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Ist e saúde do adolescente Saúde da Comunidade II Vulnerabilidade Conceito desenvolvido para responder aos limites da noção de risco. “(...) busca estabelecer uma síntese conceitual e prática das dimensões sociais, político institucionais e comportamentais associados às diferentes suscetibilidades de indivíduos, grupos populacionais e até mesmo, nações.” Três planos analíticos básicos: ● Individual (valores, crenças, atitudes, desejos, relações sociais e familiares...) ● Social (normas sociais, cultura, relações de gênero, etnia, geracionais, renda... ) ● Programático (respostas governamentais, políticas, participação social…) Vulnerabilidade e adolescer Quais os motivos da vulnerabilidade dos adolescentes às DST e ao HIV/AIDS? A garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos é uma prioridade do governo brasileiro e norteia a formulação e implementação de ações relativas à saúde sexual e saúde reprodutiva para homens e mulheres, adultos e adolescentes. A inclusão de adolescentes e jovens nas políticas de saúde, especialmente, naquelas voltadas para a saúde sexual e saúde reprodutiva, requer novas perguntas sobre a realidade destes sujeitos. Requer, ainda, que tais perguntas sejam feitas a estes sujeitos, respeitando e considerando seus olhares, opiniões e propostas. A capacidade criativa e o potencial de participação social devem ser resguardados e promovidos nas práticas e políticas de saúde, assim como pelas demais políticas sociais. A saúde sexual e a saúde reprodutiva ocupam um lugar importante na construção da igualdade de gênero e na construção de AUTONOMIA dos adolescentes e jovens, princípio fundamental na formação de pessoas SAUDÁVEIS e RESPONSÁVEIS. É necessário reconhecer que as condições de construção da autonomia estão mais ou menos colocadas conforme as relações e estruturas sociais em que adolescentes e jovens estão inseridos, marcadas por muitas formas de DESIGUALDADES. O grande desafio para uma POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS é justamente o de implementar ações de saúde que atendam às ESPECIFICIDADES desta população, de modo INTEGRAL, e respondendo às DEMANDAS colocadas pelas condições decorrentes das distintas situações de vida dos adolescentes e jovens do País. Estas ações devem considerar as DESIGUALDADES de gênero, baseadas na raça/cor, na orientação sexual e na classe social, e contribuir para a sua SUPERAÇÃO. A sexualidade é uma dimensão fundamental de todas as etapas da vida de homens e mulheres, envolvendo práticas e desejos relacionados à satisfação, à afetividade, ao prazer, aos sentimentos, ao exercício da liberdade e à saúde. A sexualidade humana é uma construção histórica, cultural e social, e se transforma conforme mudam as relações sociais. Para adolescentes e jovens, esta dimensão se traduz em um campo de DESCOBERTAS, EXPERIMENTAÇÕES e VIVÊNCIA da liberdade, como também de construção de capacidade para a tomada de DECISÕES, de ESCOLHA, de RESPONSABILIDADES e de AFIRMAÇÃO de IDENTIDADES, tanto pessoais como políticas (BRASIL, 2007) As políticas e os programas de saúde voltados para adolescentes e jovens freqüentemente desconsideram estes diversos aspectos da sexualidade, na medida em que “ignoram que a sexualidade é parte do desenvolvimento humano e os conceitos de amor, sentimentos, emoções, intimidade e desejo com freqüência não se incluem nas intervenções de saúde sexual e saúde reprodutiva”. Violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. Presente em 937 municípios. Destes, 293 (31,8%) situam-se na Região Nordeste; 241 (25,7%) no Sudeste; 162 (17,3%) no Sul; 127 (133,6%) no Centro-Oeste; e 109 (11,6%) no Norte. (GPVES, 2005; BRASIL, 2007). Contextos de privação da liberdade Portarias n.o 340, de 14/07/2004 da SAS/MS E MS/SEDH/SEPM n.o 1.426: Ações direcionadas a adolescentes de ambos os sexos: práticas educativas sobre planejamento familiar, gravidez na adolescência, paternidade/maternidade responsável, contracepção e DST e aids. Ações específicas para adolescentes do sexo feminino: prevenção e controle do câncer cérvico-uterino, orientação e promoção do auto-exame da mama contracepção; pré-natal e acompanhamento nutricional da gestante e lactante; adequaação dos ambientes para o aleitamento materno; pos-natal e orientação para a postergeração de gravidez subsequente. Diagnóstico, aconselhamento e tratamento em DST/HIV/aids: coleta para diagnóstico do HIV, ações de redução de danos, materiais educativos e instrucionais, abordagem “sindrômica” das DST; garantia de medicamentos para aids e outras DST, e tratamento para adolescentes soropositivos. Sexualidade e saúde na educação brasileira Nas Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a educação sexual é prevista como um dos temas transversais a serem incluídos nos Parâmetros Curriculares Nacional, em todas as áreas do conhecimento – do ensino fundamental ao ensino médio. A efetiva implantação desses temas na perspectiva dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos, e da ação intersetorial exige articulação dos agentes das políticas de saúde e educação, e constituem-se em apoio fundamental para a implementação das políticas de saúde em âmbito nacional (BRASIL 2007). O que significa DST? ➢ Agravos que têm como característica a transmissão por meio de práticas sexuais. ➢ Também, denominadas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). ➢ Já foram denominadas Doenças Venéreas, como alusão à deusa Vênus. ➢ Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) são 340 milhões de novos casos de DST, anualmente, no mundo. ➢ De acordo com o Ministério da Saúde, para o Brasil as estimativas são: ● SÍFILIS: 937.000 ● GONORREIA: 1.541.800 ● CLAMÍDIA: 1.967.200 ● HERPES GENITAL: 640.900 ● HPV: 685.400 ➢ Dentre mulheres com infecções não tratadas por gonorréia e/ou clamídia, 10 a 40% desenvolvem doença inflamatória pélvica (DIP), das quais 25% se tornarão inférteis. ➢ Entre homens, a clamídia também pode causar infertilidade. ➢ HPV está associado ao carcinoma de colo uterino, de pênis e de ânus. ➢ Pessoas com DST e infecções do trato reprodutivo não ulcerativas têm um risco aumentado em 3 a 10 vezes de se infectar pelo HIV, o que sobe para 18 vezes se a doença cursa com úlceras genitais. ➢ Se o portador de HIV também é portador de alguma DST, mais facilmente transmitirá o HIV aos seus parceiros sexuais. ➢ NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: ● Hepatites virais; ● Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS); ● Infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) na gestante/criança exposta; ● Sífilis na gestação; e sífilis congênita. ➢ QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS MAIS CARACTERÍSTICOS ÀS DST? ● Úlceras; ● Corrimentos; ● Verrugas; ● Ardência; ● Prurido; ● Dor. ● Muitos podem estar assintomáticos. Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de ABORDAGEM SINDRÔMICA (BRASIL, 2005). Sífilis A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência quando não tratada. Causada pelo Treponema pallidum, um espiroqueta de transmissão sexual ou vertical, que pode produzir as formas adquirida ou congênita da doença. Classificação: ● Sífilis adquirida - recente (menos de um ano de evolução): primária, secundária e latente recente; - tardia (com mais de um ano de evolução): latente tardia e terciária; ● Sífilis congênita - recente (casos diagnosticados até o 2° ano de vida); - tardia (casos diagnosticados após o 2° ano de vida). Sífilis Primária ● Cancro duro - Lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, indolor, com bordos endurecidos, fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa; - Aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o contato sexual infectante; - Acompanhada de adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e múltipla. - No homem, a lesão aparece com maior frequência na glande e sulco bálano prepucial. - Na mulher, quando aparece é maiscomumente observada nos pequenos lábios, paredes vaginais e colo uterino. - 6 a 8 semanas após o cancro duro e a sua cicatrização espontânea, podem ocorrer lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas, geralmente acompanhadas de micropoliadenopatia generalizada e, ocasionalmente, de artralgias, febrícula, cefaléia e adinamia. Sífilis Secundária - Ocorre de 2 a 3 meses da primária. - Lesões mais comuns: - Erupção cutânea generalizada simétrica (roséola sifilítica) e após, pápulas ou pápulas escamosas (sifílides papulosa e psoriasiformes). - Localização frequente nas regiões palmar e plantar; Sífilis Terciária - Pode ocorrer entre 3 a 12 anos após a infecção. - Lesões tegumentares. - Lesões cardiovasculares e neurológicas. Cancro mole - No homem, as localizações mais frequentes são no frênulo e sulco bálano-prepucial; na mulher, na fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios. - Em 30 a 50%dos pacientes, o bacilo atinge os linfonodos inguino- crurais (bubão), sendo unilaterais em 2/3 dos casos, observados quase que exclusivamente no sexo masculino. No início, ocorre tumefação sólida e dolorosa, evoluindo para liquefação e fistulização em 50% dos casos. - Aparentemente, a doença não apresenta uma ameaça ao feto ou ao neonato. Mas é necessário lembrar da possibilidade de associação entre H. ducreyi e T. pallidum, que ocorre, em 5% das lesões típicas do cancro mole. Herpes Genital - A herpes genital é uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual (inclusive oro-genital), mas também pode ser transmitida pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados. - Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em poucos dias, transformam-se em pequenas úlceras, precedidas de sintomas de ardência, prurido e dor. - A maioria dos casos de transmissão ocorre a partir de pessoas que não sabem que estão infectadas ou assintomáticas. - Tem sido reconhecida a importância do herpes na etiologia de úlceras genitais, respondendo por grande percentual dos casos de transmissão do HIV. - Para a transmissão é necessário que haja solução de continuidade, pois não há penetração do vírus em pele ou mucosas íntegras. - No homem, localiza-se mais frequentemente na glande e prepúcio; na mulher, nos pequenos lábios, clitóris, grandes lábios, fúrcula e colo do útero. - As lesões são inicialmente pápulas eritematosas de 2 a 3 mm, seguindo-se por vesículas agrupadas com conteúdo citrino, que se rompem dando origem a ulcerações. - A adenopatia inguinal dolorosa bilateral pode estar presente em 50%dos casos. - As lesões cervicais (cervicite herpética), frequentes na primeira infecção, podem estar associadas a corrimento genital aquoso. No homem, pode haver secreção uretral, acompanhada de ardência miccional. - Podem ocorrer sintomas gerais, como febre e mal-estar. - Com ou sem sintomatologia, após a infecção primária, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais, penetra nos núcleos das células ganglionares e entra em latência. - Após a infecção genital primária por HSV 2 ou HSV 1, respectivamente, 90% e 60% dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses, por reativação dos vírus. - Recorrência das lesões: febre; radiação ultravioleta; traumatismos; menstruação; estresse físico ou emocional; antibioticoterapia prolongada; e imunodeficiência. - Quadro clínico das recorrências é menos intenso que o observado na primo-infecção, precedido caracteristicamente de: aumento de sensibilidade, prurido, “queimação”, mialgias, e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital. - A transmissão fetal transplacentária é observada em uma a cada 3.500 gestações e o abortamento espontâneo só ocorre se a infecção materna se der nos primeiros meses da gestação. - O maior risco de transmissão do vírus ao feto se dá no momento da passagem pelo canal do parto, resultando em aproximadamente 50% de infecção se a lesão for ativa. Linfogranuloma venéreo - Doença infecciosa de transmissão exclusivamente sexual, caracterizada pela presença de bubão inguinal. - Período de incubação entre 3 e 30 dias. - O agente causal é a Chlamydia trachomatis - sorotipos L1, L2 e L3. - A evolução da doença ocorre em 3 fases: lesão de inoculação, disseminação linfática regional e sequelas. - A linfadenopatia inguinal desenvolve-se entre 1 a 6 semanas após a lesão inicial, sendo geralmente unilateral (70% dos casos). Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação. - Pode ser acompanhado de sintomas gerais: febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo. - As seqüelas ocorrem mais frequentemente na mulher e homossexuais masculinos, devido ao acometimento do reto. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é denominada estiômeno. Podem ocorrer fístulas retais, vaginais, vesicais e estenose retal. Donovanose - Inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. - A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo se tornar vegetante ou úlcero-vegetante e as lesões podem ser múltiplas. - Há predileção pelas regiões de dobras e região perianal. Não há adenite na donovanose, embora raramente possam se formar pseudo bubões (granulações subcutâneas) na região inguinal, quase sempre unilaterais. Uretrite gonocócica - Processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral causado pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram negativo intracelular). - Consiste num dos tipos mais frequentes de uretrite masculina. - Período de incubação é curto, de 2 a 5 dias. - Sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido que vai se estende para toda a uretra. - Após 1 a 3 dias já há disúria, seguida por corrimento, inicialmente mucóide que vai se tornando mais abundante e purulento, podendo estar associado à febre e outras alterações. - Agentes das infecções: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, dentre outros. Mais comum: C. trachomatis. - A transmissão se faz pelo contato sexual (risco de 20% por ato). - O período de incubação, no homem, é de 14 a 21 dias. - 2/3 das parceiras estáveis de homens com UNG hospedem a C. trachomatis no endocérvix, podendo reinfectar seu parceiro sexual e desenvolver quadro de Doença Inflamatória Pélvica se permanecerem sem tratamento. - Caracteriza-se, habitualmente, pela presença de corrimentos mucóides, discretos, com disúria leve e intermitente. - A uretrite subaguda é a forma de apresentação de cerca de 50% das pessoas com uretrite causada por C. trachomatis. Em alguns casos, os corrimentos das UNG podem simular os da gonorréia. - As uretrites causadas por C. trachomatis podem evoluir para: prostatite, epididimite, balanites, conjuntivites (por autoinoculação) e a Síndrome uretro-conjuntivo-sinovial ou Síndrome de Fiessinger- Leroy-Reiter. Cervicite por clamídia e/ou gonococo - Inflamação da mucosa endocervical (epitélio colunar do colo uterino); - Etiologia das cervicites está relacionada com Neisseria gonorrhoeae, chlamydia trachomatis; - Assintomática em 70-80% dos casos; - Uma cervicite prolongada, sem o tratamento adequado, pode-se estender ao endométrio e às trompas, causando Doença Inflamatória Pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a gravidez ectópica e a dor pélvica crônica, as principais sequelas. Vulvovaginites - É toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior: vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino (ectocérvice) - Manifestação: corrimento vaginal; associado a um ou mais dos seguintes sintomas inespecíficos- prurido vulvo vaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico. Muitas infecções genitais podem ser assintomáticas. - Agentes: infecciosos endógenos (ex: vaginose bacteriana e candidíase); sexualmente transmitidos (tricomoníase); ou com fatores físicos (traumas); químicos (uso de lubrificantes e de absorventes internos eexternos); hormonais (hiper e hipoestrogenismo); anatômicos e orgânicos. Candidíase vulvovaginal - Infecção da vulva e vagina, causada por fungo comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio torna-se favorável para o seu desenvolvimento. - A relação sexual não é a principal forma de transmissão - Cerca de 80 a 90% dos casos são devidos à Candida albicans - Os fatores predisponentes: - gravidez, diabetes mellitus (descompensado), obesidade, uso de contraceptivos, orais de alta dosagem, uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores, hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a umidade e calor local) - contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes) - alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), inclusive a infecção pelo HIV. Tricomoníase - É uma infecção causada pelo Trichomonas vaginalis, tendo como reservatório a cérvice uterina, a vagina e a uretra - Sua principal forma de transmissão é a sexual - Pode permanecer assintomática no homem, e na mulher, principalmente após a menopausa - Na mulher, pode acometer a vulva, a vagina e a cérvice uterina, causando cervicovaginite. Excepcionalmente causa corrimento uretral masculino. - Suas características clínicas são: ● Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso ● prurido e/ou irritação vulvar ● dor pélvica (ocasionalmente) ● sintomas urinários (disúria, polaciúria) ● hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa) INFECÇÃO PELO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO (HTLV) - HTLV- I e HTLV-II - Têm tropismo pelos linfócitos T, causando destruição dessas células, linfopenia e inversão da relação CD4/CD8 - Causam transformações nos linfócitos T. Pode resultar em: leucemia ou linfoma, depois de um período médio de incubação de 20 a 3 anos, numa minoria de pessoas - A leucemia de linfócitos T do adulto (LLTA) foi reconhecida como um evento clínico associado com HTLV-1 em quase 100% dos casos. Supõe-se que, em regiões endêmicas, a doença se desenvolve em apenas 2% a 4% dos indivíduos com HTLV-I, após um período de latência que pode durar de 10 a 60 anos. - Transmissão: ● Sexual: o principal modo de transmissão, de homem para mulher, via linfócitos do sêmen infectados em que a concentração é maior. Úlceras genitais aumentam o risco de infecção ● Sanguínea: drogas injetáveis com compartilhamento de agulhas e seringas. Produtos sanguíneos contaminados por HTLV-I são importantes na transmissão e no perfil epidemiológico da infecção ● Vertical: passagem transplacentária ou na amamentação - Possui mais de 100 tipos reconhecidos atualmente, 20 dos quais podem infectar o trato genital. - Estão divididos em 2 grupos de acordo com seu potencial de oncogenicidade: ● Alto risco oncogênico: Quando associados a outros co-fatores, têm relação com o desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais e do câncer invasor do colo uterino, da vulva, da vagina e da região anal. ● Baixo risco oncogênico: Infecções benignas do trato genital como o condiloma acuminado ou plano e lesões intra-epiteliais de baixo grau. Presentes na maioria das infecções clinicamente aparentes (verrugas genitais visíveis) - vulva; colo uterino; na vagina; no pênis; no escroto; na uretra; e no ânus. INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) - Maioria das infecções assintomáticas. Outras podem apresentar-se como lesões exofíticas (condilomas acuminados), verrugas genitais ou cristas de galo. Pode assumir forma subclínica, visível sob técnicas de magnificação (lentes) e após aplicação de reagentes. - A infecção subclínica pelo HPV é mais frequente do que as lesões macroscópicas, tanto em homens quanto em mulheres. - Transmissão: sexual, vertical (mãe-filho) ou raramente por fômites. - Não é conhecido o tempo que o vírus pode permanecer quiescente e que fatores são responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. - Pode permanecer por muitos anos no estado latente. - A recidiva das lesões do HPV está mais relacionada à ativação de “reservatórios” de vírus do que à reinfecção pelo parceiro. O período de incubação pode variar de semanas a décadas. - Fatores que determinam a persistência da infecção e sua progressão para neoplasias intraepiteliais de alto grau são os tipos virais presentes e cofatores como o estado imunológico e tabagismo. - As lesões podem ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas e de tamanho variável, localizando-se, frequentemente, no homem, na glande, sulco bálano-prepucial e região perianal, e na mulher, na vulva, períneo, região perianal, vagina e colo. - Menos frequente nas áreas extragenitais. Hepatites Virais No Brasil, há grande variação regional na prevalência de cada um dos agentes etiológicos e devem existir cerca de 2 milhões de portadores crônicos de hepatite B e 3 milhões de portadores da hepatite C. - A principal via de contágio do vírus da hepatite A (HBA) é a fecal-oral. - A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via SEXUAL. A transmissão vertical (materno-infantil) também é causa de disseminação do vírus. - O vírus da hepatite C tem sua transmissão principalmente por via parenteral. A transmissão sexual é pouco freqüente (risco de 2 a 6% para parceiros estáveis). - A coexistência de DST constitui-se em facilitador da transmissão. - A transmissão da hepatite C vertical ocorre em 3-5% dos casos. - VACINAÇÃO CONTRA HBV. - IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-HEPATITE B. HIV/AIDS ● 1981: Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publica no Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR) 05 casos de homens jovens com Pneumocystis carinii, em Los Angeles ● 1982: Nomeada Gay-Related Immune Deficiency (GRID) e, logo após, Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) ● 1982: Identificadas 3 formas de transmissão: sangue, mãe para filho e relação sexual (GALVÃO, 2002; 2002) ● 1983: Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, isola vírus: Lymphadenopathy-Associated Virus (LAV) ● 1884: Robert Gallo, do Instituto Nacional do Câncer, anuncia isolamento retroviral: Human T-cell Lymphotropic virus (HTLV- III) (NASCIMENTO, 2005) ● 1985: O primeiro teste para detecção do HIV (ELISA) é disponibilizado ● 1986: Criação, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), do Special Programme on AIDS - PGA - UNAIDS (GALVÃO, 2002; 2002) ● 1987: O AZT é aprovado como medicamento para AIDS (UNAIDS, 2001) ● 1987: Os estados Unidos aprovaram uma legislação que proíbe a entrada no país de pessoas HIV positivas ● 1987: A OMS reporta que o número total de casos notificados no mundo é de 62.811 ● 1989: A OMS divulga que o número total de casos de AIDS em todo o mundo é de 203.599 ● 1990: A OMS reporta o total de 307 mil casos de AIDS, oficialmente notificados em todo o mundo (THE HISTORY OF AIDS, 2001) ● 1994: O estudo ACTG 076, mostra uma redução do risco de transmissão do HIV da mãe para o bebê (GALVÃO, 2000; 2002). ● 1995: Saquinavir, o primeiro Inibidor de Protease (SEPKOWITZ, 2001). ● 1996: XI Conferência Internacional de AIDS, com a introdução da Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (HAART) (UNAIDS, 2001) ● 1996: XI Conferência Internacional de AIDS, com a introdução da Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (HAART) (UNAIDS, 2001) ● 2001: A “Declaration of Commitment on HIV/AIDS”, refere que 90% dos casos de AIDS estão nos países em desenvolvimento (UNAIDS, 2001). Formas de transmissão: transfusão sanguínea; relação sexual desprotegida; transmissão vertical; exposição profissional; e compartilhamento de agulhas e seringas (MS, 2006). PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO DAS DST/AIDS EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE NA ADOLESCÊNCIA A enfermagem é uma ciência humana, de pessoas e de experiências, voltada ao cuidado dos seres humanos, cujo campo de conhecimento, fundamentações e práticas abrange desde o estado de saúde até os estados de doença e é mediado por transações pessoais, profissionais, científicas, estéticas,éticas e políticas (LIMA, 2005, p. 27). A enfermagem tem uma responsabilidade fundamental no trabalho em saúde com os adolescentes, tendo em vista a busca da equidade na realização das práticas, a ampliação da autonomia e co-responsabilização de adolescentes homens e mulheres no lidar com a vida e a prevenção de agravos (RAMOS, 2001, p.16). - COMUNICAÇÃO EFICAZ ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E - ADOLESCENTES: ACOLHIMENTO; - ESCUTA ATIVA, DIÁLOGO E EMPATIA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM; - INSERÇÃO DA ENFERMAGEM NOS ESPAÇOS EM QUE SE ENCONTRAM OS ADOLESCENTES; - COMPREENSÃO DO CONTEXTO EM QUE VIVE O ADOLESCENTE. - USO DO PRESERVATIVO COMO POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO;
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