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Pressão arterial e Análise clínica Saúde da Comunidade As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira. Não há uma causa única para essas doenças, mas vários fatores de risco aumentam a probabilidade Função do coração: levar sangue para todas partes do corpo , o sangue leva para as nossas células todo o combustível necessário para manter a nossa vida e retira das células os resíduos da combustão. Volume sanguíneo: é a quantidade de sangue presente no organismo, este valor é de aproximadamente 2,55 litros por metro quadrado ou 75 mililitros (ml) por quilograma (ml/kg). Para que o sangue possa circular pelo corpo é necessário que uma bomba (o coração) faça força (pressão) para empurrar este sangue por dentro das artérias. Ciclo cardíaco: um período completo da diástole e sístole cardíacas, com intervalos intercalados, que começam com qualquer evento na ação cardíaca até o momento em que aquele mesmo evento é repetido. P= F/A. pressão: força aplicada sobre área Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência (pressão). Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência (pressão) à passagem do sangue. Pulso Arterial . Definição: a. Flutuação periódica no sistema causado pelo coração b. É uma onda de pressão dependente da pressão arterial, é percebida como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco c. Alterações no fluxo sanguíneo, na pressão arterial e nas dimensões dos vasos d. O pulso, tal como é avaliado no exame físico, decorre, principalmente, de alterações da pressão intravascular. Pulso arterial- é o nome dado às oscilações rítmicas de volume que ocorrem nas artérias, repetidas a cada ciclo cardíaco. O pulso decorre da variação cíclica da pressão do sangue contida no território arterial (pressão arterial). O pulso arterial periférico resulta da propagação da “onda de choque" criada na raiz da aorta devido a sístole do ventrículo esquerdo. Análise - Frequência - Ritmo - Déficit - Simetria - Tensão - Estado da parede arterial - Localização Pressão arterial . É a força exercida pelo sangue arterial por unidade de área da parede arterial. É diretamente dependente do débito cardíaco, da resistência arterial periférica e do volume sanguíneo. Unidade padrão de medida da pressão arterial - milímetros de mercúrio (mmHg). Pressão arterial sistêmica → débito cardíaco (DC)= FC X FE vezes RVP Pressão arterial diastólica- é a pressão mais baixa detectada no sistema arterial sistêmico, observada durante a fase de diástole do ciclo cardíaco. Pressão arterial sistólica- É a pressão mais elevada (pico) verificada nas artérias durante a fase de sístole do ciclo cardíaco. A pressão máxima tem que ser sempre maior do que a mínima, para que o sangue possa circular, porque se a mínima for maior do que a máxima, o sangue não circula. Esfigmomanometria- é a medida indireta da pressão arterial, realizada por meio de um esfigmomanômetro, usando o método palpatório ou método auscultatório. Pressão arterial ● É procedimento fundamental ● Pode ser obtida no contexto clínico, mediante técnicas simples ● Suas implicações diagnósticas e prognósticas são importantes ● Deve-se analisar todos os fatores que podem influir em sua aferição ● Pode ser aferida direta ou indiretamente A medida direta é utilizada de forma invasiva mediante a introdução de um cateter em uma artéria periférica. A medida indireta se faz através do esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou aneróide. A pressão arterial é influenciada por um conjunto de fatores que podem determinar variações significativas de seus valores ao longo do dia, alguns fatores como ambiente, equipamento, observador e cliente. Instrumentos que podem ser usados: - esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e aneróide - esfigmomanômetro oscilométrico - monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA É recomendado que estejam calibrados recomenda-se calibração semestral Erros que podem ser cometidos: - inflação excessiva - deflação muito rápida - mãos e equipamentos excessivamente frios - Falta de interação - confusão nos dígitos finais Recomendações que devem ser seguidas: - antes de aferir a pressão o indivíduo deve ter evitado: fumo, alimentação, álcool, café, conversar no momento, dor, tensão, ansiedade durante o procedimento, bexiga cheia. Sons de Korotkoff . Sequência de sons que pode ser ouvida durante a medida indireta da pressão arterial Fases de Korotkoff I. Corresponde ao aparecimento do primeiro som, ao qual se seguem batidas progressivamente mais fortes, bem distintas e de alta frequência. Correlaciona-se com o nível da pressão sistólica II. O som adquire características de zumbido e sopro, podendo ocorrer sons de baixa frequência que eventualmente determinam o hiato auscultatório III. Sons nítidos e intensos IV. Abafamento dos sons, correspondendo ao momento próximo ao desaparecimento deles V. Desaparecimento total dos sons Técnica I. Explicar o procedimento ao cliente II. Certificar-se que o mesmo não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida III. Deixar o cliente descansar por 5 a 10 minutos IV. Localizar a artéria braquial por palpação V. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. VI. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento deve envolver pelo menos 80% do braço Procedimento I. Centralizar o meio da bolsa do manguito sobre a artéria II. Manter o braço do cliente à altura do coração III. Posicionar os olhos ao mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide IV. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até o seu desaparecimento (PAS Palpatória), para estimativa do nível de pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 15 a 30 segundos antes de inflar novamente V. Colocar o estetoscópio nos ouvidos com a curvatura voltada para a frente VI. Posicionar o diafragma do estetoscópio VII. suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital evitando a compressão excessiva VIII. Solicitar ao cliente que não fale durante o procedimento de medição IX. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até 30 mmHg acima do nível estimado X. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o cliente XI. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com aumento da velocidade da deflação XII. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do cliente, o tamanho do manguito e do braço em que foi feita a mensuração. XIII. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2 em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5” XIV. Esperar de 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas XV. O cliente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento
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