Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
“That is the state of the case as regards the wealth of this country. I must say for one, I should look almost with apprehension and with pain upon this intoxicating augmentation of wealth and power, if it were my belief that it was confined to classes who are in easy circunstances. This takes no cognizance at all of the condition of the labouring population. The augmentation I have described and which is founded, I think, upon accurate returns, is an augmentation entirely confined to classes of property”.70 Gladstone afirma aqui, por conseguinte, que lastimaria se assim fosse, mas que é assim: que esse aumento embriagador de riqueza e poder está totalmente limitado às classes possuidoras. E quanto ao quase-oficial Hansard, Marx acrescenta: “Aqui, Mr. Gladstone, em edição posteriormente ajeitada, foi bastante esperto para fazer sumir a passagem que seria compro- metedora na boca de um Chanceler do Tesouro inglês. Esse é, aliás, um consagrado costume parlamentar britânico e, de modo algum, uma invenção do pequeno Lasker contra Bebel”.71 O Anônimo se irrita cada vez mais. Desprezando as fontes de segunda mão em sua resposta no Concórdia de 4 de julho, sugere envergonhadamente que é “costume” citar discursos parlamentares se- gundo o registro estenográfico; mas também o relato do Times (no qual está a frase “mentirosamente acrescentada”) e o de Hansard (no qual ela não está) “coincidem inteiramente no plano material”, e mesmo o relato do Times conteria “diretamente o oposto daquela famigerada passagem do discurso inaugural”, com o que o homem cuidadosamente silencia que, ao lado desse pretenso “oposto”, ele contém expressamente “aquela famigerada passagem”. Apesar de tudo isso, o Anônimo sente que está encalhado e que só um novo subterfúgio pode salvá-lo. Por- tanto, enquanto ele criva seu artigo “atrevidamente mentiroso”, como foi mostrado há pouco, de edificantes xingamentos como “Mala fides”,72 MARX 157 70 Essa é a situação do caso no que concerne à riqueza deste país. Devo dizer por mim que eu veria com apreensão e com dor esse embriagador acúmulo de riqueza e poder se eu acreditasse estar ele confinado às classes abastadas. Isso não toma absolutamente conhe- cimento das condições da população trabalhadora. O aumento que acabo de descrever e que se fundamenta, creio, em informes exatos, é um aumento inteiramente confinado às classes proprietárias. (N. dos T.) 71 Na sessão parlamentar de 8 de novembro de 1871, o deputado liberal nacionalista Lasker declarou, numa polêmica contra Bebel, que se os trabalhadores alemães pusessem na cabeça imitar o exemplo dos integrantes da Comuna de Paris, o honesto proprietário burguês iria “matá-lo a porretaço”. O orador não se decidiu, porém, a publicar essas formulações e já no registro estenográfico constavam, em vez de “matá-lo a porretaço”, as palavras “subju- gá-los com poder próprio”. Bebel descobriu essa falsificação. Lasker tornou-se objeto de escárnio entre os operários. Por causa de sua estatura diminuta, deu-se-lhe o apelido de “pequeno Lasker”. (N. da Ed. Alemã.) 72 Má fé. (N. dos T.)
Compartilhar