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Apostila de Geografia Física - Profª Leticia - Preparatório para vestivular (Universidade Federal de Juiz de Fora)

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Sumário 
 
 
Capítulo 1. Cartografia ............................................................................................................................. 02 
Exercícios ................................................................................................................................................. 07 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 11 
 
Capítulo 2. Geologia ................................................................................................................................. 12 
Exercícios ................................................................................................................................................. 21 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 27 
 
Capítulo 3. Solos ...................................................................................................................................... 29 
Exercícios ................................................................................................................................................. 33 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 37 
 
Capítulo 4. Clima ...................................................................................................................................... 40 
Exercícios ................................................................................................................................................. 53 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 57 
 
Capítulo 5. Hidrografia ............................................................................................................................. 59 
Exercícios ................................................................................................................................................. 65 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 67 
 
Capítulo 6. Vegetação .............................................................................................................................. 68 
Exercícios ................................................................................................................................................. 75 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 79 
 
Capítulo 7. Fontes de energia ................................................................................................................. 81 
Exercícios ................................................................................................................................................. 84 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 87 
 
Capítulo 8. Recursos Minerais ................................................................................................................ 91 
Exercícios ................................................................................................................................................. 93 
Pintou no ENEM ....................................................................................................................................... 96 
 
Referências ............................................................................................................................................... 97 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
CAPÍTULO 01 - CARTOGRAFIA 
 
1- ORIENTAÇÃO 
 
Orientar-se no espaço terrestre, do ponto de vista geográfico e astronômico, sempre foi uma das 
preocupações básicas do ser humano. Nos primórdios da humanidade, justificava-se pela necessidade 
de localização de alimento e abrigo. Com o passar do tempo, veio à necessidade de traçar rotas 
comerciais, rotas de navegação, evoluções no campo de batalha, localização de recursos no subsolo, 
etc. E, cada vez mais, as necessidades iam se multiplicando. É por isso que, desde o homem paleolítico, 
passando, pelos egípcios, babilônicos, chineses, gregos, árabes, pelos navegadores europeus, até 
a época atual, marcada pela existência de grandes grupos econômicos e poderosos Estados, a 
localização dos fenômenos geográficos sempre foi, muito mais que uma curiosidade, uma verdadeira 
necessidade. 
Os povos antigos se orientavam pelos astros, sol, lua, estrelas, rios, lagos, montanhas, etc. e 
sabiam que os astros nascem no leste e se põe no oeste. Depois de vários anos, passou-se a 
utilizar a bússola (baseia no magnetismo terrestre) como um instrumento de orientação e recentemente 
ao GPS (Sistema de Posicionamento Global). 
 
ROSA DOS VENTOS 
 
 
 
 
 Pontos Cardeais: 
 
 Pontos Colaterais: 

 Pontos Subcolaterais: 
 
 
2- MOVIMENTOS DA TERRA 
 
Não se sabe exatamente quando o homem descobriu que a Terra é redonda. Filósofos gregos 
chegaram a essa conclusão a partir de observações astronômicas. O desaparecimento progressivo das 
embarcações no mar, em um horizonte uniformemente circular, também fornecia argumentos aos 
defensores da idéia. 
Esse fato, tão familiar nos dias de hoje, é o responsável pela existência das diferentes zonas 
climáticas em nosso planeta (polares, temperadas e tropicais), segundo uma lógica fácil de ser 
compreendida: quanto mais nos afastamos do Equador, maior a inclinação com que os raios solares 
incidem na superfície terrestre e maior, portanto, a área aquecida pela mesma quantidade de energia, o 
que torna as temperaturas mais baixas. 
A Terra possui muitos movimentos. Os mais importantes são a rotação e a translação. Rotação é 
o movimento que a Terra faz girando em torno de si mesma, tendo no centro 
um eixo imaginário que atravessa de um pólo a outro. 
Este movimento no sentido oeste-leste tem duração dos dias e das noites, exceto nas regiões 
polares. 
Movimento de translação é o movimento que a Terra executa em torno do Sol em, 
aproximadamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos. A trajetória que a Terra descreve em 
torno do Sol chama-se órbita. 
3 
 
 
 
 
O eixo da Terra é inclinado em 23° 27’ 30” em relação ao plano de órbita (obliqüidade da 
eclíptica), o que faz com que o pólo norte, numa fase do ano, mantenha-se inclinado para o Sol e 
na outra, em direção contrária a ele, provocando as estações do ano. 
O fenômeno do “sol da meia-noite” ocorre apenas nas regiões polares à sucessão dos 
dias e das noites depende das estações do ano e da translação e não da rotação (nula ou quase 
nula). 
 
DADOS SOBRE AS ESTAÇÕES DO ANO 
SOLSTÍCIOS A luz solar é perpendicular a um dos trópicos (dias e noites com durações diferentes). 
21/12- verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte. 
21/06- inverno no hemisfério sul e verão no hemisfério norte. 
EQUINÓCIOS A luz solar é perpendicular ao equador (dias e noites com duração iguais). 
21/03- outono no hemisfério sul e primavera no hemisfério norte. 
23/09- primavera no hemisfério sul e outono no hemisfério norte. 
 
Site interessante: 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/14447/estacoesdoano.sw 
 
 
Regolito  também denominado de manto de intemperismo, que corresponde a uma camada de material 
decomposto situada sobre a rocha da qual é originado o solo (rocha-matriz). É na porção mais superficial 
do regolito que se tem a formação efetiva do solo. 
 
3- CURVAS DE NÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/14447/estacoesdoano.sw4 
 
Isotermas Mesma temperatura 
Isóbaras Mesma pressão 
Isoalinas Mesma salinidade 
Isoípsas Mesma altura 
isóbatas Mesma profundidade 
isoietas Mesma precipitação 
isóclinas Mesma declividade magnética 
 
As curvas de nível ou isoípsas são linhas que no mapa unem pontos de mesma altitude. A distância 
entre as curvas de nível, no traçado geral, indica-nos o grau de declividade que será: suave (quando 
as curvas de nível das cotas usadas estiverem distantes entre si) ou acentuada (quando as curvas de 
nível estiverem muito próximas umas das outras). Através das curvas de níveis, também podemos 
traçar o perfil de relevo. 
 
 
Obs: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS 
 
A necessidade de se orientar na superfície do planeta levou os homens, ao longo da história, a 
elaborar vários tipos de mapas, desde as rústicas, representações babilônicas até as mais modernas, 
feitas a partir de coleta de informações obtidas por sensoriamento remoto e processadas pela 
informática. Nele são usados signos convencionais, próprios da cartografia. Mas, por mais perfeito e 
detalhado que seja um mapa, ele sempre será uma representação da realidade, nunca a própria. 
Diante da complexidade da realidade, algumas informações sempre são priorizadas em 
detrimento de outras. Seria impossível representar todos os fenômenos físicos, econômicos, humanos 
e políticos em um único mapa. Por isso, além dos mapas topográficos, há os mapas temáticos, nos 
quais se selecionam temas que interessam ao usuário, entre as infinitas possibilidades de 
representação. 
É importante lembrar que uma projeção cartográfica nada mais é do que o resultado de um 
conjunto de operações que permite colocar no plano, fenômenos inscritos numa esfera ou, no caso da 
Terra, num geóide, que é a forma específica do nosso planeta. 
As projeções cartográficas, podem ser classificadas em três categorias principais, dependendo 
da figura geométrica empregada em sua construção: cilíndrica, cônica ou plana (azimutal). 
As propriedades das projeções são: Conformes (mantém as formas originais), 
Equivalentes 
(mantém as áreas originais), Eqüidistantes (mantém as distâncias originais) e Afiláticas. 
 
Projeção Cilíndrica de Mercator 
 
Esta representação é obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os 
meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado. 
Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele 
foram transferidas. 
Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma 
dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da 
primeira projeção elaborada por Mercator. 
Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do 
século 
XIV. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada 
à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo. 
 
 
 
http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtm
http://educacao.uol.com.br/matematica/ult1692u45.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/africa-mapa.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/africa-mapa.jhtm
http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u240.jhtm
5 
 
Projeção Cilíndrica de Peters 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A projeção equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as 
formas, direções e ângulos, como é o caso da projeção de Peters. 
O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque 
ao representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartográfica a idéia de 
igualdade entre as nações. 
O cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das 
manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo. 
Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios 
derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no 
mapa-múndi de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos. 
 
Projeção Cilíndrica de Robinson 
 
Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies 
das regiões de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963. Com Robinson, os 
meridianos são colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais se 
afastam da linha do Equador. É a projeção mais usada nos atlas atuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção Cilíndrica de Mollweide 
 
 
 
É um tipo de representação cartográfica elaborada em 1805 pelo cartógrafo alemão Karl 
Mollweide, e foi criada para corrigir as diversas distorções da projeção de Mercator. Nesta projeção os 
paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. A área é proporcional à da esfera terrestre, 
tendo forma elíptica e achatamento dos pólos norte e sul. As zonas centrais apresentam grande 
exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades ainda apresentam algumas 
distorções. Na maioria dos Atlas atuais os mapas-múndi seguem a projeção de Mollweide. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/1805
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%B3grafo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%B3grafo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Mollweide
http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Mollweide
http://pt.wikipedia.org/wiki/Proje%C3%A7%C3%A3o_de_Mercator
6 
 
Projeção Cônica 
 
 
Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do mapa. Os 
meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos pólos e os paralelos formam círculos 
concêntricos. Essa projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de 
um continente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de 
contato com o cone são pequenas e aumentam à medida 
que as superfícies representadas se distanciam desse paralelo. 
 
Projeção plana ou azimutal 
 
O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da 
esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa. A projeção azimutal é usada, em geral, 
para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, 
tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O 
emblema da ONU é uma projeção azimutal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO: 
 
01) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-García trabalha com uma representação diferente da usual da 
América 
Latina. Em artigo publicado em 1941, em que apresenta a imagem e trata do assunto, Joaquín 
afirma: 
 
“Quem e com que interesse dita o que é o norte e o sul? Defendo a chamada Escola do Sul por que na realidade, 
nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, senão em oposição ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao revés, 
desde já, e então teremos a justa ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da 
América assinala insistentemente o sul, nosso norte”. 
TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo. Buenos Aires: Poseidón, 1941. (com 
adaptações). 
 
O referido autor, no texto e imagem acima, 
(A) privilegiou a visão dos colonizadores da América. 
(B) questionou as noções eurocêntricas sobre o mundo. 
(C) resgatou a imagem da América como centro do mundo. 
(D) defendeu a Doutrina Monroe expressa no lema “América para os americanos”. 
(E) propôs que o sul fosse chamado de norte e vice-versa. 
 
02) Pensando nas correntes e prestes entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o norte, 
lembrei-me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheiade zeros, uma bola cor 
rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49°49’N, Longitude 23°49’W. Tampei e joguei na água. 
Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a 
estranha nota. 
KLINK, A. Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 
(adaptado). 
 
No texto, o autor anota sua coordenada geográfica, que é 
A) a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da 
superfície cartografada. 
B) o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos 
imaginários, horizontais e esquidistantes. 
C) a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou 
acidente geográfico na superfície terrestre. 
D) a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como 
a 
distância em graus entre um ponto e o Equador. 
E) a forma de projeção cartográfica, usado para navegação, onde os meridianos e paralelos distorcem a 
superfície do planeta. 
 
8 
 
03) No Brasil, verifica-se que a Lua, quando esta na fase cheia, nasce por volta das 18 horas e se põe por 
volta das 6 horas. Na fase nova, ocorre o inverso: a Lua nasce às 6 horas e se põe às 18 horas, 
aproximadamente. Nas fases crescente e minguante, ela nasce e se põe em horários intermediários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo assim, a Lua na fase ilustrada na figura acima poderá ser observada no ponto mais alto de sua 
trajetória no céu por volta de: 
 
a) meia-noite. 
b) três horas da madrugada. 
c) nove horas da manha. 
d) meio-dia. 
e) seis horas da tarde. 
 
04) Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, 
os relógios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado horário de verão. Essa 
medida, que se repete todos os anos, visa: 
a) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do período de iluminação 
natural do dia, que é maior nessa época do ano. 
b) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribuição da 
demanda entre o período da manhã e da tarde. 
c) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidrelétricas ao regime de chuvas, abundantes 
nessa época do ano nas regiões que adotam esse horário. 
d) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do período da tarde, horário em que os 
bares e restaurantes são mais freqüentados. 
e) responder a uma exigência das indústrias, possibilitando que elas realizem um melhor 
escalonamento das férias de seus funcionários. 
 
05) Assinale a alternativa que apresenta a interpretação CORRETA do mapa abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) A região de maior altitude do mapa localiza-se no quadrante C1. 
b) Os quadrantes A1 e B4 possuem terrenos de elevada declividade. 
c) O quadrante D2 possui maior altitude, ao ser comparado com o quadrante 
B3. d) O quadrante C3 pode ser caracterizado como um vale. 
e) todas as alternativas estão corretas. 
9 
 
 
06 A figura abaixo é uma representação de um campo de futebol. 
 
 
 
Considerando os pontos cardeais e colaterais representados na figura acima, marque a alternativa que 
apresenta as direções em que uma bola deve ser lançada, em seqüência, pelos jogadores A, C, E, J, L, I 
para que chegue ao jogador 1. 
a) Oeste – nordeste – sudeste – oeste – sul – sudoeste 
b) Leste – nordeste – sudeste – leste – norte – sudeste 
c) Leste – noroeste – sudoeste – oeste – sul – sudeste 
d) Oeste – nordeste – sudeste – leste – norte – sudoeste 
 
07) O sistema de coordenadas geográficas, adotado atualmente como uma convenção mundial, foi 
concebido na Grécia Antiga e visava a facilitar a localização de qualquer ponto na esfera terrestre, a 
partir do cruzamento entre um paralelo e um meridiano. Considerando-se as características desse 
sistema, uma cidade fictícia, com coordenadas iguais a 7º 00’ de longitude Leste e 6o 50’ de latitude Sul, 
estaria localizada a 
a) 5º 20’ ao norte da latitude 12º 10’ Sul. 
b) 15º 30’ a leste da longitude 7º 30’ Leste. 
c) 6º 10’ ao sul da latitude 13º 00’ Sul. 
d) 8º 30’ a oeste da longitude 15º 30’ Leste. 
 
08) Observe os planisférios, construídos a partir de projeções diferentes. 
 
 
A partir da análise e da interpretação dos planisférios, todas as alternativas estão corretas, EXCETO: 
a) A representação correspondente ao Planisfério 1 expressa as reais proporções entre os 
diferentes continentes que compõem a superfície terrestre. 
b) A representação correspondente ao Planisfério 2 mostra deformações de áreas que são tanto 
maiores quanto mais elevadas altitudes. 
c) A representação correspondente ao Planisfério 1 possibilita a percepção correta da configuração 
das massas continentais, principalmente nas regiões intertropicais. 
d) A representação correspondente ao Planisfério 2 é utilizada intensamente na navegação aérea 
e marítima, pela viabilidade de se traçarem nela, com precisão, os rumos de uma rota. 
10 
 
e) A cartografia das áreas situadas nas latitudes superiores a 80º N e S é inviável, nas 
duas representações, devido ao excesso de deformação decorrente do processo de projeção. 
 
09 Observe o mapa abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
10) No processo de construção e divulgação de ideologias, o mapa é um dos veículos que tem forte 
poder em propagar algumas idéias e concepções de mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Compreendendo tal papel, assinale a alternativa que traduz CORRETAMENTE as idéias e 
concepções projetadas no mapa que ilustra a bandeira da Organização das Nações Unidas (ONU): 
a) A projeção azimutal polar, ao aumentar o tamanho dos países do hemisfério sul, reforça a 
idéia de superioridade dos países emergentes próximos ao Equador. 
b) A projeção azimutal polar, ao favorecer a visualização do pólo norte, tenta transmitir uma 
idéia de neutralidade em relação a todos os países membros. 
c) A projeção azimutal polar não contempla o continente africano em razão de sua pouca 
importância no cenário mundial. 
d) A projeção azimutal polar não dá visibilidade aos países do continente americano, revelando sua 
omissão junto às questões políticas e ambientais no cenário mundial. 
e) Nenhuma das Anteriores. 
 
GABARITO: 
 
01-B/C 02-E 03-A 04-D 05-B 
06-D 07-C 08-B 09-B 10-A 
 
 
Pintou no Enem: 
 
 – Existem diferentes formas de representação plana da superfície da Terra (planisfério). Os planisférios 
de Mercator e de Peters são atualmente os mais utilizados. Apesar de usarem projeções, 
respectivamente, conforme e equivalente, ambas utilizam como base da projeção o modelo 
 
 
 
 
Resposta: 
Alterativa correta: “C” 
 
Sessão Leitura 
O desenvolvimento da Cartografia, desde épocas remotas até os dias atuais, acompanhou o próprio 
progresso da civilização. Ela deve ter surgido, no seu estágio mais elementar, com as populações nômades 
da antiguidade, sob a forma de mapas itinerários. 
Posteriormente, com o advento do comércio entre os homens e o conseqüente aparecimento dos 
primeiros exploradores e navegadores, descobrindo novas terras e novas riquezas e ampliando o horizonte 
geográfico conhecido, o homem sentiu necessidade de se localizar sobre a superfície terrestre. 
Estabeleceu-se, então, o marco inicial da cartografia como ciência. 
A evolução da cartografia também foi incrementada pelas guerras, pelas descobertas científicas, 
pelo desenvolvimento das artes e ciências, pelos movimentos históricos que possibilitaram e exigiram, cada 
vez mais, maior precisão na representação gráfica da superfície terrestre. 
http://3.bp.blogspot.com/-ewMjfjuJ-qc/UVGadP34mPI/AAAAAAAAEvg/TKQztIX5_Jg/s1600/Quest%C3%A3o+Enem+2002.jpg
12 
 
No século XX, a grande revolução na cartografia é determinada, principalmente pelo emprego da 
aerofotogrametria e pela introdução da eletrônica no instrumentalnecessário aos levantamentos. 
 A cartografia contemporânea procura atender às necessidades de todos os ramos da atividade 
humana, tendo como objetivo uma produção em massa no menor tempo possível e com precisão cada vez 
maior. Para isso conta com tecnologias modernas como o sensoriamento remoto, o GPS (Global Positioning 
System), e os SIGs (Sistemas de Informação Geográfica). 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2: GEOLOGIA 
 
 
1- INTRODUÇÃO e ESCALAS GEOLÓGICAS DE TEMPO 
 
GEOLOGIA  Estuda as origens e as sucessivas transformações do globo terrestre; ocupa, 
portanto, da evolução da Terra. 
 
Eras Períodos - Características 
Cenozóica Quaternária – Delineamento dos atuais continentes. Glaciações do Hemisfério Norte, 
cobrindo até a latitude de 40º norte. Formação das bacias sedimentares recentes. 
Aparecimento do homem. 
 Terciária – Formação de bacias sedimentares. Formação dos dobramentos modernos ou 
cordilheiras recentes: Andes, Alpes, Himalaia, Rochosas, etc. 
Mesozóica Rochas sedimentares e vulcânicas. Intensa atividade vulcânica no Sul do Brasil formando 
os terrenos vulcânicos ou basálticos. 
Paleozóica Rochas sedimentares e metamórficas. Existência de cinco continentes: Indo, Afro, 
Brasileiro (Gondwana), Terra Canadense e Terra Siberiana. Existência de grandes 
florestas cujo soterramento originou posteriormente os depósitos carboníferos. Ocorrência 
de glaciações no Hemisfério Sul. 
Pré-Cambriano Proterozóico e Arqueozóico – Metamorfismo das rochas magmáticas. Formação no Brasil 
das principais jazidas minerais: ferro e manganês do Quadrilátero Ferrífero (MG) e do 
maciço de Urucum (MS), manganês do Amapá e formação da Chapada Diamantina e 
Serra do Espinhaço. Formação das rochas magmáticas e os primeiros escudos. Formação 
no Brasil dos escudos cristalinos e das serras do Mar e Mantiqueira. Existência de dois 
continentes (Arqueo-Ártico e Indo-Afro-Brasileiro). Formação dos oceanos. 
Azóico Ausência de vida. Período de maior duração da história da Terra. Período de resfriamento 
da Terra, solidificação dos minerais e formação das primeiras rochas, as magmáticas. 
 
2- ESTRUTURA DA TERRA 
 
Todos os estudos a respeito do interior da Terra apresentam, basicamente, uma 
estrutura concêntrica constituída por três camadas principais: 
- a camada externa (crosta terrestre) 
- o manto (camada intermediária) 
- o núcleo (nife) 
http://www.uff.br/geoden/figuras/fotogrametrico.jpg
13 
 
 
 
3- DERIVA DOS CONTINENTES 
 
Teoria da Deriva Continental 
1 – 200 milhões de anos: nessa fase inicial da evolução da superfície do globo terrestre, a 
“Pangea” 
ou Pangéia era, praticamente, uma única e extensa massa continental. 
2 – 150 milhões de anos: nessa outra fase da “Deriva dos Continentes”, o supercontinente 
da 
Pangéia já estava nitidamente separado em dois grandes continentes: o da Laurásia e o de Gondwana. 
3 – 100 milhões de anos: o deslocamento dos blocos continentais continuou ao longo de 
muitos milhões de anos, dividindo Gonswana, nessa fase, nas terras da América do Sul, da África, da 
Austrália e da Antártida. 
4 – 50 milhões de anos: nessa última fase da “Deriva dos Continentes”, a Laurásia já se havia 
dividido em América do Norte e Eurásia (Europa e Ásia), e assim ficou moldada a atual conformação 
dos continentes. 
Formulada por Pratt em 1869, e aperfeiçoada por Hayford, em 1909, segundo a qual a Terra 
tende a tomar permanentemente uma forma de equilíbrio isostático, isto é, de compensação de 
pressões. Quando se faz uma sobrecarga numa região a massa de sial é obrigada a penetrar no sima. 
Como compensação, outras regiões próximas sofrem, necessariamente, uma elevação (...). Isostasia é, 
portanto, uma condição de equilíbrio que se realiza entre as diversas partes da crosta terrestre. É o 
equilíbrio fundamental entre as massas continentais e oceânicas. Além disso, ele relacionou a 
movimentação dos continentes com a existência de correntes convectivas ou forças subjacentes no sima 
ou manto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4- TECTÔNICA (DINÂMICA) DE PLACAS 
 
A teoria das placas tectônicas (1967), sugere que a crosta terrestre flutua, isto é, movim 
enta-se sobre um substrato pastoso, magmático ou fluído. 
Essa teoria considera que a massa continental está dividida em seis grandes placas, sendo que 
os limites dos continentes não coincidem com os das placas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As placas realizam 3 tipos de movimentos: convergente, divergente e tangencial ou transformante. 
 
Limites de placas e feições características 
Tipo de limite Tipos de placas envolvidas Eventos geológicos 
Divergente Oceano-Oceano Expansão do assoalho oceânico, ascensão de magma 
básico, vulcões, terremotos rasos. 
Continente-Continente Fragmentação do continente, ascensão de magma, 
vulcões, terremotos. 
Convergente Oceano-Oceano Subducção, ascensão de magma, vulcões, terremotos, 
deformação crustal. 
Oceano-Continente Subducção, ascensão do magma, vulcões, deformação 
crustal, terremotos profundos. 
Continente-Continente Deformação crustal, metamorfismo, terremotos 
profundos. 
Transformante Oceano-Oceano Terremotos 
Continente-Continente Deformação de rochas, terremotos. 
Fonte: GUERRA, 1998. p.70. 
 
 
 
 
 
5- AGENTES INTERNOS OU ENDÓGENOS (RELEVO TERRESTRE) 
 
Os fatores internos do relevo têm sua origem nas pressões que o magma exerce sobre a crosta 
terrestre. Essas pressões podem provocar vulcanismo e outros fenômenos chamados tectônicos, como a 
formação de dobras e fraturas e a criação de montanhas. 
A diferença entre a temperatura do magma, uma substância quentíssima e por isso fluída, e a 
temperatura da crosta, que é mais baixa, pode resultar em dois fenômenos: em algumas regiões, o 
magma extravasa para a superfície, pelos vulcões, sob a forma de lavas; em outras, é a crosta que se 
transforma novamente em magma, “sugada” para o interior do manto. Essa troca de calor, é denominada 
movimento de convecção. 
 
 
 
 
15 
 
 
VULCANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O magma é uma massa pastosa com uma temperatura de mais de 2.000ºC, desprendendo 
gases que pressionam a crosta terrestre. 
Ao pressionar a crosta, o magma pode subir até perto da superfície, originando fraturas na 
crosta. Por essas fraturas, ele pode atingir a superfície, ocorrendo o vulcanismo. 
Existe uma longa faixa da superfície terrestre onde os fenômenos vulcânicos são muito comum, 
chamado de Círculo de Fogo do Pacífico. 
 
TECTONISMO 
 
O surgimento (assenso) e o afundamento da superfície resultam da ação do tectonismo, ou seja, 
da movimentação das placas tectônicas. O tectonismo pode ser classificado em epirogenético e 
orogenético 
Quando há uma grande pressão interna vinda do manto, muito comum no limite entre as placas, 
o magma extravasa para a superfície e se solidifica, o que provoca um afastamento entre duas placas. 
Mas, se de um lado ocorre afastamento, de outro, diferentes placas podem colidir. Quando essa colisão 
ocorre, e as rochas vizinhas são moles, dá-se à formação de montanhas. Essa é a origem dos 
dobramentos da crosta. 
Devido à pressão do magma, pode-se formar uma faixa ou zona de tensão e atrito junto ao limite 
entre duas placas. Se as rochas vizinhas forem pouco resistentes e não maleáveis, 
possivelmente ocorreram fraturas. Quando os blocos de rochas fraturados deslizam, deslocando-se um 
em relação ao outro, dizemos que houve falha ou falhamento. 
 
ABALOS SÍSMICOS 
 
Os abalos sísmicos são tremores que ocorrem no relevo continental ou insular (terremotos ou 
tremores de Terra) e no relevo submarino (maremotos). Os abalos sísmicos têm origem num local 
chamado hipocentro e se propagam, através de ondas sísmicas, até um local da superfície, chamado de 
epicentro, onde se manifestam mais desastradamente. 
16 
 
 
 
 
 
 
 
6- AGENTES EXTERNOS OU EXÓGENOS (RELEVO TERRESTRE) 
 
O relevo terrestreencontra-se em permanente evolução. Suas formas, criadas pelos 
agentes internos, estão constantemente sofrendo a ação de agentes externos, que realizam um trabalho 
escultural ou de modelagem da paisagem terrestre. Esse trabalho de modelagem é contínuo e 
incessante, e nele atua um conjunto de agentes como o intemperismo, as águas correntes, o vento, 
as geleiras e a ação dos mares e dos seres vivos. 
 
 
 
 
7- MINERAIS E ROCHAS 
 
Minerais são substâncias químicas, geralmente sólidas, encontradas na superfície da Terra. 
Apesar de sua variedade, todos os minerais apresentam diversas características comuns: cada um 
deles é um sólido químico determinado; cada um tem uma estrutura cristalina única; e na sua maioria 
nunca fizeram parte de um organismo vivo. 
Diversos tipos de rochas existentes na Terra possuem na sua composição substâncias minerais 
de grande aplicação econômica. Quando essas substâncias são utilizadas economicamente, recebem o 
nome de minérios. 
Rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. De acordo com sua origem, 
as 
rochas são classificadas em três tipos fundamentais: magmáticas ou ígneas, sedimentares 
e metamórficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As rochas magmáticas ou Ígneas são formadas pela solidificação do magma e são antigas e 
resistentes. Podem ser intrusivas/plutônicas/abissais ou extrusivas/vulcânicas/efusivas. As rochas 
intrusivas formam-se no interior da Terra pela lenta solidificação do magma. Em função desta lenta 
formação a rocha apresentará cristais de minerais. Já as rochas extrusivas resultam de uma 
solidificação rápida do magma quando este entra em contato com a atmosfera durante o vulcanismo. Em 
função desta rápida formação os minerais não formam cristais. 
As rochas sedimentares são formadas a partir da destruição de outra rocha pré-existente. Este 
material é então transportado, depositado e posteriormente sofrerá processos que irão determinar a sua 
consolidação. O intemperismo, ação de agentes como a água, vento, temperatura, etc, que irão promover 
a desagregação e decomposição da rocha. 
 Físico: divisão de blocos maiores em menores. 
 Químico: mudança da composição da rocha em função de reações químicas entre a rocha 
e soluções aquosas. 
 Biológico: ação de plantas que penetram nas fraturas das rochas, decomposição vegetal. 
Estes desgaste transformam as rochas em partículas ou pequenos detritos, chamados de 
sedimentos, 
irão ser transportados e depositados em locais mais baixos formando as bacias sedimentares. 
As rochas metamórficas são aquelas que sofrem mudanças na sua forma geral. Estas 
mudanças decorrem de novas condições ou de alterações de temperatura e pressão no interior da Terra.
18 
 
 
 
8- AS PRINCIPAIS FORMAS DO RELEVO TERRESTRE 
Costuma-se definir as formas do relevo terrestre por seu aspecto, origem e composição, ou seja, 
pela natureza das rochas que as compõem. Podemos diferenciar formas no relevo da terra: montanhas, 
serras, planaltos, planícies e depressões. 
 
 
 Montanhas: são as maiores elevações encontradas na superfície terrestre. Dá-se o nome 
de cordilheira a um conjunto de montanhas. Exemplo: Montanhas Rochosas (América do 
Norte), Cordilheira dos Andes (América do Sul), Alpes (Europa), Himalaia (Ásia) e montes Atlas 
(África). 
 Serras: são relevos alongados com topos irregulares, por vezes isoladas. Em geral 
são alinhamentos de montanhas antigas que foram erodidas e mais tarde falhada. As 
irregularidades que apresentam se devem a movimentos de acesso e descendo de blocos das 
rochas fraturadas. A denominação serras também pode se referir às áreas de bordas de planalto 
(escarpas). 
 Planaltos: são relevos aplainados que, por sua altitude (em geral superior a 300 metros), 
destacam - se em relação às áreas circundantes. Suas bordas são irregulares e apresentam 
19 
 
saliências e reentrâncias resultantes da ação de um ou mais agentes erosivos (chuva, rio, vento). 
Dependendo da natureza das rochas, os planaltos podem assumir diferentes formas. No Brasil, 
por exemplo, nossos planaltos apresentam: chapadas – elevação com escarpas verticais e topo 
plano; escarpas– representam a passagem de áreas baixas para um planalto. 
 Planície: superfície plana, formadas pelo acúmulo recente de sedimentos trazidos pela ação do 
mar, dos rios, das chuvas ou mesmo de lagos. 
 Depressões: são áreas rebaixadas em relação aos relevos circundantes. Sua origem pode 
estar ligada a processos de erosão ou a afundamentos provocados por falhamentos. Pode ser: 
absoluta 
(abaixo do nível do mar) e relativa (acima do nível do 
mar). 
 
 
9- PRINCIPAL ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA 
 
 
Os escudos cristalinos ocupam cerca de 35% da superfície brasileira, enquanto as bacias 
sedimentares se estendem por cerca de 58%; o derrame de material vulcânico recobriu os restantes 7% 
do território. 
No Brasil, as rochas cristalinas agrupam-se em estruturas ou províncias geológicas chamadas 
escudos. De forma genérica, identificam-se dois grandes escudos no Brasil: o da Guiana e o Brasileiro, 
este último dividido em uma série de núcleos menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando depressões dos escudos são preenchidas por detritos ou sedimentos, forma-se as 
bacias sedimentares. Sua importância econômica relaciona-se com a possibilidade de ocorrência de 
combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. No Brasil, identificam-se 8 bacias 
sedimentares, que ocupam a maior parte do seu território. 
As rochas vulcânicas, por vezes, sofrem intemperismo (desagregação físico-química), dando 
origem a um dos solos mais férteis do país, a chamada terra roxa. 
 
10- CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO 
 
Aroldo de Azevedo (década de 40) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Divisão do relevo 
Planaltos: Guianas; Brasileiro (Central, Atlântico, Meridional). 
Planícies: Amazônica, Pantanal, Costeira, Pampas. 
 
Critério: Nível Altimétrico 
Planalto: superfície levemente ondulada com mais de 200 m de altitude. Planície: superfície aplainada com 
menos de 200 m de altitude. 
 
 A zi z A b’ Sab er ( d écada de 50) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divisão do relevo: 
Planaltos: Guianas; Brasileiro (Maranhão – Piauí, Nordestino, Central, Serras e Planaltos do Leste 
e 
Sudeste, Meridional, Uruguaio – Sul – rio – grandense). 
Planície e terras baixas associadas: Amazônia e 
Costeira. Planície típica: Pantanal. 
 
Critérios: Processos de erosão e sedimentações 
Planaltos: superfície e aplainada (ou suavemente ondulada), onde atualmente se verifica o domínio 
do processo erosivo sobre o sedimentar. 
Planície: superfície onde o processo de sedimentação é mais atualmente e independe do nível altimétrico. 
 
Jurandyr L. S. Ross (década de 70 a 85) 
 
21 
 
Divisão do relevo: 
11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. As depressões ocupam a maior parcela do território; 
em segundo lugar estão as áreas planálticas e, com uma participação mínima, em terceiro lugar, estão 
as planícies. 
 
Critérios 
Associar informações sobre o processo de erosão e de sedimentação dominantes na 
atualidade com informações sobre a base geológica-estrutural do terreno, bem como do nível altimétrico. 
Segundo esse critério, define-se planalto como uma superfície irregular, com altitudes superiores 
a 
300 metros e originado a partir da erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares. Depressão é 
uma superfície geralmente mais plana que os planaltos, com inclinação suave e com altitudes que variam 
entre 
100 e 500 metros, resultante de prolongados processos erosivos, também sobre superfícies cristalinas ou 
sedimentares. Planície é uma superfície extremamente plana originada pelo acúmulo recente de 
sedimentos fluviais, marinhos ou lacustres. 
Além dessas formas de primeira grandeza, a classificação de Jurandyr Ross destaca – à 
semelhançadas classificações anteriores – formas de menor grandeza (como escarpas, serras e 
tabuleiros) 
embutidas nas primeiras. 
 
SITE INTERESSANTE: 
www.relevobr.cnpm.embrapa.br 
 
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO: 
 
01) 
 
TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo. Companhias Editora Nacional, 
2009 
(adaptad
o). 
 
O esquema mostra depósitos em que aparecem fósseis de animais do Período Jurássico. As rochas em 
que se encontram esses fósseis são 
A) magmáticas, pois a ação de vulcões causou as maiores extinções desses animais já conhecidas 
ao longo da história terrestre. 
B) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante dos 
sedimentos. 
C) magmáticas, pois são as rochas mais facilmente erodidas, possibilitando a formação de tocas que 
foram posteriormente lacradas. 
D) sedimentares, já que cada uma das camadas encontradas na figura simboliza um evento de 
erosão dessa área representada. 
E) metamórficas, pois os animais representados precisavam estar perto de locais 
quentes. 
 
 
http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/
22 
 
02) 
 
 
03) Leia estes trechos: 
O interior do Ceará voltou a ser atingido por tremores de terra na madrugada de ontem, com 
abalos sísmicos que alcançaram até 3,9 graus na escala Richter. Folha de S. Paulo, 10 mar. 
2008. p. C1. (Adaptado) 
 
A terra voltou a tremer na região de Caraíbas, no Norte de Minas Gerais. O abalo sísmico de 4,0 graus 
na escala Richter ocorreu anteontem à noite, onde, em dezembro de 2007, terremoto causou a morte da 
primeira vítima de um tremor de terra no País. Estado de Minas, 21 de mar. 2008. p. 22. (Adaptado) 
 
Por volta das 21h de anteontem, um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter assustou moradores 
de São Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina. Com epicentro na costa brasileira, a cerca de 270 km da 
capital paulista, o terremoto foi considerado moderado por cientistas e geólogos do País. Folha de S. 
Paulo, 24 abr.2008. p. C4. (Adaptado) 
 
Considerando-se essas informações e outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que: 
 
A) a ausência de vítimas no terremoto que afetou parte de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e 
Santa Catarina é explicada pelo fato de, no Centro-Sul do País, a construção civil 
empregar técnicas antiterremotos eficazes em países como o Japão. 
 
B) a escala Richter é utilizada para quantificar a magnitude sísmica de um terremoto ocorrido em 
continente ou em oceano, desde aqueles registrados somente pelos sismógrafos, até aqueles outros 
sentidos pelo homem e causadores de grande destruição. 
 
C) a mídia, ao fazer uso das expressões “tremor de terra”, “abalo sísmico” e “terremoto”, está-se 
referindo a um fenômeno geológico, que tem sua origem associada à mobilidade e ao deslocamento 
das placas litosféricas. 
 
D) as áreas continentais distantes das bordas de placas tectônicas – como é o caso de grande parte do 
território brasileiro –, se revelam, também, sismicamente instáveis, embora, nelas, os 
terremotos apresentem magnitude e freqüência reduzidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
04) Analise o mapa. 
 
 
24 
 
05) Responda a esta questão com base no desenho abaixo:
 
 
06) Sobre o relevo brasileiro, marque a alternativa correta. 
A) É muito antigo, por isso apresenta grandes cadeias de montanhas no planalto das 
Guianas. 
B) Sua formação, em mares de morro, favorece um clima mais ameno e com vegetação predominante 
de araucárias. 
C) A chapada da Borborema, no Nordeste, facilita a passagem da massa tropical atlântica, ocasionando 
chuva na região. 
D) A ausência de vulcões no território brasileiro se deve ao baixo grau geotérmico da América do 
Sul. 
E) É formado, em sua maioria, por bacias sedimentares, sendo muito antigo e baixo em função do 
processo erosivo ao longo dos anos. 
 
07)(UFOP/2005-2) A figura a seguir apresenta a área de ocorrência do tsunami, provocado por 
terremotos, no fim de dezembro último (2004), o que vitimou milhares de pessoas. Com base no mapa e 
em seus conhecimentos, é incorreto afirmar: 
25 
 
 
 
 
A) Considerando a área afetada, pode-se dizer que o tsunami ocorreu em região tropical e atingiu somente 
países do continente asiático. 
B) Considerando a localização geológica, foi um fenômeno originado pelo choque das placas tectônicas 
localizadas sob o Oceano Índico e seu epicentro ocorreu no norte da ilha de Sumatra. 
C) Considerando as características econômicas dos países atingidos, pode-se afirmar que o fenômeno 
atingiu países subdesenvolvidos. 
D) Considerando as coordenadas geográficas, pode-se afirmar que o fenômeno atingiu países localizados 
no sul e sudeste da Ásia e no leste da África. 
 
08)(CTU/2007.2) Analisando a distribuição geográfica das placas tectônicas, vulcões e zonas sujeitas a 
terremotos, pode-se concluir que: 
A) a grande maioria está nos países do Sul. 
B) esses fenômenos ocorrem nas chamadas planícies sedimentares. 
C) todas as regiões de atividade sísmica intensa estão sobre os limites de placas tectônicas. 
D) nas zonas de contato das placas tectônicas, a crosta se torna mais rígida, favorecendo o escape de 
magma. 
E) o deslocamento das placas tectônicas sempre causa um choque, seguido de um terremoto e/ou 
vulcanismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
09) Observe as figuras ao lado, que representam, respectivamente, os recursos naturais e as 
características geológicas do território brasileiro. 
 
Com base na leitura das figuras e em conhecimentos de Geomorfologia, é CORRETO afirmar: 
a) Nas bacias sedimentares situadas ao longo do litoral brasileiro, observa-se a formação de reservas 
minerais de bauxita, calcário e fosfato. 
b) A exploração do carvão se concentra na região Sul, em função de sua estrutura geológica formada de 
embasamentos cristalinos no período do quaternário. 
c) A estrutura geológica da região Nordeste possibilitou a concentração de reservas minerais de grande 
valor comercial, como amianto, chumbo, calcário, ferro e carvão. 
d) A estrutura geológica do Sudeste propiciou a concentração de importantes jazidas minerais, como o ferro 
em Minas Gerais e o petróleo no Rio de Janeiro. 
e) Nenhuma das Anteriores. 
 
10) Trata-se de uma área relativamente plana, com profundidade média de 200 metros e é bastante 
favorável à exploração de petróleo e gás natural. Essa é a definição do compartimento do relevo 
submarino denominado: 
A) crosta oceânica 
B) região pelágica ou abissal 
C) fossa submarina 
D) talude marinho 
E) plataforma continental 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
 
01-B 02-D 03-A 04-D 05-C 
06-E 07-A 08-C 09-D 10-E 
 
 
 
 
PINTOU NO ENEM: 
 
1 - As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases de 
erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito antigas 
(Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas 
sedimentares. São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a do 
São Francisco. 
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998. 
 
As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões de 
escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram a ação de empresas nacionais e estrangeiras do setor de 
mineração e destacam-se pela sua história geológica por: 
 
a) apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês). 
b) corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro. 
c) apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país. 
d) possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos em reservas de petróleo e gás natural. 
e) serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura. 
 
 
2- De repente, sente-se uma vibraçãoque aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem 
sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, 
poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo sísmico. 
ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo 
Científico, n. 117, abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012. 
 
O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos às 
áreas de: 
 
a) alívio da tensão geológica. 
b) desgaste da erosão superficial. 
c) atuação do intemperismo químico. 
d) formação de aquíferos profundos. 
e) acúmulo de depósitos sedimentares. 
 
Resposta: 
1-A 
2-A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
Vale a Pena Saber Mais: 
 
 QUAL A FREQUÊNCIA DOS MEGATERREMOTOS? 
THORNE LAY, sismólogo da University of California, Santa Cruz 
 
 
O terremoto Tohoku-Oki de magnitude 9, seguido de tsunami, que devastou o nordeste do Japão em 
março de 2011 pegou a comunidade sismológica de surpresa: quase ninguém pensava que a falha 
responsável pudesse liberar tanta energia em um evento. Podemos reconstruir a história da atividade sísmica 
indiretamente ao inspecionar a geologia local, mas isso jamais substituiria a detecção direta. Sismógrafos 
modernos existem há pouco mais de um século, tempo muito curto para dar uma ideia clara sobre os maiores 
terremotos que possam ter atingido determinada área a cada poucos séculos ou mais. Se pudéssemos deixar 
esses instrumentos funcionando por milhares de anos, no entanto, certamente mapearíamos riscos sísmicos 
de forma muito mais acurada – incluindo especificamente quais regiões podem ter eventos de magnitude 9, 
embora não tenham tido mais do que magnitude 8 nos registros históricos. 
Registros multimilenares também responderiam a outro enigma: os megaterremotos – que considero 
os tremores de magnitude 8,5 ou mais – ocorrem em grupos no mundo? Registros dos últimos 100 anos, 
aproximadamente, sugerem que sim: seis deles aconteceram na última década, por exemplo, e nenhum nas 
três décadas anteriores. Medições por um período mais longo nos diriam se esses agrupamentos envolvem 
interações físicas ou se foram apenas um acaso estatístico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://petgeologiaufop.blog.com/files/2013/06/questoes_para_o_proximo_milhao_de_anos_2__2012-10-02115109.jpg
29 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3: SOLOS 
 
1- FORMAÇÃO DOS SOLOS 
 
Uma rocha qualquer, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo, adquire maior porosidade e, 
como decorrência, há penetração de ar e água, o que cria condições propicias para o desenvolvimento 
de formas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer matéria orgânica à superfície do 
solo, aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo é constituído por rocha intemperizada, ar, 
água e matéria orgânica, formando um manto de intemperismo que recobre superficialmente as rochas 
da crosta terrestre. 
A matéria orgânica, fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se 
concentrada apenas na camada superior do solo. Essa camada é chamada de horizonte A, o mais 
importante para a agricultura, dada a sua fertilidade. Logo abaixo, com espessura variável de acordo com o 
clima, responsável pela intensidade e velocidade da decomposição da rocha, encontramos rocha 
intemperizada, ar e água, que formam o horizonte B. Em seguida, encontramos rocha em processo de 
decomposição (horizonte C) e, finalmente, a rocha matriz (horizonte D), que originou o manto de 
intemperismo ou o solo que a recobre. Sob as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha origina 
um tipo de solo diferente, ligado à sua constituição mineralógica: do basalto, por exemplo, originou-se a 
terra roxa; do gnaisse, o solo de massapé, e assim por diante. 
É importante destacar que solos de origem sedimentar, encontrados em bacias sedimentares e 
aluvionais, não apresentam horizontes, por se formarem a partir do acúmulo de sedimentos em uma 
depressão, e não por ação do intemperismo, mas são extremamente férteis, por possuírem muita matéria 
orgânica. 
O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste, que ocorre 
em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação. 
 
A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da 
água: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água de transportar material em 
suspensão; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação. 
A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da cobertura 
vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos obstáculos (raízes, troncos, 
folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em uma área desmatada, a velocidade de 
escoamento superficial é alta e a água transporta muito material em suspensão, o que intensifica a erosão 
e diminui a quantidade de água que se infiltra no solo. 
Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto por 
vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível, 
seja seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em terraços. 
Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam com a 
matéria orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se utilizar essa 
prática para combater pragas ou doenças. 
Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices 
pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que se infiltra 
no solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, lavando os sais 
minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo. Essa “lavagem” 
chama-se lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou surgimento de uma crosta 
ferruginosa laterita – popularmente chamada de canga no interior do Brasil – que em certos casos chega 
a impedir a penetração das raízes no solo. 
 
30 
 
 
 
 
 Mapa de solos mundial, no qual pode-se notar que na faixa tropical, predominam solos pobres 
quimicamente, muito parecidos com os do Brasil, ps chamados Latossolos ou Oxisols(nome derivado pela 
sua pobreza química). 
 
 
 
2- CONCEITUAÇÃO BÁSICA 
 
Pedologia  o termo pedon, deriva do grego, significa solo ou terra, portanto, a Pedologia é a 
ciência que estuda a origem, a evolução e a classificação dos solos. 
Edafologia  o termo edafos, derivado do grego, significa terreno ou chão, sendo que a Edafologia 
é a ciência que estuda a parte superficial do solo onde o ser humano cultiva os diversos tipos de plantas. 
Solo  do ponto de vista pedológico, ele pode ser definido como a camada superficial da litosfera 
resultante do intemperismo (físico-químico), sendo composto por quatro elementos básicos: matéria 
orgânica, minerais, água e ar. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
Horizontes  camadas com características diferenciadas que compõem o solo. 
Perfil do solo  conjunto dos horizontes que vão da superfície até o regolito e que pode ser 
observado, na prática, nos cortes topográficos de rodovias. Quando se tem um solo bastante desenvolvido 
e completo, ele é constituído principalmente por 3 horizontes: A, B e C. A subdivisão dos horizontes pode 
ser feita incluindo os algarismos arábicos 1, 2 e 3 ao horizonte principal. 
Tempo Geológico  a evolução geológica da rocha geradora do solo também é um fator importante na 
pedogênese, principalmente na espessura do seu perfil. Logicamente, o tempo associado ao clima e ao tipo 
de material será determinante para os estágios de formação de um solo. Daí, o fato de termos os solos 
jovens ou pouco desenvolvidose os solos maduros ou bem desenvolvidos. 
 
3- SANEAMENTO BÁSICO: ÁGUA E ESGOTO 
 
Muitas cidades têm redes de encanamentos para coleta de esgoto. Esses canos saem das pias e 
dos vasos sanitários, por exemplo. O esgoto percorre os canos e é despejado em rios ou córregos. No 
entanto, não basta coletar o esgoto. Ele precisa ser tratado para não poluir os córregos, os rios, os lagos e o 
oceano. Em boa parte do Brasil o esgoto não é tratado. Por isso, a poluição das águas reduz cada vez mais 
as fontes de abastecimento de água potável. 
O único modo de resolver o problema é investir em redes de coleta de esgoto e em estações de 
tratamento. 
 
 
 
Os serviços públicos de fornecimento de água encanada e tratada e o de coleta e tratamento 
do esgoto domiciliar (saneamento básico) estão diretamente ligados a saúde das pessoas porque evitam 
varias 
doenças. Também está ligada a preservação ambiental porque evitam a poluição das águas. Na maioria 
das cidades, o saneamento básico é realizado por empresas estatais, controladas pelo governo estadual 
ou municipal. Mas em alguns lugares é realizado por empresas privadas, fiscalizadas pelo poder público. 
Muitas famílias, no entanto, principalmente no meio rural, onde não há serviços públicos 
de saneamento básico, precisam conseguir água por conta própria. Também são elas que decidem o 
que fazer com o esgoto. A água costuma ser retirada de poços, fontes ou rios. Para o esgoto, deve-se 
construir uma fossa séptica, evitando seu lançamento em córregos ou rios. Em todos esses casos, é 
importante tomar vários cuidados. Observe as ilustrações. 
32 
 
 
 
 
4- Classificação do Solo quanto à granulometria 
 
Solos arenosos 
São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração areia, de tamanho 
entre 2mm e 0,05mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários. Os solos 
arenosos têm boa aeração e capacidade de infiltração de água. Certas plantas e microorganismos podem 
viver com mais dificuldades, no entanto, devido à pouca capacidade de retenção de água. 
 
Solos siltosos 
São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração silte, de tamanho entre 
0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosíveis. O silte não se agrega como as argilas e ao mesmo tempo 
suas partículas são muito pequenas e leves. 
 
Solos argilosos 
São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de tamanho 
menor que 0,002mm (tamanho máximo de um colóide). Não são tão arejados, mas armazenam mais água 
quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito 
argilosos apresentam grande permeabilidade - graças aos poros de origem biológica. Sua composição é de 
boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita). Formam pequenos grãos 
que lembram a sensação táctil de pó-de-café e isso lhes dá certas caraterísticas similares ao arenoso. 
 
Latossolo 
Possui a capacidade de troca de cations baixa, menor que 17 cmolc, presença de argilas de baixa 
atividade (Tb), geralmente são solos muito profundos (maior que 2 m), bem desenvolvidos, localizados em 
terrenos planos ou pouco ondulados, tem textura granular e coloração amarela a vermelha escura. 
 
Solo lixiviado 
São aqueles que a grande quantidade de chuva carrega seus nutrientes, tornando o solo pobre ( 
pobre de potássio, e nitrogênio). 
 
Solos negros das Planícies e das Pradarias 
São aqueles que são ricos em matéria orgânica. 
 
Solo Árido 
São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo. 
 
Solos de Montanhas 
São aqueles que o solo é jovem. 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Granulometria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microorganismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Silte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argila
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gibbsita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hematita
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3o
33 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO: 
 
01) Como os combustíveis energéticos, as tecnologias da informação são, hoje em dia, 
indispensáveis em todos os setores econômicos. Através delas, um maior número de produtores é capaz de 
inovar e a obsolescência de bens e serviços se acelera. Longe de estender a vida útil dos equipamentos e a 
sua capacidade de reparação, o ciclo de vida desses produtos diminui, resultando em maior necessidade de 
matéria-prima para a fabricação de novos. 
GROSSARD, C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 3, nº 36, 2010 (adaptado). 
 
A postura consumista de nossa sociedade indica a crescente produção de lixo, principalmente nas áreas 
urbanas, o que, associado a modos incorretos de deposição, 
A) provoca a contaminação do solo e do lençol freático, ocasionando assim graves problemas 
socioambientais, que se adensarão com a continuidade da cultura do consumo desenfreado. 
B) produz efeitos perversos nos ecossistemas, que são sanados por cadeias de organismos 
decompositores que assumem o papel de eliminadores dos resíduos depositados em lixões. 
C) multiplica o número de lixões a céu aberto, considerados atualmente a ferramenta capaz de resolver de 
forma simplificada e barata o problema de deposição de resíduos nas grandes cidades. 
D) estimula o empreendedorismo social, visto que um grande número de pessoas, os catadores, têm livre 
acesso aos lixões, sendo assim incluídos na cadeia produtiva dos resíduos tecnológicos. 
E) possibilita a ampliação da quantidade de rejeitos que podem ser destinados a associações e 
cooperativas de catadores de materiais recicláveis, financiados por instituições da sociedade civil ou pelo 
poder público. 
 
02) Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o de procurar 
resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de impactos 
ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer como a 
água executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa, quase 
sempre, uma série de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas. 
GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
2007 (adaptado). 
 
A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes 
em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho contrário a essa 
solução é 
A) a aração. B) o terraceamento. C) o pousio. D) a drenagem. E) o desmatamento. 
 
03) Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aqueles motivados pela 
água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos nas áreas de baixada, onde 
geralmente há ocupação urbana. Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidades 
brasileiras é 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) a maior ocorrência de enchentes, já que os rios assoreados comportam menos água em seus leitos. 
B) a contaminação da população pelos sedimentos trazidos pelo rio e carregados de matéria orgânica. 
C) o desgaste do solo em áreas urbanas, causado pela redução do escoamento superficial pluvial na 
encosta. 
D) a maior facilidade de captação de água potável para o abastecimento público, já que é maior o efeito do 
escoamento sobre a infiltração. 
E) o aumento da incidência de doenças como a amebíase na população urbana, em decorrência do 
escoamento de água poluída do topo das encostas. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
04) As queimadas, cenas corriqueiras no Brasil, consistem em prática cultural relacionadacom um método 
tradicional de “limpeza da terra” para introdução e/ou manutenção de pastagem e campos agrícolas. Esse 
método consiste em: (a) derrubar a floresta e esperar que a massa vegetal seque; (b) atear fogo, para que 
os resíduos grosseiros, como troncos e galhos, sejam eliminados e as cinzas resultantes enriqueçam 
temporariamente o solo. Todos os anos, milhares de incêndios ocorrem no Brasil, em biomas como 
Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica, em taxas tão elevadas, que se torna difícil estimar a área total atingida 
pelo fogo. Um modelo sustentável de desenvolvimento consiste em aliar necessidades econômicas e sociais 
à conservação da biodiversidade e da qualidade ambiental. Nesse sentido, o desmatamento de uma 
floresta nativa, seguido da utilização de queimadas, representa 
a) método eficaz para a manutenção da fertilidade do solo. 
b) atividade justificável, tendo em vista a oferta de mão de obra. 
c) ameaça à biodiversidade e impacto danoso à qualidade do ar e ao clima global. 
d) destinação adequada para os resíduos sólidos resultantes da exploração da madeira. 
e) valorização de práticas tradicionais dos povos que dependem da floresta para sua sobrevivência. 
 
05) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
06) Observe o mapa e as figura Correlacionando-se os elementos que atuam na formação dos solos, 
assinale a alternativa que 
CORRETAMENTE associa o perfil de solo à sua respectiva localização no mapa. 
a) X1; Y2; 
Z3. b) X2; 
Y1; Z3. c) 
X3; Y1; 
Z2. d) X2; 
Y3; Z1. e) 
X1; Y3; 
Z2.
s a s 
 
07) Observe a gravura. Ela representa o processo de formação do solo. De acordo com a gravura e a 
pedogênese é CORRETO 
afirmar que: 
a) a baixa capacidade de drenagem de um solo é identificada pela cor avermelhada, porque os óxidos de 
ferro são levados para o lençol freático. 
b) a natureza e o número de horizontes permanecem os mesmos em todos os tipos de solos, variando 
apenas a espessura dos horizontes. 
c) o horizonte C é o horizonte onde ocorre grande atividade biológica, por isso tem coloração clara pela 
presença da rocha consolidada. 
d) o solo é substrato onde evoluem outros sistemas, tais como os componentes da paisagem: relevo, 
vegetação, comportamento hídrico. 
e) o tipo de solo representado nesse perfil é o litossolo, porque o horizonte A está assentado diretamente 
sobre a rocha. 
36 
 
 
 
 
 
 
08)(Centro Universitário Serra dos Órgãos/2000) 
 
 
09) Analise os perfis de solo característicos de alguns domínios morfoclimáticos brasileiros. A partir da 
análise dos perfis, A, B e C, é possível afirmar-se que esses representam, respectivamente, 
configurações dos solos desenvolvidos nos domínios morfoclimáticos. 
a) Amazônico, da Caatinga e do 
cerrado. b) Amazônico, do Cerrado e 
da Caatinga. 
c) Caatinga, do Cerrado e 
Amazônico. d) Cerrado, da Caatinga 
e Amazônico. e) Nenhuma das 
Anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
10) Os deslizamentos de encostas podem ser definidos como: 
a) Movimento lento e imperceptível dos vários horizontes do 
solo. b) Ação erosiva da água em forma de sulcos. 
c) Deslocamentos de uma massa do regolito sobre um embasamento ordinariamente saturado 
de água. 
d) Movimento que começa com a queda livre de uma massa rochosa que é pulverizada no impacto 
produzido. 
e) Deslocamento rápido de um bloco de terra, quando o solapamento criou um vazio na parte 
inferior da encosta. 
GABARITO: 
 
01-A 02-E 03-A 04-C 05-A 
06-A 07-D 08-B 09-D 10-E 
 
 
Pintou no Enem: 
1-Um dos problemas ambientais vivenciados pela agricultura hoje em dia é a compactação do solo, devida ao 
intenso tráfego de máquinas cada vez mais pesadas, reduzindo a produtividade das culturas. Uma das formas 
de prevenir o problema de compactação do solo é substituir os pneus dos tratores por pneus mais 
A) largos, reduzindo a pressão sobre o solo. 
B) estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo. 
C) largos, aumentando a pressão sobre o solo. 
D) estreitos, aumentando a pressão sobre o solo. 
E) altos, reduzindo a pressão sobre o solo. 
2- 
 
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Nacional, 2009 (adaptado). 
38 
 
 
 
 
 
O gráfico relaciona diversas variáveis ao processo de formação de solos. A interpretação dos dados 
mostra que a água é um dos importantes fatores de pedogênese, pois nas áreas... 
A) de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e grande profundidade de solos. 
 
B) tropicais ocorre menor pluviosidade, o que se relaciona com a menor profundidade das rochas 
inalteradas. 
 
C) de latitudes em torno de 30º ocorrem as maiores profundidades de solo, visto que há maior umidade. 
 
D) tropicais a profundidade do solo é menor, o que evidencia menor intemperismo químico da água 
sobre as rochas. 
 
E) de menor latitude ocorrem as maiores precipitações, assim como a maior profundidade dos solos. 
 
 
 Respostas: 
1: A 
2: E 
 
 Vale a Pena Saber Mais: 
 
Todos os solos podem ser cultivados? 
Nem toda a superfície do globo pode ser usada para fins agrícolas. Muitos solos não são propícios para o 
cultivo, principalmente em regiões frias como o Ártico, a Antártida e as montanhas. Outras terras são muito 
desérticas, altas demais ou pobres em nutrientes. As áreas não aptas representam mais de 60% do continente 
terrestre. 
 
Cerrado 
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasileiro que mais alterações sofreu com a ocupação 
humana. A Mata Atlântica e o Cerrado são dois dos 25 "hotspots" do mundo, quer dizer, áreas mais ricas em 
biodiversidade e ao mesmo tempo mais ameaçadas no Planeta. 
 
Desertificação 
Cerca de 180 mil Km2 de terras brasileiras – a maior parte delas na região Nordeste – estão em processo de 
desertificação só visto no continente africano. 
 
Transformação 
Como entender as transformações de florestas antigas em desertos? Uma possível explicação são as 
http://www.curiosidades10.com/curiosidades/curiosidades_sobre_o_solo.html
39 
 
 
variações no clima do globo terrestre ocorridas ao longo dos séculos. Essas mudanças foram determinadas 
por causas naturais. Algumas regiões provavelmente ficaram com o clima mais seco (árido ou semi-árido). 
Com as secas prolongadas, os solos também ficaram mais secos, rasos e impermeáveis. A vegetação foi se 
tornando esparsa. Só sobreviveu quem conseguiu se adaptar ao novo clima. E assim surgiu um novo 
ecossistema. 
 
 
 
Saara 
Localiza-se no norte da África. Em árabe, o nome Saara significa "planície dura, campo de areia". Uma vasta 
planície de areia e extensos campos de dunas. Essa é a monótona paisagem do maior deserto do planeta. 
Mas o que não aparece, o Saara se esconde debaixo de um solo rico em minério de ferro, gás natural e 
petróleo. 
 
Solo Lunar 
O solo lunar é mais rico do que pensam os geólogos, pois contém uma variedade de elementos químicos úteis 
como a prata, o hidrogénio e o mercúrio, revelam as mais recentes conclusões de um projeto da NASA. 
 
Diversidade 
Na Terra pode-se encontrar organismos vivos inclusive a 3,2 km de profundidade sob o solo. 
 
Solo como alerta e camuflagem 
As avestruzes não enfiam a cabeça no solo...se fizessem isso, morreriam sufocadas. Suas pernas são 
suficientemente grandes para essas aves se defenderem de quem as ataca - ou para fugirem correndo. Elas, 
na verdade, encostam o ouvido no chão para perceber a vibração do solo e a aproximação de eventuais 
predadores. Nessa posição, o animal também consegue se misturar com a vegetação e afastar qualquer 
perigo de ataque. 
 
O solo enganando... 
As miragens ocorrem quando a luz atravessa duas camadas de ar com temperatura diferentes. O sol aquece a 
camada superficial do solo que aquece a atmosfera imediatamente acima do solo. Os raios de luz sofrem 
deflexão pelo ar quente e refletem o céu. Para o observador as massas de ar atuam como espelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40CAPÍTULO: CLIMA 
 
1- CONCEITO DE CLIMA 
 
O clima de um lugar é determinado pelos elementos e fatores climáticos. Os elementos agem 
diretamente sobre o clima. São eles: a temperatura, a chuva (e outros tipos de precipitação), a umidade 
do ar, os ventos e a pressão atmosférica. Esses elementos sofrem alterações devido à ação dos fatores 
climáticos, dentre os quais podemos destacar a latitude, a altitude, as correntes marítimas, a 
continentalidade, vegetação e o relevo. 
Da atuação dos fatores sobre os elementos climáticos resulta o tempo, que é a combinação 
momentânea dos elementos do clima. 
Para se determinar o clima de um lugar qualquer, deve-se analisar as variações do tempo nesse 
local e qual a sua sucessão habitual, resultante da atuação dos fatores sobre os elementos do clima. 
Sendo assim, pode-se aceitar como conceito de clima a definição de Max Sorre. “Clima é a 
sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfície terrestre”. 
 
 
2- TIPOS DE NUVEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
Influenciado pela sistemática de Lineu, para classificar plantas e animais, L. Howard, em 1803, 
produziu o primeiro sistema de classificação das nuvens realmente utilizável. Contribuiu muito, para sua 
aceitação geral, não só o uso de uma terminologia latina, muito em moda na época, como a constatação 
científica de que as mesmas formas de nuvens aparecem sobre toda a Terra. 
Na classificação internacional das nuvens incluem-se dez gêneros, cujos nomes, aportuguesados 
na sua grafia (embora seja de uso quase universal a grafia latina), são: 
 
1) Cirros – Ci (vem de cirrus, cacho de cabelo, franja — como a penugem de aves —) são as nuvens mais 
altas, são delicadas, brancas, fibrosas, geralmente esbranquiçadas, com aspecto de penas ou flocos de lã. 
Para alguns, lembra um “rabo de galo”. Pairam à altura média de 9 km. 
 
2) Cirrocúmulos – Cc aparecem sob forma de bolinhas muito pequenas e brancas, ordenadas em bancos 
ou campos de nuvens. São também constituídas por cristais de gelo, mas aparecem raramente. 
 
3) Cirrostratos – Cs mostram-se como véu esbranquiçado, fibroso ou liso, mais espesso que os cirros, 
constituído predominantemente por cristais de gelo. 
 
4) Altocúmulus – Ac são as nuvens denominadas vulgarmente de “carneirinhos”, como que novelos, 
habitualmente formadas por gotas de água líquida, com os bordos claros e zonas sombreadas no interior, 
reunidas em faixas alongadas. 
 
5) Altostratos – As são, na maior parte das ocorrências, nuvens em forma de véu uniforme, cinzento- 
azulado, raramente fibroso, através das quais o Sol e a Lua surgem enfraquecidos na sua luminosidade, 
como se os víssemos por um vidro fumaçado. Os altostratos contêm gotículas de água e cristais de gelo, 
além de flocos de neve e gotas de chuva. 
 
6) Nimbostratos – Ns : espessas camadas de nuvens cinzentas-escuras, que tapam por completo a Lua ou 
o Sol e cuja base inferior é reforçada por nuvens esfarrapadas, que dão chuva ou neve contínuas. A 
precipitação pode não atingir o solo, por se evaporar antes. Os nimbostratos compõem-se, como regra 
geral, de gotas de água em temperaturas mais baixas que aquela em que ocorre a solidificação (chamado 
fenômeno de sobrefusão), gotas de chuva, flocos e cristais de neve, ou de uma mistura de formas sólidas e 
líquidas. 
 
7) Estratocúmulos – Sc : nuvens brancas ou cinzentas, de formas arredondadas, dispersas ou reunidas em 
bancos, mas sempre distribuídas por uma camada horizontal pouco espessa. No inverno podem cobrir o 
céu, a que dão um aspecto ondulado. Elas contêm partículas de gelo misturadas com as gotas líquidas. 
 
8) Estratos – St (vem de stratus, isto é, espalhado como um lençol) são nuvens típicas dos crepúsculos. 
São baixas, alongadas e horizontais. Aparecem em camadas uniformes, sem estrutura visível (aparentando 
nevoeiro bem alto). São constituídas por gotas de água ou, se a temperatura for muito baixa, por partículas 
de gelo; sua precipitação característica é o chuvisco (precipitação muito uniforme em que as gotas de água, 
numerosas e pequenas, parecem flutuar no ar, cujos movimentos acompanham). 
 
9) Cúmulos – Cu (vem de cumulus, que quer dizer, montão de nuvens) são nuvens arredondadas no topo, 
majestosas, com o aspecto de montanhas de algodão, de base plana e quase horizontal. Indicam bom 
tempo e distam 1 a 2 km da superfície do solo. Quando na parte superior dos cúmulos muito desenvolvidos 
se forma a bigorna, constituída por granizo, neve ou gelo, obtém-se um novo tipo de nuvem, o 
Cumulonimbo – Cb. 
 
10) Nimbos – Ni (vem de nimbus, nuvem) são nuvens espessas e escuras; geralmente desfazem-se em 
chuva. Situam-se a menos de 2 km de altura. 
 
 
 
3- ATMOSFERA 
 
É formada pelos gases que envolvem a Terra, podendo ser dividida em diversas camadas que 
variam quanto à composição, espessura e temperatura.
42 
 
 
 
 
 Troposfera – Camada inferior da atmosfera, em contato com a superfície da Terra. Concentra cerca de 
75% do volume dos gases atmosféricos e é onde ocorrem fenômenos como ventos, chuvas, nuvens, 
etc. 
 Estratosfera – Possui ar bastante rarefeito e com baixa umidade, o que explica a quase ausência de 
nuvens. Nela, o ar se movimenta. 
 Mesosfera – Também chamada de camada intermediária, é famosa pela presença do gás ozônio que 
filtra os raios ultravioletas, nocivos aos seres vivos. 
 Ionosfera – Camada superior da atmosfera, muito rarefeita. É rica em partículas de íons e responsável 
pela reflexão das ondas longas )de rádio), enviando à Terra certas ondas eletromagnéticas. 
 Exosfera – espaço sideral. 
 
4- FATORES DO CLIMA 
 
 Latitudes- A temperatura varia na razão inversa da latitude. Assim, quanto mais baixa for a latitude, 
mais elevada será a temperatura. 
 Altitude- A temperatura também varia na razão inversa da altitude. Assim, quanto maior a altitude, 
menor a temperatura do ar atmosférico. 
 Massas de Ar - As variações do tempo atmosférico, que podem ser normalmente muito bruscas num 
único dia ou em períodos mais longos, são causadas pelo deslocamento das massas de ar. Apesar de 
as massas de ar se localizar numa imensa região oceânica ou continental, elas se movimentam, entra 
em choque e empurram umas às outras. Quando uma massa de ar se afasta de sua área de origem, 
ela leva consigo, suas características originais (umidade, temperatura). É por isso que massas de ar 
úmidas tendem a provocar chuvas nas áreas que atingem em seu deslocamento. E massas de ar frias 
costumam provocar queda de temperatura nas áreas para onde se deslocam.
43 
 
 
 
 
 Continentalidade/Maritimidade- As áreas próximas ao mar apresentam, em geral, amplitude térmica 
pequena, ou seja, sofrem pequenas variações de temperatura. Já as áreas localizadas no interior do 
continente, onde a influência marítima é menor, apresentam oscilações de temperatura bem mais 
acentuadas. Cidades com latitudes iguais ou muito próximas, situadas no litoral e no interior dos 
continentes, apresentam amplitudes térmicas bastante diferenciadas. 
 Correntes Marítimas - São grandes massas de água que se deslocam pelo oceano com condições 
próprias de temperatura, salinidade e pressão. Possuem grande influência no clima, além de 
favorecerem a atividade pesqueira em áreas de encontro de correntes quentes e frias, nas quais há a 
ressurgência de plâncton. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vegetação – As plantas retiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas folhas 
(evapotranspiração). Além disso, a vegetação impede que os raios solares incidam diretamente sobre 
a superfície. Assim, com o desmatamento, há uma grande diminuição da umidade e, portanto, das 
chuvas, além de um aumento significativo das temperaturas médias. 
 Relevo – Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo também influi na 
temperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar.

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