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Aleitamento materno (SBP + aula) - primigesta; - uso de chupeta; - prematuridade e/ou baixo peso (menor sucção); - gemelaridade; - experiência prévia desfavorável com a amamentação; - menor escolaridade da mães; - trabalho materno fora de casa; - mães adolescentes; - falta de informação adequada. - reduz: • mortalidade em crianças menores de 5 anos; * amamentação na 1ª hora de vida, associada a redução da mortalidade neonatal • incidência e a gravidade de infecções como diarreia (AME), infecções respiratórias; • alergias (redução de atopia mesmo em famílias atópicas com o aleitamento de no mínimo 3 meses); * uso de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece estar associado ao aumento do risco de alergia ao mesmo • morbidade por otite média aguda, rinite alérgica, asma e sibilância; • probabilidade de sobrepeso/obesidade, diabetes tipo 2 e leucemia. - promove: • desenvolvimento orofacial (motor-oral) adequado, reduzindo a probabilidade de mal oclusão dental, problemas na mastigação, deglutição, respiração e oral; • melhor desenvolvimento cognitivo e inteligência (observada em diversas faixas etária – adultos); • uma microbiota intestinal saudável, com reflexos positivos em diversos órgãos, inclusive o cérebro. * é próprio da espécie, portanto promove nutrientes necessários para o ótimo desenvolvimento e crescimento da criança pequena, é mais bem digerido. Mulher: - aumenta o período de amenorreia lactacional (efeito anticoncepcional); - reduz a probabilidade de CA de mama, ovário e endométrio, diabetes tipo 2 e depressão pós- parto*. *grifado: não tem no livro Família: - reduz gastos da família com a compra de “substitutos” do leite materno, doenças da criança e falta dos pais ao trabalho; - promove o vínculo afetivo mãe-filho, com reflexos positivos para toda a família. Estado: - reduz os gastos com fórmulas infantis nas maternidades; - reduz os gastos associados a doenças na criança: consultas, medicamentos, internações, absenteísmo dos pais no trabalho. Meio ambiente: - protege o meio ambiente: leite materno é um alimento natural, sustentável, produzido e levado ao consumidor sem desperdício, desmatamento, efeito estufa, poluição do ar e das águas e produção de lixo; PASSO 1: - reconhecer que o aleitamento materno é a melhor forma de alimentação da criança pequena, sendo inigualável; - leite humano é uma substância viva, personalizada, que nutre e protege a criança contra doenças; - ato de amamentar promove o vínculo afetivo entre mãe e filho. PASSO 2: - ter uma visão ampliada do AM, acreditando que amamentar é muito mais que alimentar a criança; - amamentação deve ser vista como um processo inserido em um contexto, em que atuam diferentes fatores de ordem estrutural (socioculturais e mercadológicos), ambiental (sistema e serviços de saúde, família e comunidade, trabalho materno) e individual (atributos da mãe e da criança e a relação entre elas), exercendo diferentes níveis de influência. PASSO 3: - praticar o aconselhamento em todas as consultas envolvendo o AM, auxiliando mulheres e famílias a tomarem decisões informadas; - o aconselhamento favorece uma boa comunicação, indispensável para o bom atendimento; - técnicas no aconselhamento: ouvir muito, mostrar empatia, não julgar, aceitar e respeitar os sentimentos e opiniões de outros, dar sugestões em vez de ordens. PASSO 4: - respeitar e apoiar as opções das mulheres; - cabe à mulher tomar as suas decisões, cabe ao profissional empoderá-la fornecendo elementos para que ela adote as melhores opções. PASSO 5: - acolher e confortar as mulheres que, por alguma razão, não amamentam ou amamentam menos do que o recomendado. PASSO 6: - manter-se atualizado, adotando práticas baseadas nas melhores evidencias cientificas disponíveis. PASSO 7: - ter habilidades clinicas necessárias para apoiar as mulheres nas dificuldades relacionadas à amamentação (além do conhecimento da anatomia, fisiologia e fisiopato); - ex.: saber verificar se a técnica da mamada está adequada, saber avaliar o freio lingual do RN. PASSO 8: - adotar as boas práticas hospitalares em amamentação, compatíveis com os “dez passos para o sucesso do aleitamento materno” da iniciativa Hospital Amigo da Criança; - mesmo que não seja um HAC o pediatra deve se atuar de acordo com esse documento: auxiliar no treinamento de toda equipe, capacitando-a para executar as rotinas que favorecem a amamentação, ajudar as mães a fazer o contato pele a pele com o RN, iniciar AM na 1ª hora de vida; - mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se ocorrer de serem separadas dos filhos; - não prescrever ao RN nenhum outro alimento além do leite materno (salvo se contraindicado); - pediatra: incentivar o alojamento conjunto, encorajar o AM sob livre demanda; não dar bicos/chupetas a crianças amamentadas; encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento para onde as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta. PASSO 9: - conhecer e cumprir a lei nº 11.265/NBCAL (Normal Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras – para crianças até 3 anos de idade) que protege a amamentação contra o marketing abusivo dos substitutos do leite materno, e outras leis de proteção da amamentação; - leis no Brasil que protegem direta e indiretamente o AM: • estabilidade de emprego, da concepção até a criança completar 5 meses; • licença maternidade de 120 dias e expandida para 6 meses para servidoras públicas federais (optativa para estaduais e municipais) e trabalhadoras de empresas privadas que fazem parte do “Empresa Cidadã”; • licença paternidade de 5 dias para todos os pais, 20 dias para servidores públicos federais e trabalhadores de empresas privadas que fazem parte do “Empresa Cidadã”; • garantia de local/creche para deixar seu filho para trabalhadoras de empresas com mais de 30 mulheres com mais de 16 anos; • 2 intervalos de 30 minutos no seu horário de trabalho até 6 meses após o parto (pode ser maior mediante justificativa médica relacionada a saúde da criança); • salas de apoio à amamentação no local de trabalho, o que é facultativo; PASSO 10: - acreditar que a amamentação é um processo que precisa ser compartilhado, valorizando a rede de apoio da mulher (essencial para o sucesso do AM). O AM é responsabilidade de todos. AM exclusivo: recebe apenas o leite materno, sem outros líquidos ou sólidos. AM predominante: leite materno + águas, bebidas à base de água (chás, infusões), suco de frutas. AM complementado: leite materno + alimentos complementares (sólido/semissólido – frutas, papinha). AM misto ou parcial: leite materno + outros tipos de leite (formula ou outros). OMS, MS e SBP: recomendam o AM por 2 anos ou mais (desmame deve ocorrer naturalmente), sendo exclusivo nos primeiros 6 meses. → até +2 anos: benefícios devido ao valor nutritivo do leite materno e à proteção contra doenças infecciosas (independe da idade) → exclusivo até 6º mês: inserir alimentos nesse período pode causar prejuízos à saúde da criança, ex.: maior chance de adoecer por infecção intestinal e hospitalização por doença respiratória; pode também reduzir a duração do AM, interfere na absorção dos seus nutrientes (Fe, Zn) e reduz eficácia da lactação na prevenção de novas gestações. → dados Brasil, média de duração: AM: 14 meses; AME: 1-4 meses (< 10% chega a 6 meses de AME). - mama → 15 a 25 lobos mamários (gll. tubuloalveolares; envolvidos por tecido adiposo, linfático, nervoso e vascular) → 20-40 lóbulos em cada → 10-100 alvéolos em cada (rodeados pelas células mioepiteliais); ** contração dos alvéolos → ductosenchem-se de leite e dilatam - produção de leite materno decorre de complexa interação neuro-psicoendócrina. Fase I da lactogênese (gravidez - ~2dias após o parto) - estrogênio: ramificação dos ductos lactíferos; - progestagênio: formação dos lóbulos; ** diferenciação das células alveolares em secretoras. - lactogênio placentário, prolactina, gonadotrofina coriônica (HCG) → também contribuem para a aceleração do crescimento da mama. - prolactina elevada na gravidez, mas não há secreção do leite devido a inibição pelo lactogênio placentário. Fase II da lactogênese (início da secreção do leite; 3º-4º dia pós parto) ** descida ocorre mesmo sem sucção da criança ao seio. Fase III da lactogênese (galactopoese) - persiste por toda a lactação; - controle autócrino; - depende primordialmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama (maior taxa de síntese quando a mama é esvaziada com frequência); ** remoção contínua de peptídeos supressores da lactação do leite garante a reposição do leite removido. ** inicio da lactação: ~100mL/dia; 4º dia: ~600mL; 6 meses de AME: 850mL/dia. - prolactina (adenohipófise; reflexo da produção do leite): produção do LM enquanto a criança está mamando (inibição da dopamina – fator inibidor da prolactina); ** receptores de prolactina nas células alveolares sofrem alterações quando elas estão cheias impedindo a ligação do hormônio (mecanismo não bem elucidado), inibindo a síntese de leite. - ocitocina (neurohipófise; reflexo da ejeção/descida do leite): • estímulos sensoriais (visão, olfato, audição – ouvir o choro da criança) e emocionais (motivação, autoconfiança e tranquilidade) → liberação; • ansiedade, dor, estresse, desconforto, insegurança, falta de confiança → inibição. Obs.: habitualmente, capacidade de produção de leite da mãe é MAIOR que a demanda de seu filho. ** importante que o bebe pegue toda a aréola a fim de garantir a compressão de todos os ductos ** ocitocina → contração das células mioepiteliais → ejeção de leite A produção de leite materno depende de: níveis hormonais adequados de prolactina (hipófise anterior) e ocitocina (hipófise posterior) garantido pelo esvaziamento completo adequado da mama. Prolactina (slide da aula) - níveis sobem cerca de 20 minutos após o início da sucção do bebê, levando à produção de leite para a próxima mamada; - níveis devem ser mantidos altos para que os alvéolos produzam leite. ** inibe a ovulação e é produzida em maior quantidade durante a noite (consequentemente, tem mais leite nesse período) ** contração uterina → reduz risco de hemorragia uterina Colostro (primeiros dias pós-parto): - + proteínas e - lipídeos; - rico em IgA. ** abaixo informações do slide - 1º ao 5º dia pós-parto; - maior conteúdo de eletrólitos, proteínas, vitaminas lipossolúveis (vit A dá coloração amarelada), minerais e IgA, citocinas, lactoferrina e outros fatores antimicrobianos; rico em fatores de crescimento que estimulam o desenvolvimento do sistema digestivo do lactente; menos gordura, lactose e vitaminas hidrossolúveis que o leite maduro; - é, basicamente, exsudato plasmático; - facilita a eliminação de mecônio nos primeiros dias de vida e facilita proliferação de Lactobacillus bifidus intestinais (leite é um prebiótico) – fator bífido. ** essa bactéria acidifica as fezes dificultando instalação de bactérias que causam diarreia, como: Shigella, Salmonella e E. coli. Leite de transição (slide) - produzido aproximadamente do 6º dia até a 2ª semana após o parto ** composição do leite materno depende da idade gestacional ** colostro ajuda a retirar mecônio (estimulando o peristaltismo intestinal); a aspiração de mecônio só é feita quando este se apresenta em grande quantidade. Leite maduro (~10º dia pós-parto): - 90% água (supre as necessidades hídricas da criança em AME); - + lipídeos e lactose ; - proteínas - carboidrato (lactose), proteína (lactoalbumina) e gordura (AGPI cadeia longa; 50% das necessidades energéticas da criança pequena). ** AGPI (ácidos graxos poli-insaturados): essenciais no desenvolvimento cognitivo e visual e na mielinização dos neurônios. - conteúdo de gordura (teor energético) é maior no leite do final da mamada (leite posterior): maior saciedade e energia (importância de esvaziar a mama); * leite anterior (ralo e doce; solução) → predomínio de proteínas do soro e lactose; leite do meio → maior quantidade de caseína (suspensão); leite posterior (gordura; emulsão). ** ao amamentar, deixar o máximo de tempo em um peito para poder passar pro outro; leite anterior (ta há mais tempo) e o posterior (rico em gordura). - valor energético: 67-70 Kcal/100 mL Obs.: Leite materno possui baixas concentrações de vitamina K, vitmaina D e ferro, recomendações do Departamento de Nutrologia da SBP: • vitamina K ao nascimento (IM); • vitamina D diária até os 18 meses para crianças sem exposição regular ao sol; * slide: 400 ui/dia até 2 anos. • ferro até os 2 anos a partir da introdução da alimentação complementar em crianças nascidas a termo ou antes em lactentes pré- termo. * slide: 3 meses até 2 anos → 1mg/kg/dia. - variam ao longo da mamada como decorrência das variações na sua composição e também de acordo com a dieta da mãe (ex.: mais amarelado → mãe com dieta rica em betacaroteno; esverdeado → dietas ricas em riboflavinas); - início da mamada: coloração água de coco (água + constituintes hidrossolúveis); - meio da mamada: coloração branca opaca (aumento da [ ] de caseína); - final da mamada: mais amarelado (concentração de pigmentos lipossolúveis) ** leite humano: predomínio da lactoalbumina alfa (lactoglobulina beta está envolvida em maior quantidade nos processos alérgicos); tem lactoferrina - leucócitos (microrganismos), lactoferrina e lisozima (bactérias, fungos e vírus), IgA, oligossacarídios (previne ligação da bactéria na superfície da mucosa e protege contra enterotoxinas), fator bífido; ** calor pode inativar alguns desses fatores → leite humano pasteurizado não tem o mesmo valor biológico do cru. Oligossacarídeos (slide) - mais de 200 tipos; ** fórmulas tem cerca de 10 oligossacarídeos - alimenta a microbiota (bífido bactérias); - estimulam as células intestinais a produzir proteínas que “selam” o intestino e anti-inflamatórios que calibram o sistema imunológico; - protegem contra bactérias patológicas; - liberam metabolitos que nutrem a célula intestinal; - B. infantis faz parte do leite humano embora não seja fabricado pela mama (David Mills); - está implicado no desenvolvimento cerebral. IgA secretória (slide) - não é digerida/absorvida pelas secreções gástricas e intestinais; - atua contra patógenos os quais a mãe está exposta; - reveste a mucosa intestinal impedindo a agressão por bactérias, toxinas e antígenos estranhos; - imunidade natural passiva. Lisozima (slide): produzida por macrófagos e neutrófilos e age através da lise da parede celular de bactérias gram + e -. Lactoferrina (slide): proteína carreadora de ferro que, por quelação, diminui a biodisponibilidade de ferro para os patógenos e aumenta para o RN. Fator bífido (slide): carboidrato nitrogenado, substrato para o crescimento do Lactobacillus bifidus, bacilos anaeróbio que compõe a microbiota intestinal, presente em crianças em AME. São microbiota saprofita que impede a proliferação de microrganismos patogênicos. - proteínas: LM > LV (adequado para o crescimento normal do lactente, não provoca sobrecarga renal); - relação caseína/proteínas do soro do LV é cerca de 80/20, ocorrendo a formação de um coalho mais duro, dificultando a digestão e aumentando o tempo de esvaziamento gástrico; - LM possui maior digestibilidade pois tem lipase ativadacom os sais biliares no duodeno; - proteína do soro com maior concentração no LM: alfalactoalbumina humana (potencial alergênico praticamente nulo), no LV → betalactoalbumina; - contém ácidos graxos de cadeia longa que têm ação primordial no desenvolvimento neuropsicomotor e na formação da retina (LM); - lactose é o principal carboidrato do LM que por hidrolise fornece glicose e galactose, importante para formação dos cerebrosídeos. - < concentração de sódio no LM impede sobrecarga renal e diminui o risco de desidratação hipertonica frente a qualquer tipo de agravo; - ferro em baixa concentração em ambos, mas a biodisponibilidade do presente no LM alcança 50% e do LV apenas 10%. - evitar sabonetes nos mamilos para evitar rachaduras e retirada da oleosidade natural da pele ainda no pré-natal; - expor a mama ao sol pode diminuir sensibilidade do mamilo; - para mamilos planos ou invertidos, um orificio no sutiã, durante o 3º trimestre, facilita a protusão. Tipos de mamilo Mamilo protuso: saliente, apresenta delimitação marcante entre mamilo e mama. Mamilo invertido ou umbilicado malformado: após o estímulo não se exterioriza. Mamilo pseudo invertido: quando estimulado é exteriorizado possibilitando amamentação. Mamilo plano (semi protuso): pouco saliente e não delimitação precisa entre mamilo e aréola. - bochechas do bebê encovadas a cada sucção; - ruídos na língua; - mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada; - mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama; - dor durante a amamentação. ** pega correta e posição correta ** primeiros dias é normal ter dor, mas quando ela se prolonga pode estar havendo algum problema * virado pra fora = evertido ** pode amamentar deitado; não corre risco de o leite materno ir para o ouvido médio ** posição em V/tesoura é contraindicada visto que ao colocar os dedos vai comprimir a aréola impedindo a saída do leite, o correto é a posição em C Laid-back position: bebê usa mais os seus reflexos primitivos (rastejamento, acomodação, preensão palmar e plantar, flexão das mãos, dos pés e dos dedos, mãos na boca, abertura da boca, lambida, sucção e deglutição); dá mais autonomia ao bebê, dando-lhe chance para utilizar o seu potencial inato. Dor: • muito frequente até a 1ª semana (79%); • persistente/aumentada após a 1ª semana (anormal); ** trauma mamilar (fissuras, bolhas, equimoses, crostas) é a causa mais frequente (frequentemente associado a técnica inadequada de amamentação). • importante causa de desmame precoce; • frequente razão de busca de ajuda no AM; • experiencia sensorial e emocional desagradável; • efeitos para além do AM (mudança de humor, alteração de sono, interferência com atividades diárias e depressão); • deve-se identificar a causa, gerenciar a dor e acelerar a cura. Ingurgitamento mamário: • congestão vascular + quantidade de leite retido na mama (aumento do volume de leite e da circulação linfática); • fisiológico entre o 3º e 5º dia pós parto (período de apojadura – descida do leite); * sem sinais de hiperemia e edema • patológica geralmente quando surge entre o 3º e o 7º dia pós parto e envolve dois componentes: - remoção ineficiente de leite; - aumento do fluxo de sangue para as mamas (congestão + edema). • clínica: mamas quentes, dolorosas, brilhantes (edema) e pode ocorrer febre; ** leite não drena facilmente • normalmente, bilateral; • pode envolver toda a mama ou só partes dela (aréola, corpo da mama); • orientações (tratamento): massagem (mov. circulares) e ordenha, compressas frias; ** ultrassom, acupuntura, anti-inflmatórios (ibuprofeno). • fatores causais: má posição, higiene desnecessária e principalmente da técnica incorreta de sucção; intumescimento das mamas na fase da lactogênese II (ativação secretória), maior volume de LM produzido que o demandado pelo bebê, estase láctica e/ou edema; • dificuldade às mamadas, dor, febre baixa na nutriz, “peito empedrado”; • fatores de risco: inicio tardio do AM, pega incorreta, mamadas pouco frequentes, ausência de mamadas noturnas, curta duração das mamadas, excesso de fluidos EV, sucção ineficiente, atraso da primeira mamada. • Prevenção: técnica adequada de AE e em livre demanda, mamadas frequentes, remoção efetiva do leite. Fissura mamária - prevenção: boa pega e posicionamento ao seio adequado, exposição dos mamilos ao sol, aumentar a frequência das mamadas; - pode ser tratada com laser. Mastite: • processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama; • geralmente, unilateral; • estase do leite favorece a mastite; • mastite infecciosa (antibióticos) → Staphylococcus aureus. - baixo ganho ponderal; - diminuição da produção de leite; - desmame precoce. ** pega incorreta, posição incorreta levam a desmame precoce Hanseníase - LM adiado em mães com hanseníase virchowiana (em que há transmissão do bacilo pelo LM). Mães não tratadas ou tratadas com < 3 meses com sulfona. Herpes simples - LM adiado se vesículas na mama, se apenas nos lábios é indicado uso de máscara. Varicela - se inicio 5 dias antes do parto ou até2 dias depois deverão ser isoladas do RN durante a fase contagiante, pois este poderá desenvolver forma grave de varicela. O leite deverá ser ordenhado e oferecido ao bebê. O contato mãe/filho deve ocorrer na fase de crostas. Deve-se administrar imunoglobulina específica (VZIG) ao RN. Tuberculose - LM é liberado, pois o BK não é excretado no leite; - se pulmonar em atividade, a mãe bacilifera deve amamentar com máscara em ambiente arejado; - deve ser administrada quimioprofilaxia primária no RN (isoniazida 10 mg/kg/dia) e não realizar a vacinação com BCG; - aos 3 meses realiza-se o teste tuberculínico (PPD), para avaliar a possibilidade de infecção; - PPD não reagente, o lactente não foi infectado, logo se interrompe o uso de isoniazida e vacina-se a criança com BCG; - PPD reagente (> 5mm), deve-se procurar por sinais de adoecimento, pois a criança, muito provavelmente foi infectada. Se assintomático, uso de isoniazida deve continuar até os 6 meses. Doença de chagas - o LM será suspenso apenas na fase aguda da doença (alta parasitemia) OU se houver lesões sangrantes na pele do mamilo. Leptospirose, brucelose, listeriose - lactante na fase aguda da doença poderão transmitir estes agente bacterianos à criança, e, portanto, recomenda-se que neste período o leite seja ordenhado e pasteurizado. ** COVID: mãe positiva pode amamentar desde que o estado geral permita (usar mascara) Galactossemia - doença autossômica recessiva (1:40.000-1:85.000); - alteração no metabolismo da galactose 1 fosfato. Síndrome do xarope de bordo ou leucinose - não degrada leucina, valina e isoleucina; - deficiência da enzima hepática alfacetoacido desidrogenase. Fenilcetonúria - deficiência da fenilalanina-hidroxilase que converte fenilalanina em tirosina (1:15000); - se a dosagem da fenilalanina for > 17 mg/dL o leite materno deve ser substituído por formulas isenta de fenilalanina por 5 dias; - 10-17mg/dL → LM livre demanda + 30 ml de fórmula, 5x ao dia; - 6-10 mg/dL → LM livre demanda + 30 ml de fórmula isenta de fenilalanina, 3x ao dia. *** fazer teste do pezinho ampliado (teste do SUS não inclui todos)
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