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AULA DE LEGISLACAO TRIBUTARIA

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Direito e Legislação
Tributária
Dia 04/08/2021
Conteúdo Programático
1. NECESSIDADE
1.1. Conceito
1.1. Espécies
1.2. Classificação
1.3. Formas de satisfação
2. A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
2.1. Ciência
2.2. Direito Financeiro
2.3. Sub-Ramo do direito financeiro
Conteúdo Programático
3. DIREITO TRIBUTÁRIO
3.1. Conceito
3.2. Autonomia do Direito Tributário
3.3. Princípios Tributários
4. SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO
4.1. Sujeito Ativo da obrigação tributária
4.2. Sujeito Passivo das obrigações principais e acessórias
4.3. Solidariedade Passiva
Conteúdo Programático
5. SISTEMA TRIBUTÁRIO
5.1. Conceito
5.2. Capacidade Tributária
5.3. Poder Político e Poder Tributário
5.4. Código Tributário Nacional
6. FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
6.1. Conceito
6.2. Classificação
6.3. Doutrina
6.4. Jurisprudência
Conteúdo Programático
7. TRIBUTOS
7.1. Noções – fundamentos
7.2. Receitas – originárias, derivadas
7.3. Impostos
7.4. Taxas
7.5. Contribuições Sociais
7.6. Contribuição de Melhoria
7.7. Empréstimo compulsório
8. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
8.1. Noções – Conceito
8.2. Ato Declaratório
8.3. Suspensão
8.4. Extinção
8.5. Exclusão
Conteúdo Programático
9. IMPOSTOS
9.1. Impostos da União
9.2. Impostos dos Estados
9.3. Impostos dos Municípios
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
OLIVEIRA, Juarez de – Código Tributário Nacional.
LAZARIN, Antonio  - Introdução ao Direito Tributário.
CELESTINO, João Batista – Direito Tributário nas Escolas.
Quantos IMPOSTOS o Brasil tem ?
É muito comum no entendimento popular, chegar a conclusão de que o nosso país possui um número muito elevado de IMPOSTOS. 
Mas tecnicamente, nós temos apenas 12 IMPOSTOS.
O imposto é espécies do gênero TRIBUTOS.
Vejamos quais são eles:
Impostos da União
Imposto sobre a Renda - IR
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Imposto Territorial Rural - ITR
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF
Imposto sobre Exportação - IE
Imposto sobre Importação - II
Impostos dos Estados
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA
Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações - ITCMD
Impostos dos Municípios
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI
Imposto sobre Serviços – ISS / ISSQN
Além dos 12 impostos vistos anteriormente, a Constituição também nos dá o Imposto sobre Grandes Fortunas - IGF e o Imposto Extraordinário de Guerra – IEG.
Estes impostos ainda aguardam regulamentação, através de Lei Complementar.
Qual a razão de ser dos Tributos ?
Para a ciência jurídica e também para a sociologia, o ESTADO existe para a conquista do bem comum, o que tecnicamente é chamado de interesse público.
Essa é a função primordial do Estado, alcançar o bem coletivo – a felicidade do grupo social. O Estado deve, para alcançar o seu objeto, atender todas as NECESSIDADES SOCIAIS.
Para atender essas necessidades o Estado terá que executar ações, desenvolver atividades e, isso tem um custo.
13
O que é NECESSIDADE ?
Necessidade é aquilo que é estritamente necessário, ou seja, que é indispensável, que é útil, que não se pode deixar de ter ou ser. É AQUILO QUE EXIGE, QUE REQUER, NÃO PODE SER DE MODO DIFERENTE.
Sentir necessidade é precisar de algo, é carecer de, é sentir falta do que é necessário ou daquilo que é indispensável para a vida ou para obter os meios de conservá-la. Sentir necessidade é aquilo que constrange de modo absoluto.
NECESSIDADE
Segundo a sociologia, a necessidade humana deve ser analisada sob três aspectos:
Necessidades Primárias ou Básicas: são as necessidades que é necessário satisfazer com prioridade. Estas necessidades colocam o homem em situação de dependência absoluta. São vitais, posto que, asseguram a sobrevivência do ser humano. 
Exemplo: alimentação, saúde, vestuário, habitação, educação etc.
NECESSIDADE
Necessidades Secundárias: são aquelas consideradas importantes para o indivíduo. Estas necessidades colocam o homem em situação de dependência relativa. O não atendimento delas não causa prejuízo biológico, mas sim, psicológico. Relacionam-se com a qualidade de vida, são necessárias mas não indispensáveis.
Exemplo: transporte, telefone, luz, água, cultura, lazer etc.
NECESSIDADE
Necessidades Voluptuárias: são as necessidades de mero deleite, gozo e fruição da vida, ou aquilo que é considerado supérfluo, onde sua satisfação poderá ser considerada dispensável. Sua não satisfação não causa qualquer prejuízo biológico, mas sim, uma insatisfação de pequena intensidade (frustação) para o indivíduo.
Exemplo: aquisição do segundo veículo ou de veículo de luxo, viagens ao exterior, aquisição de roupas de grife, aquisição de bens de alto valor, etc.
POR HOJE É SÓ !
NA PRÓXIMA AULA CONTINUAMOS.
NECESSIDADE
Classificação das necessidades
NECESSIDADE
Segundo o grau de intensidade e de alcance, as necessidades humanas são classificadas em: 
Necessidades Coletivas: - São próprias da coletividade, da sociedade, pois todos sentem e necessitam que sejam saciadas sob pela de comprometimento da subsistência do ser humano. Estas o Estado toma para sí, a responsabilidade de satisfaze-las, gratuitamente. Ex: saúde, educação, alimentação, segurança pública, etc.
NECESSIDADE
Necessidades Individuais: - São próprias do indivíduo, não são de caráter geral, pois nem todos sentem. Sua não satisfação não geram prejuízos de ordem biológica no indivíduo. São importantes para o indivíduo e o Estado reconhece esta importância, promovendo pessoalmente ou por terceiros, a satisfação dessas necessidades. Ex: transporte público, telecomunicações, energia elétrica, água e esgoto, etc.
FORMAS DE SATISFAÇÃO
DAS NECESSIDADES
Via de regra as necessidades coletivas são satisfeitas através da prestação de serviços, enquanto que as necessidades individuais, são satisfeitas através de bens.
ATIVIDADE FINANCEIRA
DO ESTADO
Para fazer face as despesas para com o atendimento das necessidades coletivas e individuais e, também na manutenção do aparelho do Estado, há necessidade do desenvolvimento de uma atividade financeira, não só na captação, mas também, no dispêndio desses recursos. Assim, entende-se que a atividade financeira do Estado é o conjunto de atos que o Estado pratica na obtenção, na gestão e na aplicação dos recursos financeiros de que necessita para atingir seus fins O BEM COMUM.
Sobre esse aspecto, ou seja, “A Atividade Financeira do Estado”, aparecem duas ciências, que têm o mesmo objetivo científico – A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO.
ATIVIDADE FINANCEIRA
DO ESTADO
CIÊNCIA DAS FINANÇAS – pertence ao ramo da ciências econômicas e, tem por objeto a atividade financeira do Estado, cujos princípios e fundamentos são por ela estudados sob a ótica econômica/social. PORTANTO, A CIÊNCIA DAS FINANÇAS ESTUDA A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO – SOB O ASPECTO ECONÔMICO
ATIVIDADE FINANCEIRA
DO ESTADO
DIREITO FINANCEIRO –. É o conjunto de normas jurídicas que regula a atividade financeira do Estado. É o conjunto de normas que cuida da atividade financeira do poder público e das relações jurídicas envolvidas por esta atividade.
PORTANTO, O DIREITO FINANCEIRO REGULA A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO – SOB O ASPECTO DA LEGALIDADE.
ATIVIDADE FINANCEIRA
DO ESTADO
A atividade financeira do Estado engloba – RECEITAS / DESPESAS / ORÇAMENTO / CRÉDITOS PÚBLICOS
RECEITA: É uma previsibilidade, ENTRADA é a efetivação da receita. É o ingresso de recursos nos cofres públicos.
DESPESA: São as saídas de recursos.
ORÇAMENTO: Corresponde ao planejamento. Previsão de entrada/saída
CRÉDITO PÚBLICO: São todos os haveres que o Estado tem.
RECEITA PÚBLICA
Para o estudo do Direito Tributário, vamos nos ater apenas a um dos objetos do Direito Financeiro – RECEITAS.
Não existe apenas uma única forma de ingresso de recursos, para o erário público (cofre). Atualmente, segundo nossa Constituição Federal e legislaçãopertinente, são três (3) as espécies de receitas públicas:
Receitas Gratuitas – receitas originárias
São todas as liberalidades feitas em favor do patrimônio público. Ex: doações, entrega de bens ao patrimônio público por determinação legal, etc.
RECEITA PÚBLICA
Receitas Contratuais – receitas originárias
São provenientes de atividades industriais ou empresariais, semelhante a praticada pela iniciativa privada, para a obtenção de recursos financeiros para prover o cofre público. Tem esse nome porque os resultados financeiros advêm de contratos celebrados pelo Poder Público com particulares. Ex: Petrobrás, Banco do Brasil, etc.
Receitas Obrigatórias – receitas derivadas
São receitas advindas aos cofres públicos através do uso do poder de império do Estado, que através de Lei, torna compulsória a entrega de recursos ao cofre público.
Essa entrega obrigatória de recursos poderá ocorrer sob dois aspectos: pelo uso do PODER PENAL, quando ocorre o descumprimento de norma administrativa, pelo particular, e que a norma impõe uma penalidade pecuniária. Ex: Multas. Igualmente, pelo uso do PODER FISCAL, a lei impõe a todos, a obrigação de pagar TRIBUTOS.
RECEITA PÚBLICA
Os tributos, portanto, são imposições legais, por isso o termo – compulsório, que significa obrigatório.
E quais são os TRIBUTOS admitidos pela nossa legislação atual:
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Aula do dia 18/08/2021
Direito e Legislação Tributária
Autonomia do Direito Tributário
Apesar do Direito Tributário estar inserido dentro dos objetos do Direito Financeiro, tem ele autonomia, posto que, o OBJETO do Direito Tributário é definido – cuida de receita – e apenas das receitas obrigatórias pelo uso do poder fiscal – TRIBUTOS.
Uma ciência para ser considerada como tal, precisa ter autonomia, objeto definido, fundamentos, fontes e princípios. O Direito Tributário possui todos esses ingredientes.
Passaremos agora a analise dos PRINCÍPIOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO, tema de fundamental importância para a compreensão da sistemática tributária.
Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade genérica encontra fundamento no art. 5º, II, da Constituição Federal e o princípio da legalidade tributária no art. 150, I, da Carta Magna. 
O art. 5º, II, CF prescreve que:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” 
Já o art. 150, I, CF:
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”
Princípio da Legalidade
Dessa forma, o tributo que for criado ou majorado sem lei será flagrantemente inconstitucional. Dirimindo eventuais dúvidas que possam surgir quanto a redução dos tributos, podemos recorrer ao art. 97, II, do Código Tributário Nacional. Ele prevê expressamente que somente a lei poderá estabelecer majoração ou redução de tributos, ressalvadas algumas hipóteses. 
Cabe mencionar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, hoje, é pacífica quanto à possibilidade de Medida Provisória criar, aumentar ou reduzir tributos, por ter força de lei, devendo obedecer os procedimentos previstos na Constituição. 
Princípio da Isonomia
Previsto no art. 150, II, da Constituição Federal, trata da regra que veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituírem tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Além disso, impede qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida. Isso independente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
A isonomia foi consagrada pelo ordenamento jurídico não apenas no sentido formal, que é atendido com a edição de lei genérica e abstrata, aplicável a todos. Foi também no sentido material, haja vista impor que os iguais sejam tratados igualmente, e os desiguais desigualmente, na medida de suas desigualdades.
Princípio da Anterioridade
É proibida a cobrança de tributos “no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”, conforme estabelece o artigo 150, III, “b”, da CF.
Neste dispositivo encontra-se consubstanciado o princípio da anterioridade, segundo o qual a lei que criou ou aumentou o tributo deve existir antes do início do exercício financeiro que o tributo passará a ser recolhido. Em outras palavras, se determinada lei, publicada em 10 de maio de 2020, institui novo tributo, tal tributo não poderá passar a ser recolhido no ano de 2020, mas somente no primeiro dia de janeiro de 2021, ou seja, no exercício posterior àquele que foi publicada a lei que instituiu o tributo.
Princípio da Anterioridade
Entretanto, este princípio também comporta algumas exceções. São elas: 
Imposto sobre Importação – I.I.
Imposto sobre Exportação – I.E.
Imposto sobre Operações Financeiras – I.O.F.
Imposto sobre Produtos Industrializados – I.P.I.
Imposto Extraordinário de Guerra – I.E.G.
Princípio da Anterioridade Nonagesimal
O princípio da anterioridade nonagesimal, também conhecido como princípio da anterioridade mitigada, ou mínima, surgiu com o acréscimo da alínea “c” ao inciso III do artigo 150 da CF, cujo texto estabelece que não será cobrado tributo antes de decorridos noventa dias da data em que fora publicada a lei que o instituiu ou aumentou, sem prejuízo do disposto na alínea “b”, ou seja, se determinada lei, publicada em 27 de dezembro de 2019, institui ou majora um tributo, o novo tributo ou a majoração passarão a valer somente em 27 de março de 2020, isto é, noventa dias após a publicação da lei.
O princípio da anterioridade nonagesimal não se aplica ao II, IE, IR (Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza), IOF, imposto extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa, ao empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias que decorram de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, nem à fixação da base de cálculo do IPTU (Impostos sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana) e do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor).
Princípio da Irretroatividade
O princípio da irretroatividade garante aos contribuintes, que não sejam cobrados tributos referentes aos fatos ocorridos antes do início da vigência das leis, que os houver instituído ou aumentado. No entanto, a retroatividade é admitida quando favorecer o cidadão.
Princípio da Capacidade Contributiva
O princípio da capacidade contributiva, igualmente denominado princípio da capacidade econômica, é um desmembramento do princípio da igualdade no Direito Tributário, representando a materialização do mesmo em prol de uma justiça social.
Tal princípio pode ser compreendido em sentido objetivo (presença de uma riqueza passível de ser tributada) e em sentido subjetivo (determina qual parcela da riqueza pode ser tributada em virtude das condições individuais), portanto, o Estado é obrigado a cobrar o tributo não em razão da renda potencial das pessoas, mas sim da que a mesma efetivamente dispõe.
O intuito do princípio da capacidade contributiva na ordem jurídica tributária é a busca de uma sociedade mais justa onde a maior tributação recaia sobre aqueles que possuam maior riqueza.
Princípio da Vedação ao Confisco
O princípio constitucional da vedação ao confisco preconiza que é vedada a utilização do tributo com efeito de confisco, ou seja, ao Estado é imposto um impedimento, para que diante do argumento de cobrar tributo, não se aposse indevidamente de bens dos contribuintes.
Princípio da Imunidade Recíproca
De acordo com o Art. 150, VI, alínea “a” da Constituição Federal, a imunidade recíproca, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, impede que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituam, criem impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços, uns dos outros.
Princípio da Liberdade de Tráfego
O princípio da liberdade de tráfegoestá previsto no art. 150, V da Constituição Federal, e proíbe que as entidades políticas estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, através de tributos interestaduais ou intermunicipais, porém ressalvou expressamente a possibilidade de cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
Princípio da Uniformidade
O princípio da uniformidade geográfica está previsto no artigo 151, I da Constituição Federal, o qual veda a instituição de “tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro...”
Direito e Legislação
Tributária
Dia 25/08/2021
O QUE É TRIBUTO ?
Conceito
O art. 3º do Código Tributário Nacional, assim define Tributo:
“Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Tributo - Conceito
Tributo é uma prestação de dar, de pagar. Não se trata de obrigação de fazer ou não fazer. Tributo é o objeto da relação tributária. O tributo tem por objetivo carrear para os cofres do Estado meios financeiros para a satisfação das necessidades da coletividade e do próprio Estado.
Tributo - Conceito
Prestação pecuniária é a que pode ser exigida em moeda ou valor que nela se possa exprimir. O tributo geralmente é cobrado em dinheiro. O CTN faz referência a prestação exigida “em moeda ou valor que nela se possa exprimir”. Se prestação é pecuniária, já está expressa em moeda. Não é mais exigido tributo em espécie (in natura) ou em serviço (in labore). “in natura” seria o pagamento, por exemplo, em mercadorias. “in labore” seria o pagamento com serviços prestados.
Tributo - Conceito
O tributo é compulsório. Compulsório não quer dizer apenas obrigatório, mas significa que independe da vontade da pessoa contribuir. A pessoa não paga o tributo porque quer ou gosta. Se isso ocorresse, não pagaria o tributo.
Tributo - Conceito
Não se constitui o tributo em sanção de ato ilícito. Não é uma penalidade, como na sanção pelo descumprimento da lei. Mesmo quem explora um ato ilícito paga imposto de renda, se tiver renda, como ocorre com as pessoas que exploram casas de tolerância, vendem armas proibidas, exploram tráfico de drogas etc. O imposto não incide sobre a atividade ilícita prestada pela pessoa, mas sobre a renda auferida com a atividade, pois o fato gerador ocorreu, que é ter disponibilidade econômica ou jurídica de renda. 
Tributo - Conceito
A previsão do tributo deve estar inserida em lei para que possa ser cobrada, de acordo com o princípio da legalidade tributária. Se não houver a previsão em lei, descrevendo o fato gerador, quem é o contribuinte, a base de cálculo, a alíquota, não poderá o tributo ser exigido.
Tributo - Conceito
A atividade administrativa plenamente vinculada é feita pelo lançamento fiscal. Atividade administrativa plenamente vinculada envolve o ato de que a autoridade administrativa não tem liberdade de agir, em mais de uma situação. A autoridade fica inteiramente vinculada à previsão legal.
POR HOJE É
SÓ

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