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- Globo ocular possui 3 túnicas: 
✓ Esclera ou esclerótica; 
✓ Coroide; 
✓ Retina. 
- Na região anterior do olho, essas túnicas passam 
por modificações que originam outras estruturas. 
ESCLERA: 
- É o branco do olho – TÚNICA FIBROSA. 
- A esclera é constituída por muitas camadas, cuja 
maior parte é denominada estroma. 
- Recobre cerca de 5/6 do globo ocular (1/6 
anterior é recoberto pela córnea). 
- A continuação da esclera para a região anterior 
do olho é a córnea. 
- Limbo (ou junção esclerocorneana): área de 
transição entre a esclera e a córnea. 
- A esclerótica tem sua maior parte constituída 
pelo ESTROMA, composto por tecido conjuntivo 
denso modelado. 
- Acima do estroma, está localizada a EPISCLERA, 
uma camada de tecido conjuntivo frouxo. 
- Logo após a episclera, externamente, há uma 
camada de tecido conjuntivo denso modelado 
externamente, que é o “branco do olho” 
propriamente dito. Essa parte recebe o nome de 
CÁPSULA DE TENON, constituída de tecido 
conjuntivo denso modelado, onde há inserção 
dos músculos extrínsecos do globo ocular. 
 
- Gordura periorbital: camada entre a esclera e o 
osso da órbita. Essa gordura é composta por 
tecido conjuntivo adiposo unilocular e acomoda 
o globo ocular, facilitando seus movimentos. 
✓ Pressões exercidas nessa região podem 
deformar o globo ocular, como nos casos 
de miopia e hipermetropia. 
- Durante o desenvolvimento embrionário a 
esclera vem da condensação do mesênquima, 
que é proveniente das células das cristas neurais, 
assim como a coroide. 
CÓRNEA: 
- Parte anterior da esclera. 
- Recobre o sexto anterior do globo ocular. 
- É disposta em 5 camadas: 
✓ Epitélio anterior; 
✓ Camada subepitelial – Membrana de 
Bowman; 
✓ Estroma da córnea; 
✓ Membrana de Descemet; 
✓ Epitélio posterior. 
 
- A córnea é transparente, avascular, elástica e 
côncavo-convexa (permite a refração da luz, a 
qual passa pela pupila). 
✓ Internamente é côncava e externamente 
é convexa. 
- É nutrida pelo humor aquoso, pelo limbo e pela 
lágrima. 
 
- O estroma da córnea é a maior camada. 
- EPITÉLIO ANTERIOR: é composto por tecido 
epitelial pavimentoso estratificado não 
queratinizado. Possui cerca de 5 a 7 camadas de 
células, cujas células superficiais são achatadas. 
✓ No limbo, as camadas de células podem ir 
de 10 a 12 que terminam naquela área, 
onde há células tronco que permitem a 
renovação do epitélio anterior. 
✓ De 4 a 7 dias o epitélio corneano anterior é 
totalmente renovado. 
✓ Existem terminações nervosas nessa 
região, indicando uma área de 
sensibilidade, e os neurônios dessa área 
estão relacionados ao ramo oftálmico do 
nervo do trigêmeo (NC V1). 
✓ Em sua superfície, há uma película de 
lágrima correndo nessa região. 
- CAMADA SUBEPITELIAL (Membrana de Bowman): 
é uma linha mais corada abaixo do epitélio 
anterior (lâmina basal). 
✓ Presença de colágeno tipo I e, em seu 
entorno, glicosaminoglicanos e 
proteoglicanos apoiando essa área do 
epitélio. 
✓ É acelular. 
- ESTROMA: é a maior parte da córnea, composta 
por tecido conjuntivo denso modelado. 
✓ Contém fibras colágenas tipo I, formando 
uma rede bem organizada. 
✓ Em meio ao colágeno, há fibras elásticas. 
✓ Presença de queratócitos. 
✓ Determina forma, resistência, elasticidade 
e transparência da córnea devido à 
formação de suas redes de fibras 
colágenas. 
✓ Astigmatismo: córnea ondulada. 
✓ Ceratocone: coceira excessiva no olho – 
altera o formato da córnea, resultando em 
alterações na refração da luz. 
 
- MEMBRANA DE DESCEMET: é uma membrana 
formada pelas lâminas basais espessadas das 
células do epitélio posteiror. 
✓ Estrutura acelular. 
✓ Possui laminina, fibronectina, colágeno 
tipo IV, VII e V. 
 
- EPITÉLIO POSTERIOR (Endotélio da Córnea): é um 
epitélio pavimentoso simples (células achatadas). 
✓ Também chamado de endotélio da 
córnea. 
✓ Não passam por processos de mitose, ou 
seja, não são renováveis e, à medida que 
passam os anos, as células vão diminuindo 
de quantidade e aumentando de 
tamanho. 
- OBS: Capa de Dua → situada entre o estroma e a 
Membrana de Descemet. Muitos autores afirmam 
a existência de uma sexta camada. Seria acelular, 
apenas um grupo de moléculas. 
 
COROIDE: 
- É a segunda túnica do globo ocular – TÚNICA 
VASCULAR. 
- Também chamada de úvea (por isso 
inflamações nessa túnica são chamadas de 
uveítes). 
- Na região anterior, a coroide também se 
modifica. 
- Do término da retina neural para a região 
anterior da coroide, há a ora serrata. 
- A coroide é composta por tecido conjuntivo 
frouxo. 
- Possui como principal função nutrir a retina 
(camada situada logo abaixo). 
- Possui fibroblastos, melanócitos (ajuda na 
absorção de luz) e vasos sanguíneos (muito 
vascularizada). 
 
- LÂMINA SUPRACOROIDEA: camada entre a 
coroide e a esclera. 
✓ Composta por tecido conjuntivo frouxo. 
✓ Possui alguns vasos sanguíneos, mas não 
muitos. 
✓ Função de separar o tecido conjuntivo 
altamente vascularizado (coroide) do 
tecido conjuntivo denso modelado 
(esclera). 
- MEMBRANA DE BRUSH: camada entre a coroide 
e a retina. 
✓ Possui 4 camadas, com uma fibra elástica 
no meio cercada de fibras colágenas. 
✓ 1ª camada – lâmina basal: voltada para a 
coroide, está em contato com a lâmina 
basal das células endoteliais dos capilares 
da região da coroide. 
✓ 4ª camada – lâmina basal: voltada para a 
retina, está em contato com a lâmina 
basal das células epiteliais do epitélio 
pigmentar da retina. 
- CORPO CILIAR: é a parte anterior da coroide. 
✓ Dilatação da região anterior da coroide. 
✓ Composto por tecido conjuntivo frouxo. 
✓ Existem três pares de músculos em seu 
interior (músculos ciliares – 3 pares de 
músculos lisos), relacionados com a 
acomodação visual. 
✓ Processos ciliares: dobras do corpo ciliar, 
que produzem o humor aquoso. 
 
- FIBRAS ZONULARES (ligamento cristalino): 
controlam o abaulamento do cristalino, pois estão 
inseridas na cápsula do cristalino. 
✓ Originado pelo mesênquima. 
 
- O HUMOR AQUOSO produzido no processo ciliar 
enche a câmara posterior (espaço entre o 
cristalino e a íris), passando pela pupila e 
chegando até a câmara anterior (espaço entre a 
íris e a córnea). 
- Na região esclerocorneana, há a rede trabecular 
(espaços de Fontana): área esburacada que fica 
no limbo para recolher o humor aquoso (função 
de drenagem), até chegar no canal de Schlenm 
(vaso sanguíneo dilatado, fenestrado – veia). 
- CANAL DE SCHLENM: responsável por drenar o 
humor aquoso. 
✓ É uma veia dilatada que faz que o humor 
aquoso caia na corrente sanguínea. 
✓ Sua obstrução causa glaucoma → os 
processos ciliares continuarão produzindo 
e liberando humor aquoso, porém, 
este não será drenado, resultando no 
aumento da pressão intraocular, o que 
provoca morte de células da retina. 
 
- Um dos três pares de músculos ciliares ajudam no 
controle da abertura dos Canais de Schlenm, e 
por consequência, na drenagem do humor 
aquoso. Os outros dois estão relacionados com a 
região das zônulas ciliares, que correspondem ao 
ligamento do cristalino, e que fazem parte do 
sistema elástico constituído por fibras oxitalânicas 
(possuem microfibras de fibrilinas – suportam 
grande tensão). 
 
- CÁLICE ÓPTICO: formação embrionária da retina. 
O epitélio do corpo ciliar é um epitélio duplo, pois 
é desenvolvido em forma de cálice. 
✓ Possui duas camadas: a camada interna 
do cálice óptico e a camada externa do 
cálice óptico. 
✓ Quando o desenvolvimento embrionário 
está acontecendo, a camada externa 
origina uma camada da retina, que é o 
epitélio pigmentar. Ela acompanha a 
coroide e, consequentemente, o corpo 
ciliar, o processo ciliar e a íris. 
✓ A camada interna dá origem às outras 
camadas da retina, que são 9 (retina 
neural). Não possui pigmento de melanina. 
✓ A retina neural termina na ora serrata. Apósa ora serrata, a retina é apenas um 
epitélio, perdendo sua função 
fotorreceptora. 
 
 
- Ligamentos do cristalino (fibras da zônula ou 
zonulares): originados pelo mesênquima, fazem 
parte do sistema elástico → fibras oxitalânicas, que 
possuem microfibrilas de fibrilina e não possuem 
elastina, ou seja, são capazes de suportar grandes 
tensões. Inserem-se na cápsula do cristalino. 
✓ Esses ligamentos são responsáveis pelo 
controle do abaulamento do cristalino, 
juntamente com os músculos ciliares, o que 
promove acomodação da imagem. 
- Músculos ciliares (provenientes do mesênquima): 
contraem e relaxam, alterando a tensão nos 
ligamentos do cristalino. Portanto, esse cristalino 
ora fica abaulado, ora fica plano → acomodação 
visual. 
✓ Músculo relaxado: tensiona as fibras do 
cristalino, tornando-o mais plano → 
focaliza objetos distantes. 
 
✓ Músculo contraído: relaxa a tensão nos 
ligamentos do cristalino, tornando-o mais 
abaulado → focaliza objetos mais 
próximos. 
 
✓ Presbiopia: conhecida como vista 
cansada, ocorre pelo cansaço desses 
músculos por contraírem e relaxarem com 
frequência. 
CRISTALINO: 
- É uma lente localizada atrás da pupila e da íris. 
- Embriologicamente, o cristalino aparece no 
desenvolvimento da face, com o espessamento 
do ectoderma da superfície, formando o placoide 
do cristalino. 
- Esse placoide afunda-se no mesênquima da 
saliência frontonasal, formando a fosseta do 
cristalino que, posteriormente, dará origem à 
vesícula do cristalino, que vai de encontro ao 
cálice óptico em formação. 
- Na fase embrionária, o mesênquima nessa região 
forma vasos sanguíneos, fazendo com que o 
cristalino nessa fase seja vascularizado. 
- Assim, é formado o canal hialoide, composto por 
artéria hialoide e veia hialoide, mas esse canal 
logo desaparece na região distal, formando um 
sulco nessa região. 
- Na fase embrionária, as células que estão na 
região anterior do cristalino se diferenciam no 
epitélio subcapsular do cristalino, um epitélio 
cúbico simples, que conduz uma lâmina basal 
espessa que forma a cápsula do cristalino. 
- Na região posterior do cristalino, as células 
perdem o núcleo e suas organelas, e se alongam. 
À medida que isso ocorre, elas produzem as fibras 
primárias do cristalino, que não são renováveis e 
permanecem a vida inteira. 
- No plano equatorial do cristalino em 
desenvolvimento, há células que também 
perdem seus núcleos e organelas, originando as 
fibras secundárias do cristalino, que são 
renováveis. 
- Antes de perderem seus núcleos e organelas, são 
essas células que produzem proteínas como a 
proteína cristalina (alfa, beta e gama) e as 
filensinas, que trazem translucidez para o 
cristalino, de maneira que ele possa convergir a luz 
na fóvea. 
✓ Catarata: opacidade do cristalino por 
alterações na produção das proteínas 
cristalina e filensinas com o passar do 
tempo. Pode ocorrer por produção 
alterada ou excessiva. 
 
 
 
 - PROCESSO CILIAR: composto por tecido 
conjuntivo frouxo. 
✓ Epitélio colunar simples pigmentado 
(proveniente do epitélio pigmentar); 
✓ Epitélio colunar simples não pigmentado 
(proveniente da camada interna do cálice 
ótico). 
 
ÍRIS: 
- É a parte colorida do olho – uma continuação da 
coroide. 
- Sua região posterior possui epitélio duplo. 
- A região anterior da íris não tem epitélio de 
revestimento, as células presentes são fibroblastos 
e melanócitos – uma área montanhosa, cheia de 
concavidades por não possuir revestimento. 
- O estroma da íris é constituído por tecido 
conjuntivo frouxo, com muitos fibroblastos e 
melanócitos (a quantidade de melanina 
produzida determina a cor do olho → por 
exemplo, o olho azul é uma falta de melanina). 
- A íris não é contínua, deixando uma abertura por 
onde é possível observar a pupila. 
- As células epiteliais da íris se modificam, 
originando os músculos da íris: m. constritor da 
pupila e m. dilatador da pupila (músculos lisos de 
origem mioepitelial). 
✓ M. constritor da pupila: controlado pelo 
parassimpático → miose. 
✓ M. dilatador da pupila: controlado pelo 
simpático → midríase. 
 
RETINA: 
- É a TÚNICA INTERNA do globo ocular. 
- Originada do cálice óptico, uma evaginação da 
parede do neuroepitélio do tubo neural na área 
do diencéfalo. 
- Possui células fotorreceptoras, denominadas 
cones e bastonetes. 
- A ligação do cálice ao tubo neural é feita pelo 
pedúnculo (haste óptica), que posteriormente 
dará origem ao nervo óptico e ao quiasma óptico. 
 
- Sulco óptico → vesícula óptica → cálice óptico. 
- Cálice óptico: possui uma camada interna, uma 
externa e um espaço entre elas. 
✓ Camada interna: origina a retina neural 
(que possui cones e bastonetes). 
✓ Camada externa: origina o epitélio 
pigmentar. 
✓ Espaço intra-retiniano vai diminuindo e 
tende a desaparecer. 
- O mesênquima dessa área é denominado fissura 
retiniana e se diferencia em vasos sanguíneos 
(artérias e veias hialoides) que irrigam e drenam o 
mesênquima em torno do cristalino. 
- Ainda não existe pupila porque o mesênquima 
está em torno do cristalino (existe apenas a 
membrana pupilar). 
 
 
 
- A câmara postrema dá origem ao corpo vítreo. 
- A parte distal do canal hialoide começa a 
degenerar (sofre apoptose) e o cristalino deixa de 
ser vascularizado. 
✓ Como apenas a parte distal do canal se 
degenera, a artéria hialoide (localizada no 
centro da haste) origina a artéria central. 
- Pálpebra: ectoderma e mesoderma dando 
origem ao epitélio e à região da derme. 
- Descolamento de retina: ocorre justamente no 
local onde o espaço intra-retiniano era localizado 
→ o epitélio pigmentar da retina se descola da 
retina neural. 
 
 
- Disco óptico: local de saída do nervo óptico, 
situado na parede posterior do olho → é o ponto 
cego do olho por não conter células 
fotorreceptoras. 
 
- Mácula lútea: região pigmentada amarelada da 
retina, local em que se encontra a fóvea central 
(em uma depressão oval). 
- Fóvea central: área da retina que contém 
somente cones – onde a luz deve ser convergida 
do cristalino para a retina, a fim de se ter uma boa 
focalização da imagem. 
- Da área da fóvea para a periferia, há a 
diminuição da quantidade de cones e o aumento 
da quantidade de bastonetes → por isso, a visão 
periférica é menos colorida e de menor acuidade 
visual. 
- A fóvea é o local de maior acuidade visual. 
 
 
CAMADAS DA RETINA: 
- Quando a luz incide (primeiramente no número 
10), ela atinge o pigmento visual (rodopsina) e 
ocorre decomposição das substâncias (por 
despolarização ou hiperpolarização), resultando 
no potencial de ação que acontece em direção 
às camadas mais internas, até sair pelo nervo 
óptico. 
 
1. Células pigmentares da retina: 
provenientes da camada externa do 
cálice óptico. São cheias de melanina 
para promover a absorção de luz de modo 
que não atrapalhe o mecanismo de ação 
dos cones e dos bastonetes. 
2. Bastonetes: células fotorreceptoras para a 
visão em preto e branco, provenientes da 
camada interna do cálice óptico. 
3. Cones: células para a visão colorida (cores 
primárias – vermelho, azul e verde) → não 
existe mistura de cores, mas sim uma 
recombinação de acordo com o 
comprimento de onda. 
4. Célula de Muller: é uma célula de 
sustentação – possui lâmina basal 
localizada externamente à camada 9 
(camada 10), formando a membrana 
limitante externa. 
▪ É uma célula da glia, advinda de 
glioblastos. 
▪ Faz contato direto com os cones e 
bastonetes – presença de 
especializações de membrana, 
formando a membrana limitante 
interna. 
5. Células horizontais: modula a 
comunicação das células bipolares com 
os cones e bastonetes. 
6. Células bipolares: recebem informações 
de cones e bastonetes – possuem um sinal 
eletrotônico (não desenvolve potencial de 
ação, mas despolariza, formando a 
corrente elétrica). Quem modulaessa 
comunicação é a célula horizontal. Além 
disso, elas mandam informações para as 
células ganglionares através de sinapses, e 
quem controla essa comunicação são as 
células amácrinas. 
7. Células amácrinas: modulam as sinapses 
entre as células bipolares e ganglionares. 
Possuem prolongamentos voltados para as 
células ganglionares. 
8. Células ganglionares: neurônios 
ganglionares → possuem dendrito, corpo 
celular e axônio. 
9. Nervo óptico: originado pelo conjunto dos 
axônios dos neurônios das células 
ganglionares. 
10. Lâmina basal da célula de Muller. 
- Essas camadas de células, com exceção das 
células de Muller, advêm de neuroblastos. 
 
CÉLULA PIGMENTAR: 
 
- Encaixam-se nos cones e bastonetes. 
- Primeira camada que é proveniente da camada 
externa do cálice óptico. 
- A melanina absorve a luz e parte da célula 
absorve pedaços de células dos bastonetes, os 
quais possuem pigmento visual (rodopsina – possui 
uma parte lipídica proveniente da vitamina A). 
CONES E BASTONETES: 
- São neurônios, logo, possuem dendrito, corpo 
celular e axônio. 
 
- São muito especializados, tendo suas regiões 
separadas em outras partes. 
- Segmento externo: 
✓ Bastonetes: apresentam discos que 
contêm o pigmento visual. Esses discos são 
fagocitados pelas células pigmentares. 
✓ Cones: possuem dobras da membrana 
nesse segmento externo denominadas 
sacos que possuem pigmento visual 
(iodopsina) que absorve comprimentos de 
luz diferentes dos bastonetes. 
- Segmento externo está conectado ao segmento 
interno. 
- Segmento interno: 
✓ É o local onde se encontram as organelas 
e os núcleos dos cones e bastonetes. 
- Área de ligação: denominada segmento 
conector, é uma parte do citoplasma onde terá 
um par de cílios – 9 pares de microtúbulos 
periféricos e são desprovidos de microtúbulos 
centrais. 
- Os segmentos externo e interno formam a 
expansão externa do cone e do bastonete → 
área onde estarão localizados os axônios. 
- Terminal sináptico: expansão interna do cone e 
do bastonete – local de sinapse com as células 
bipolares. 
 
- CAMADAS DA RETINA: 
✓ Epitélio pigmentar. 
✓ Expansão externa de cones e bastonetes, 
células fotorreceptoras. 
✓ Membrana limitante externa: 
especializações de membrana entre 
cones, bastonetes e células de Muller, 
como desmossomos. 
✓ Camada nuclear externa: núcleos de 
cones e bastonetes. 
✓ Camada plexiforme externa: região de 
sinapses dos cones e dos bastonetes com 
neurônios bipolares, modulada pelas 
células horizontais. 
✓ Camada nuclear interna: núcleos das 
células bipolares, horizontais e amácrinas. 
✓ Camada plexiforme interna: região de 
sinapses entre neurônios bipolares e 
neurônios ganglionares, moduladas pelas 
células amácrinas. 
✓ Camada de células ganglionares: 
dendritos e núcleos das células 
ganglionares. 
✓ Camada de fibras do nervo óptico: axônios 
se juntam às células ganglionares para 
formar o nervo óptico. 
✓ Membrana limitante interna: formada pela 
lâmina basal da célula de Muller. 
PROCESSAMENTO VISUAL: 
 
- Quando a luz incide no bastonete, a rodopsina 
(proteína formada pelo lipídeo 11-cis retinol, junto 
com a escotopsina) tem seus elementos 
separados e se descola do lipídeo, o que faz com 
que ela sofra várias reações químicas. Dentre elas, 
a metarrodopsina II será produzida (escotopsina 
ativada). Assim, ela se liga à porção alfa da 
proteína G (transducina), a qual ativa a 
fosfodiesterase, que cliva o GMPc, resultando no 
fechamento dos canais de sódio → a célula fica 
hiperpolarizada (potencial abaixo do repouso). 
- De dia, com a luz incidindo no bastonete, ele fica 
hiperpolarizado – diminui a liberação de 
neurotransmissor (glutamato) para a célula 
bipolar. 
- O lipídeo é convertido em todo-trans-retinal e 
posteriormente em todo-trans-retinol, que é a 
vitamina A, e vai para o epitélio pigmentar para 
virar 11-cis-retinal e se combinar com a 
escotopsina, tornando-se rodopsina. 
 
 
 
- O receptor de glutamato na célula bipolar é um 
metabotrópico inibitório. Portanto, com a 
diminuição da liberação desse neurotransmissor, 
essa célula será estimulada, fazendo sua 
despolarização, passando, eletrotonicamente, o 
potencial de ação para as células ganglionares, 
que produzirão um potencial de ação. Assim, diz-
se que a imagem já está sendo formada na retina. 
 
VIA DIRETA DOS BASTONETES: 
- Bastonete → célula bipolar (modulada pela 
célula amácrina) → célula ganglionar. 
 
VIA INDIRETA DOS BASTONETES: 
- Bastonetes → célula bipolar → célula amácrina 
→ via dos cones (célula bipolar de cone on 
recebe despolarizando-se; célula bipolar de cone 
off recebe informações da célula amácrina por 
meio do neurotransmissor glicina, que é inibitório). 
 
VIA DOS CONES: 
✓ Cone vermelho: célula bipolar do tipo on e 
do tipo off. 
✓ Cone verde: célula bipolar do tipo on e do 
tipo off. 
✓ Cone azul: célula do tipo on. 
- As células ganglionares têm um campo visual 
circular dos tipos: 
✓ Centro ligado e periferia desligada → se o 
potencial de ação chegar nesse campo 
central ligado, essa célula emite potencial 
de ação pra frente, mas se cair na 
periferia, não emite sinal. 
✓ Centro desligado e periferia ligada → se o 
impulso cair no centro desligado, não 
emite sinal, mas se bater na periferia, 
emite. 
- Cada cone da fóvea central manda 
informações para uma célula ganglionar. Por isso, 
se incidir luz na fóvea central, muitos campos 
visuais ficarão ativos → células mandam 
informações para o núcleo geniculado, 
resultando no aumento de acuidade visual. 
 
VIAS DA RETINA: 
- Existem as vias M, P e K → identificar cor, 
profundidade. 
- VIA MAGNOCELULAR (VIA M): é uma via para os 
bastonetes. 
✓ Transmissão rápida, preta e branca, com 
bastante ramificações dendríticas e 
noções de profundidade, movimento e 
localização grosseira. 
✓ Corresponde a 10% das vias da retina – 
camada I e II do corpo geniculado. 
Posteriormente vai para o córtex cerebral. 
 
- VIA PARVOCELULAR (VIA P): é uma via para 
cones vermelhos e verdes. 
✓ Marcam pontos específicos no espaço e 
transmitem cor, textura e forma dos 
objetos. 
✓ 80% das vias da retina – camadas III, IV, V e 
VI do corpo geniculado recebem essa via. 
 
- VIA KONECELULAR (VIA K): é uma via para cones 
azuis (células bipolares do tipo ON). 
✓ Corresponde de 5 a 10% das vias da retina. 
✓ O cérebro combina essas informações. 
 
- O campo receptivo é um campo circular – centro 
e periferia. 
- Na fóvea, a acuidade visual é maior devido à 
presença de um cone, um neurônio bipolar e 
célula ganglionar – na periferia diminui. 
 
PÁLPEBRAS: 
 
- São dobras de pele sem a hipoderme. 
- O pelo dessa região é denominado cílios, mas o 
folículo piloso não apresenta músculo eretor do 
pelo. 
- A esclera encontra-se coberta por uma 
membrana (a mesma que cobre a parte interna 
da pálpebra), denominada conjuntiva. 
✓ A conjuntiva que cobre a esclera 
corresponde à conjuntiva bulbar. 
✓ A conjuntiva que cobre a pálpebra é 
denominada conjuntiva palpebral. 
- A conjuntiva é constituída de um epitélio (seu 
epitélio é incomum, pois é um epitélio colunar 
estratificado, não sendo encontrado em outros 
locais. Entre as células do epitélio, há células 
caliciformes – contribui para a produção do muco 
na superfície do olho). 
- Abaixo do epitélio, encontra-se um tecido 
conjuntivo → lâmina própria de tecido conjuntivo 
frouxo. 
GLÂNDULA LACRIMAL: 
 
- É uma glândula acinosa (formato de bago de 
uva), serosa (secreção rala, fluída) e composta. 
- A secreção corre na conjuntiva e córnea sendo 
recolhida na região medial do olho, onde há 
pequenos canais que drenam a lágrima. Esses 
pequenos canais são revestidos por epitélio 
pavimentoso estratificado não queratinizado –
esses canais confluem e terminam em uma 
dilatação chamada de saco lacrimal (composto 
pelo mesmoepitélio). 
- O saco lacrimal se conecta a um ducto que abre 
na fossa nasal (ducto nasolacrimal/lacrimonasal), 
constituído pelo epitélio respiratório – epitélio 
colunar simples ciliado com células caliciformes. 
- O saco lacrimal e os canalículos lacrimais são 
formados por tecido epitelial pavimentoso 
estratificado não queratinizado. 
- OBS: na COVID-19, a pessoa coça o olho com o 
dedo contaminado, transmitindo o vírus para a 
região das fossas nasais por meio desse sistema de 
drenagem da lágrima. 
- Sob as pálpebras, em torno dos cílios, há 
glândulas (de Meibomius e Zeis e mol). 
✓ As glândulas de Meibomius produzem uma 
secreção que passa pela região da 
córnea, da esclera e da conjuntiva com a 
função de evitar a evaporação rápida da 
lágrima. 
✓ As glândulas de Zeiss e Mol liberam 
secreções que irão para o folículo piloso 
do cílio.

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