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Resumo P R O D U Ç Ã O : V I T O R D A N T A S P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O Metabolismo Vitor Dantas - METABOLISMO OBJETIVOS: → Explicar a via das pentoses → Explicar a gliconeogênese →Glutamina * Explicar a via das pentoses TUTORIA 04/SESSÃO 05 Após a glicogenólise, haverá liberação de energia através da via glicolítica, e iniciará a respiração celular. Visto a liberação anaeróbica de energia-Glicólise Anaeróbica, formará o ácido lático. A maior parte do ácido pirúvico da glicólise é convertida em ácido lático, que se difunde rapidamente das células para os líquidos extracelulares e, até mesmo, para os líquidos intracelulares de outras células com menor atividade. O ácido lático é tipo um “semidouro” em que os produtos finais da glicólise podem desaparecer, permitindo assim que a glicólise prossiga além do que seria possível de outra maneira. Isso garante a possibilidade de fornecer quantidades extras consideráveis de ATP. A reconversão do ácido lático em ácido pirúvico quando o oxigênio se torna novamente disponível. No metabolismo anaeróbico, o ácido lático é rapidamente reconvertido em ácido pirúvico. Nesse caso, o ácido lático pode ser convertido em glicose ou utilizado diretamente como fonte de energia. A maio parte dessa reconversão ocorre no fígado. → Introdução-Conceito O ciclo das pentoses fosfato é uma rota alternativa para a oxidação da glicose-6P, no citosol, sem gerar ATP. Esta rota corresponde a um processo multicíclico onde: • - 6 moléculas de glicose-6P entram no ciclo; • - 6 moléculas de CO2 são liberadas; • - 6 moléculas de pentose-5P são formadas; • - estas pentoses-5P se reorganizam, regenerando 5 moléculas de glicose-6P. As células dos tecidos animais degradam a glicose 6- fosfato na via glicolítica (glicólise) até piruvato. Grande parte deste piruvato é oxidada a acetil-CoA, que por sua vez será oxidado no ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico) formando ATP (principalmente, por fosforilação oxidativa). Porém, existem outros destinos catabólicos para a glicose 6-fosfato, entre eles: o ciclo das pentoses fosfato, também, denominado de via das pentoses fosfato ou via do 6-fosfo gliconato. A via da pentoses fosfato é uma rota catabólica alternativa de oxidação da glicose-6P, responsável por até 30% da quebra da glicose no fígado e até mesmo mais do que isso, nas células adiposas. Ocorre no citosol, sem produção de ATP, mas com geração de NADPH e pentoses fosfato. Essa via é importante, porque pode fornecer energia independente de todas as enzimas do ciclo de Krebs e, consequentemente, é via alternativa para o metabolismo energético, quando algumas anormalidades enzimáticas acontecem. A glicose durante diversos estágios de conversão, pode liberar moléculas de dióxido de carbono, a quantidade varia nos diversos açúcares. Finalmente, diversas combinações desses açúcares são capazes de ressintetizar a glicose. A via da pentose é um processo cíclico em que a molécula de glicose é metabolizada para cada revolução do ciclo. Assim com a repetição contínua do ciclo, toda a glicose pode eventualmente ser convertida em dióxido de carbono e hidrogênio, e o hidrogênio pode entrar na via da fosforilação oxidativa para formar ATP. (Síntese de lipídios) O NADPH tem como funções: participar de síntese de ácidos graxos, compostos esteroides, e combater efeitos prejudiciais das espécies reativas de oxigênio e radicais livre. As pentoses fosfato têm como função: a participação na síntese de ácidos nucleicos e outros compostos. → Localização O NADPH produzido pela via das pentoses fosfato é utilizado pelas células dos tecidos em que ocorre a síntese de grande quantidade de ácidos graxos (fígado, tecido adiposo, glândulas mamárias durante a lactação). Também ocorre onde há síntese de colesterol e hormônios esteróides (fígado, glândulas adrenais e gônadas). Os eritócitos, as células da córnea e do cristalino, também, possuem alta atividade da via das pentoses fosfato. Isto, para minimizar os efeitos deletérios das espécies reativas do oxigênio, pois estão diretamente expostos a ele. A manutenção do ambiente redutor (relação alta da concentração de NADPH para NADP+, assim como da glutationa reduzida para a oxidada) previne ou recupera o dano oxidativo sobre lipídios, proteínas e outras moléculas sensíveis. Vitor Dantas - METABOLISMO As células que se dividem rapidamente, como as da medula óssea, da pele, da mucosa intestinal, assim como as dos tumores, também, apresentam alta atividade da via das pentoses fosfato. → Funções O NADPH é usado em diferentes biossínteses redutoras como a dos ácidos graxos, compostos esteróides e no combate a efeitos prejudiciais das espécies reativas de oxigênio. O outro produto essencial gerado na via das pentoses fosfato é a ribose 5-fosfato, que faz parte das estruturas químicas dos nucleotídeos (RNA, DNA, ATP) e coenzimas como NAD+/NADH, NADP+/NADPH, FAD/FADH2 e coenzima Q. → Fases A via das pentoses fosfato é composta por duas fases: a oxidativa e não oxidativa. Na fase oxidativa ocorre a oxidação de 6 moléculas de glicoses 6-fosfato com formação de 6 moléculas NADPH, oxidação de 6 moléculas 6P-gliconato com formação de mais 6 moléculas NADPH e liberação de 6 moléculas dióxido de carbono e geração de 6 moléculas ribuloses 5-fosfato, que posteriormente se transformam em 6 ribose 5- fosfato.Na fase não oxidativa, parte das ribuloses 5- fosfato continua a se isomerisar a ribose 5-P e parte se epimerisa a xilulose 5-P. Estas 2 pentoses fosfato reciclam e regeneram 5 moléculas glicoses 6-fosfato, permitindo a formação contínua de NADPH. • Oxidativa A glicose-6P é oxidada a 6P-gliconato com redução NADP+(1). O NADPH tem como função combater efeitos prejudiciais das espécies reativas de oxigênio e radicais livres (4), participar da síntese de ácidos graxos e compostos esteróides (5). A oxidação de 6P-gliconato com liberação de dióxido de carbono e geração de Ribuloses 5-fosfato e NADPH é a etapa seguinte (2). Posteriormente, a Ribulose-5-fosfato se transforma em ribose 5-fosfato (3). Os NADPH formados na fase oxidativa são usados para produzir glutationa reduzida (GSH) a partir de glutationa oxidada (GSSG) e para participar das biossínteses redutoras (4)(5). As riboses 5-fosfato são precursoras de nucleotídeos, coenzimas e ácidos nucleicos (6). Vitor Dantas - METABOLISMO • Reações da fase oxidativa A via das pentoses fosfato inicia com a oxidação da glicose 6-fosfato pela glicose 6-P desidrogenase (G6PD) formando 6-fosfoglicono-lactona (éster intra-molecular) e NADPH. O equilíbrio desta reação está deslocado para o sentido de produção da coenzima reduzida. Em alguns tecidos a via das pentoses fosfato termina nesta etapa configurando o resultado de formação de NADPH, agente redutor, e principalmente riboses– fosfato, precursoras para a síntese de nucleotídeos. • Não oxidativa Esta fase ocorre em tecidos que requerem, fundamentalmente, NADPH. Portanto, as ribuloses-5- fosfato, produzidas na fase oxidativa, são transformadas em ribose-5-fosfato por uma isomerase (1) ou em xilulose- 5-fosfato por uma epimerase (2). Estas pentoses- 5-fosfato são recicladas mediante a atividade de transcetolases (3) e transaldolases (4), regenerando glicoses 6-fosfato, que podem seguir novamente a fase oxidativa, permitindo a formação contínua de NADPH. A ribulose 5-fosfato é transformada para ribose 5-fosfato por uma isomerase(FPI) (1). E para xilulose 5-fosfato por uma epimerase(FPE) (2). Ocorrem reações de transferências de fragmentos de 2 ou 3 carbonos catalisadas pelas enzimas transcetolase (3) e transaldolase (4). Estes rearranjos moleculares geram intermediáriosda via glicolítica (gliceraldeído 3-fosfato, frutose 6-fosfato). A partir de 6 moléculas de glicose 6-fosfato são produzidas 6 moléculas de ribulose 5-fosfato que se reorganizam regenerando de 5 moléculas de glicose 6-fosfato. Vitor Dantas - METABOLISMO → Regulação A enzima marca-passo da rota é a glicose-6P desidrogenase. Esta enzima é inibida quando a relação entre as concentrações de NADPH e NADP+([NADPH]/[NADP+]) estiver alta e é ativada quando a relação estiver baixa. A entrada da glicose 6-P na via glicolítica ou na via das pentoses-P depende das necessidades momentâneas da célula, assim como, da relação entre as concentrações citosólicas de NADPH e NADP+ ([NADPH]/[NADP+]). Quando o NAPDH é formado mais rapidamente do que é consumido nas reações de biossíntese em que participa, a sua concentração aumenta e, por conseguinte inibe alostéricamente a primeira enzima da via, a glicose 6-P desidrogenase, e, portanto mais glicose 6-P está disponível para a glicólise. Por outro lado, quando o NAPDH é consumido mais rapidamente do que é produzido, a concentração de NADP+ aumenta, ativando alostéricamente a enzima glicose 6-P desidrogenase, determinando o aumento do fluxo de glicose 6-P pela via das pentoses-P. → Emprego do hidrogênio para a sintetização de gordura O hidrogênio liberado durante o ciclo da pentose fosfato, não se acopla com a NAD+ como na via glicolítica, mas se acopla com a Nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADP+), que é idêntico à NAD+, exceto por radical fosfato extra P. Essa diferença é significativa, porque só o Vitor Dantas - METABOLISMO hidrogênio ligado à NADP+ na forma de NADPH pode ser utilizado para síntese lipídica e de algumas outras substâncias. Quando a via glicolítica, para a utilização de glicose, é lentificada devido a inatividade celula, a via da pentose fosfato conntinua o funcionamento para fazer a degradaçao de qualquer excesso de glicose que continue a ser transportado para dentro das células e a NADPH fica abundante de modo a ajudar na conversão de acetil-CoA. Nessa circunstância há a formação e armazenamento de lipídios no corpo. → Gordura Quando a glicose não é requerida como fonte de energia, a glicose extra, que penetra continuamente nas células, é armazenada sob a forma de glicogênio ou convertida em lipídios. A glicose é preferencialmente armazenada como glicogênio, até que as células tenham armazenado quantidades suficientes para fornecer energia para as necessidades do organismo, por períodos de apenas 12 a 24 horas. Quando as células que armazenam o glicogênio chegam perto da saturação do glicogênio, a glicose adicional é convertida em lipídi0os, no fígado e nas células adiposas, e armazenada sob a forma de gordura nas células adiposas. → Pontos importantes dessa via • Ambas, a via glicolítica e a via das pentoses ocorrem no citoplasma. Elas estão em equilíbrio e podem ocorrer simultaneamente, independentes uma das outras. • Células que se dividem rapidamente podem precisar de mais ribose-5-fosfato do que NAPH (tumor). Quando a demanda maior é por Ribose-5- fosfato, a reação não-oxidativa da vias das pentoses remove os substratos da via glicolítica. • O NADPH é importante para o estresse oxidativo: é como se denomina a situação de excesso de radicais livres em comparação com o sistema protetor intrínseco de cada célula. O sistema protetor cumpre o papel de proteger a estrutura celular de efeitos maléficos como este, causado pela presença do oxigênio em nosso corpo. Os elétrons livres presentes na molécula de oxigênio dão origem aos chamados radicais livres, estes, quando produzidos em excesso, são prejudiciais ao nosso organismo. • O oxigênio molecular é uma substância muito reativa. Vários radicais livres podem ser formados na célula e no metabolismo celular. Eles são muito reativos e prejudiciais para as células. Então, estes radicais livres podem ser formados na cadeia respiratória. Nas hemácias, durante o transporte de oxigênio pela hemoglobina. • Via das pentoses e eritrócitos: Os eritrócitos transportam oxigênio. § Eles também são fixos em Fe(II) reduzido. Por isso, há uma grande quantidade de formas reativas de oxigênio formadas no eritrócito. O eritrócito não tem mitocôndria e depende da glicose com sua única fonte de energia. Até 10% da glicose na hemácia é utilizada pela via das pentoses para produção de NADPH para reduzir glutationa oxidada. • Célula tumoral-impedimento da fosforilação oxidativa: De uma maneira peculiar, as células cancerosas produzem energia preferentemente pela glicólise anaeróbia em detrimento da fosforilação oxidativa mitocondrial. Das 3 principais funções da mitocondria: 1-produção de energia (ATP - trifosfato de adenosina) ; 2- geração de espécies reativas tóxicas de oxigênio e 3- regulação da morte celular programada , vamos nos ater na função bioenergética da mitocondria. A fosforilação oxidativa fornece energia para o citoplasma e a glicólise anaeróbia para o núcleo. O núcleo parece ser o compartimento mais susceptível à deficiência de ATP, não somente nas células normais como nas células malignas. A perda de ATP no núcleo de células malignas possui conseqüências drásticas provocando o impedimento de cruciais funções celulares como a transcrição e a replicação do DNA. Se isto acontecer, isto é, o predomínio da fosforilação oxidativa sobre a glicólise, o que provoca a queda do ATP nuclear, as consequências para o hospedeiro serão benéficas porque a diminuição da energia para o núcleo provocará drástica diminuição da proliferação celular e apoptose. A célula maligna possui um defeito mitocondrial na fosforilação oxidativa e que este defeito pode ser reversível. E o mais importante, quando melhoramos a função mitocondrial da célula maligna e desviamos a produção de energia da via anaeróbia para a fosforilação oxidativa, o tumor pára de se proliferar e caminha para a diferenciação celular e posterior morte celular programada ou parte diretamente para a apoptose Vitor Dantas - METABOLISMO
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