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Parasitoses Emergentes Syngamus laryngeus Angiostrongylus costaricencis Lagochilascaris minor Syngamus laryngeus Família Syngamidae • Syngamus trachea: encontrado em várias aves, domésticas e selvagens, especialmente nos filhotes, tais como pintos, perus e faisões. • Syngamus laryngeus: invade as vias respiratórias superiores do gado, búfalos aquáticos e outros herbívoros. Família Syngamidae • A infestação na espécie humana é relativamente rara. • Quando ocorre, o homem é apenas um hospedeiro acidental. • A espécie que infecta o homem é a Syngamus laryngeus. Morfologia • Boca com anel quitinoso • Coloração vermelho-viva • Cápsula bucal com seis a dez dentes no fundo • O macho mede cerca de 3 mm e a fêmea 8 a 9 mm • Macho com bolsa copuladora reduzida e terminal, espículos iguais e pequenos • Fêmea com cauda cônica • Macho e fêmea em cópula permanente: confere ao casal uma aparência característica em forma de "Y” Patogenia • Tosse seca, crônica, acompanhada ou não de disfonia discreta, que pode ser confundida com sintoma de asma ou desordens psicogênicas • Hemorragias na epiglote • Edema: O edema pode levar à asfixia (geralmente em aves) Diagnóstico • Demonstração dos nematódeos em cópula (o referido "Y") ou pelos ovos característicos no escarro, secreção de lavagem traqueal ou nas fezes Epidemiologia • Na maioria dos casos que os pacientes relatam, a transmissão ocorre pelo contato freqüente com os hospedeiros usuais • Aparentemente, todas as infecções são acidentais com a espécie bovina de S. laryngeus, que parasita o aparelho respiratório de bovinos, búfalos e cabras. • Prevalência em regiões tropicais ou subtropicais Profilaxia • Para prevenir-se adequadamente da infecção, deve-se cozinhar bem os alimentos e ferver adequadamente a água. Tratamento • remoção direta dos parasitas: única medida terapêutica efetiva. • pode ocorrer espontaneamente durante um episódio de tosse severa ou por remoção cirúrgica. • tratamento medicamentoso complementar: mebendazolina, tiabendazolina ou dietilcarbamizinel • a efetividade de agentes anti-helmínticos na infecção ainda não foi estudada. Laghochilascaris minor Laghochilascaris minor • É o agente etiológico da lagochilascariose humana Morfologia • Os vermes adultos possuem coloração branco-leitosa • Medem de 5 a 20 mm • Na extremidade cefálica apresentam a boca guarnecida por 3 lábios bem desenvolvidos. Morfologia • Os ovos medem de 63 a 85 µm no maior diâmetro, apresentam casca espessa, com a superfície apresentando múltiplas escavações. Biologia • Hospedeiros naturais (caninos silvestres), abrigam o verme adulto nas primeiras porções do sistema digestivo ou respiratório, onde as fêmeas depositam os ovos. • Esses são eliminados pelas fezes contaminando os solos. • Após embrionados, quando ingeridos por hospedeiros intermediários (roedores silvestres), infectam esses animais evoluindo para formas larvadas encistadas nos músculos e tecido celular subcutâneo. Biologia • Os hospedeiros definitivos ao devorarem esses animais seriam infectados por essas larvas encistadas, fechando o ciclo natural. Não ocorrem mudanças larvárias. • O HOMEM, o cão e o gato doméstico, ao se infectarem comportam-se como HD acidentais. • As larvas no HD libertam-se dos cistos e migram a partir do esôfago para estruturas do pescoço e áreas vizinhas, por um tropismo ainda não esclarecido. Patogenia • Numerosos abcessos interligados por trajetos fistulosos, envolvidos por tecido de granulação. • Comumente os pacientes relatam a eliminação de parasitos vivos pelos pertuitos das lesões, ou através do conduto auditivo externo, da boca ou das fossas nasais. Diagnóstico • identificação do verme • encontro de ovos e larvas do parasito nas secreções provenientes das lesões Epidemiologia • Em quase todos os casos, até agora conhecidos, de lagoquilascaríase humana, o parasito se localizava nos tecidos do pescoço, nos seios da face ou sobre a apófise mastóide. • Ao que tudo indica a infecção acontece pela ingestão de larvas encistadas, encontradas em carnes mal cozidas de animais silvestres. Tratamento • As drogas que tem demonstrado melhores resultados clínicos em caso de humanos são o camebendazol e levamisol. Profilaxia • Recomenda-se não ingestão de carnes cruas – principalmente de cutia e outros roedores silvestres. Angiostrongylus Angiostrongylus costaricensis Angiostrongylus cantonensis • Parasita de artérias pulmonares, mesentéricas ou coração de roedores • Homem é hospedeiro acidental/anormal • A. cantonensis: causa mais comum de meningite eosinofílica em humanos • A. costaricencis: agente causal de angiostrongilose abdominal ou intestinal. Hospedeiro intermediário: Sigmodon hispidus. Morfologia • Nematódeo • A abertura bucal é rodeada por pequenos lábios • O macho mede 20 mm, com uma bolsa copulatória e dois espículos. • A fêmea mede 33 mm, extremidade caudal cônica com pequena projeção no ápice; são mais escuras. • As larvas possuem duas longas cristas ou alas que percorrem todo o corpo. Patogenia Angiostrongylus costaricensis: • Linfangites, flebites e arterites eosinofílicas; • Necrose dos órgãos comprometidos. • Eosinofilia tecidual intensa e formação de granulomas; • Lesões no apêndice cecal, íleo terminal e ceco. • Retenção dos ovos na parede intestinal = reação inflamatória; • febre, dores abdominais, simulando apendicite ou cecite, pois o parasito localiza-se nos ramos da artéria mesentérica superior, onde pode causar obstrução e necrose regional; Patogenia A. cantonensis: • Atinge o Sistema Nervoso Central, podendo causar meningite eosinofílica; • Causa dores de cabeça, rigidez de nuca e parestesias; • Pode ocorrer paralisia facial transitória em 5% dos pacientes, acompanhado ou não de febre baixa. Ciclo biológico • Vermes adultos vivem nas artérias pulmonares dos ratos; • As fêmeas depositam os ovos L1; • Evoluem para estágio larvário L2 nas artérias pulmonares; • Migram para a faringe; • São deglutidas e vão para as fezes do roedor; Ciclo biológico • Essas larvas excretadas são ingeridas pelo hospedeiro intermediário = lesmas/caramujos • Passam a L3 e se tornam infectantes para os mamíferos hospedeiros; • Sendo ingerida pelo mamífero, migra para o cérebro ou para as vênulas intestinais conforme a espécie e se desenvolve em adulto jovem. Diagnóstico � O diagnóstico clínico é baseado nos sintomas, que podem ser confundidos com apendicite. � Algumas vezes, o diagnóstico é feito depois da cirurgia. � Nos ratos infectados, a larva no primeiro estágio pode ser facilmente identificada, entretanto isso não ocorre em humanos, nos quais um teste imunológico deve ser usado para confirmar os casos suspeitos. Epidemiologia � Identificado em crianças da Costa Rica no início dos anos 50 � Casos em seres humanos foram relatados dos Estados Unidos à Argentina, também em ilhas Caribenhas � Em 1993, mais de 650 casos foram diagnosticados na Costa Rica (21.6 casos por 100,000 pessoa ao ano) � No Brasil, segundo Pena et al., até 1995 apenas 42 casos haviam sido reportados, sendo 27 no Rio Grande do Sul, 4 em Santa Catarina, 4 no Paraná, 3 em São Paulo, 2 no Distrito Federal, um em Minas Gerais e um em Espírito Santo Tratamento • Cirurgia • dietilcarbamazina, tiabendazol e albendazol. (“remissão” dos sintomas) – migração errática Profilaxia • combate aos roedores • cuidado no preparo dos alimentos • cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos.
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