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Atividade A mentalidade medieval
As pesquisas sobre a mentalidade medieval trazem à tona complexas interpretações para nossa contemporaneidade. O consenso sobre o tema gira em torno da influência do Cristianismo nas camadas sociais e dinâmicas que os dogmas cristãos provocavam entre tais camadas do medievo. Trata-se de um período em que apenas membros da Igreja sabiam ler e escrever. A população não tinha acesso aos acervos, que eram oriundos da antiguidade, acondicionados nos mosteiros sob os auspícios dos clérigos, responsáveis pela educação e difusão dos dogmas cristãos. Num mundo descentralizado, os ensinamentos dos dogmas cristãos para a sociedade secular (os cidadãos que não faziam parte da Igreja) não eram escritos e as tradições orais se fortaleceram por intermédio do corpo eclesiástico.  A visão de mundo era teocêntrica, com a máxima verdade pautada na afirmação de que "Deus era o centro de tudo" e a Igreja seu porta-voz.  
Todos os aspectos da vida social estavam ligados ao sobrenatural e ao rígido código que colocava o ser humano como a expressão máxima do pecado. Nesse sentido, a ideia de conformismo e da  busca contínua pela expiação dos pecados pelo uso de símbolos católicos era a razão da existência medieval. A salvação da alma, o louvor ao criador, a fuga das tentações e a prática dos sacramentos cristãos eram o modus operandi da sociedade estamental do medievo.
A partir dessas informações, analise a organização da sociedade, o contexto histórico e o papel da mulher no mundo medieval. Apresente argumentos que justifiquem a construção da história da mulher na Idade Média e os motivos que influenciaram algumas interpretações presentes até a atualidade.
Resposta: A renúncia pelo corpo na Idade Média foi um processo construído pela Igreja Católica, pois, no entendimento da instituição, o “corpo”, ou a “carne”, era a representação do pecado e colocava a mulher num contexto delicado e muito complexo. Em uma das visões da época, o corpo feminino era a representação de algo diabólico, que poderia colocar em tentação homens cristãos e levá-los ao pecado. 
Nesse sentido, a sexualidade da mulher, sua constituição física, suas ações e maneiras de agir seriam cuidadosamente observadas pela Igreja e pela sociedade. Por outro lado, a representação do feminino também foi associada a aspectos positivos, de santidade, de reprodução, de cuidado para com a família, castidade e conexão com elementos de pureza, construídos a partir da narrativa bíblica da Virgem Maria. 
Portanto, uma importante construção histórica, como a história das mulheres no período medieval, não pode ser generalista. Devem ser considerados diversos aspectos, neste caso, em específico, um dos mais importantes, o patriarcalismo bíblico. Evidentemente, a mulher medieval não teve acesso a cargos e poder na Igreja Católica, mesmo que já existissem classes sociais distintas. Por outro lado, é inegável que a interpretação sobre o papel das mulheres na Idade Média passa por um processo de reconstrução na historiografia recente. As novas pesquisas, fontes e narrativas têm problematizado sua importância para o período, consequentemente, ampliando as possibilidades de compreensão da época.

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