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Iniciação à Pesquisa

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Iniciação à Pesquisa – passos importantes 
 
 
A pesquisa científica, ao longo de séculos de desenvolvimento, sempre procurou 
encontrar os caminhos (métodos e metodologias) para a orientação das suas atividades, 
de modo a tornar a pesquisa mais facilmente orientada. 
 
Podemos mesmo dizer que em toda a história da ciência, a forma de desenvolver 
métodos e metodologias que facilitassem a pesquisa científica sempre esteve no centro 
do debate acadêmico/científico, muito mais do que a sua relevância e importância 
sociais, aplicabilidade e reflexões éticas e profissionais do cientista. 
 
 Como proceder no fazer científico? 
 
 O que difere o saber científico e a ciência dos outros conjuntos de saberes? 
 
 Como o saber científico e a pesquisa científica podem se impor como “verdades” 
(apresentando/alcançando melhor a realidade) perante aos outras formas de 
conhecimento? 
 
 Como se legitimam teorias e métodos da ciência? 
 
Estas sempre foram questões importantes que levaram os cientistas a refletir sobre suas 
práticas, de formas sempre diferenciadas. 
 
 
Longe de estruturarmos uma metodologia única, o trabalho científico pode, 
normalmente, e em qualquer domínio de conhecimento, partir de algumas 
procedimentos básicos, onde poderíamos apontar, entre outros: 
 
 
1. - Formulação de um tema e problema de pesquisa; 
 
2. - Dos seus objetivos; 
 
3. - Elaboração (ou não) de hipóteses que deverão ser testadas; 
 
4. - Escolha dos procedimentos de pesquisa, que se apresentam de forma plural e 
diferenciada. 
 
 - método 
 - metodologias 
 - natureza dos dados 
 - levantamento de dados 
 - formas de análise 
 - exposição dos resultados, etc. 
 
 
 
 
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1. A formulação do problema de pesquisa 
 
 
Tema e problema: distinções. 
 
Normalmente, a palavra problema é carregada de conotação negativa, como algo a que 
temos que resolver, vencer, ultrapassar. 
 
Em ciência, o “problema” ganha outra conotação, ainda que, de certa forma, constitua 
algo a ser “resolvido” pelo cientista. 
 
“Problema é qualquer questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer 
domínio do conhecimento” (GIL, 1999). 
 
Ex: 
 
 Qual a relação entre subdesenvolvimento e dependência econômica? 
 
 Que fatores determinam a deterioração de uma área urbana? 
 
Quais os impactos sociais da abertura de uma estrada em território indígena? 
 
 
Antônio Carlos Gil (1999) destaca que para entender o que consiste um 
problema/questão científica, temos, primeiramente que entender o que não é: 
 
Ex: 
 
Como fazer para melhorar os transportes urbanos? 
 
O que pode ser feito para melhorar a situação dos pobres? 
 
Nenhuma destas questões pode ser considerada como problema científico, porque não 
podem ser pesquisados segundo métodos/procedimentos científicos, pelo menos da 
forma como estão propostos. 
 
São questões técnicas ou de engenharia, ainda que possam indiretamente envolver 
conhecimento científico, em alguns casos, para a sua solução. 
 
“A ciência pode fornecer sugestões ou inferências acerca de possíveis respostas, mas 
não pode responder diretamente a esses problemas. Eles não se referem a como são as 
coisas, suas causas e conseqüências, mas indagam acerca de como fazer as coisas” 
 
 
Problemas de valor - não científicos, envolvem valores, opiniões ou preferências. Ex: 
 
As ruas de uma cidade devem ou não ser arborizadas? 
 
Os pais devem ou não bater nos filhos? 
 
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Qual o melhor método para estudar a pobreza urbana? 
 
 
Um problema é testável cientificamente quando envolve variáveis que podem ser 
observadas ou manipuladas (Gil, 1999). 
 
Exemplos de proposições cientificamente testáveis: 
 
 A desnutrição determina o rebaixamento intelectual? 
 
 Técnicas de dinâmica de grupo facilitam a integração entre os alunos? 
 
 O assoreamento dos cursos d’água é determinado pelos usos do solo em uma 
bacia? 
 
Todas estas questões envolvem variáveis suscetíveis de observação ou manipulação. 
 
 
A escolha do problema de pesquisa: 
 
Como escolher um tema/problema de pesquisa? 
 
Implicações na escolha – Por que pesquisar? Qual a importância do fenômeno 
pesquisado? Que pessoas ou grupos se beneficiarão com os resultados da pesquisa? 
 
“O pesquisador, desde a escolha do problema, recebe influência de seu meio cultural, 
social, e econômico. A escolha do problema tem a ver com grupos, instituições, 
comunidades ou ideologias com que o pesquisador se relaciona”. 
 
Relevância do problema: 
 
A pesquisa visa oferecer resposta a problemas tanto de interesse intelectual quanto 
prático. 
 
Um problema é relevante em termos científicos à medida que possibilita a obtenção de 
novos conhecimentos. 
 
Necessidade do levantamento bibliográfico da área (quais problemas foram ou não 
pesquisados, como foram pesquisados, implicações da pesquisa???). 
 
A relevância prática dos problemas de pesquisa diz respeito aos benefícios que podem 
decorrer da sua solução. Quando as respostas obtidas trazem conseqüências favoráveis a 
quem propôs. 
 
Relevância social do problema/tema de pesquisa. Esta não decorre diretamente dos 
resultados da pesquisa científica, e é extremamente variável (o que pode ser relevante 
para um pode não ser para outro). 
 
 
 
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A oportunidade e viabilidade do problema/questão de pesquisa 
 
Muitas vezes, antes de optarmos pela escolha de um problema de pesquisa por sua 
relevância, acabamos por escolhê-lo pela oportunidade ou pela viabilidade de sua 
execução. 
 
Ou seja, há inúmeros problemas importantes que acabam não sendo estudados devido às 
dificuldades (dados, dinheiro, tempo). 
 
A rigidez das agências de fomento hoje: 
 
- recursos escassos; 
- tempo curto; 
- burocracia das agências. 
 
Necessidade de adequarmos às oportunidades oferecidas aos objetivos adequados. 
 
 
Comprometimento na escolha do problema 
 
A escolha de um tema/problema de pesquisa sempre indica algum tipo de 
comprometimento. 
 
Por vezes o pesquisador apenas realiza a pesquisa, sem opinar sobre seus fundamentos e 
comprometimento (institutos de pesquisa). (Ideologia da instituição). 
 
Os padrões culturais, as filosofias de vida e ideologias criam certo engajamento na 
seleção do problema. 
 
 
O problema dos modismos na pesquisa científica 
 
É freqüente a escolha do tema e problema de pesquisa ser determinada por modismos. 
 
Ex: tendências observadas em países ricos acabam sendo valorizadas e reproduzidas por 
pesquisadores dos países pobres. 
 
Assuntos que estejam fortemente sendo observados pela mídia. 
 
Restrições dos temas/problemas da moda. 
 
 
Processo de formulação do problema 
 
Como formular os problemas de pesquisa? 
 
Habilidade restrita aos cientistas (?). 
 
Formulação de um problema de investigação prévio, que poderá sofrer algumas 
modificações ao longo da pesquisa. 
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Regras para a formulação do problema 
 
Não existem regras para a formulação dos problemas de pesquisa, o que existem são 
algumas recomendações (GIL, 1999, p.54): 
 
a) O problema deve ser formulado como uma pergunta. 
 
b) O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável. Frequentemente o 
problema é formulado de maneira tão ampla que se torna impraticável chegar a 
uma solução satisfatória. 
 
c) O problema deve ter clareza. Os termos utilizados devem ser claros, deixando 
explícito o significado com que estão sendo utilizados. 
 
d) O problema deve ser preciso (clarificação dos conceitos). 
 
e) O problema deve apresentar referências empíricas. A observância a este critério 
nem sempre é fácil nas ciências sociais. 
Deve-se levar em conta, ao mesmo tempo, o cuidado com a questão do 
empirismo. 
 
 
 
Os problemas de pesquisa na ciência geográfica 
 
 
Como formular problemas de pesquisa na ciência geográfica? 
 
O que caracteriza a disciplina como saber científico o que istoimplica na definição dos 
problemas de pesquisa? 
 
A questão do objeto geográfico: 
 
 superfície terrestre, relações entre homem e meio (p/ La Blache); 
 
 qualquer fenômeno passível de espacialização e suas diferenciações (p/ R. 
Hartshorne); 
 
 o espaço/território usado pela sociedade, em todas as suas dimensões (p/ M. 
Santos). 
 
 De certa forma, não existem objetos específicos da análise geográfica, mas sim, todos 
os objetos podem ser “geograficamente tratados” quando se leva em conta determinado 
estatuto epistemológico da geografia. 
 
 
 
 
 
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2. Os objetivos na pesquisa científica 
 
 
Tendo estabelecido o tema e problema de pesquisa, de forma direta e correlacionada 
podemos estabelecer os seus objetivos. 
 
Da mesma forma que não iniciamos o trabalho de pesquisa sem um problema definido, 
também não o fazemos se não temos definido o objetivo ou objetivos do trabalho. 
 
Os objetivos pretendidos por determinado pesquisador, na realização de trabalho 
científico específico, devem estar diretamente ligados à resolução do problema de 
pesquisa inicialmente proposto. 
 
Os objetivos, assim como o problema, também devem ser formulados de modo claro, 
para que possam, eventualmente, ser alcançados da forma mais simples possível. 
 
Os objetivos de pesquisa devem, para efeito de praticidade na tarefa do trabalho de 
pesquisa, ser divididos em objetivo geral e objetivos específicos. 
 
 
O objetivo geral: 
 
O objetivo geral é aquele que expressa de forma global o que pretende ser alcançado na 
pesquisa, a partir do problema proposto. 
 
Deve ser expresso de forma clara e estar diretamente ligado ao problema de pesquisa. 
 
O objetivo geral deve, também, envolver toda a problemática de pesquisa, de forma que 
contemple todas as possibilidades que um problema de pesquisa envolve. 
 
Cuidados com o objetivo geral – ele deve ser exeqüível, podendo, em caso contrário, 
inviabilizar o trabalho de pesquisa e tornar sem efeito o problema previamente 
escolhido. 
 
 
Os objetivos específicos: 
 
Assim como os objetivos gerais devem, de forma direta, estar relacionados ao problema 
de pesquisa, os objetivos específicos devem diretamente estar relacionados ao objetivo 
geral. 
 
Atuam de forma a operacionalizar o objetivo geral, ou seja, oferecem subsídios àquele 
objetivo maior. 
 
O objetivo geral de uma pesquisa, no mais das vezes, é desdobrado em uma série de 
questionamentos e, por sua vez, estes em vários objetivos específicos. 
 
 
Exemplos de objetivos gerais e específicos na pesquisa geográfica: 
 
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Podemos ter, para os seguintes problemas, os seguintes objetivos de pesquisa. 
 
 
Problema A) O assoreamento dos cursos d’água é determinado pelos usos do solo em 
uma bacia? 
 
Objetivo geral: 
 
Compreender até que ponto o problema dos assoreamentos são causados por 
determinados tipos de uso do solo numa bacia hidrográfica. 
 
Objetivos específicos: 
 
Identificar os processos que levam ao assoreamento de um curso d`água determinado. 
 
Definir as susceptibilidades do meio físico e a potencialidade das ações antrópicas que 
levam à ocorrência dos fenômenos de assoreamento. 
 
Compreender como se relaciona o fenômeno do assoreamento dos cursos d`água em 
uma (ou mais) determinada situação de uso do solo, etc. 
 
 
Problema B) Quais os impactos sociais da abertura de uma estrada em território 
indígena? 
 
Objetivo Geral: 
 
Compreender como a implantação de estradas ou rodovias acaba por impactar as 
sociedades indígenas de determinado território. 
 
Objetivos específicos: 
 
Levantar as relações pretéritas de tal sociedade indígena – as suas formas de uso do 
território, no local onde será instalada a nova estrada. 
 
Diagnosticar os procedimentos de implantação de infra-estruturas (estradas) em áreas de 
legislação específica (terras indígenas). 
 
Levantar os impactos diretos e indiretos do novo empreendimento nas atividades de 
rotina da população afetada. 
 
Identificar como a sociedade se relaciona – os seus interesses ou restrições; quanto à 
instalação do empreendimento em suas terras. 
 
Relatar as transformações espaciais (locais e regionais) com a instalação da nova infra-
estrutura, e as transformações nos hábitos e atividades dos indígenas, etc. 
 
 
 
 
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3. A construção das hipóteses de trabalho 
 
Tendo de definido o problema de pesquisa (e seus objetivos), o passo seguinte do 
trabalho científico é a elaboração da hipótese ou das hipóteses de trabalho. 
 
Na ciência dos moldes tradicionais, a hipótese sempre foi elemento necessário e 
primordial da pesquisa, atuando mesmo como um dos principais pontos de partida do 
trabalho científico. 
 
De forma geral, a hipótese pode ser entendida como uma proposição que pode ser 
colocada à prova para determinar sua validade (GIL, 1999, p.56). 
 
“O papel fundamental da hipótese na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Essas 
sugestões podem ser a solução para o problema. Podem ser verdadeiras ou falsas, mas 
sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica, que é o propósito da 
pesquisa” (GIL, 1999, p.56). 
 
Preposição: Ação ou efeito de propor; anteposição. 
 
Assim, a hipótese deve ser compreendida como uma tentativa prévia do pesquisador em 
responder o problema proposto na investigação. 
 
Nesse sentido, a preposição/hipótese sempre figura como uma afirmativa, ainda que 
possua caráter de uma tentativa de resposta ao problema. 
 
 
Exemplos: 
 
Problema de Pesquisa: 
De que forma o êxodo rural no Brasil está ligado à modernização da agricultura? 
 
Resposta: 
A modernização (técnica, ciência, insumos, etc.) causa a expulsão do homem do campo. 
(Esta forma de resposta indica que o pesquisador está certo das causas do êxodo rural) 
(Se o pesquisador tem certeza dos fatos que investiga, por que pesquisar?) 
 
Hipótese: 
Consideramos que a modernização da agricultura brasileira é a provável causa do 
êxodo rural no território brasileiro. 
(Neste caso, o que está expresso é uma probabilidade, e não certeza). 
 
 
*** 
 
Problema de Pesquisa: 
Como o fenômeno da migração interfere na qualidade do ensino público em São Paulo? 
 
Resposta: 
O ensino público em São Paulo é prejudicado pela alta incidência de migrantes. 
(Obs: Resposta do candidato José Serra, agosto/2006). 
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Hipótese: 
A alta incidência de migrantes no estado de São Paulo configura possível agravante dos 
problemas do ensino público. 
 
*** 
Nos dias atuais, e com a emergência de novos modelos do trabalho científico, a hipótese 
deixa de ter o caráter rígido presente no método científico. 
 
É assim que, na ciência com um caráter mais reflexivo do que aplicado, a hipótese pode 
aparecer com uma menor importância, ser construída não a priori, mas ao longo da 
pesquisa, ou mesmo não aparecer, dependendo da natureza da pesquisa. 
 
 
4. A escolha dos procedimentos de pesquisa 
 
4.1 O método 
 
- Toda a pesquisa de natureza científica prescinde de um método? 
 
Ainda que, por vezes, a pesquisa e pesquisador não demonstrem de forma clara o 
método empregado, toda a pesquisa necessariamente parte de um método específico. 
 
Se o método, como estamos aqui preferindo, implica na própria visão de mundo do 
pesquisador, não há como isentar o procedimento de pesquisa de tal visão de mundo. 
 
O método e a filosofia. 
 
 
4.2 As metodologias e técnicas 
 
A metodologia do trabalho científico é o próprio modo pelo qual o investigador procede 
o trabalho mesmo da pesquisa. 
 
Assim, os passos que compõe um trabalho científico, a postura e os procedimentos 
escolhidos para a investigação, configuram a metodologia. 
 
A técnica é o meio através do qual o pesquisador alcança determinados objetivos na 
elaboração do trabalho de pesquisa (ex. t. de levantamentos, tratamento e organização 
de dados, t.de redação da pesquisa, etc). 
 
O modo escolhido pelo pesquisador para “cercar” o objeto, a forma como este é 
demonstrado, explicado, os procedimentos técnicos de levantamento e exposição dos 
dados, a escolha das variáveis, etc. tudo isso envolve a metodologia e as técnicas de 
pesquisa. 
 
 
4.3 A natureza dos dados 
 
- Que são os dados? 
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Verdadeiramente, não há como fazer ciência sem dados. Se a ciência preocupa-se em 
entender, explicar, determinado fenômeno, é preciso buscar referências para esta 
explicação no próprio fenômeno ou objeto, estas referências diretas são os dados. 
De modo geral, podemos dizer que os dados nada mais são do que informações sobre 
determinado objeto/fenômeno estudado. 
 
Os dados diferem em dois grandes conjuntos: 
 
a) Dados primários: 
 
São aqueles colhidos pelo próprio pesquisador, ou seja, aquela informação que por 
vezes pode nunca ter sido recolhida. 
 
São dados primários aqueles produzidos por observação direta (campo ou laboratório), 
experimentação realizada pelo próprio pesquisador, entrevistas, aplicação de 
questionários, etc. 
 
b) Dados secundários: 
 
São aqueles dados colhidos e organizados pelo pesquisador, mas que não o foram 
produzidos por ele. Ex. Livros, Relatórios, dados do IBGE, Prefeituras, órgãos do 
Estado, institutos de pesquisa, etc. 
 
 
- As fontes de dados - Que são as fontes de dados? 
 
São justamente os meios onde conseguimos/buscamos os dados para a interpretação 
proposta. 
 
Todo objeto de pesquisa é, por si só, uma fonte de informação e de dados, mas dependo 
do que está sendo pesquisado podemos lançar mão de dados produzidos por instituições 
específicas ou mesmo por outros pesquisadores. 
 
Ex. Livros, pareceres, relatórios técnicos, etc. 
 
Instituições/Agências produtoras de dados: 
 
IBGE, IBAMA, INCRA, SEADE, etc. 
 
As agências governamentais produtoras de dados chamamos “Fontes Oficiais”. 
 
 
4.4 As formas de análise e a exposição dos resultados 
 
As formas de análise dos dados são muitas, e, geralmente, refletem tanto a postura de 
método como também as opções metodológicas empregadas pelo pesquisador. 
 
Alguns exemplos: Análises descritivas, descritivas interpretativas, 
qualitativas/quantitativas.

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