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Ist e saúde do adolescente

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Ist e saúde do adolescente
Saúde da Comunidade II
Vulnerabilidade
Conceito desenvolvido para responder aos
limites da noção de risco.
“(...) busca estabelecer uma síntese
conceitual e prática das dimensões sociais,
político institucionais e comportamentais
associados às diferentes suscetibilidades
de indivíduos, grupos populacionais e até
mesmo, nações.”
Três planos analíticos básicos:
● Individual (valores, crenças,
atitudes, desejos, relações sociais e
familiares...)
● Social (normas sociais, cultura,
relações de gênero, etnia,
geracionais, renda... )
● Programático (respostas
governamentais, políticas,
participação social…)
Vulnerabilidade e adolescer
Quais os motivos da vulnerabilidade dos
adolescentes às DST e ao HIV/AIDS?
A garantia dos direitos sexuais e direitos
reprodutivos é uma prioridade do governo
brasileiro e norteia a formulação e
implementação de ações relativas à saúde
sexual e saúde reprodutiva para homens e
mulheres, adultos e adolescentes.
A inclusão de adolescentes e jovens nas
políticas de saúde, especialmente, naquelas
voltadas para a saúde sexual e saúde
reprodutiva, requer novas perguntas sobre
a realidade destes sujeitos. Requer, ainda,
que tais perguntas sejam feitas a estes
sujeitos, respeitando e considerando seus
olhares, opiniões e propostas. A
capacidade criativa e o potencial de
participação social devem ser
resguardados e promovidos nas práticas e
políticas de saúde, assim como pelas
demais políticas sociais.
A saúde sexual e a saúde reprodutiva
ocupam um lugar importante na
construção da igualdade de gênero e na
construção de AUTONOMIA dos
adolescentes e jovens, princípio
fundamental na formação de pessoas
SAUDÁVEIS e RESPONSÁVEIS.
É necessário reconhecer que as condições
de construção da autonomia estão mais ou
menos colocadas conforme as relações e
estruturas sociais em que adolescentes e
jovens estão inseridos, marcadas por
muitas formas de DESIGUALDADES.
O grande desafio para uma POLÍTICA
NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À
SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS é
justamente o de implementar ações de
saúde que atendam às ESPECIFICIDADES
desta população, de modo INTEGRAL, e
respondendo às DEMANDAS colocadas
pelas condições decorrentes das distintas
situações de vida dos adolescentes e jovens
do País.
Estas ações devem considerar as
DESIGUALDADES de gênero, baseadas na
raça/cor, na orientação sexual e na classe
social, e contribuir para a sua SUPERAÇÃO.
A sexualidade é uma dimensão
fundamental de todas as etapas da vida de
homens e mulheres, envolvendo práticas e
desejos relacionados à satisfação, à
afetividade, ao prazer, aos sentimentos, ao
exercício da liberdade e à saúde.
A sexualidade humana é uma construção
histórica, cultural e social, e se transforma
conforme mudam as relações sociais.
Para adolescentes e jovens, esta dimensão
se traduz em um campo de DESCOBERTAS,
EXPERIMENTAÇÕES e VIVÊNCIA da
liberdade, como também de construção de
capacidade para a tomada de DECISÕES,
de ESCOLHA, de RESPONSABILIDADES e de
AFIRMAÇÃO de IDENTIDADES, tanto
pessoais como políticas (BRASIL, 2007)
As políticas e os programas de saúde
voltados para adolescentes e jovens
freqüentemente desconsideram estes
diversos aspectos da sexualidade, na
medida em que “ignoram que a sexualidade
é parte do desenvolvimento humano e os
conceitos de amor, sentimentos, emoções,
intimidade e desejo com freqüência não se
incluem nas intervenções de saúde sexual e
saúde reprodutiva”.
Violência e exploração sexual de crianças e
adolescentes.
Presente em 937 municípios. Destes, 293
(31,8%) situam-se na Região Nordeste; 241
(25,7%) no Sudeste; 162 (17,3%) no Sul; 127
(133,6%) no Centro-Oeste; e 109 (11,6%) no
Norte. (GPVES, 2005; BRASIL, 2007).
Contextos de privação da liberdade
Portarias n.o 340, de 14/07/2004 da SAS/MS E MS/SEDH/SEPM n.o
1.426:
Ações direcionadas a adolescentes de
ambos os sexos: práticas educativas sobre
planejamento familiar, gravidez na
adolescência, paternidade/maternidade
responsável, contracepção e DST e aids.
Ações específicas para adolescentes do
sexo feminino: prevenção e controle do
câncer cérvico-uterino, orientação e
promoção do auto-exame da mama
contracepção; pré-natal e
acompanhamento nutricional da gestante
e lactante; adequaação dos ambientes
para o aleitamento materno; pos-natal e
orientação para a postergeração de
gravidez subsequente.
Diagnóstico, aconselhamento e tratamento
em DST/HIV/aids: coleta para diagnóstico
do HIV, ações de redução de danos,
materiais educativos e instrucionais,
abordagem “sindrômica” das DST; garantia
de medicamentos para aids e outras DST, e
tratamento para adolescentes
soropositivos.
Sexualidade e saúde na educação brasileira
Nas Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro
de 1996), a educação sexual é prevista como
um dos temas transversais a serem
incluídos nos Parâmetros Curriculares
Nacional, em todas as áreas do
conhecimento – do ensino fundamental ao
ensino médio.
A efetiva implantação desses temas na
perspectiva dos direitos sexuais e dos
direitos reprodutivos, e da ação
intersetorial exige articulação dos agentes
das políticas de saúde e educação, e
constituem-se em apoio fundamental para
a implementação das políticas de saúde em
âmbito nacional (BRASIL 2007).
O que significa DST?
➢ Agravos que têm como característica a
transmissão por meio de práticas sexuais.
➢ Também, denominadas Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST).
➢ Já foram denominadas Doenças
Venéreas, como alusão à deusa Vênus.
➢ Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) são 340 milhões de novos
casos de DST, anualmente, no mundo.
➢ De acordo com o Ministério da Saúde,
para o Brasil as estimativas são:
● SÍFILIS: 937.000
● GONORREIA: 1.541.800
● CLAMÍDIA: 1.967.200
● HERPES GENITAL: 640.900
● HPV: 685.400
➢ Dentre mulheres com infecções não
tratadas por gonorréia e/ou clamídia, 10 a
40% desenvolvem doença inflamatória
pélvica (DIP), das quais 25% se tornarão
inférteis.
➢ Entre homens, a clamídia também pode
causar infertilidade.
➢ HPV está associado ao carcinoma de
colo uterino, de pênis e de ânus.
➢ Pessoas com DST e infecções do trato
reprodutivo não ulcerativas têm um risco
aumentado em 3 a 10 vezes de se infectar
pelo HIV, o que sobe para 18 vezes se a
doença cursa com úlceras genitais.
➢ Se o portador de HIV também é portador
de alguma DST, mais facilmente transmitirá
o HIV aos seus parceiros sexuais.
➢ NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA:
● Hepatites virais;
● Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV) e Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS);
● Infecção por Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) na
gestante/criança exposta;
● Sífilis na gestação; e sífilis
congênita.
➢ QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS MAIS
CARACTERÍSTICOS ÀS DST?
● Úlceras;
● Corrimentos;
● Verrugas;
● Ardência;
● Prurido;
● Dor.
● Muitos podem estar assintomáticos.
Para propiciar o diagnóstico precoce e
tratamento imediato, propõe-se o uso de
ABORDAGEM SINDRÔMICA (BRASIL, 2005).
Sífilis
A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica,
de evolução crônica, sujeita a surtos de
agudização e períodos de latência quando
não tratada.
Causada pelo Treponema pallidum, um
espiroqueta de transmissão sexual ou
vertical, que pode produzir as formas
adquirida ou congênita da doença.
Classificação:
● Sífilis adquirida
- recente (menos de um ano
de evolução): primária,
secundária e latente
recente;
- tardia (com mais de um ano
de evolução): latente tardia e
terciária;
● Sífilis congênita
- recente (casos
diagnosticados até o 2° ano
de vida);
- tardia (casos
diagnosticados após o 2°
ano de vida).
Sífilis Primária
● Cancro duro
- Lesão erosada ou ulcerada,
geralmente única, indolor,
com bordos endurecidos,
fundo liso, brilhante e
secreção serosa escassa;
- Aparece entre 10 e 90 dias
(média de 21) após o contato
sexual infectante;
- Acompanhada de
adenopatia regional não
supurativa, móvel, indolor e
múltipla.
- No homem, a lesão aparece
com maior frequência na
glande e sulco bálano
prepucial.
- Na mulher, quando aparece
é maiscomumente
observada nos pequenos
lábios, paredes vaginais e
colo uterino.
- 6 a 8 semanas após o
cancro duro e a sua
cicatrização espontânea,
podem ocorrer lesões
cutâneo-mucosas, não
ulceradas, geralmente
acompanhadas de
micropoliadenopatia
generalizada e,
ocasionalmente, de
artralgias, febrícula, cefaléia
e adinamia.
Sífilis Secundária
- Ocorre de 2 a 3 meses da primária.
- Lesões mais comuns:
- Erupção cutânea generalizada
simétrica (roséola sifilítica) e após,
pápulas ou pápulas escamosas
(sifílides papulosa e psoriasiformes).
- Localização frequente nas regiões
palmar e plantar;
Sífilis Terciária
- Pode ocorrer entre 3 a 12 anos após
a infecção.
- Lesões tegumentares.
- Lesões cardiovasculares e
neurológicas.
Cancro mole
- No homem, as localizações mais
frequentes são no frênulo e sulco
bálano-prepucial; na mulher, na
fúrcula e face interna dos pequenos
e grandes lábios.
- Em 30 a 50%dos pacientes, o bacilo
atinge os linfonodos inguino-
crurais (bubão), sendo unilaterais
em 2/3 dos casos, observados
quase que exclusivamente no sexo
masculino. No início, ocorre
tumefação sólida e dolorosa,
evoluindo para liquefação e
fistulização em 50% dos casos.
- Aparentemente, a doença não
apresenta uma ameaça ao feto ou
ao neonato. Mas é necessário
lembrar da possibilidade de
associação entre H. ducreyi e T.
pallidum, que ocorre, em 5% das
lesões típicas do cancro mole.
Herpes Genital
- A herpes genital é uma virose transmitida,
predominantemente, pelo contato sexual
(inclusive oro-genital), mas também pode
ser transmitida pelo contato direto com
lesões ou objetos contaminados.
- Caracteriza-se pelo aparecimento de
lesões vesiculosas que, em poucos dias,
transformam-se em pequenas úlceras,
precedidas de sintomas de ardência,
prurido e dor.
- A maioria dos casos de transmissão
ocorre a partir de pessoas que não sabem
que estão infectadas ou assintomáticas.
- Tem sido reconhecida a importância do
herpes na etiologia de úlceras genitais,
respondendo por grande percentual dos
casos de transmissão do HIV.
- Para a transmissão é necessário que haja
solução de continuidade, pois não há
penetração do vírus em pele ou mucosas
íntegras.
- No homem, localiza-se mais
frequentemente na glande e prepúcio; na
mulher, nos pequenos lábios, clitóris,
grandes lábios, fúrcula e colo do útero.
- As lesões são inicialmente pápulas
eritematosas de 2 a 3 mm, seguindo-se
por vesículas agrupadas com conteúdo
citrino, que se rompem dando origem a
ulcerações.
- A adenopatia inguinal dolorosa bilateral
pode estar presente em 50%dos casos.
- As lesões cervicais (cervicite herpética),
frequentes na primeira infecção, podem
estar associadas a corrimento genital
aquoso. No homem, pode haver secreção
uretral, acompanhada de ardência
miccional.
- Podem ocorrer sintomas gerais, como
febre e mal-estar.
- Com ou sem sintomatologia, após a
infecção primária, o HSV ascende pelos
nervos periféricos sensoriais, penetra nos
núcleos das células ganglionares e entra
em latência.
- Após a infecção genital primária por HSV
2 ou HSV 1, respectivamente, 90% e 60%
dos pacientes desenvolvem novos
episódios nos primeiros 12 meses, por
reativação dos vírus.
- Recorrência das lesões: febre; radiação
ultravioleta; traumatismos; menstruação;
estresse físico ou emocional;
antibioticoterapia prolongada; e
imunodeficiência.
- Quadro clínico das recorrências é menos
intenso que o observado na
primo-infecção, precedido
caracteristicamente de: aumento de
sensibilidade, prurido, “queimação”,
mialgias, e “fisgadas” nas pernas, quadris
e região anogenital.
- A transmissão fetal transplacentária é
observada em uma a cada 3.500
gestações e o abortamento espontâneo só
ocorre se a infecção materna se der nos
primeiros meses da gestação.
- O maior risco de transmissão do vírus ao
feto se dá no momento da passagem pelo
canal do parto, resultando em
aproximadamente 50% de infecção se a
lesão for ativa.
Linfogranuloma venéreo
- Doença infecciosa de transmissão
exclusivamente sexual, caracterizada pela
presença de bubão inguinal.
- Período de incubação entre 3 e 30 dias.
- O agente causal é a Chlamydia
trachomatis - sorotipos L1, L2 e L3.
- A evolução da doença ocorre em 3 fases:
lesão de inoculação, disseminação
linfática regional e sequelas.
- A linfadenopatia inguinal desenvolve-se
entre 1 a 6 semanas após a lesão inicial,
sendo geralmente unilateral (70% dos
casos). Na mulher, a localização da
adenopatia depende do local da lesão de
inoculação.
- Pode ser acompanhado de sintomas
gerais: febre, mal-estar, anorexia,
emagrecimento, artralgia, sudorese
noturna e meningismo.
- As seqüelas ocorrem mais frequentemente
na mulher e homossexuais masculinos,
devido ao acometimento do reto. A
obstrução linfática crônica leva à
elefantíase genital, que na mulher é
denominada estiômeno. Podem ocorrer
fístulas retais, vaginais, vesicais e
estenose retal.
Donovanose
- Inicia-se com ulceração de borda plana ou
hipertrófica, bem delimitada, com fundo
granuloso, de aspecto vermelho vivo e de
sangramento fácil.
- A ulceração evolui lenta e
progressivamente, podendo se tornar
vegetante ou úlcero-vegetante e as lesões
podem ser múltiplas.
- Há predileção pelas regiões de dobras e
região perianal. Não há adenite na
donovanose, embora raramente possam
se formar pseudo bubões (granulações
subcutâneas) na região inguinal, quase
sempre unilaterais.
Uretrite gonocócica
- Processo infeccioso e inflamatório da
mucosa uretral causado pela Neisseria
gonorrhoeae (diplococo Gram negativo
intracelular).
- Consiste num dos tipos mais frequentes
de uretrite masculina.
- Período de incubação é curto, de 2 a 5
dias.
- Sintoma mais precoce da uretrite é uma
sensação de prurido que vai se estende
para toda a uretra.
- Após 1 a 3 dias já há disúria, seguida por
corrimento, inicialmente mucóide que vai
se tornando mais abundante e purulento,
podendo estar associado à febre e outras
alterações.
- Agentes das infecções: Chlamydia
trachomatis, Ureaplasma urealyticum,
Mycoplasma hominis, Trichomonas
vaginalis, dentre outros. Mais comum: C.
trachomatis.
- A transmissão se faz pelo contato sexual
(risco de 20% por ato).
- O período de incubação, no homem, é de
14 a 21 dias.
- 2/3 das parceiras estáveis de homens com
UNG hospedem a C. trachomatis no
endocérvix, podendo reinfectar seu
parceiro sexual e desenvolver quadro de
Doença Inflamatória Pélvica se
permanecerem sem tratamento.
- Caracteriza-se, habitualmente, pela
presença de corrimentos mucóides,
discretos, com disúria leve e intermitente.
- A uretrite subaguda é a forma de
apresentação de cerca de 50% das
pessoas com uretrite causada por C.
trachomatis. Em alguns casos, os
corrimentos das UNG podem simular os
da gonorréia.
- As uretrites causadas por C. trachomatis
podem evoluir para: prostatite, epididimite,
balanites, conjuntivites (por
autoinoculação) e a Síndrome
uretro-conjuntivo-sinovial ou Síndrome de
Fiessinger- Leroy-Reiter.
Cervicite por clamídia e/ou gonococo
- Inflamação da mucosa
endocervical (epitélio colunar do
colo uterino);
- Etiologia das cervicites está
relacionada com Neisseria
gonorrhoeae, chlamydia
trachomatis;
- Assintomática em 70-80% dos
casos;
- Uma cervicite prolongada, sem o
tratamento adequado, pode-se
estender ao endométrio e às
trompas, causando Doença
Inflamatória Pélvica (DIP), sendo
a esterilidade, a gravidez
ectópica e a dor pélvica crônica,
as principais sequelas.
Vulvovaginites
- É toda manifestação inflamatória e/ou
infecciosa do trato genital feminino inferior:
vulva, vagina e epitélio escamoso do colo
uterino (ectocérvice)
- Manifestação: corrimento vaginal;
associado a um ou mais dos seguintes
sintomas inespecíficos- prurido vulvo
vaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação
de desconforto pélvico. Muitas infecções
genitais podem ser assintomáticas.
- Agentes: infecciosos endógenos (ex:
vaginose bacteriana e candidíase);
sexualmente transmitidos (tricomoníase);
ou com fatores físicos (traumas); químicos
(uso de lubrificantes e de absorventes
internos eexternos); hormonais (hiper e
hipoestrogenismo); anatômicos e
orgânicos.
Candidíase vulvovaginal
- Infecção da vulva e vagina, causada por
fungo comensal que habita a mucosa
vaginal e a mucosa digestiva, que cresce
quando o meio torna-se favorável para o
seu desenvolvimento.
- A relação sexual não é a principal forma
de transmissão
- Cerca de 80 a 90% dos casos são devidos
à Candida albicans
- Os fatores predisponentes:
- gravidez, diabetes mellitus
(descompensado), obesidade, uso de
contraceptivos, orais de alta dosagem, uso
de antibióticos, corticóides ou
imunossupressores, hábitos de higiene e
vestuário inadequados (diminuem a
ventilação e aumentam a umidade e calor
local)
- contato com substâncias alérgenas e/ou
irritantes (por exemplo: talco, perfume,
desodorantes)
- alterações na resposta imunológica
(imunodeficiência), inclusive a infecção
pelo HIV.
Tricomoníase
- É uma infecção causada pelo
Trichomonas vaginalis, tendo como
reservatório a cérvice uterina, a vagina e a
uretra
- Sua principal forma de transmissão é a
sexual
- Pode permanecer assintomática no
homem, e na mulher, principalmente após
a menopausa
- Na mulher, pode acometer a vulva, a
vagina e a cérvice uterina, causando
cervicovaginite. Excepcionalmente causa
corrimento uretral masculino.
- Suas características clínicas são:
● Corrimento abundante,
amarelado ou amarelo
esverdeado, bolhoso
● prurido e/ou irritação vulvar
● dor pélvica (ocasionalmente)
● sintomas urinários (disúria,
polaciúria)
● hiperemia da mucosa, com
placas avermelhadas (colpite
difusa e/ou focal, com aspecto de
framboesa)
INFECÇÃO PELO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO
HUMANO (HTLV)
- HTLV- I e HTLV-II
- Têm tropismo pelos linfócitos T, causando
destruição dessas células, linfopenia e
inversão da relação CD4/CD8
- Causam transformações nos linfócitos T.
Pode resultar em: leucemia ou linfoma,
depois de um período médio de incubação
de 20 a 3 anos, numa minoria de pessoas
- A leucemia de linfócitos T do adulto (LLTA)
foi reconhecida como um evento clínico
associado com HTLV-1 em quase 100%
dos casos. Supõe-se que, em regiões
endêmicas, a doença se desenvolve em
apenas 2% a 4% dos indivíduos com
HTLV-I, após um período de latência que
pode durar de 10 a 60 anos.
- Transmissão:
● Sexual: o principal modo de
transmissão, de homem para
mulher, via linfócitos do sêmen
infectados em que a
concentração é maior. Úlceras
genitais aumentam o risco de
infecção
● Sanguínea: drogas injetáveis com
compartilhamento de agulhas e
seringas. Produtos sanguíneos
contaminados por HTLV-I são
importantes na transmissão e no
perfil epidemiológico da infecção
● Vertical: passagem
transplacentária ou na
amamentação
- Possui mais de 100 tipos reconhecidos
atualmente, 20 dos quais podem infectar o
trato genital.
- Estão divididos em 2 grupos de acordo
com seu potencial de oncogenicidade:
● Alto risco oncogênico: Quando
associados a outros co-fatores,
têm relação com o
desenvolvimento das neoplasias
intra-epiteliais e do câncer
invasor do colo uterino, da vulva,
da vagina e da região anal.
● Baixo risco oncogênico:
Infecções benignas do trato
genital como o condiloma
acuminado ou plano e lesões
intra-epiteliais de baixo grau.
Presentes na maioria das
infecções clinicamente aparentes
(verrugas genitais visíveis) -
vulva; colo uterino; na vagina; no
pênis; no escroto; na uretra; e no
ânus.
INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO
(HPV)
- Maioria das infecções assintomáticas.
Outras podem apresentar-se como lesões
exofíticas (condilomas acuminados),
verrugas genitais ou cristas de galo. Pode
assumir forma subclínica, visível sob
técnicas de magnificação (lentes) e após
aplicação de reagentes.
- A infecção subclínica pelo HPV é mais
frequente do que as lesões
macroscópicas, tanto em homens quanto
em mulheres.
- Transmissão: sexual, vertical (mãe-filho)
ou raramente por fômites.
- Não é conhecido o tempo que o vírus
pode permanecer quiescente e que fatores
são responsáveis pelo desenvolvimento
de lesões.
- Pode permanecer por muitos anos no
estado latente.
- A recidiva das lesões do HPV está mais
relacionada à ativação de “reservatórios”
de vírus do que à reinfecção pelo parceiro.
O período de incubação pode variar de
semanas a décadas.
- Fatores que determinam a persistência da
infecção e sua progressão para neoplasias
intraepiteliais de alto grau são os tipos
virais presentes e cofatores como o estado
imunológico e tabagismo.
- As lesões podem ser únicas ou múltiplas,
restritas ou difusas e de tamanho variável,
localizando-se, frequentemente, no
homem, na glande, sulco bálano-prepucial
e região perianal, e na mulher, na vulva,
períneo, região perianal, vagina e colo.
- Menos frequente nas áreas extragenitais.
Hepatites Virais
No Brasil, há grande variação regional na
prevalência de cada um dos agentes etiológicos e
devem existir cerca de 2 milhões de portadores
crônicos de hepatite B e 3 milhões de portadores
da hepatite C.
- A principal via de contágio do vírus da
hepatite A (HBA) é a fecal-oral.
- A transmissão do vírus da hepatite B
(HBV) se faz por via parenteral, e,
sobretudo, pela via SEXUAL. A
transmissão vertical (materno-infantil)
também é causa de disseminação do
vírus.
- O vírus da hepatite C tem sua transmissão
principalmente por via parenteral. A
transmissão sexual é pouco freqüente
(risco de 2 a 6% para parceiros estáveis).
- A coexistência de DST constitui-se em
facilitador da transmissão.
- A transmissão da hepatite C vertical
ocorre em 3-5% dos casos.
- VACINAÇÃO CONTRA HBV.
- IMUNOGLOBULINA HUMANA
ANTI-HEPATITE B.
HIV/AIDS
● 1981: Centers for Disease Control and
Prevention (CDC) publica no Morbidity and
Mortality Weekly Report (MMWR) 05
casos de homens jovens com
Pneumocystis carinii, em Los Angeles
● 1982: Nomeada Gay-Related Immune
Deficiency (GRID) e, logo após, Acquired
Immunodeficiency Syndrome (AIDS)
● 1982: Identificadas 3 formas de
transmissão: sangue, mãe para filho e
relação sexual (GALVÃO, 2002; 2002)
● 1983: Luc Montagnier, do Instituto Pasteur,
isola vírus: Lymphadenopathy-Associated
Virus (LAV)
● 1884: Robert Gallo, do Instituto Nacional
do Câncer, anuncia isolamento retroviral:
Human T-cell Lymphotropic virus (HTLV-
III) (NASCIMENTO, 2005)
● 1985: O primeiro teste para detecção do
HIV (ELISA) é disponibilizado
● 1986: Criação, pela Organização Mundial
de Saúde (OMS), do Special Programme
on AIDS - PGA - UNAIDS (GALVÃO,
2002; 2002)
● 1987: O AZT é aprovado como
medicamento para AIDS (UNAIDS, 2001)
● 1987: Os estados Unidos aprovaram uma
legislação que proíbe a entrada no país de
pessoas HIV positivas
● 1987: A OMS reporta que o número total
de casos notificados no mundo é de
62.811
● 1989: A OMS divulga que o número total
de casos de AIDS em todo o mundo é de
203.599
● 1990: A OMS reporta o total de 307 mil
casos de AIDS, oficialmente notificados
em todo o mundo (THE HISTORY OF
AIDS, 2001)
● 1994: O estudo ACTG 076, mostra uma
redução do risco de transmissão do HIV
da mãe para o bebê (GALVÃO, 2000;
2002).
● 1995: Saquinavir, o primeiro Inibidor de
Protease (SEPKOWITZ, 2001).
● 1996: XI Conferência Internacional de
AIDS, com a introdução da Terapia
Antirretroviral Altamente Ativa (HAART)
(UNAIDS, 2001)
● 1996: XI Conferência Internacional de
AIDS, com a introdução da Terapia
Antirretroviral Altamente Ativa (HAART)
(UNAIDS, 2001)
● 2001: A “Declaration of Commitment on
HIV/AIDS”, refere que 90% dos casos de
AIDS estão nos países em
desenvolvimento (UNAIDS, 2001).
Formas de transmissão: transfusão sanguínea;
relação sexual desprotegida; transmissão vertical;
exposição profissional; e compartilhamento de
agulhas e seringas (MS, 2006).
PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO DAS
DST/AIDS EM CONTEXTO DE
VULNERABILIDADE NA ADOLESCÊNCIA
A enfermagem é uma ciência humana, de pessoas
e de experiências, voltada ao cuidado dos seres
humanos, cujo campo de conhecimento,
fundamentações e práticas abrange desde o estado
de saúde até os estados de doença e é mediado
por transações pessoais, profissionais, científicas,
estéticas,éticas e políticas (LIMA, 2005, p. 27).
A enfermagem tem uma responsabilidade
fundamental no trabalho em saúde com os
adolescentes, tendo em vista a busca da equidade
na realização das práticas, a ampliação da
autonomia e co-responsabilização de adolescentes
homens e mulheres no lidar com a vida e a
prevenção de agravos (RAMOS, 2001, p.16).
- COMUNICAÇÃO EFICAZ ENTRE
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E
- ADOLESCENTES: ACOLHIMENTO;
- ESCUTA ATIVA, DIÁLOGO E EMPATIA
NO CUIDADO DE ENFERMAGEM;
- INSERÇÃO DA ENFERMAGEM NOS
ESPAÇOS EM QUE SE ENCONTRAM OS
ADOLESCENTES;
- COMPREENSÃO DO CONTEXTO EM
QUE VIVE O ADOLESCENTE.
- USO DO PRESERVATIVO COMO
POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO;

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