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GLICONEOGÊNESE - RESUMO

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Resumo
P R O D U Ç Ã O : V I T O R D A N T A S
P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O
Metabolismo
 
 
Gliconeogênese é o processo através do qual precursores 
como lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos são 
convertidos em glicose. Durante o jejum, toda a glicose 
deve ser sintetizada a partir desses precursores não- 
glucídicos. 
Quando as reservas de carboidratos do organismo caem 
abaixo da normal, quantidades moderadas de glicose 
podem ser formadas a partir de aminoácidos e da porção 
glicerol dos lipídios. A gliconeogênese é importante na 
prevenção de redução excessiva da concentração de glicose 
no sangue durante o jejum. A glicose é o substrato primário 
de energia, e quantidade adequadas de glicose devem estar 
presentes no sangue por diversas horas, entre a refeições. 
O fígado desempenha papel fundamental na manutenção 
dos níveis de glicose sanguínea durante o jejum ao 
converter seu glicogênio armazenado (glicogenólise) e ao 
sintetizar a glicose, principalmente a partir do lactato e de 
aminoácidos (gliconeogênese). Aproximadamente 25% da 
produção de glicose hepática derivam da gliconeogênese, 
ajudando a manter o fornecimento estável de glicose para 
o cérebro. 
Durante o jejum prolongado, os rins também sintetizam 
quantidades consideráveis de glicose. 60% dos aminoácidos 
nas proteínas do corpo podem ser facilmente convertidos 
em carboidratos. Cada aminoácido é convertido em glicose 
por meio de processo químico diferente. O aminoácido se 
converte em ácido pirúvico, e depois em glicose ou 
glicogênio armazenado. Esse pode entrar então, na via do 
fosfogluconato e, eventualmente formar glicose. Assim, por 
meio da desanimação de interconversões simples, muitos 
dos aminoácidos podem tornar-se glicose. 
• Substratos da gliconeogênese: 
 
→Glicerol: 
• O glicerolé liberado durante a hidrólise de triglicerídeos , 
no tecido adiposo e é levado ao fígado pelo sangue. 
• O glicerol é fosforilado pela glicerol-cinase, resultando em 
glicerol-fosfato 
• O glicerol-fosfato é oxidado pela glicerol-fosfato- 
desidrogenase, produzindo diidroxiacetona-fosfato (DHAP)- 
um intermediário da glicólise/gliconeogênese. 
OBS: Os adipócitos não podem fosforilar o glicerol, pois não 
apresentam a glicerol-cinase. 
 
 
→Lactato: 
• O lactato é liberado no sangue pelo músculo em exercício 
e pelas células que não possuem mitocôndrias 
• No CICLODE CORI, a glicose vinda do sangue é convertida, 
pelo músculo em exercício, em lactato, que volta para o 
sangue. 
• Esse lactato é captado pelo fígado e reconvertido em 
glicose, que é liberada de volta para a circulação. 
 
 
→Aminoácidos: 
• Os AAS obtidos pela hidrólise de proteínas teciduais são 
as principais fontes de glicose no jejum. 
• alfa-Cetoácidos, como o OAA e o alfa-cetoglutarato, são 
produzidos pelo metabolismo de AAS glicogênicos. 
• Essas substâncias podem entrar no CK e produzir 
oxaloacetato - um precursor direto do fosfoenolpiruvato. 
OBS: Acetil-CoA e compostos que a produzem não podem 
levar à síntese de glicose. isso se deve à natureza 
irreversível da reação da Complexo-PD, que converte 
piruvato em acetil-CoA. 
• Esses compostos originam, em vez da glicose, os CC e são 
denominados cetogênicos. 
 
→Reações exclusivas da gliconeogênese 
• Apesar de sete reações da glicólise serem reversíveis e 
utilizadas na gliconeogênese a partir de lactato ou piruvato, 
a via da formação de glicose não é o reverso da glicólise. 
• Três das reações glicolíticas são irreversíveis. 
• Sendo assim, elas devem ser contornadas pela utilização 
de quatro reações alternativas, que favorecem 
energeticamente a síntese de glicose. 
• Essas reações exclusivas da gliconeogênese são descritas 
a seguir: 
 
1. Carboxilação do piruvato(-2 ATP) 
 
• O primeiro "bloqueio na via" que deve ser contornado, na 
síntese de glicose a partir do piruvato, é a conversão de 
piruvato em fosfoenolpiruvato (PEP), que, na glicólise, é 
irreversível, catalisada pela piruvato-cinase. 
• Na gliconeogênese, o piruvato é primeiramente 
carboxilado pela piruvato-carboxilase, produzindo 
oxaloacetato(oaa), que é então convertido em PEP pela 
ação da PEP-carboxicinase. 
 
Vitor Dantas - METABOLISMO 
 
• A piruvato carboxilase não é encontrada nas 
mitocôndrias dos músculos. 
• A piruvato carboxilase contém uma coenzima 
(biotina) que forma um intermediário (apoenzima-
biotina-CO2) que carboxila o piruvato. 
 
OBS: Toda carboxilação é Biotina dependente. 
 
2. Transporte do oxaloacetato para o citosol 
• O OAA produzido na mitocôndria deve chegar ao 
citosol, onde outras enzimas da gliconeogênese estão 
localizadas. 
• O OAA é incapaz de atravessar a MMI; ele deve 
ser primeiro reduzido a malatopela malato-
desidrogenase mitocondrial. 
• O malato pode ser transportado da mitocôndria para 
o citosol, onde é reoxidado a OAA pela malato 
desidrogenase citosólica 
 
 
3. Descarboxilação do oxaloacetato citosólico(-2 GTP) 
• O OAA é descarboxiladoe fosforilado no citosol pela 
PEP- carboxicinase(PEPCK), formando o PEP. 
• Areação utiliza energia da hidrólise da coenzima GTP. 
• O PEP sofre então as reações da glicólise, 
andando nosentido inverso, até chegar à frutose-
1,6-bisfosfato. 
 
4. Desfosforilação da frutose-1,6-bisfosfato F1,6BP → F6P 
 
• A desfosforilação da frutose-1,6-bisfosfato pela 
frutose- 1,6-bisfosfatasecontorna a reação irreversível 
da PFK-1e fornece uma via energeticamente 
favorável para a formação de F6P. 
• Essa reação é um importante sítio 
regulatório da gliconeogênese. 
 
5. Desfosforilação da glicose-6-fosfato 
• A desfosforilação da G6P pela glicose-6-
fosfatase contorna a reação irreversível da 
hexocinase. 
• Ação da G6Pase é ativada pelas ↑concentrações de F6P. 
 
→Regulação hormonal: 
 
• A diminuição do nível celular dos carboidratos e da glicose 
sanguínea são os estímulos básicos que aumentam a 
intensidade da gliconeogênese 
• Essa diminuição pode reverter muitas das reações 
glicolíticas e das de fosfogluconato permitindo assim a 
conversão de aminoácidos desaminados e glicerol em 
carboidratos. 
• O hormônio cortisol é importante nessa regulação. Porque 
quando quantidades normais de carboidratos não estão 
disponíveis para as células, a adeno-hipófise, por motivos que 
ainda não foram completamente esclarecidos, começa a 
secretar quantidades aumentadas de corticotropina. 
• Essa secreção leva o córtex adrenal a produzir grandes 
quantidades de hormônios glicocorticoides, como o cortisol.

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