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Meio ambiente e desenvolvimento tecnológico

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MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
		O desenvolvimento da nossa sociedade urbana e industrial, por não conhecer limites, ocorreu de forma desordenada, sem planejamento, à custa de níveis crescentes de poluição e degradação ambiental. Esses níveis de degradação começaram a causar impactos negativos significantes, comprometendo a qualidade do ar e saúde humana nas cidades, transformando rios em esgotos a céu aberto, reduzindo a fertilidade do solo e aumentando as áreas desérticas.
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		A tecnologia demonstrou, então, que poderia contribuir de forma efetiva na reversão de situações críticas. Métodos de planejamento, modelos matemáticos, equipamentos para controle de poluição e processos tecnológicos alternativos menos poluentes foram desenvolvidos. 
		Isso possibilitou a correção de problemas existentes, como também a estimativa antecipada de efeitos e impactos de situações hipotéticas futuras por meio de simulações com modelos físicos e matemáticos.
		Passamos, assim, a admitir que existem limites que devem ser respeitados e que a tecnologia é fundamental, mas não capaz de resolver todos os problemas quando alguns limites, as vezes desconhecidos, são alcançados (efeito estufa, depleção da camada de ozônio).
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		Desenvolvimento sustentável é um conceito proposto pela “Comissão Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente - ONU” (1987). A comissão estudou os conflitos entre os crescentes problemas ambientais e as necessidades das nações em desenvolvimento. 	Concluíram que era tecnicamente viável prover as necessidades mínimas, grosseiramente o dobro da população mundial, até o próximo século de forma sustentável e sem degradação continuada dos ecossistemas globais. A comissão definiu – em seu relatório “Nosso Futuro Comum” – o conceito de desenvolvimento sustentável: “Atender às necessidades da geração presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades.
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		Os desequilíbrios decorrentes dos conflitos ambientais estão sendo enfrentados por uma série de ações coordenadas, que vem sendo denominando como gestão ambiental – entendida como a forma sistemática de a sociedade encaminhar a solução de conflitos de interesse no acesso e uso do ambiente pela humanidade.
		O encaminhamento da solução dos conflitos internos à humanidade e dessa aos demais seres vivos depende, além do disciplinamento de natureza genética, mas também de outros disciplinamentos criados pela própria humanidade. 	Para cumprir sua função de disciplinar o acesso da humanidade ao ambiente, dirimindo ou solucionando os conflitos entre seus membros e desses com os demais componentes da biosfera, a gestão do ambiente compreende várias fases.
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		Começa pela identificação dos valores envolvidos nesses conflitos, tarefa complexa e ainda hoje sem uma solução plena e universalmente aceita. Posteriormente, se seguem as demais, de diferentes graus de dificuldade e quase sempre longo período de maturação, que, em seu conjunto, constituem uma Política Ambiental. São elas: a identificação dos objetivos, a conceituação e a institucionalização do sistema de gestão e dos instrumentos econômico-financeiro, legais e técnicos que o compõem.
		Os objetivos podem ser tão genéricos e pouco operacionais – como o “Desenvolvimento Sustentável” – ou mais específicos – como os padrões de qualidade ambiental, sejam eles localizados ou globais.
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A QUESTÃO AMBIENTAL 
NO ÂMBITO DA ECONOMIA
		A raiz de uma das principais causas de dificuldades na gestão do ambiente certamente está na ausência de uma resposta objetiva a algumas perguntas que freqüentemente se apresentam. Ao disciplinar o acesso e a apropriação do ambiente pelos indivíduos, a sociedade define e impõem padrões ambientais que afetam interesses conflitantes.
		A teoria econômica ensina que o acesso aos bens e serviços existentes em uma sociedade fica adequadamente disciplinado quando todos eles efetivamente se subordinam às leis econômicas. Infelizmente, nem a prática nem mesmo a teoria econômica têm condições de abranger e disciplinar todos os bens e serviços existentes.
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		Embora as economias reais nunca sejam exatamente iguais aos modelos econômicos formulados, todas as economias atuais estão subordinadas a um dos dois modelos fundamentais existentes. A economia de mercado, presente em praticamente todos os países, e a economia centralmente planejada, que hoje é uma exceção, sendo o modelo chinês o que mais se assemelha.
		
		Os bens que se incluem na economia de mercado têm acesso disciplinado pela lei da oferta e da demanda, ou a “lei da oferta e da procura”.
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		Como conseqüência importante desse mecanismo, deve ser ressaltado que só os indivíduos com capacidade para pagar esse preço é que podem ter acesso ao bem ou serviço correspondente. 
		Dessa forma, fica evidente que os bens aos quais estão associados valores universais não estão ou não podem estar submetidos às leis de mercado se os preços por ele ditados impedirem o acesso de alguém a esse bem nos níveis mínimos estabelecidos pela sociedade.
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Os bens e serviços ambientais subordinam-se às leis econômicas de mercado?
		Como mostrado no gráfico a seguir, os bens podem ser classificados em quatro categorias ideais que permitem avaliá-los quanto a sua subordinação às leis de mercado. 
		Para tanto, basta confrontá-los com dois atributos, respectivamente: a exeqüibilidade ou não da exclusão de acesso de alguém ao bem e a natureza individual ou conjunta do consumo desse bem. Cruzando as possibilidades de ocorrência simultânea desses atributos, temos as quatro categorias ideais dos bens ou serviços classificados na economia: privados, públicos, tributáveis e partilhados.
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		Os valores universais só podem corresponder a bens e serviços públicos ou partilhados, desde que a eles todos tenham acesso garantido. Os valores individualizáveis, em contrapartida, estão associados a bens e serviços privados ou tributáveis, desde que o acesso a eles seja seletivo.
		Dentre esses quatro tipos ideais de bens e serviços, apenas os privados podem ser completamente subordinados às leis da economia de mercado. Os partilhados e os tributáveis apenas em parte, estando os públicos totalmente fora de seus domínios. 
		Os bens e serviços públicos não sendo captáveis pelo processo de formação de preço e por ele disciplinados, precisam ser disciplinados por meio de instrumentos legais – regulamentação.
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		Em sua maioria, os bens e serviços ambientais existentes nas sociedades modernas, por suas características, assemelham-se e aproximam-se da categoria ideal de coletivos (públicos ou livres). 
		Nessa condição, não estão sujeitos às leis econômicas, sendo dependentes de legislação que estabeleça os padrões ambientais que disciplinem o acesso e o desfrute deles.
		Porém, a abordagem econômica do ambiente apresenta muitas nuances, onde a interpretação das situações específicas deve ser levada em consideração. 
	Vejamos alguns exemplos:
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	Recurso hídrico:
		(1) rio ou lago usado para paisagismo, lazer e recreação – uso não individualizável e coletivo/público.
		(2) rio utilizado para abastecimento, a partir de sistema coletivo de abastecimento – uso público.
		(3) rio utilizado para abastecimento, a partir de sistema individual de abastecimento – uso partilhado.
	Recurso do ar:
		(1) o ar no atendimento das necessidades vitais (fornecimento de O2) – uso público.
		(2) o ar como receptor de resíduos industriais – uso tributável.
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		Na tentativa de subordinar os bens e os serviços ambientais à economia, vários têm sido os caminhos percorridos, configurando no mínimo duas linhas de pensamento distintas – Economia do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e a Economia Ecológica.
		
	Economia do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
		Propõem integrar as leis da economia ao controle ambiental a partir da “privatização do ambiente”, onde o proprietário é obrigado a comprar do poder público o direito de uso desse ambiente, considerandoo valor atribuído pela sociedade ao bem ambiental utilizado. Esses princípios evoluíram para princípio do usuário pagador e do princípio do beneficiário pagador.
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	Economia Ecológica
		Constituí uma reação àquilo que considera como insuficiências dos princípios-base da economia tradicional, em face da natureza dos processos ecológicos nos ecossistemas e na biosfera, que são determinantes do equilíbrio e da qualidade do ambiente. Nessa visão, a economia é um subsistema da atividade humana, mas subordinado às leis fundamentais que regem os ecossistemas da biosfera.
		Avalia os objetos de acordo com o seu custo, que é determinado em função do seu graus de organização em relação ao ambiente. O conteúdo do conceito está ligado aos requerimentos de energia necessária, na forma direta de combustível e, na indireta, por meio de outras organizações que usam energia na sua produção.

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