoso.
A inovação foi trazida pela redação do artigo 75 da Lei n. 8213, de 24 de julho de 1991, dada pela Lei n. 
9032, de 28 de abril de 1995. 
Os benefícios concedidos a partir de 29 de abril de 1995 foram calculados pelo percentual de 100% do 
salário de benefício, independente do número de dependentes.
A Lei n. 9528, de 10 de dezembro de 1997 apenas especificou a forma de cálculo ao alterar a redação do 
artigo 75. Determinou que o valor da pensão será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado 
recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.
A discussão judicial é sobre a aplicabilidade da Lei n. 9032/95 aos benefícios concedidos antes da sua 
vigência. Neste sentido, o julgado do Superior Tribunal de Justiça:
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Processo
Relator(a)
Data do Julgamento
Data da Publicação/Fonte
AgRg no AgRg no AG 539746 / SP ; AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO
2003/0127890-6 
Ministro PAULO MEDINA (1121) T6 - SEXTA TURMA
22/06/2004
DJ 02.08.2004 p. 592
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL . AGRAVO DE INSTRUMENTO.DECISÃO
QUE DEU PROVIMENTO A RECURSO ESPECIAL JURISPRUDÊNCIA
PACIFICADA.PENSÃO POR MORTE. ART. 75 DA LEI Nº 8.213/91. LEI
9.032/95. APLICAÇÃO IMEDIATA.
1. O dispositivo legal que majora o percentual concernente às de por morte deve ser aplicado 
a todos os benefícios previdenciários, independentemente da norma vigente quando do seu fato gerador, 
não havendo falar em retroatividade da lei, mas em incidência imediata. Precedentes.
2. Agravo regimental improvido.
Ementa 
cotas pensão
05
3. Auxílio-Reclusão 
O auxílio-reclusão está previsto no inciso IV do artigo 201 da Constituição da República e no artigo 80 da Lei 
n. 8213/91 e 116 a 119 do Decreto n. 3048/99.
 
O benefício é devido aos dependentes do segurado, de baixa renda (R$ 586,19), recolhido à prisão, desde 
que esse não receba remuneração da empresa ou auxílio doença, aposentadoria ou abono de permanência 
em serviço. 
 
A prisão deve ser em regime fechado ou semi-aberto. 
 
Aplicam-se as regras da pensão por morte para a concessão do auxílio-reclusão, por expressa determinação 
legal. 
 
O auxílio-reclusão tem início na data do recolhimento a unidade prisional ou na data do requerimento, se os 
dependentes apresentaram o requerimento mais de trinta dias após a prisão.
 
O benefício será suspenso quando: o segurado fugir; receber auxílio doença; não for apresentado pelos 
dependentes, a cada três meses, o atestado de prisão emitido pela autoridade competente; e, por fim, se for 
concedido ao preso, livramento condicional, cumprimento de pena em regime aberto ou prisão albergue. 
 
O benefício extingue-se com a extinção da última cota, concessão de aposentadoria do segurado, morte do 
segurado e soltura.
 
O valor do benefício será 100% o valor da aposentadoria que o segurado recebia ou que teria direito se 
estivesse aposentado por invalidez. 
Como substitui a renda do segurado, também não poderá ser inferior a um salário mínimo. 
 
Por fim, o artigo 119 do Decreto n. 3048/99 veda a concessão de auxílio reclusão após a soltura do 
segurado.
4. Habilitação e Reabilitação profissional e serviço social
A habilitação e a reabilitação profissional estão disciplinadas nos artigos 89 a 93 da Lei n. 8213/91 e nos 
artigos 136 a 141 do Decreto n. 3048/99. 
Trata do fornecimento de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção e equipamentos 
necessários à habilitação e reabilitação social e profissional, reparação e substituição destes equipamentos 
e transporte do acidentado. Por fim, são fornecidos cursos e treinamentos na programação profissional.
 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Na prestação dos serviços de reabilitação profissional é importante a participação da sociedade civil. A 
empresa, com 100 ou mais empregados, é obrigada a preencher de dois por cento a cinco por cento de seus 
cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas. 
O serviço social é um serviço de conscientização. Está previsto no artigo 88 da Lei n. 8213/99 e no artigo 
161 do Decreto n. 3048/99. 
Sua função primordial é esclarecer os beneficiários segurados e dependentes - quais são seus direitos 
sociais e como exercê-los. 
Estas são breves considerações sobre a figura do dependente e sobre os benefícios e serviços que os 
dependentes têm direito.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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