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Paciente de 47 anos sem história hereditária significativa; enxaqueca há 30 anos, com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus há dois anos e meio; atualmente em tratamento com captopril 25 mg por via oral a cada 12 horas e metformina 1.000 mg por via oral por dia, respectivamente. Refere ter sido diagnosticada há um ano com fibrilação atrial sem tratamento atualmente; possui alergia à penicilina. O motivo da admissão no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora é que nas 24 horas antes da internação, acordou à meia-noite com dor de cabeça na região occipital; de moderado a intenso. Foi a um médico particular, onde notou pressão arterial de 140/90 mmHg; toma medicação sublingual e retorna para casa, duas horas depois acorda com profusa diaforese, náuseas, vômitos, vertigem à prostração, disartria, voz anasalada, disfagia, perda de força no hemicorpo esquerdo e marcha lateralizada para a esquerda; retornou ao HNSA para diagnóstico e tratamento. Na admissão, o paciente apresentava voz anasalada, referida a “dormência” da face esquerda e hipoestesia do hemicorpo direito, bulhas arrítmicas, miose, enoftalmia e ausência de reflexo corneano em olho esquerdo, úvula com lateralização à direita diminuída elevação do palato mole e ausência do reflexo de gag (engasgo) à esquerda, hipoestesia para sensibilidade superficial à esquerda e à direita, nistagmo horizontal (inesgotável à esquerda), dismetria e disdiadococinesia do hemicorpo esquerdo. Trofismo normal, força generalizada 4/5 e tônus do meio-corpo esquerdo diminuído. O eletrocardiograma mostra sinais de fibrilação atrial. Foi avaliado pelo Neurologista que diagnosticou síndrome de Wallenberg, com cefaleia secundária à referida síndrome. Portanto, a ressonância magnética foi realizada onde o infarto subagudo da superfície dorsolateral esquerda do bulbo é identificado no território de artéria cerebelar posterior inferior ipsilateral (Figura 1). Com base nesses achados, a síndrome de Wallenberg é diagnosticada. O tratamento é iniciado com enoxaparina 60mg 12/12h. Na alta, ela é substituída por varfarina 5mg cinco dias por semana e 2,5 mg dois dias por semana, metoprolol 150 mg por via oral por dia, digoxina 0,250 mg por dia. Além da gestão da diabetes mellitus tipo 2 com metformina 1 700 mg por. Síndrome de wallenberg Dor de cabeça na região occipital; de moderado a intenso. O motivo da admissão no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora é que nas 24 horas antes da internação, acordou à meia- noite com dor de cabeça na região occipital; de moderado a intenso. Foi a um médico particular, onde notou pressão arterial de 140/90 mmHg; toma medicação sublingual e retorna para casa, duas horas depois acorda com profusa diaforese, náuseas, vômitos, vertigem à prostração, disartria, voz anasalada, disfagia, perda de força no hemicorpo esquerdo e marcha lateralizada para a esquerda; retornou ao HNSA para diagnóstico e tratamento. Na admissão, o paciente apresentava voz anasalada, referida a “dormência” da face esquerda e hipoestesia do hemicorpo direito, bulhas arrítmicas, miose, enoftalmia e ausência de reflexo corneano em olho esquerdo, úvula com lateralização à direita diminuída elevação do palato mole e ausência do reflexo de gag (engasgo) à esquerda, hipoestesia para sensibilidade superficial à esquerda e à direita, nistagmo horizontal (inesgotável à esquerda), dismetria e disdiadococinesia do hemicorpo esquerdo. Trofismo normal, força generalizada 4/5 e tônus do meio-corpo esquerdo diminuído. Diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus há dois anos e meio; Refere ter sido diagnosticada há um ano com fibrilação atrial sem tratamento atualmente. Pressão arterial de 140/90 mmHg; Síndrome de Wallenberg Eletrocardiograma Ressonância magnética A suspeita clínica associada com exames de imagem, que mostram o infarto na região bulbar irrigado pela artéria vertebral esquerda, levam-nos ao diagnóstico de Síndrome de Wallenberg, comprometendo algumas estruturas do tronco encefálico e causando diversos comprometimentos neurológicos. O infarto atinge: O núcleo do hipoglosso e os tratos do décimo segundo nervo craniano, o que resulta em fraqueza ipsilateral na língua; O pedúnculo cerebelar inferior e o núcleo vestibular, o que causa ataxia ipsilateral, vertigio, nistagmo e náusea, podendo ocorrer episódios de vômito; O núcleo e o trato do nervo trigêmeo, o que causa diminuição da sensação de dor e temperatura na face ipsilateral à lesão; O trato espinotalámico, o que causa diminuição da sensação de dor e temperatura no corpo contralateral à lesão; Algumas fibras simpáticas descendentes, o que causa desenvolvimento da síndrome de Horner; O núcleo ambíguo, o que causa rouquidão e disfagia (dificuldade de engolir); O núcleo solitário, o que causa diminuição no sabor dos alimentos ipsilateral à lesão na língua. A paciente apresentou sintomas clássicos da síndrome, como diaforese, náuseas, vômitos, vertigem à prostração, disartria, voz anasalada, disfagia, perda de força no hemicorpo esquerdo e marcha lateralizada para a esquerda; retornou ao HNSA para diagnóstico e tratamento. Na admissão, o paciente apresentava voz anasalada, referida a “dormência” da face esquerda e hipoestesia do hemicorpo direito, bulhas arrítmicas, miose, enoftalmia e ausência de reflexo corneano em olho esquerdo, úvula com lateralização à direita diminuída elevação do palato mole e ausência do reflexo de gag (engasgo) à esquerda, hipoestesia para sensibilidade superficial à esquerda e à direita, nistagmo horizontal (inesgotável à esquerda), dismetria e disdiadococinesia do hemicorpo esquerdo. Trofismo normal, força generalizada 4/5 e tônus do meio-corpo esquerdo diminuído. A síndrome de Wallenberg é caracterizada pelo envolvimento dos nervos cranianos V, IX, X e XI. Pode começar com o aparecimento de vertigem súbita, náusea, vômito e nistagmo (devido ao envolvimento dos núcleos vestibulares), seguido por ataxia ipsilateral (envolvimento do corpo restiforme), hipertonia muscular, lateropulsão e outros sinais cerebelares. Pode haver dor e parestesia facial, tosse, disfagia, disfonia e paresia ipsilateral de palato e prega vocal com diminuição do reflexo de gag (por envolvimento dos pares IX e X). A dor facial não é incomum nesta síndrome. Também podem apresentar síndrome de Horner ipsilateral (enoftalmia, ptose, miose e anidrose), devido ao envolvimento das fibras simpáticas descendentes do hipotálamo. O tratamento é iniciado com enoxaparina 60mg 12/12h. Na alta, ela é substituída por varfarina 5mg cinco dias por semana e 2,5 mg dois dias por semana, metoprolol 150 mg por via oral por dia, digoxina 0,250 mg por dia. Além da gestão da diabetes mellitus tipo 2 com metformina 1 700 mg. A varfarina atua como um antagonista da vitamina K, inibindo redutases envolvidas na síntese de hidroquinona a partir do epóxido, particularmente a epóxido-redutase. A inibição da conversão cíclica da vitamina K induz a produção e a secreção hepática de proteínas descarboxiladas ou parcialmente carboxiladas, que apresentam 10 a 40% da atividade biológica normal(5-8) (Figura 2). A varfarina não tem efeito sobre a atividade de moléculas plenamente carboxiladas na circulação e em doses terapêuticas, diminuindo em 30 a 50% a quantidade total dos fatores II, VII, IX e X. Por conseguinte, o tempo necessário para que a atividade de cada fator plasmático alcance um novo estado de equilíbrio dinâmico após o início da terapia, ou ao seu ajuste, depende da taxa de depuração individual. Tendo em vista que a meia-vida de alguns fatores de coagulação, como a do fator II (59 horas), em especial, é longa, o efeito antitrombótico pleno após a instituição da terapia com varfarina só é atingido após alguns dias, apesar de o tempo de protombina (TP) poder aumentar logo após sua administração,em virtude da redução rápida de fatores com uma meia-vida menor, em especial, o fator VII (6 horas) https://www.scielo.br/j/eins/a/Gqvj8RSRmJkv6gjCwXbfCTt/?lang=pt&format=pdf O metoprolol é um betabloqueador cardiosseletivo, o qual bloqueia os receptores adrenérgicos beta1 (que estão localizados principalmente no coração) em doses menores do que as necessárias para o bloqueio de receptores beta2, localizados principalmente nos brônquios e vasos periféricos. A digoxina exerce seu efeito inotrópico positivo através da inibição da bomba de Na+/K+ nos miócitos cardíacos. Para isso, liga-se na porção extracelular da subunidade da Na+/K+ -ATPase, inibindo-a. Essa alteração modifica as concentrações de Na+, que resulta num aumento transitório de Ca+, provavelmente decorrente dos depósitos intracelulares. O Ca+em excesso resulta num aumento da tensão de contração cardíaca. Já o retardo da condução AV decorre do aumento da atividade vagal, e é por isso que esse digitálico é benéfico no tratamento de fibrilação atrial rápida estabelecida. O aumento do período refratário do nó AV, resulta em redução da frequência da redução ventricular (entretanto, a taquicardia atrial permanece, uma vez que a atuação é no nó AV e não no nó sinusal), aumentando a eficiência cardíaca pois restabelece o enchimento ventricular. O nó sinusal, por sua vez, só sofre alteração em doses elevadas de digoxina. A digoxina é um remédio da classe dos antiarrítmicos e cardiotônicos, que age aumentando a força dos batimentos cardíacos e melhorando o ritmo do coração, indicada para tratamento de problemas do coração como insuficiência cardíaca congestiva ou arritmias, podendo ser usada em adultos e crianças. https://www.scielo.br/j/eins/a/Gqvj8RSRmJkv6gjCwXbfCTt/?lang=pt&format=pdf A Metformina é um fármaco antidiabético da família das biguanidas com efeitos antihiperglicêmicos, reduzindo a glicose plasmática pós-prandial e basal. A Metformina não estimula a secreção de insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em pessoas não diabéticas. Em diabéticos, a Metformina reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar hipoglicemia, exceto em caso de jejum ou de associação com insulina ou sulfonilureias. A Metformina pode agir através de três mecanismos: 1. Na redução da produção da glicose hepática através da inibição da gliconeogênese e glicogenólise; 2. No músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina, melhorando a captação e utilização da glicose periférica; 3. No retardo da absorção intestinal da glicose. A Metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular atuando na síntese de glicogênio e aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de transportadores de glicose de membrana (GLUTs) conhecidos até hoje. Em humanos, independentemente de sua ação na glicemia, a Metformina exerce efeito favorável sobre o metabolismo lipídico. Tal efeito tem sido demonstrado com doses terapêuticas em estudos clínicos controlados de média a longa duração, com a metformina reduzindo os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos. http://www.furp.sp.gov.br/arquivos/produtos/bulas/profissional/105/clor_metformina_BPROF_REV00.pdf Mais frequente em homens com idade média de 60 anos, com fatores de risco cardiovascular. http://www.furp.sp.gov.br/arquivos/produtos/bulas/profissional/105/clor_metformina_BPROF_REV00.pdf
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