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Litíase Renal: Definição, Epidemiologia e Tratamento

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(
NEFROLITÍASE
) (
Bianca Cardoso
 
7P
/
2021.1
)
DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
“Pedra nos rins”. Se refere à presença de pedras cristalinas no sistema urinário.
É mais comum no sexo masculino e em adultos jovens.
Tem como fatores de risco: HP, HF, baixa ingesta hídrica, redução do pH urinário (obesidade, DM), gota, HAS, ITU recorrente, medicações de uso crônico.
O tipo de cálculo mais comum é composto de cálcio (oxalato de cálcio), estruvita (bactérias que produzem uréase), ácido úrico e cistina.
Possui alta taxa de recidiva.
FISIOPATOLOGIA
1) Supersaturação da urina com sais insolúveis (oxalato, cácio, fosfato...)
2) Os sais se agregam formando cristais (nucleação. Esses cristais podem ser puros, ou heterogêneos (íons distintos). 
3) Os cristais se aderem ao epitélio e crescem (agregação).
4) Formação do cálculo.
O pH urinário alcalino (>7,0) favorece a formação de cálculos de apatita e estruvita. Já o pH urinário ácido (<5,0) predispõe a formação de cálculos de ácido úrico e cistina. Os cristais de oxalato formam em qualquer pH.
INIBIDORES FISIOLÓGICOS 
Água: dilui a urina, aumenta o fluxo urinário “lavando”.
Citrato (se liga ao cálcio), Magnésio (se liga ao oxalato) favorecendo a eliminação.
Proteína de Tam-Horsfall.
QUADRO CLÍNICO E EXAME FÍSICO
Paciente no OS: clínica variável depende do tamanho, do número, da localização e o grau de obstrução causada pelo cálculo. É comum que o paciente chegue com uma cólica renal aguda, causada pela obstrução, pode estar associada ou não à hematúria macroscópica, e/ou ITU.
*dor grave e aguda no flanco que pode irradiar para a virilha ipsilateral, normalmente acompanhada de náuseas e vômitos.
Paciente no consultório médico: a litíase é observada como um achado ocasional de exame de rotina. Se não houver obstrução as cálculos poderão ser assintomáticos.
Exame físico: febre, taquicardia, hipotensão, sensibilidade do flanco ipsilateral.
Exames laboratoriais: EAS, hemograma completo, eletrólitos, uréia, creatinina sérica, cálcio, fósforo e ácido úrico.
DIAGNÓSTICO
A história clínica, os achados ao exame físico e laboratoriais levantam suspeita diagnóstica sendo a confirmação feita pelos exames de imagem.
Padrão ouro é a TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ABDOME SEM CONTRASTE, que é capaz de observar todos os tipos de cálculos (alta sensibilidade e especificidade), determina com precisão a presença, tamanho e localização dos cálculos.
O RAIO X ABDOMINAL DE RINS, URETERES E BEXIGA determina cálculos radiopacos (oxalato de cálcio e fosfato de cálcio).
A ULTRASSONOGRAFIA RENAL é utilizada para diagnóstico de nefrolitíase em gestantes, crianças, ou em outras situações em que se deva evitar a exposição à radiação. Tem baixa sensibilidade para detectar cálculos ureterais e distais.
TRATAMENTO
Tratamento inicial agudo: alívio sintomático com hidratação e administração de analgésicos e antieméticos conforme necessário.
Em caso de sinais e sintomas de infecção é considerada uma emergência urológica devendo realizar antibioticoterapia e descompressão renal o mais rápido possível para diminuir chance de sepse e óbito.
Pacientes sem sinais e sintomas de infecção podem ser tratados de forma conservadora com AINES e/ ou opióides, caso não melhore considerar descompressão renal. A terapia conservadora expulsiva com alfabloqueadores (tansulosina, alfuzosina, silodosina) pode ser feita para reduzir o tempo de expulsão dos cálculos, se após 4-6 semanas não houver sucesso na expulsão o paciente deve ser submetido ao manejo cirúrgico.
Cálculos maiores ou iguais a 10 mm devem ser tratados de forma cirúrgica.

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