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A diferença que existe entre a estenografia e etnologia de trabalho de campo è (Guardado automaticamente)

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1. Considerando que Moçambique é um país culturalmente vasto diga qual é o objecto de estudo da Antropologia Cultural de Moçambique
O objecto expecifico de pesquisa antropológica é o Homem.
Antropologia cultural – indaga o significado e as estruturas da vida do homem como exprecao da sua habilidade mental.
Portanto o objectivo é as culturas simples conhecidas como primitivas ou agrafas. 
a) A diferença que existe entre a estenografia e etnologia de trabalho de campo è:
A etnógrafa tem como objectivo observar e descrever os diversos aspectos sociais da vida do grupo que está sendo estudado. Durante as observações, o pesquisador vive em meio aquela sociedade, observa fatos, fenómenos, acontecimentos, expressões artísticas e culturais.
Enquanto:	
Etnologia é o estudo ou ciência que estuda os factos e os documentos levantados pela etnografia no âmbito da antropologia cultural e social buscando uma apreciação analítica e comparativa das culturas e das civilizações.
b) Apresenta quais são os métodos usados nesta disciplina para a apreensão, análise e interpretação dos factos etnográficos
Bogdan e Taylor (1975) definiram a observação participante como uma investigação que se caracteriza por um período de interacções sociais intensas entre o investigador e os sujeitos, no meio destes, durante o qual os dados são recolhidos de forma sistemática. Para Georges Lapassade (1991, 1992, 2001), a expressão “observação participante” tende a designar o trabalho de campo no seu conjunto, desde a chegada do investigador ao campo da investigação, quando inicia as negociações que lhe darão acesso a ele, até ao momento em o abandona, depois de uma estada longa. Enquanto presentes, os observadores imergirão pessoalmente na vida dos locais, partilhando as suas experiências. Durante a estada no campo, os dados recolhidos são provenientes de fontes diversas, nomeadamente observação participante, propriamente dita, que é o que o observador apreende, vivendo com as pessoas e partilhando as suas actividades. Mas, também, através das entrevistas etnográficas, que são as conversações ocasionais no terreno, portanto não estruturadas, e mediante o estudo, quer de documentos “oficiais”, quer, sobretudo, de documentos pessoais, nos quais os nativos revelam os seus pontos de vista 5 pessoais sobre a sua vida ou sobre eles próprios, e que podem assumir a forma de diários, cartas, autobiografias.
2. No sentido antropológico do termo todos os indivíduos possuem cultura e manifestam influências culturais em muitas das suas formas de perceber e interpretar o mundo que os rodeia. 
a) Diga como é que os indivíduos adquirem cultura?
Pode-se ver que ela pretende ser puramente descritiva e objectiva e não normativa. Por outro lado, ela rompe com as definições restritivas e individualistas de cultura: para Tylor, a cultura é a expressão da totalidade da vida social do homem. Ela caracteriza por sua dimensão colectiva. Enfim, a cultura é adquirida e não depende da hereditariedade biologia. No entanto, se a cultura é adquirida sua origem e seu carácter são, em grande parte inconscientes. 
b) Quais são as principais características das duas formas de socialização mais conhecidas, nas quais os principais intervenientes podem ser a família e a escola? 
O primeiro contacto que o ser humano tem, ao nascer, é a família: primeiramente, com a mãe, por meio dos cuidados físicos e afectivos, e, paralelamente, com o pai e os irmãos, que transmitem atitudes, crenças e valores que influenciarão no seu desenvolvimento psicossocial. Num segundo momento, tem a interferência da escola. Geralmente, nessa fase, o indivíduo já traz consigo referências de comportamentos, de orientação pessoal básica, devido ao contato inicial com a família.
O processo de socialização ocorre durante toda a vida do indivíduo (SAVOIA, 1989); por isso, esse processo é dividido em etapas:
Socialização primária: ocorre na infância com os agentes socializadores citados anteriormente, que exercem uma influência significativa na formação da personalidade social;
Socialização secundária: ocorre na idade adulta. Geralmente, nessa etapa, o indivíduo já se encontra com sua personalidade relativamente formada, o que caracteriza certa estabilidade de comportamento. Isso faz com que a ação dos agentes seja mais superficial, mas abalos estruturais podem ocorrer, gerando crises pessoais mais ou menos intensas. Nesse momento, surgem outros grupos que se tornam agentes socializadores, como grupo do trabalho;
c) Discuta a relevância da diversidade cultural nos processos Educativos
d) Explica como é que se processa a dinâmica cultural
A cultura é dinâmica No texto extraído do livro “Cultura –Um conceito Antropológico,” Roque Laraia afirma que a cultura e dinâmica pois sofre alterações ao longo do tempo. Essas mudanças culturais resultam de influências internas ou externas.
Mudança Cultural Interna Essa alteração cultural é muito lenta, praticamente imperceptíveis para quem não possua um bom suporte de observação. Motivada basicamente pelo passar do tempo devido a necessidades praticas, e pequenas alterações nas informações transmitidas pelo censo comum.
Mudança Cultural Externa Neste caso as mudanças são mais intensas, mais bruscas e causas um maior impacto. Geralmente são causadas por eventos históricos, tais como catástrofes naturais, guerras e grandes revoluções tecnológicas.
Concluindo A cultura é dinâmica pois está sempre se alterando de alguma forma, seja em ritmo mais lento ou em caráter mais instantâneo e independentemente do que motiva essa alteração cultural.
e) Em que é que consiste a “Aculturação”, “Mudança cultural” e “Difusão cultural”.
Esse processo de “modelagem” pela qual nossa cultura passa é resultante do fenômeno da aculturação. A aculturação é o nome dado ao processo de troca entre culturas diferentes a partir de sua convivência, de forma que a cultura de um sofre ou exerce influência sobre a construção cultural do outro.
Esse processo, porém, não deve ser confundido com outros fenômenos da interação entre culturas diferentes, como a assimilação cultural, processo em que um grupo cultural assimila ou adota costumes e hábitos de uma outra cultura em detrimento da sua. Nesse processo, a cultura “original” de um grupo é gradualmente substituída e se perde no decorrer do tempo. Embora possa ser um catalizador para essa assimilação, nem toda adoção de traços culturais diferentes resulta na substituição ou no abandono de outro aspecto cultural.
A mudança cultural é um fenómeno que se produz intensamente nas atuais sociedades, de tendência multicultural e cada vez mais acentuada, dada a rapidez do ritmo a que vivem e dos convívios externos a que estão sujeitas. Ela é o resultado dessa convivência e a prova do progresso, o qual atesta o carácter não estático das culturas, que evoluem ao longo do tempo, fazendo a História dos povos. A mudança cultural começou a fazer-se sentir com mais força, ao mesmo tempo que se geraram numerosos processos de aculturação, coincidindo com a passagem das estruturas rurais a urbanas e das estruturas agrárias a industriais. 
Difusionismo ou Difusão cultural é a teoria que trata do desenvolvimento de culturas e tecnologias, particularmente na história antiga. A teoria sustenta que uma determinada inovação foi iniciada numa cultura específica, para só então ser difundida de várias maneiras a partir desse ponto inicial. 
De acordo com o difusionismo, presume-se que uma inovação maior (como por exemplo, a invenção da roda) tenha sido criada num tempo e local particular para então ser passada para populações vizinhas através de imitação, negociação, conquista militar ou outras maneiras. Dessa forma, a inovação irradia lentamente de seu ponto de partida. A teoria pode ser aplicada a temas artísticos, crenças religiosas ou qualquer outro aspecto da cultura humana.
Esse método tem sido usado para investigar inovações, traçando rotas até presumidos pontos de partida, localizando assim sua origem em culturas distintas e mapeando a história de sua difusão.
f) Discutaa natureza não-instintiva da cultura.
3. Durante as aulas aprendeu que existem ao longo do país inúmeras práticas culturais que podem concorrer para o abandono escolar, fraca adesão da rapariga à escola, afectando desta feita o processo de ensino aprendizagem, mas por outro lado aprendeu que algumas dessas práticas culturais são valores enraizados, cuja permanência ao longo dos tempos e das gerações revelam a racionalidade cultural que as pessoas tem diante da realidade ao seu redor. É chamado a intervir numa situação como esta qual seria o seu posicionamento. Como conciliar a necessidade de preservação cultural com o a necessidade de escolarização dessas pessoas?como fazer com que as pessoas continuem a irem a escola sem prejudicar aqueles que são os seus valores culturais?
 
4. Ao longo da sua existência social o indivíduo adquire cultura e constrói a sua identidade. 
a) Apresenta as diferenças e complementaridades entre os processos através dos quais o indivíduo adquire a cultura. 
A cultura popular é aquela produzida pelo povo em contraste às instituições formais de educação. 
Subcultura reflete o uso seletivo de alguns elementos de uma cultura para reforçar a identidade de um grupo social, étnico, de gênero, etário, de orientação sexual ou de afinidade.
Cultura é homogênea.
A cultura é uma coisa que funciona ou existe independente da ação humana.
A cultura se distribui uniformemente entre os membros de um grupo.
Um indivíduo possui apenas uma única cultura.
Cultura é costume.
Cultura é atemporal.
b) Diga o que diferencia o nativo e o não nativo em relação a um determinado grupo social durante o processo de aquisição da cultura. 
5. O Lobolo é uma prática cultural dinâmica, ao longo dos tempos há valores que se foram “perdendo”, de igual modo outros elementos foram incorporados. Com base nos conhecimentos antropológicos (e não especulações do senso comum) responda o seguinte:
a) Em que tipo de sociedades esta prática é recorrente e diga qual a principal lógica que norteia a sua realização?
Quanto aos casamentos, na zona sul, um jovem honesto passa por três casamentos: Tradicional ou lobolo, Civil e Religioso.
Todavia, o lobolo é imprescindível, razão pela qual o governo reconhece como legítimas às famílias constituídas neste casamento, desde que as estruturas comunitárias de base assistem e enviem relatórios à administração local, esta por sua vez assenta no registo civil que três meses depois os noivos podem ir assinar o registo do seu casamento, desde que autorizados pelos seus pais.  Lobolo é um costume cultivado até hoje no sul de Moçambique. A família da noiva recebe dinheiro pela perda que representa o casamento e a ida para outra casa. 
b) Porque é que se considera que o lobolo define o estatuto da criança?
No entanto, o lobolo tem significado de unir os antepassados das duas famílias (a do noivo e a da noiva), pedir aos antepassados que dêem sorte ao novo lar e sobretudo a fertilidade da noiva; garantir protecção da mulher na família do seu marido e finalmente passa a pertencer à família do seu marido; garantir o direito da noiva continuar na casa do marido a cuidar dos filhos; caso o marido morra, o irmão do marido assume a esposa como herdeiro da família.
Com efeito, o mesmo permite que com a morte da esposa ainda jovem (sobretudo se deixar filhos menores) a família dela oferece ao genro uma menina para cuidar de seus sobrinhos como seus filhos e ela passará a ocupar o lugar da falecida irmã no lar. Se o genro está disposto a lobolar a menina, trata de organizar todas as formalidades, dádivas que constituem  vestuários para pai da noiva, sua mãe, suas tias (materna e paterna), seus avós (maternos e paternos), cinco litros de vinho, tabaco, algumas bebidas tradicionais e um valor em dinheiro que varia de família em família.

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