Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Se for algum parente que deu as informações a seguir, identificar o nome o Nome do paciente ⤷ À beira do leito do paciente, falar o nome completo. Em discussão de grupo com outros internos, falar apenas as iniciais o Idade ⤷ Auxilia na hipótese de alguma patologia o Sexo ⤷ Há doenças que ocorrem apenas em um sexo, chamadas de doenças influenciadas pelo sexo o Cor ⤷ Anemia falciforme, por exemplo, ocorre mais em afrodescendentes. Anemia perniciosa ocorre em indivíduos escandinavos o Estado civil o Escolaridade ⤷ Facilita ou dificulta chegar em um diagnóstico o Profissão atual ⤷ Há profissões que podem acometer a saúde, como mineiros o Naturalidade ⤷ Certas doenças só ocorrem em determinados locais, como disfagia o Procedência o Religião ⤷ Testemunho de Jeová não aceita transfusão de sangue, por exemplo I. Queixa e duração (QD): escrever o que o paciente está sentindo. Pode utilizar as próprias palavras do paciente (SIC) ou termos técnicos – ex: prepordialgia (dor no peito) II. História pregressa da moléstia atual (HPMA): desenvolve-se a queixa do QD. Localização, intensidade, duração, fatores de melhora e piora, irradiação da dor, saber se já teve dores semelhantes no passado OBS: câimbra de sangue = desinteria III. Interrogatório sobre os diversos aparelhos (ISDA): escreve-se outras moléstias além do QD, como suspeita de câncer, etc → Sintomas gerais: emagrecimento, febre, icterícia, prurido, astenia (fraqueza), cianose (pele e mucosas azuladas, causa por hipóxia ou vias respiratórias obstruídas, frio), inchaço (edema é um tipo de inchaço que ocorre por infiltração líquida no interstício dos tecidos, gangrena, enfisema subcutâneo que ocorre por entrada de ar no subcutâneo) → Cabeça: tumoração, úlceras e alopecia (queda de cabelo patológica) – apenas no couro cabeludo → Olhos: acuidade visual (enxergar bem de perto e longe), diplopia (enxergar dobrado), hemianopsia (ver somente uma parte do campo visual), turvação visual (pós cirurgia, diabetes), secreções, epífora (lacrimejamento patológico por obstrução do canal lacrimal), xeroftalmia (olho seco), escotomas (manchas escuras), escotomas cintilantes/teicopsia (manchas brilhantes), amaurose (cegueira parcial ou total, que pode ser unilateral ou bilateral), hemeralopia (cegueira noturna causado por falta de vitamina A), nictalopia (dificuldade pra enxergar de dia), metamorfopsia (visão distorcida dos objetos) → Ouvidos: hipoacusia (ouve pouco), normoacusia (audição normal), anacusia (ausência de audição), acúfenos (alucinação auditiva), otalgia (dor no ouvido), otorreia (saída de secreção purulenta do ouvido), otorragia (hemorragia do ouvido), otoliquorreia (saída de líquor do ouvido), vertigem rotatória (subjetiva quando o indivíduo sente que ele está rodando, objetiva quando o indivíduo sente que ele está parado, mas os objetos estão rodando), vertigem não rotatória (o indivíduo sente desequilíbrio, porém não sente que está rodando) → Nariz: obstrução, anosmia (sem cheiro nenhum), hiposmia (diminuição do olfato), cacosmia (mau cheiro por alucinação olfativa), epistaxe (sangramento nasal), coriza (saída de secreção purulenta do nariz), rinorreia (fluido claro que sai do nariz) → Aparelho respiratório → Aparelho circulatório → Aparelhos digestório → Aparelho gênito-urinário → Sistema locomotor → Sistema nervoso o Tabagismo: quanto tempo o paciente fuma, quantidade o Etilismo o Drogas ilícitas o Dieta o Atividade física o Medicamentos em uso o Antecedentes epidemiológicos o Alergias a medicamentos: iodo, AS (ácido acetilsalicílico), paracetamol, dipirona o Doenças do passado: permite saber se o paciente já foi imunizado (varicela = catapora) ou complicações que o paciente traz até hoje o Passado cirúrgico o Passado obstétrico o Transfusão de sangue o Locais onde morou o Profissões do passado o Pai: quantos anos, sofre de alguma doença, idade e causa do falecimento o Mãe: idem pai o Irmãos: idade, algum irmão tem doença o Doenças na família: incidência das doenças familiares (câncer de intestino, diabetes, infarto) ▷ Função principal do sistema circulatório: transporte do sangue e da linfa para os tecidos e células levando material para a vida celular e trazendo aos órgãos de excreção os produtos oriundos do trabalho celular ▷ Aparelho circulatório é composto pelo coração, artérias, veias, sistema linfático e capilares ▷ O trabalho cardiocirculatório está adaptado às condições fisiológicas do repouso e dos diferentes graus de exercício físico e mental. De tal forma que não aparecem sintomas ou queixas → adaptação funcional/fisiológica. Na falta ou defeito da adaptação hemodinâmica e metabólica surgem os sintomas ▷ Dor: localização, intensidade, duração/início, queimação/aperto/pontada, irradiação, fatores desencadeantes/piora, fatores de melhora, fatores que acompanham, extensão, semelhança/diferenças Arteriosclerose o Obstrução arterial formado por placada de gordura. Ocorre a diminuição do fluxo sanguíneo o Fatores de risco: ser do sexo masculino, ter hipertensão arterial sistêmica, portador de diabetes mellitus, portador de colesterol elevado (dislipidemia), tabagismo, antedecentes familiares, obesidade, sedentarismo o Há um desbalanço entre oferta e consumo de oxigênio, causa uma isquemia (falta de oxigenação no músculo), levando a uma dor precordial o Precordialgia (dor no peito) – dor no precórdio (área do tórax anterior que se encontra o coração) por conta de infarto ou angina Características Angina Pectoris estável Localização Precordial/esternal/epigástrica Intensidade Leve/moderada/severa Início/duração 15 minutos ou mais Característica Peso/aperto/queimação Extensão 1 palma da mão Irradiação Mandíbula/espigastro/ombro esquerdo/MSE Fatores desencadeantes Esforço/emoção/exposição ao frio Fatores de melhora Repouso/tranquilizantes/vasodilatado res Fatores acompanhantes Geralmente não tem/náusea/vômitos/palidez cutânea Semelhança/diferenç as Houve mudança dos sintomas há quanto tempo? Quais mudanças? Trabalho Sinérgico Mecânico Dinâmico Hemodinâmico Angina Pectoris Instável (síndrome pré- infarto) • Angina Pectoris estável com início inferior há 03 meses • Rapidamente progressiva (piorando a intensidade conforme a necessidade de esforço) • Angina Pectoris em repouso • A duração é bem maior do que a estável (de 3 a 5 minutos, no máximo 15 minutos) • Pode irradiar para o braço esquerdo e para a mandíbula • Alívio mais difícil • É uma emergência clínica, indica-se a hospitalização do paciente Infarto agudo do miocárdio • Oclusão da artéria coronária devido à um trombo, o que causa diminuição do fluxo sanguíneo • Caso demore pra resolver o problema (isquemia miocárdica prolongada), pode ocorrer uma lesão ou necrose celular da região Características Infarto Agudo do Miocárdio Localização Precordial/esternal Intensidade Dor intensa Início/duração Duas horas Característica Peso/aperto Extensão 1 palma da mão + Irradiação Dorsal/pescoço/mandíbula/ombro/ MSE Fatores desencadeantes Repouso Fatores de melhora Trombolíticos/ATC+Stent/analgésicos potentes Fatores acompanhantes Náusea/vômitos/sudorese/palidez cutânea Semelhança/diferenç as ------------ Dor de origem isquêmica: Angina pectoris instável e estável, infarto agudo do miocárdio Dor de origem não isquêmica: pericardite (quadro inflamatório do pericárdio), aneurisma de aorta, estenose de valva aórtica Estenose de valva aórtica • Congênita (bicúspide), febre reumática (processo infeccioso), degeneração (calcificação) • O processo de calcificação faz com que a valva se torne endurecida ao longo da vida. Isso faz com que o ventrículo esquerdo tenha que trabalhar com mais força(hipertensão sistólica do VE) • Todos os esses processos levam a uma hipertrofia concêntrica miocárdica (para vencer a válvula endurecida), fazendo com que tenha um consumo de oxigênio elevado pelo miocárdio, o que não permite que o miocárdio seja perfundido de maneira adequada, levando a dor • A ausculta cardíaca leva à hipótese diagnóstica final (arritmias/síncope) o Pode ocorrer por meio de inflamações (vírus, bactéria, fúngica) o Pode ser idiopática (sem causa específica) o Pode ser neoplásica: meta pulmão/mama ou primário (mesotelioma) o Causas metabólicas: diálise, uremia, hipoalbuminemia o Lesão miocárdica o Trauma pós-operatório o Doenças do tecido conjuntivo o Congênita Sintomas Mal estar generalizado Febre Dor torácica aguda e esmagadora Dor precordial Alivia quando senta Exacerba na inspiração profunda Melhora na posição de prece maometana Irradiação para crista do trapézio D é sinal específico e raro A única dor que melhora inspirando profundamente é a dor da angina pectoris o É vital para o funcionamento de todos os sistemas o Pode sofrer aneurisma, dissecção, aterosclerose ou aortite Aneurisma de aorta • É uma dilatação do vaso que promove a distensão do tecido fibroso da camada média • Há uma dissecção, a camada íntima é fracionada, fazendo com que o sangue penetre na parede arterial separando a camada íntima e um pequeno segmento da média em segmento longitudinal • O quadro de dissecção É GRAVE Sintomas Compressão torácica/inter-espapular É uma dor crescente, insidiosa Dor intensa, profunda, constante Croça da aorta (região acima): a dor se irradia para o pescoço, mandíbula, dentes Pode ocorrer ruptura da valva aórtica, causando insuficiência da aórtica → ICC (Insuficiência cardíaca aguda) → EAP (edema agudo de pulmão) Fatores acompanhantes: paraplegia (isquemia medula), rouquidão (estiramento do nervo laríngeo recorrente), tosse o Pode ser causado por arritmias: anormalidade da frequência, regularidade ou origem dos impulsos cardíacos ou distúrbio da condução o O paciente sente a palpitação do coração (sensação do batimento cardíaco) o O paciente pode ter uma bradiquardia (FC < 50 bpm) ou taquicardia (FC > 100 bpm) a condição do aparecimento pode ser depois de esforço, estresse ou em repouso; a duração varia (minutos, horas, dias); perguntar o número de vezes que isso aconteceu (sensação de batimento isolado ou em salvas); perguntar se o início e o término foram súbitos ou lentos Síndrome de Adams-Stockes • Diminuição brusca do fluxo cerebral • Formas: vertiginosas, sincope ou epileptiforme Vertigem: sensação objetiva ou subjetiva do desequilíbrio no sentido de rotação Tonturas: sensação de perda de equilíbrio sem rotação Lipotimia: perda fugaz e não completa da consciência Síncope: alteração do equilíbrio com perda repentina ou permanente da consciência Insuficiência cardíaca • Extremamente limitante e é uma afecção complexa • Tem grande impacto na morbidade e mortalidade • O coração é uma bomba e quando está insuficiente não bate de uma forma adequada (alteração estrutural) Coração = bomba Alteração estrutural/funcional Não atende necessidades metabólicas Redução do débito cardíaco + elevadas pressões de enchimento cardíaco Redução da perfusão tecidual Insuficiência cardíaca esquerda • Há um déficit na bomba do coração o que diminui o débito cardíaco, aumenta o volume diastólico final do ventrículo esquerdo, eleva a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo. Tudo isso leva a uma congestão pulmonar, causando a dispneia • Dispneia (falta de ar): perguntar as causas – esforço, há quanto tempo; → Dispneia paroxística noturna ocorre quando o paciente deita em decúbito dorsal e acorda sufocado e ao sentar a falta de ar melhora → Ortopneia é a falta de ar quando apresenta ao se sentar e melhora ao se levantar → Trepopneia é a dispneia em decúbito lateral (esquerdo ou direito) Insuficiência cardíaca direita • Insuficiência ventricular esquerda é a principal causa da insuficiência ventricular direita • Sintoma: inchaço das pernas (há melhora quando eleva o membro) • Exame físico: encontra-se edema • Há alteração do ritmo urinário (o volume sanguíneo fica acumulado na periferia) – durante o dia há diminuição, a noite o fluxo aumenta (há extravasamento do acumulo na periferia) • Exame físico: aumento do fígado (hepatomegalia) e estase jugular (dilatação da jugular) Doença arterial periférica • Também conhecida como arteriosclerose • Causa um aumento do consumo de oxigênio frente a uma redução da oferta • A dor na perna/panturrilha descreve-se como claudicação intermitente (dor em panturrilhas desencadeadas pelo esforço, melhorando com o repouso) – quanto tempo está com dor, quantos médicos a pessoa se consultou • O membro que recebe menos fluxo sanguíneo fica mais frio, mais pálido, ocorre cianose (cor arroxeada), há diminuição dos pelos e caso haja lesão no local a cicatrização é mais lenta/difícil Insuficiência venosa crônica • Uma das patologias mais prevalentes do mundo • Conjunto de manifestações clínicas causadas pela anormalidade do sistema venoso periférico • Fatores de risco: sexo feminino, número de gestações, obesidade e história familiar • Ocorre uma disfunção da parede venosa, dilatando-se. As cúspides se afastam e aumenta a pressão hidrostática devido ao líquido/sangue represado na região. Há extravasamento do sangue para o espaço extravascular e nesse momento, há o primeiro sinal da doença, formando-se um edema. Esse líquido extravasando também leva consigo hemácias que se rompem e eliminam hemossiderina, que é uma substância irritante, a pessoa começa a queixar-se de cosseira, passa a tingir a pele e formar um tipo de mancha chama de dermatite ocre Disfunção da parede venosa - dilatação das veias afastamento da cúspide das válvulas aumento da pressão hidrostática saída de líquido de pequenas proteínas para o espaço extravasal ação inflamatória, extravasamento de macromoléculas e elementos do sangue (hemácias) hemácias extra celular sofre lise, libera hemoglobina e hemossiderina que irrita o tecido Edema Ressecamento da pele, prurido, descamação – desmatite ocre Sintomas: dor em panturrilhas, edema (inchaço), câimbras musculares, prurido (coceira), dermatite ocre (exame físico), telangiectasias (“vasinhos”). Melhora com a elevação dos membros Fome: quando sentimos necessidade de alimentos Apetite: quando sentimos vontade de comer determinado tipo de alimento o Polifagia/bulimia: aumento da fome (pode ser causada por hipertireoidismo, diabetes mellitus descompensado) o Anorexia/inapetência: diminuição da fome o Picacismo: perversão do apetite (vontade de comer terra, reboco de parede, tijolo) – geofagia (terra, tijolo) ou apetite por pagofagia (gelo, bebidas geladas) – pode ser causado por anemia ferropriva o Condições de mastigação (ausência de dentes, lesão na língua, gengiva, bochecha, sulco gengivogeniano) o Lábios: quilose (solução de continuidade das rimas labiais – rachadura nessa região, pode ser causado por falta de vitamina B2) ou quilite (infecção secundária da quilose) o Língua: alterações das papilas gustativas, alteração da cor da língua (magenta – também pode ser causada por falta de vitamina B2), inflamação (glossite), alterações gustativas (ageusia é ausência da gustação, hipogeusia é a diminuição do paladar e parageusia é a mudança da percepção da gustação, sentindo azedo em lugar de doce), saburra (substância branca na língua devido à descamação natural) o Sialorreia (salivação excessiva), sialosquese (ausência de produção de saliva, refere-se a xerostomia) o Halitose: malhálito (problemas no aparelho digestivo) o Disfagia: dificuldade em engolir os alimentos (amigdalite, acidente vascular encefálico) o Disfagia (esofagite) o Odinofagia: dificuldade para deglutir com dor o Dor sem relação com deglutição: tem que diferenciar se não for uma dor por angina pectoris o Pirose retroesternal: queimação nessa região, pode estar presente na esofagite, na neoplasia de esôfago o Regurgitação/azia/refluxo gastroesofágico: a regurgitação é quando o paciente deglute o alimento e o mesmo volta (megaesôfago, divergite), azia é a sensação de gosto azedo, refluxo gastroesofágico o Soluço o Eructação: arroto, muitas vezes por causa emocional o Náuseas o Vômitos: não precedidos por náuseas pode ser causado por problemas hipertensão intracraniana (meningite) o Intolerância a alimentos: quantidade, qualidade, alergia o Dor: normalmente se dá na região do epigástrio (abaixo do processo xifoide), características da dor (localização, extensão, irradiação, fatores que desencadeiam a dor, o que melhora/piora, fatores concomitantes, ritmicidade/periocidade) o Eructação o Pirose epigástrica o Náuseas o Vômitos o Hematêmese: vômito de sangue o Meteorismo: sensação de estufamento da parede abdominal (produção em excesso de gases + distensão da região do tubo digestório) o Borborigmo: movimento dos gases entre as alças, escuta os ruídos o Fezes normais ou anormais (normalmente as fezes são evacuadas 1/2 vezes ao dia) o Diarreia: quando o paciente tem o aumento do número de evacuações com diminuição da consistência das fezes Intestino delgado o Disenteria: presença de produtos patológicos (muco, pus ou sangue) o Obstipação intestinal: o paciente tem um aumento da consistência e um aumento do intervalo das evacuações (ex: megacólon) o Consistência: normal, disenteria, diarreia ou obstipação o Fezes em cíbalas: semelhante a fezes caprinas o Flutuação (diminuição do número de gases pode fazer as fezes afundarem) o Cor o Cheiro o Restos alimentares: criatorreia (presença de carne) e esteatorreia (presença de gordura) o Volume aumentado o Vermes o Produtos patológicos: sangue, muco e pus o Enterorragia: o paciente evacua e sai sangue (não nas fezes) o Hematoquezia: fezes com sangue o Melena: sangue digerido (sangramento do trato digestório alto) – consistência de borra de café e cheiro pútrido o Flatulência: excesso de eliminação de flatos (gases) o Dor anal o Ardor anal o Prurido: coceira anal o Tenesmo: paciente refere que foi evacuar e não se sentiu satisfeito após, sensação de que não evacuou tudo (pode se encontrar uma massa tumoral) o Puxo: dor que o indivíduo sente para evacuar (normalmente na fossa ilíaca esquerda) o Hemorroidas: alteração do plexo venoso da região anal, formação de varizes o Proctites: inflamação anal (síndrome de Fournier – gangrena na região do períneo) o Prolapso: quando o paciente vai evacuar e sai a mucosa retal o Procidência retal: eversão de todas as camadas do reto o Fissura anal: rachadura na região anal o Dispepsia biliar: dor tipo peso no hipocôndrio direito (geralmente por ingestão de comida gordurosa) o Cólica biliar: dor intensa, de aparecimento súbito e agudo que pode levar a complicações graves o Icterícia colestática: quando o cálculo obstrui a bile (colia fecal quando as fezes estão esbranquiçadas/colúria quando as fezes possuem cor de coca-cola ou icterícia na mucosa) o Febre com ou sem calafrios o Icterícia colestática: alteração da bilirrubina direta (hepatite A ou B pode causar esse quadro) – lesão hepática o Icterícia não colestática: acumulo da bilirrubina não conjugada (destruição das hemácias em excesso) o Cansaço, inapetência (ausência de apetite), náuseas com ou sem vômitos – antes de aparecer a icterícia o Obstipação intestinal o Febre o Síndrome de hipertensão porta: ascite, hematêmese (vômito com sangue) e/ou melena (sangue digerido eliminado nas fezes), encefalopatia hepática (alteração metabólica que causa confusão mental, agitação, alucinações auditivas e visuais) o Dor: pancreatite aguda, pancreatite crônica (dor menos severa e mais lenta) e neoplasia de pâncreas (corpo e cauda) – a região dorsal dói, pode evoluir com náuseas, vômito, manter o paciente em jejum (para não produzir as enzimas) o Fezes o Icterícia colestática: neoplasia de pâncreas (cabeça) o Emagrecimento o Síndromes endócrinas: hipoinsulinismo, hiperinsulinismo Funções: troca gasosa, função de fornecer oxigênio às células e eliminar o produto resultante do trabalho bioquímico, defesa, regulação da temperatura, fonação e manutenção equilíbrio ácido-básico Composto pelo sistema condutor (responsável pelo trânsito aéreo) e alvéolo sangue (responsável pela troca gasosa) Fossas nasais: filtração do ar (cílios), aquecimento do ar (capilares) e umidificação do ar (glândulas da mucosa) Faringe: comum ao sistema respiratório e digestivo, permitindo a passagem do ar, comunica-se com a laringe Laringe: cordas vocais, epiglote que impede que o bolo alimentar entre no aparelho respiratório Traqueia: principal via aérea condutora, constituída por anéis de cartilagem, totalmente revestida por celular ciliadas e secretoras de muco (auxilia a remoção de poeira e micróbios do ar) Brônquios: divido em brônquio esquerdo (curto e verticalizado, diâmetro maior, importante para lembrar de pneumonias respirativas) e brônquio direito. Sofre inúmeras divisões Pulmão: situado na cavidade torácica, protegido pelos arcos costais, coluna vertebral e esterno. Parte inferior diafragma, envolvidos pela pleura (visceral e parietal) → Bronquíolos e alvéolos (pequenos sacos, envolvidos por capilar, envolvidos por parede fina que facilita a troca gasosa) Alvéolos: sacos cobertos pela rede capilar, eficazes na troca gasosa e parede fina, área de superfície grande o Inspiração: contração do diafragma, abaixa e as costelas sobem e há aumento da caixa torácica, pulmão aumenta de volume e a pressão diminui, ar entra nos pulmões o Expiração: diafragma relaxa e sobe, os músculos intercostais relaxam, caixa torácica diminui, pulmões diminui de volume e aumenta a pressão, o ar é expelido • Quando há distúrbio no trânsito ou ventilação ou troca de gases • Perturbação anatomia (tosse, expectoração ou dor) ou perturbação funcional (insuficiência respiratória, dispneia ou cianose) Tosse o Reflexo natural que surge como consequência de um processo irritativo o Sintomas representado por um golpe brusco expiratório com a glote semifechada o Pode ser aguda, subaguda e crônica Aguda: período de até três semanas (resfriado comum, sinusite aguda, gripe, rinite, laringite, traqueíte, faringite, asma, alérgenos e irritantes, medicamentos, embolia pulmonar) Subaguda: tosse persistente por período entre três e oito semanas (pós-infecciosa) Crônica: tosse com duração maior que oito semanas (tabagismo, tuberculose, rinossinusite, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença do refluxo gastroesofágico) Investigação semiológica da tosse → Duração: até 3 semanas, entre 3 a 8 semanas, acima de 8 semanas → Intensidade: forte (coqueluche), moderada ou fraca (infecções de vias aéreas, tuberculose) → Frequência: acessos (coqueluche), continua (infecções respiratórias) → Horário → Tonalidade → Fenômenos que acompanham → Produtiva ou seca Tosse produtiva ou com expectoração → Quantidade: escassa ou grande (vômica completa ou fracionada) - Vômica: eliminação brusca de grande quantidade de secreção muco-purulenta de odor fétido. → Cheiro: inodoro ou fétido → Consistência e viscosidade: fluida, espessa, coágulos, cilindros fibrinosos e tampões de Dittrich (massa cinzenta ou amarelada, com tamanho de uma ervilhaou menor, formada nos brônquios, quando esmagadas exalam odor fétido – bronquiectasia ou bronquite com infecção secundária) → Cor: esbranquiçada (muco), amarelada, amarelo esverdeada, pus, acinzentada (tabagismo), róseo espumante (sangue de procedência alveolar – edema agudo de pulmão), avermelhado homogêneo e compacto (geleia de morango – infarto pulmonar, pneumonia por Klebsiella), hemoptise (sangue puro), escarro hemoptoico (escarro com sangue) Vômica: eliminação brusca através da glote de quantidade abundante secreção muco-purulenta de odor fétido, relacionada a eliminação de pus de cavidades pulmonares (abcesso pulmonar, grandes cavitações pulmonares ocasionadas por tuberculose) → Completa: bouche pleine (abcesso pulmonar, rompeu a parede e essa secreção muco purulenta e é eliminada de forma brusca) → Fracionada: bronquiectasias (perde a estrutura do brônquio, irreversível, acumula secreção e elimina uma parte, a secreção é eliminada aos poucos) Dor o Sede, característica, intensidade, extensão, irradiação, horário de aparecimento e duração, fatores que pioram, fatores que melhoram, fatores que acompanham, período de semelhança e diferenças Chiado o Chamado também de sibilância, início, duração, fatores acompanhantes, frequência, uso de medicação Dispneia o Dificuldade respiratória, inspiratória ou expiratória, mista com predominância expiratória, ocorre de forma progressiva, no esforço, no repouso, por estresse/ansiedade, ortopneia (sento e levanto e sinto falta de ar) ou trepopneia (falta de ar em decúbito lateral – ex: derrame pleural) Cianose o Coloração azulada da pele e mucosas por falha na troca gasosa Hábitos → Tabagismo (relacionado com pacientes evoluídos de bronquite, enfisema e neoplasia) → Alcoolismo → Sedentarismo, anovulatórios (tromboembolismo pulmonar) → Medicamentos/drogas: heroína, barbitúricos (edema agudo de pulmão), corticoides (agentes oportunistas), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), aspirina (asma brônquica) Antecedentes pessoais → Infecções graves e extensas na infância: causa cicatrizes no adulto (sarampo, coqueluche, tuberculose, pneumonia) → Doenças reumáticas: lúpus, artrite reumatoide, esclerodermia → Antecedentes: cirúrgicos, fraturas, atopia, mieloma múltiplo, Policitemia, TEP → História ocupacional: poeira de tecidos (bissinose), vapores, fumos, odores (asma brônquica), asbesto (asbestose), sílica (silicose), trabalhador em corte de cana (bagaçose, pneumonite de hipersensibilidade) • Altamente contagiante • Início agudo, decurso de dias ou semanas • Sintomas gerais: febre, cansaço muscular e mental, mialgia, ardor ou dor em orofaringe, espirros, obstrução nasal, rinorreia, rouquidão se houver laringite associada • Sintomas respiratórios: tosse seca a princípio, tosse com secreção mucosa, tosse com secreção amarela se houver infecção secundária por bactéria • Excesso de secreção mucosa na arvore brônquica havendo tosse crônica ou de repetição junto com expectoração pelo menos em 3 meses do ano por 2 anos consecutivos • Tabagismo, inalação continuada de gases derivados do alcatrão, poeiras de sílica, asbesto → Tosse e pigarro → Escarro mucoso ou amarelo (purulento com infecção secundária), cilindros fibrinosos ou purulento, tampões de Diettrich e espirais de Curshman (muco condensado envoltos espirais de epitélio descamado) → Dispneia de esforço (inspiratória) → Chiado espontâneo ou nas crises de tosse • Dispneia mista (expiratória) • Chiado grosso ou fino (predominância do fino) • Sensação de forte dificuldade expiratória • Tosse seca ou com discreta expectoração mucosa e aerada • Contato com alérgenos (poeira, mofo, produtos químicos) • Exercício físico • Alterações estruturais dos brônquios e bronquíolos – dilatação anormal e irreversível dos brônquios • Complicações das bronquites crônicas ou de processos pneumônicos crônicos regionais (tuberculose, pneumonia bacteriana) • Tosse periódica e produtiva – acumulo da secreção na dilatação dos brônquios • Vômica fracionada • Dispneia de esforço ou inspiratórias • Febre se infecção secundária • Hemoptise – tosse com saída de sangue • Cianose – quadros avançados e crônicos • Dedos hipocráticos (unhas em vidro de relógio) • Início agudo • Febre alta > 39ºC • Inapetência • Decurso de 6 a 9 dias • Dor em pontada em hemitórax • Tosse seca no início • Dispneia • Expectoração mucopurulenta e depois cor de tijolo • Inflamação dos brônquios, bronquíolos e alvéolos vizinhos, agrupados em focos, disseminados pelos lobos dos pulmões • Crianças e idosos • Síndrome de condensações múltiplas • Sintomas de pneumonia e bronquite • Sem dor torácica • Evolução insidiosa • Sintomas pouco pronunciados • Tosse inicialmente seca • Expectoração variada • Pode dar dor torácica • Febre vespertina e baixa • Emagrecimento • Contato prévio com indivíduos sabidamente com tuberculose • Primária: doença auto-imune contra o parênquima pulmonar – dispneia de intensidade crescente, progressão rápida (Hamman-Rich) fatal, outras alveolites fibrosantes são lentas, tosse predominantemente seca • Secundária: pneumoconioses, doenças reumáticas, drogas quimioterápicas – dispneia de intensidade crescente, progressão lenta e tosse predominantemente seca • Obstrução brônquica • Início brusco: pós operatório dos bronquíticos crônicos, corpo estranho; tosse expectoração mucosa ou mucopurulenta, dispneia • Início insidioso: obstrução intrínseca (adenominas, pólipos, neo brônquico), obstrução extrínseca (hipertensões abdominais, com levantamento do diafragma) • Assintomáticas ou com tosse e expectoração mucosa • Aumento do volume gasoso pulmonar • Aumento do volume pulmonar com perda do retorno elástico pulmonar • Ruptura dos sacos alveolares • Etiologia: tabagismo, bronquites, bronquiolites, pregressas • Dispneia expiratória • Cianose • Tosse pouco produtiva • Afecção de origem inflamatória ou neoplásica • Febre • Dor torácica anterior ou póstero-lateral • Tipo pontada ou permanente • Piora com os movimentos respiratórios, com o decúbito contra-lateral • Tosse seca, pequena intensidade • Etiologia: tuberculose, infecção, embolias, insuficiência cardíaca congestiva, hipoproteinemia, insuficiência renal crônica, hepatopatia, pancreatite • Dor desaparece com ou aumento do volume do líquido intra-pleural • Dispneia > 1500 mL • Melhora da dispneia em decúbito ipsilateral • Coleção gasosa na cavidade pleural • Ruptura do parênquima pulmonar por bolhas enfisematosas ou por cistos ou qualquer tipo de cavidade ou trauma • Dor de forte intensidade tipo pontada ou facada • Dispneia intensa de acordo com a extensão • Cianose: dependente da compressão pulmonar • Mesotelioma pleural – raro (relacionado a exposição à asbesto) • Derrame pleural • Ausência de febre • Emagrecimento • Dor contínua ou de compressão • Piora com a tosse e movimentos respiratórios • Melhora com a compressão • Tosse seca contínua • Dispneia provocada pela dor • Tosse seca com expectoração ou sem, inclusive com escarro hemoptoico • Hemoptise – tumor rompendo com vaso • Dor torácica • Anorexia • Perda de peso inexplicada • Dispneia • Infecções de repetição • Tromboembolismo pulmonar (TEP) • Obstrução da artéria pulmonar – coágulo, trombo, ar, gordura ou células neoplásicas • Dispneia súbita • Dor torácica súbita – dor aguda, penetrante, piora à inspiração profunda • Tosse seca • Cianose • Sudorese, pele fria e úmida • Frequência respiratória aumentada • Escarro hemoptoicos (ocasionalmente hemoptise) • Comum em etilistas (pneumonia aspirativa) • História de perda de consciência prévia • Relacionadas a pneumonias por anaeróbios/gram negativos • Febre persistente • Tosse pouco produtiva • Vômica• Podem existir problemas nos receptores que se encontram no utrículo e nos canais semicirculares (região vestibulococlear) • Pedúnculos cerebelares fazem a conexão do cerebelo com o tronco cerebral • Arquicerebelo: relacionada a parte de equilíbrio (região mais inferior do cerebelo) • A tontura normalmente vem acompanhada com náusea, devido ao núcleo do trato solitário, relacionada com o vômito. Essa região é bem próxima à região do equilíbrio Vertigem o É a sensação objetiva ou subjetiva do desequilíbrio no sentido de rotação, no sentido sagital e no horizontal o Objetiva: os objetos rodam o Subjetiva: o corpo roda → Origem: vestibulares (utrículo e sáculo – sensação de breque rápido do carro ou quando se encontra em locais com diferentes gravidades), labirínticas ou dos canais semicirculares (ligado aos receptores) o Vertigem verdadeiras: sempre labirínticas e se relacionam com a postura o Vertigem falsa: são frequentemente referidas pelo paciente com os nomes de tontura, estonteamento, mal-estar na cabeça, atrapalhação na vista, vista turva, cansaço geral na cabeça com ou sem cefaleia supra orbitária ou intra orbitária. Depende da acuidade visual e dos vícios de refração Síndrome de Menière • Síndrome típica labiríntica • Aparecimento paroxístico • Tríade obrigatória: vertigem rotatória (nervo vestibular, canais semicirculares, endolinfa e perilinfa), hipoacusia paroxística e zoada ou tinido (nervo coclear) • Pode estar ou não acompanhada de náuseas e vômitos • Pode provocar queda do paciente sem perda da consciência • Quando existe a falta de um desses sintomas é chamada de Síndrome de Menière atípica Tontura • Grupo das falsas vertigens • Origem periférica ou central → Periférica: depende do aparelho ocular (vícios de refração, lesões da retina, espasmos, vasculares, lesões da coroide ou da córnea que comprometam também a percepção visual) → Central: paroxística ou permanente, psicógena, orgânica (lesões corticais ou subcorticais do cérebro ou cerebelo) Lipotímia • Perda de equilíbrio, é paroxística • Passageira com a sensação de perda fugaz e não completa da consciência • Sem rotação do ambiente • Sem relação com a postura da cabeça • Sudorese quente ou fria • Etiologia: psicógena, hipoglicemia, esforço acentuado (anemia, ICC) Síncope • Perda do equilíbrio representada pela perda repentina ou permanente da consciência • Causa mais frequente: parada brusca do fluxo sanguíneo cerebral, bloqueios cardíacos • Pode haver hipertrofia ou hipotrofia da massa muscular → Hipotrofia: diminuição da massa muscular (hipotrofia por desuso, poliomielite, lesão traumática dos nervos periféricos) → Hipertrofia: são raras as patologias • Motilidade: paresia é a diminuição dos movimentos, plegia é a abolição dos movimentos → Causas: ✓ Hemi: acidente vascular encefálico, tumores ✓ Mono: tumor, trauma, poliomielite ✓ Tetra: secção medular, tumor, poliomielite ✓ Para: simetria (membros superiores ou membros inferiores), poliomielite, tumores (compressão medular) • Pode haver mudança no tônus muscular → Hipotonia: diminuição da contratura muscular (lesão do neurônio motor), poliomielites, polineurites, radiculite → Hipertonia: aumento da contratura muscular (sequelas de acidente vascular encefálico, Parkinson) • Anestesia: perda completa da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Pode ser causada por hanseníase, trauma raquimedular, em bota ou em luva nos diabéticos e etilista • Hiperestesias: exagero da sensibilidade térmica, dolorosa ou tátil. Causada por neuralgia do trigêmeo • Parestesias: qualquer sensação desagradável espontânea (agulhada, ferroada, formigamento, queimação, esfriamento). Causada por síndrome do túnel do carpo (compressão do nervo mediano), hérnia de disco e insuficiência arterial • Afasia: giro pré e pós-central • Giro frontal inferior: centro de mediação dos verbos (área de Broca) – articulação motora da fala • Área central: centro de formação das palavras e das frases • Área de Wernick: centro de mediação dos nomes, centro do conceito de cor Afasia o Desintegração ou dissolução das atividades da linguagem o Caracterizada por distúrbios da compreensão e/ou da expressão dos símbolos verbais o Comprometimento de determinadas áreas corticais do hemisfério dominante – ex: afecções vasculares (amolecimentos), processos expansivos, traumatismo cranio encefálico, atrofias corticais → Afasia de expressão: não consegue transformar pensamentos em palavras → Afasia de compreensão: não consegue transformar a linguagem em pensamento, fala sem nexo Disartria/anartria o Dificuldade ou abolição da articulação da palavra o Alcoolismo agudo, lesões dos centros motores cerebrais, paralisia periférica do vago, hipoglosso e facial, miastenia gravis Disfonia o Perturbação da voz o Laringite, câncer de laringe, doenças das cordas vocais (paralisia, mixedema), lesão do nervo acessório XI Dislalia o Troca as letras o Geralmente por alteração da língua Disgrafia o Escrita fragmentada, irregular o Micrografia (Parkinson) ou macrografia (cerebelar) • Reconhecimento – é uma função específica do córtex cerebral • Causas de dano: AVC, trauma, neoplasia • Perda = agnosia → Agnosia auditiva: incapacidade de reconhecer sons → Estereognosia: incapacidade de reconhecer a forma dos objetos → Asomatognosia: incapacidade de reconhecer partes do corpo → Prosopagnosia: incapacidade de reconhecer feições → Autoprosopagnosia: incapacidade de se auto reconhecer • Afetam a gesticulação consciente e intencional • Causas: AVC, trauma, neoplasia • Perda = apraxia → Deixa de desenhar → Não consegue fazer movimentos ordenados para se chegar a um objetivo → Não consegue vestir-se → Perde a expressão • Dor ou desconforto na região que compreende entre a órbita e o occipício • Tipos de cefaleia: tensional (mais comum), migrânea (enxaqueca), doenças dos seios da face, infecções sistêmicas, traumatismo cranioencefálico, drogas, doenças cerebrovasculares, outras doenças intracranianas, doenças metabólicas, cefaleia em salvas, neuralgia Crânio neuronal Crânio visceral Cefaleia tensional Enxaqueca Tempo de duração 30min – 7 dias 4 a 72 horas Sensação De aperto na tensional Latejante, pulsátil Intensidade Fraca a moderada Muito forte Sinais Não há náuseas, sensibilidade a barulho e a luz Náuseas, vômitos, fotofobia, odores Gatilhos Estresse, ansiedade, tensão muscular Alterações do sono, café, vinho, chocolate, queijo, jejum prolongado, alterações hormonais, estresse Cefaleia vascular o Primárias – sem lesões estruturais claras o Conhecida como migrânia ou enxaqueca o Caráter pulsátil, latejante o Cefaleia hemicraniana (frontotemporal), intensidade crescente, podendo ser precedida por alterações visuais transitórias (escotomas cintilantes, hemianopsias, escurecimento visual) ou por parestesias fugazes o Sintomas que acompanham: náuseas, vômitos, fotofobia, irritabilidade, hepiracusia o Cada crise dura até 72 horas Características: → Normalmente é familiar (histórico familiar) → Cefaleia unilateral, periodica e pulsátil → Início: crianças/adolescentes e adulto jovem → Tende a melhorar na meia idade e na gestação → Mais comum em mulheres → Com ou sem aura (avisos que a enxaqueca está vindo), acompanhada por déficit neurológico transitório, hemiparesia, afasia, oftalmoplegia (III par) → Fatores precipitantes: luz, ruidos, dieta, estresse, fadiga, privação de sono, hormônios, traumatismo cranio encefálico leve → Melhora no escuro e com o sono → Fatores associados: náusea, vômito, fotofobia, fonofobia Cefaleia não vascular - tensional o Dor tipo peso ou compressão, irradiação para a região cervical, trapézio, ombros, membros superiores o É diária o Duraçãovariável o Fatores que melhora: álcool, relaxante muscular, fisioterapia, atividade física o Fatores que pioram: posição de cumprimento, madrugada, ao se levantar (imobilidade) Causas não neurológicas de dores de cabeça → Distúrbios gastrointestinais → Distúrbios visuais → Sinusite → Doenças febris → Hipertensão arterial → Drogas → Altitude (menor concentração de oxigênio = vasodilatação) → Nitrito → Restaurante chinês (glutamato de sódio) • Crise epiléptica: descarga neuronal excessiva • Epilepsia: crises epilépticas cronicamente recorrente, sem fatores desencadeantes • 5% da população crise única • 0,5 – 2% epilepsia • Generalizada ou parcial Generalizadas Crise de ausência • Início em torno de 4 a 8 anos, normalmente desaparece após essa faixa etária • Duração de 5 a 10 segundos (máximo 30 segundos) • Não há aura, nem período pós-ictal • Perda da consciência • Fixação do olhar • Repetitiva de 20 a 50 vezes ao dia Tônico clônica • Perda súbita da consciência • Grande atividade motora: corpo rígido, grito, cai ao chão, liberação do esfíncter urinário, apneia temporária, movimentos clônicos da face, tronco e membros • Pós-crise: diminuição dos movimentos, hipotonia, comatoso, confusão pós ictal associado a cefaleia e sonolência, sialorreia abundante e mordedura da língua • Não tem aura • História familiar • Antes dos 30 anos • Após os 60 anos pesquisar tumor • Antecedentes: acidente vascular antigos, traumatismo 321’ (meningite, encefalite), traumatismo crânio encefálico, cirurgia craniana, neoplasia, história familiar • Diagnóstico: mapeamento cerebral • Doença metabólica mais grave e mais frequente, com prevalência de 1% • Pâncreas endócrino (ilhotas de Langerhans): célula alfa secreta glucagon (hormônio hiperglicemiante), célula beta secreta insulina (hormônio hipoglicemiante) Diabetes mellitus de origem pancreática o Taxa de glicemia > 160 mg% (hiperglicemia) o Há menor absorção no túbulo proximal, apresentando glicosúria (maior taxa de glicose na urina), maior poliúria (maior volume de urina) o Sintomas: astenia (fraqueza), desidratação, perda de vitamina B1, cloro e sódio o Polidipsia: ingere uma quantidade maior de água, aumento de sede do paciente o Glicopenia: quantidade menor de glicose no meio intracelular, o cérebro recebe isso como fome, causando uma polifagia o Polifagia: sensação de fome maior que o normal o Demais sintomas: cansaço geral (distúrbio do metabolismo proteico e lipídico), emagrecimento (lipólise + proteólise), peso e dores em MMII (membros inferiores), balanite (inflamação da glande no sexo masculino) e prurido vulvar, corrimento o Etiologia: pode ser autoimune, fator genético (familiar), viral (caxumba, hepatite, mononuclease infecciosa, rubéola), pancreatopatia alcoolica, pancreatectomia Diabetes mellitus tipo II • >40 anos • Paciente obeso • Início gradual Diabetes mellitus tipo I • >40 anos (+- 14 anos) • Início repentino Manifestações clínicas o A expressão inicial pode ser: → Devido à hiperglicemia: polis + descompensação → Coma diabético → Complicação degenerativa (neuropatia) → Ou é achado de exame de rotina Investigar o uso de medicação o Insulina o Hipoglicemiante oral o Menor refeições – hipoglicemia – sudorese, agitação, tremor, fome, convulsões, coma Complicações agudas Cetoacidose - DMID • Causas: interrupção da medicação, estresse físico (cirurgia/infecção), estresse emocional Hiperglicemia → poliúria → hipovolemia → desidratação Utilização de ácidos graxos → corpos cetônicos → cetoacidose • Quadro clínico: anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal. Poliúria, desidratação, insuficiência renal. Alteração do nível de consciência, coma. Temperatura normal ou febre devido à infecção Coma hiperesmolar - DMII • Hiperglicemia • Diurese osmótica • Poliúria • Desidratação • Ausência de cetoacidose • Acometimento do SNC (coma/convulsão/plegias transitórias) Complicações tardias o Retinopatia (acometimento da retina, presença de exsudatos) o Nefropatia (complicação dos rins) o Neuropatia (formigamento dos pés, mãos, pernas; falta de sensibilidade – hipostesia ou perda da sensibilidade – anestesia) o Macro e microangiopatia o Úlcera de MMII • Produz os hormônios T4 (tetraiodotironina) e T3 (triiodotironina) • Efeitos: aumentam a síntese proteica, desenvolvem o SNC, aumento da calorigênese, ação moduladora no metabolismo nos lipídeos e das proteínas • Em excesso, aumenta a ação dos agentes beta adrenérgicos • O aumento da glândula tireoide pode ser generalizado (toda a glândula está aumentada) ou focal (nodular), sendo tóxico ou atóxico • A secreção aumentada será tóxica, diminuída é atóxica • Tireotoxicose: quadro clínico de hipertireoidismo (produção de excesso de hormônio) • Mixedema: quadro clínico de hipotireoidismo (produção em falta de hormônio) Hipertireoidismo o Bócio difuso tóxico – doença de Basedow-Graves → Tríade: exoftalmia, bócio difuso, hipertireoidismo → Início do quadro geralmente é súbito/abrupto → Começo idade <40 anos e geralmente após estresse grave emocional → Mais comum no sexo feminino o Doença de plummer – bócio nodular tóxico → Não tem exoftalmia → Geralmente >40 anos → Início do quadro é lento/insidioso/gradual Quadro clínico I. Neuro psiquismo: tensão, irritabilidade, loquacidade (paciente fala muito), insônia, hipercinesias (movimentos aumentados), hiperreflexia, tremores finos II. Sudorese contínua: pele sempre quente e úmida III. Intolerância ao calor IV. Pele fina, cabelos lisos e macios V. Mixedema pré-tibial (pernas inchadas, edema), localizada, saliente com hiperpigmentação VI. Perda de peso com polifagia VII. Astenia (fraqueza) VIII. Alterações cardiovasculares: taquicardia, arritmias (fibrilação atrial), ICC (insuficiência cardíaca congestiva) IX. Alterações gastrointestinais: diarreia X. Outras: poliúria, rarefação óssea (descalcificação do osso), hipo/amenorreia, infertilidade/abortos Hipotireoidismo o Diminuição de T3 e T4 – pode evoluir para óbito o Pode ter uma diminuição hipofisária – pode levar a necrose pós parto (hemorragia que se chama Síndrome de Sheehan) ou tumor de hipófise o Atrofia idiopática o Defeito de síntese o Radiação, cirurgias podem causar hipotireoidismo o Tireoidite de Hashimoto (inflamação autoimune que destrói a glândula) o Bócio endêmico por falta de iodo na água Quadro clínico I. Letargia (sonolência patológica) II. Constipação III. Intolerância ao frio IV. Rigidez a dores em mm V. Síndrome do túnel do carpo (dor no punho devido a movimentos repetitivos) VI. Menor atividade intectual, diminuição da memória VII. Menor atividade motora VIII. Macroglossia (aumento da língua) IX. Aumento de peso X. Diminuição do apetite XI. Pele e cabelos secos XII. Voz rouca e grave XIII. Fácies do mixedema (inexpressiva) XIV. Rarefação dos cabelos XV. Edema periorbitário XVI. Pele fria, áspera e pálida, empastada XVII. Derrame pericárdio com aumento da área cardíaca Tireoidites raras • Fibrosante de Riedel: mais difusa e indolor • Piogênicas: dor, rubor, calor, edema, sinais constitucionais de infecção Tireoidites mais comuns • Subaguda ou De Quervain: astenia, mal estar, febre, dor sobre a tireoide/maxilar, ouvidos e occipício. Mais difuso com nodulações muito dolorosas • De Hashimoto: etiologia auto imune, mais frequente em mulheres de meia idade, bócio nodular indolor Neoplasias • Benignas: caroços no pescoço • Malignas: caroços na tireoide • Menarca: primeira menstruação – ocorre em média entre 12 e 14 anos → Precoce: antes de 10 anos, alteração da liberação estrogênica → Tardia: insuficiência ovariana, insuficiência hipofisária ou afecções consuptivas • Menacme: período fértil (menarca até menopausa) •Menopausa: última menstruação – precedida e sucedida pelo climatério, 5 anos antes e depois (mudanças comportamentais e sintomas) • Eumenorreia: ciclo menstrual normal → 28-30 dias de intervalo → Duração de 3-5 dias → Usa de 2 a 3 absorventes por dia • Menorragia: aumento da quantidade eliminada → 3 meses consecutivos → Sem alteração da duração e intervalo → Causas: mioma uterino, carcinoma de endométrio e distúrbio de coagulação • Oligomenorreia: diminuição da quantidade eliminada → 3 meses consecutivos → Sem alteração da duração e intervalo → Causa: insuficiência ovariana, hipertireoidismo, anemia crônica, neoplasias, anticoncepcional • Hipermenorreia: aumento do número de dias → 3 meses consecutivos → Sem alteração da frequência e quantidade → Causas: mioma uterino, carcinoma de endométrio e distúrbio de coagulação • Hipomenorreia: diminuição do número de dias → 3 meses consecutivos → Sem alteração da frequência e quantidade → Causas: hipertireodismo, anemia crônica, neoplasias e anticoncepcional • Proiomenorreia: diminuição do intervalo – 15-28 dias → 3 meses consecutivos → Sem alteração da duração e quantidade → Distúrbio na maturação do folículo ovariano • Polimenorreia: intervalo menstrual a cada 10-15 dias → 3 meses consecutivos → Sem alteração da duração e quantidade → Anovulatório • Opsomenorreia: intervalo menstrual aumenta 28 dias até 2 meses → 3 meses consecutivos → Sem alteração da duração e quantidade → Hipofunção ovariana • Espaniomenorreia: intervalo menstrual de 2 meses até 3 meses → 3 meses consecutivos → Sem alteração da duração e quantidade → Hipofunção ovariana • Hipo-oligomenorreia: diminuição da quantidade e do número de dias → 3 meses consecutivos → Principal causa anticoncepcional • Hipermenorreia: aumento da quantidade e do número de dias → 3 meses consecutivos • Amenorreia: ausência da menstruação por mais de 3 meses consecutivos durante a menacme – período de atividade menstrual. Falha em pacientes com ciclos regulares anteriormente • Menopausa: supressão definitiva da menstruação → Ocorre entre 45-50 anos • Climatério: período que antecede e sucede a menopausa → Involução do organismo feminino → Sintomas: ondas de calor, falta de apetite sexual, insônia, secura vaginal e suores noturnos • Metrorragia: sangramento fora do período menstrual → Início da menacme – hormonal Amenorreia Primária Genético: Síndrome de Turner Hímen Imperfurado: raro Secundária Fisiológica: gravidez Endrócrina: tumor produtor de prolactina/tumor de ovário/mendicamento - estrógeno Curetragem: Síndrome de Asherman Cirúrgicas: ooforectomia/histerectomia → Final da menacme – mioma, hormonal, câncer colo uterino, câncer de endométrio • Sangramento durante o coito • Causas: neoplasia de colo uterino ou carcinoma de vagina • Dismenorreia: dor no genital e cólica menstrual • Exmenorreia: cefaleia, irritabilidade, insônia, mastodínea (dor nas mamas) e edema • Cândida: corrimento branco que lembra nata de leite, pruriginoso (coceira) → Causas: diabetes mellitus, imunossuprimidos, uso de corticoides, HIV e uso de antibióticos • Trichomonas: verde amarelado, bolhoso, fétido e pouco pruriginoso • Cancro mole: lesões no genital podendo também ser única, ocorre transmissão por contato sexual, causado pela Heamophilus ducreyi, feridas dolorosas com a presença de secreção purulenta • Cancro duro: cancro sifilítico, caracterizado por lesões em áreas genitais, é a fase inicial da sífilis ou Lues, causada pela bactéria Treponema paliidum, transmitida através de contato sexual sem preservativo, feridas indolores nas regiões genitais, surge cerca de 3 semanas após o contágio → Caracteriza-se por um pequeno nódulo rosado que evolui para uma úlcera avermelhada, com fundo liso e bordas endurecidas, coberta por uma secreção transparente, que surge nos órgãos genitais, mas também pode surgir na região anal, boca, língua, mamas ou dedos • Dor de ovulação: dura 24/48 horas, cíclica, incidindo no meio do ciclo, dor “Mittel-Schmerz” • Anexite: dor leve a moderada e contínua • Torção de cisto de ovário: dor abrupta e intensa • Gravidez ectópica: dor intensa em punhalada, menos intensa em cólica, precedida de amenorreia e acompanhada de metrorrafia • Dor durante o ato sexual • Pode ser de origem psicológica ou alterações física genitália (raro) • Dor, nódulos, aumento de volume, ulcerações • Galactorreia: secreção de leite pelas mamas → Causas: amenorreia, pós-parto (fisiológico), tumor produtor de prolactina (hipófise), medicamentoso (sulpride/fenotiazinicos) • Anticoncepcional oral ou injetável • DIU • Preservativos • Diafragma • Ligadura tubária/vasectomia do parceiro • Número de gestações • Alterações durante as gestações • Partos: prematuro ou de termo, cesária/normal/fórceps • Abortos • Puerpério • Natimortos • Macrossomia fetal • Dor tipo cólica com irradiação para flancos, fossa ilíaca e testículo ou vulva • Disúria: dor ou ardor ao urinar, cistite (não tem febre), pielonefrite (com febre), prostatite • Estranguria: inflamação vesical ou de vias urinárias inferiores, micção lenta e dolorosa devido a espasmo da bexiga ou da uretra • Polaciúria: aumento da frequência miccional com pequeno volume – causas: infecção urinária, cistite • Poliúria: aumento do volume urinário, acima de 2500 mL em 24 horas – causas: hiperidratação, diuréticos, diabetes mellitus descompensado • Oligúria: volume urinário menor que 400 mL em 24 horas – causas: insuficiência renal, insuficiência cardíaca • Anúria: volume urinário menor que 100mL nas 24 horas – causas: insuficiência renal, choque, obstrução • Piúria: presença de pus na urina • Fecalúria: presença de fezes na urina • Pneumatúria: presença de gases ou ar (água com gás) – causas: fístula êntero-vesicais, infecção urinária por bactérias que produzem gases, após procedimentos urológicos (ar entra na bexiga) • Quiluria: urina leitosa, ocorre após refeições – causas: fístula de vasos linfáticos com a bexiga, obstrução de vasos linfáticos por filariose • Cristalúria: presença de cristais na urina, “areia” • Proteinúria: presença de proteínas na urina, urina de aspecto espumoso – causas: insuficiência renal, diabetes, exercício físico • Hematúria: presença de sangue na urina → Hematúria inicial: entre a uretra distal e o colo vesical → Hematúria final: trígono vesical → Total: trato urinário alto • Colúria: presença de bilirrubina direta, cor de “coca- cola” • Uretrorragia: sangramento independentemente da micção • Corrimento uretral: presença de secreção – causas: uretrite gonocócica • Priapismo: ereção prolongada e persistente associada ou não ao estimulo sexual, acima de 4 horas (diretriz da AMB) – causas: diminuição do retorno venoso, anemia falciforme • Hemospermia ou hematospermia: presença de sangue no esperma – causas: prostatites, pós biópsia de próstata, tumor, uso de anticoagulantes • Enurese: perda urinária durante o sono • Nictúria: diurese noturna – causas: insuficiência cardíaca, ingestão excessiva de líquido, prostatismo • Incontinência urinária: causas: prostatismo, pós-cirurgica (prostatectomia) e cistocele em mulheres • Urgência miccional: necessidade imperiosa de urinar – causas: prostatismo, infecção urinária • Prostatismo: síndrome que causa polaciúria, nictúria, urgência miccional, redução do jato urinário, dificuldade para iniciar a micção e retenção urinária
Compartilhar