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Exame Físico do Adolescente Saúde da Comunidade II É importante considerar: Possíveis medos e constrangimentos do adolesccente em torno da avaliação física Havendo a necessidade de exame corporal, deve-se dispor de um espaço privativo de preparação e roupas apropriadas A conversa e as explicações em torno de cada momento da avaliação são fundamentais para ajudar o adolescente a relaxar, para deixá-lo a par do que vai ser feito e obter seu consentimento Aproveitar o momento para identificação de percepções e vivências em torno do corpo e conversar sobre elas. Componentes- entrevista e exame físico Alguns conceitos Semiologia- estudo dos sinais e sintomas Semiotécnica- são técnicas que o enfermeiro utiliza para descobrir esses sinais e sintomas Sintomas- subjetivo, cliente diz que está sentindo Sinal- profissional observa no cliente a partir dos sentidos Componentes do exame físico: Inspeção: uso do sentido da visão de forma clínica pelo enfermeiro (observar) Palpação: superficial e profunda Percussão: gerar sons que possa ter utilidade clínica - dígito-digital - punho-percussão - percussão com borda da mão - percussão por piparote: sinal de onda líquida - ASCITE Ausculta: escutar com o uso do estetoscópio Materiais utilizados no exame físico: Estetoscópio, esfigmomanômetro, fita métrica, termômetro, balança antropométrica, espátula, agulhas, bolas de algodão seco com álcool, garrote, lanterna e martelo de reflexo. → Dor: experiência sensorial e emocional desgradável, associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal comportamento. A dor é sempre subjetiva. Características Dimensão neurofisiológica porque envolve alguns mecanismos de ativação de receptores que levam a informação de dor ao SNC Dimensão psicossocial no âmbito da influência emocional positiva ou negativa sobre o paciente. Dimensão cognitivo-cultural relacionando a dor a crenças, significados e comportamentos prévios a dor Dimensão comportamental porque temos alguns estressores situacionais que podem desencadear esse processo de dor Dimensão sensorial (tipo, localização, intensidade, qualidade, frequência, irradiações, desencadeadores, agravantes, alívio, antecedentes, data e início). Alterações generalizadas da pele: ● Pletora ● Albanismo ● Palidez ● Cianose: - Periférica- apenas a pele apresenta uma coloração azulada, permanecendo rosadas a língua e a mucosa oral. - Central- tanto a pele como a língua e a mucosa oral apresentam uma coloração azulada, porque há uma descida da quantidade de oxigénio no sangue que circula pelo corpo (circulação sistémica). ● Icterícia: - Determinada pelo aumento da bilirrubina - Causas: hemólise, falha na conjugação hepatócitos e obstrução das vias biliares - Alterações localizadas da pele ● Eritema: é um sinal clínico, presente em várias patologias, caracterizado por uma coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação capilar ● Exantema e enantema: um exantema é uma erupção cutânea difusa e mais ou menos extensa ao longo da superfície do corpo, enquanto que o enantema designa a erupção cutânea que se manifesta na superfície das mucosas que revestem as cavidades naturais, sobretudo na boca e faringe. ● Púrpura ● Petéquia ● Equimose ● Hematoma Hipocromia Hipercromia Acromia Alterações da superfície da pele ● Xerodermia ● Hiperidrose Lesões de conteúdo sólido ● Pápula (<1 cm) ● Nódulo (1 a 3 cm) ● Tumor (>3 cm) ● Urticária (prurido) ● Vesícula (serosa, <1 cm) ● Bolha (serosa, >1 cm) ● Pústula (pus, até 1 cm) ● Abcesso Espessura da pele ● Edema ● Cicatriz Integridade cutânea ● Escama ● Erosão (epiderme) ● Fissura (linear) ● Fístula Unhas ● Palidez, cianose, acastanhada (hematomas), onicofagia, escleroníquia, onicólise e sujidade ● Paroníquia Pelos ● Hipertricose ou hirsutismo ● Hipotricose ● Alopecia Couro cabeludo ● Inflamações ● Pediculose ● Sujidade, seborréia e caspa ● Cabelos secos e quebradiços Olhos ● Edema ● Xantelasma ● Ptose ● Blefarite ● Exoftalmia ● Enoftalmia ● Conjuntivite ● Icterícia ● Pterígio Anisocoria: tamanho desigual das pupilas. • Midríase (diâmetro > 4mm): dilatação da pupila. • Miose (diâmetro < 2 mm): constrição da pupila. Acuidade visual: é o grau de aptidão do olho para identificar detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos. Teste de acuidade visual ● Permite esclarecer se a queixa de perda ou diminuição da visão é procedente ou não. ● O método mais utilizado é o da Escala de Snellen. ● Para pessoas analfabetas ou crianças pequenas, utiliza-se escala com objetos ou animais de fácil identificação. Tabela de desenvolvimento da acuidade visual Idade Acuidade visual 2 meses 20/400 5% 6 meses 20/100 20% 1 ano 20/50 40% 3-4 anos 20/20 100% Material: - Escala optométrica de Snellen; - Vareta para indicar; - Cartão oclusor de cartolina ou papelão; - Cadeira (opcional); - Metro ou fita métrica; - Impresso para anotação dos resultados. Escala de snellen: - Utilizada para o pré-diagnóstico da acuidade visual de pessoas em todo o mundo. - De simples aplicação, possibilita um indicativo se a pessoa precisa ou não procurar um oftalmologista. - Não substitui o exame oftalmológico. Preparo da sala de aula para aplicação do teste - Boa iluminação (a luz deve vir de trás ou dos lados da criança a ser examinada). - Marcar no piso: 5 metros da escala de sinais de Snellen. - Cadeira do escolar: pernas traseiras coincida com a linha traçada no piso. - Evitar barulho e pessoas circulando na sala. Como proceder? - Coloque o cliente a uma distância de 5 metros da escala de Snellen. - Oclua, sem pressionar, o olho esquerdo. - .Com um vareta, aponte as letras – iniciando pela linha 1 – e solicite a identificação pelo cliente. - Anote até qual escala o cliente conseguiu identificar as letras (ou figuras) sem dificuldades. - Efetue o mesmo procedimento com o olho direito ocluído. Atenção: - Ao ocluir os olhos, deve-se evitar pressioná-lo a fim de não provocar distorção da imagem com diminuição da acuidade visual. - No caso de pessoas que utilizam óculos, a acuidade visual deve ser avaliada com a correção óptica. - Estimular a pessoa durante o teste. Incentivá-la mesmo que apresente baixa visão. - A acuidade visual normal por convenção é 20/20. - Durante o teste observar queixas e sinais: lacrimejamento, inclinação da cabeça, piscar, etc. - A atenção e a colaboração da pessoa dependem do examinador e do ambiente da sala de aula. Nariz ● Obstruções nasai ● Sujidade Seios paranasais ● Hipersensibilidade à digitopressão (inflamação); ● Secreções. Cavidade oral ● Cianose ou palidez; ● Queilose: afecção dos lábios por deficiência de vit. B6. ● Herpes labial; ● Ressecamento; ● Ausência de dentes (mastigação); ● Higiene; ● Cáries; ● Gengivas edemaciadas e vermelho-escuras; ● Estomatites; ● Língua saburrosa; ● Língua seca ou acastanhada; ● Angina purulenta; ● Faringite; ● Halitose. Pescoço ● Movimentação e torcicolo; ● Distensão venosa; ● Volume tireoidiano; ● Condições ganglionares. Tórax ● Simetria e forma; ● Ritmo respiratório e Dispnéia; ● Mamas, nódulos e GINECOMASTIA; ● Palpitações. ● Ângulo de Charpy e biotipo: ✓ longilíneo (<90o); ✓ brevilíneo (>90o); ✓ mediolíneo(~=90o). Abdome ● Retração; ● Abaulamento generalizado; ● Globoso; ● Circulação colateral Genitália ● Fimose: ● Parafimose: ● Lesões; ● Acúmulo de esmegma; ● Abertura do Meato; ● Secreções; ● Desenvolvimento de características secundárias. ● Atrofias; ● Edemas; ● Eritemas; ● Inflamações, sobretudo, genitália feminina. Membros inferiores ● Palidez e rubor; ● Cianose; ● Edema; ● Dilatação venosa ● Lesões ● Sujidade. Índice de massa corporal (IMC) Foi desenvolvido por Quetelet no final do Séc. XIX; IMC= P/A² P= peso A=altura Adolescência: ver parâmetros segundo percentil Parâmetros IMC < 18,5 Kg/m2 (peso abaixo do saudável); IMC de 18,5 a 24,9 Kg/m2 (peso saudável); IMC de 25 a 29,9 Kg/m2 (sobrepeso);IMC = ou > 30 Kg/m2 (obesidade)
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