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Caderno de Mercado Financeiro

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JULIO CESAR DE SOUZA
Cabo Frio, 16 de fevereiro de 2012.
MERCADO FINANCEIRO
Aula 01 – Panorama do Sistema Financeiro Nacional (SFN)
O SFN pode ser dividio históricamente em 6 fases:
1ª Fase: 1808 a 1914
Em 1808 surge o primeiro Banco do Brasil com funções de banco central e banco comercial, o 
qual foi dissolvido em 1829. 
Em 1906 surge o atual Banco do Brasil. 
Em 1910 o Brasil possuía 16 bancos nacionais e 5 estrangeiros.
2ª Fase: 1914 a 1945
Os bancos desenvolvem-se com relativa segurança, sustentando as mudanças que ocorrem na 
estrutura produtiva do País. 
Em 1920 é criada a Inspetoria Geral dos Bancos. Nesta fase, o país contava com 2074 
instituições financeiras e a estrutura existente não atendia às necessidades. 
3ª Fase: 1945 a 1964
É criada a Superintendência de Moeda e Crédito e havia a coexistência de vários órgãos com 
atribuições de Autoridade Monetária. 
É criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (1952), o Banco do 
Nordeste do Brasil e o Banco da Amazônia.
4ª Fase: 1964 a 1988
Ocorre a implementação de mudanças estruturais no sistema financeiro com destaques para as 
seguintes leis: 
• Lei da Correção Monetária (4357/64);
• Lei do Plano Nacional da Habitação (4380/64);
• Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4595/64);
• Lei do Mercado de Capitais (4728/65);
• Lei da CVM (6385/76, alterada pela Lei 10411/02);
• Lei das S.A (6404/76, alterada pelas leis 9457/97 e 10303/01).
5ª Fase: 1988 a 1994 
As funções da autoridade monetária passam a ser exclusivamente exercidas pelo Banco Central 
do Brasil (BCB) e suas atividades atípicas são transferidas para o Tesouro Nacional (TN). 
Os empréstimos diretos ou indiretos do BCB para o TN, ou qualquer entidade que não fosse uma 
instituição financeira, ficam proibidos. 
Surge a Resolução CMN nº 1.524/88, que permite a criação dos chamados Bancos Múltiplos.
6ª Fase: A partir de 1994
Surge a Resolução CMN nº 2.099/94 sobre a exigência de capital e patrimônio líquido.
Houve o enxugamento do sistema financeiro, mediante liquidações, fusões e incorporações, bem 
como o aumento do interesse de grandes bancos estrangeiros em operar no Brasil.
- 1 -
JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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O SFN sofreu grande alteração depois de 1964, através das leis básicas de ordenamento da 
Política Econômica Brasileira. (Ver 4ª Fase)
LEI DE CORREÇÃO MONETÁRIA 4.357/64
LEI DO PLANO NACIONAL DE HABITAÇÃO 4.380/64
- 2 -
JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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LEI DA REFORMA BANCÁRIA 4595/64
LEI DO MERCADO DE CAPITAIS 4728/65
LEI DA CVM 6385/76
- 3 -
JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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LEIS DAS S.A's
Sistema financeiro é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros.
Ele possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais e cria 
condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado.
Pode-se dizer também que é o local onde o dinheiro é gerido, intermediado, oferecido e 
procurado, por meio de canais de comunicação que se entrelaçam na formação de sistemas.
O mercado nada mais é do que um grande fundo, do qual se pode sacar ou no qual se pode 
depositar recursos. 
É nele que se determina uma das variáveis cruciais da economia – a taxa de juros – que 
representa os termos em que se podem realizar transferências intertemporais de recursos.
Art. 7 da Lei 4595/64 - Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em 
vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou 
acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de 
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. 
Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as 
pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente 
ou eventual.
O SFN é composto por 3 subsistemas:
Órgãos Normativos 
Operadores
Entidades Supervisoras
As instituições financeiras que operam no mercado financeiro podem ser classificadas de duas 
formas:
- 4 -
JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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De acordo com a natureza das obrigações que emitem:
Esse critério permite classificar as instituições financeiras em:
• Bancárias/Monetárias: os bancos comerciais, por exemplo, podem ser classificados como 
instituições monetárias, a quem se permite criação de moeda, uma vez que captam depósitos à 
vista, emprestam esses recursos e mantêm conta de reserva junto ao Banco Central. 
• Não monetárias: não multiplicam a moeda, como as Corretoras de Títulos e Valores 
Mobiliários, Bancos de Investimento, Sociedades de Crédito de Financiamento e Investimento 
(Financeiras). 
De acordo com tipos de operações que estão autorizadas a realizar:
Esse critério permite classificar as instituições financeiras em:
• Instituições de crédito/Intermediários financeiros: emitem seus próprios passivos, captando 
poupança diretamente do público por sua própria iniciativa e responsabilidade e, posteriormente, 
aplicam esses recursos junto às empresas, através de empréstimos e financiamentos, como é o 
caso dos bancos comerciais.
• Instituições auxiliares/Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários: colocam em contato os 
investidores, como as Bolsas de Valores por exemplo, que por intermédio dos corretores de 
valores encontram quem queira vender ações, quem queira comprá-las e vice-versa.
O SFN é composto pelos seguintes órgãos normativos:
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir 
diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Dentre suas funções estão: adaptar o 
volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e 
externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das 
instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas 
monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda, que atua como seu Presidente, pelo 
Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil 
(BCB). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo BCB.
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC), composta pelo 
Presidente do BCB, na qualidade de Coordenador, pelo Presidente da Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), pelo Secretário Executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo 
Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, pelo Secretário de Política Econômica do 
Ministério da Fazenda, pelo Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por 
quatro diretores do BCB, indicados por seu Presidente.
Estáprevisto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de Normas e 
Organização do Sistema Financeiro de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros, de Crédito 
Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional e para Saneamento e Infraestrutura Urbana, 
de Endividamento Público e de Política Monetária e Cambial.
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JULIO CESAR DE SOUZA
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Conselho Nacional de Seguros Privados
Órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é composto 
pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do 
Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, 
representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores Mobiliários. 
Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e 
fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das 
penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; 
prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades 
de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.
Conselho de Gestão de Previdência Complementar
É um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja 
competência é regular, normatizar e coordenar as atividades das Entidades Fechadas de 
Previdência Complementar (fundos de pensão).
Também cabe ao CGPC julgar, em última instância, os recursos interpostos contra as decisões da 
Secretaria de Previdência Complementar.
Entidades Supervisoras do Sistema Financeiro Nacional
Banco Central do Brasil (BACEN)
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 
31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário 
Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: 
zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; 
estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente 
aperfeiçoamento do sistema financeiro. Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e 
moeda metálica; executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos compulsórios e 
voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações de redesconto e 
empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos serviços de compensação de 
cheques e outros papéis; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; 
exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o 
funcionamento das instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício de 
quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas 
nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.
Muitas dessas funções listadas acima, nada mais são do que meios de executar sua função 
primordial: manter o poder de compra da moeda, que se traduz em manter a inflação dentro de 
patamares definidos pelo CMN. A este desenho se dá o nome de metas inflacionárias. O Banco 
Central tem a missão de manter a inflação medida pelo IPCA1 em níveis pré-definidos.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o 
mercado de valores mobiliários do país. 
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Para este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados 
de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de 
fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores 
mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância 
de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de 
poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento 
eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do 
capital social das companhias abertas. 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
1 IPCA – O Índice de Preço ao Consumidor Ampliado é calculado pelo IBGE e foi instituído 
com a finalidade de corrigir as demonstrações financeiras das companhias abertas. O índice 
verifica as variações dos custos com os gastos das pessoas que ganham de um a quarenta salários 
mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, 
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, município de Goiânia e Distrito Federal.
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; é responsável pelo controle e fiscalização do 
mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas atribuições estão: 
fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de 
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de 
executora da política traçada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a captação de poupança 
popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de 
capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados; promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a 
eles vinculados; promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e 
solvência das sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os investimentos 
daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; 
cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem 
delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as 
atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).
A PREVIC atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades 
fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência 
complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, 
inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho 
Nacional de Previdência Complementar.
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Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à vista
Bancos Múltiplos
São instituições financeiras privadas ou públicas que realizamas operações ativas, passivas e 
acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, 
de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de 
crédito, financiamento e investimento.
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às 
instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente 
poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, 
duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser 
organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem 
captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" 
(Resolução CMN 2.099, de 1994).
Bancos Comerciais
São instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar 
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a 
indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação 
de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual 
pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e 
na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de
1994).
Caixa Econômica Federal
Foi criada em 1.861 e está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como 
empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos 
bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação 
de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos 
e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, 
trabalho, transportes urbanos e esporte.
Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar 
sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo 
sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria 
federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos 
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
Cooperativas de Crédito
Observam, além da legislação e normas do sistema financeiro, a Lei 5.764, de 16 de dezembro 
de 1971, que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das 
sociedades cooperativas. Atuando tanto no setor rural quanto no urbano, as cooperativas de 
crédito podem se originar da associação de funcionários de uma mesma empresa ou grupo de 
empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou mesmo adotar a livre 
admissão de associados em uma área determinada de atuação, sob certas condições. Os eventuais 
lucros auferidos com suas operações - prestação de serviços e oferecimento de crédito aos 
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(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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cooperados - são repartidos entre os associados.
As cooperativas de crédito devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a 
expressão "Cooperativa", vedada a utilização da palavra "Banco". Devem possuir o número 
mínimo de vinte cooperados e adequar sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, 
operações e prestações de serviços. Estão autorizadas a realizar operações de captação por meio 
de depósitos à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e 
refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações. Podem conceder crédito, 
somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos, financiamentos, e realizar
aplicação de recursos no mercado financeiro (Resolução CMN 3.106, de 2003).
Demais Instituições Financeiras
· Agências de Fomento
· Associações de Poupança e Empréstimo
· Bancos de Desenvolvimento
· Bancos de Investimento
· Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
· Companhias Hipotecárias
· Cooperativas Centrais de Crédito
· Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento
· Sociedades de Crédito Imobiliário
· Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
· Bancos de Câmbio
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Criado em 1952 como autarquia federal, foi enquadrado como uma empresa pública federal, com 
personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei 5.662, de 21 de junho de 
1971. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento 
do país. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, 
para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e 
equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações 
brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas 
privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. A BNDESPAR, subsidiária integral, investe 
em empresas nacionais através da subscrição de ações e debêntures conversíveis. O BNDES 
considera ser de fundamental importância, na execução de sua política de apoio, a observância 
de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os princípios do desenvolvimento 
sustentável. As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES atendem às necessidades 
de investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com 
instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do 
crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.
Outros Intermediários Financeiros
· Administradoras de Consórcio
· Sociedades de arrendamento mercantil
· Sociedades corretoras de câmbio
· Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários
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JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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· Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários
O banco pode afetar a oferta monetária na economia. Isso ocorre em 2 situações:
1 - Quando o banco mantém 100% dos depósitos em reservas monetárias. 
Nesse caso, a oferta monetária na economia não é afetada.
2 - Quando o banco empresta parte dos depósitos.
Nesse caso, a oferta monetária na economia é afetada.
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JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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Aula 02 – O Mercado Financeiro (02/03/2012)
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JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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Oferta Pública Federal Eletrônica (OFPUB)
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JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Lielão Informal Eletrônico de Moeda e Títulos (LEINF)
Caracteriza-se pela possibilidade do Banco Central intervir no mercado, comprando ou vendendo 
títulos, conforme seus objetivos.
Neste processo, o Banco Central atua junto com instituições por ele credenciadas a operar no 
mercado aberto, conhecidas como dealers. 
Ao decidir entrar no mercado para comprar ou vender títulos, o Banco Central avisa aos agentes 
de sua intenção, através dos dealers, e os interessados na negociação enviam suas ofertas que 
poderão ser aceitas ou rejeitadas. 
A administração do SELIC e de seus módulos complementares é de competência exclusiva do 
Departamento de Operações do Mercado Aberto (DEMAB) do Banco Central do Brasil.
Os pagamentos no SELIC são processados por meio de reservas bancárias e as transferências dos 
títulos entre os investidores somente são autorizadas pelo sistema mediante movimentações 
nessas reservas.
Segundo Assaf Neto?
A CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos - é uma sociedade administradora 
de mercados de balcão organizados, ou seja, de ambientes de negociação e registro de valores 
mobiliários, títulos públicos e privados de renda fixa e derivativos de balcão. É, na realidade, 
uma câmara de compensação e liquidação sistemicamente importante, nos termos definidos pela 
legislação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) (Lei n º10.214), que efetua a custódia 
escritural de ativos e contratos, registra operações realizadas no mercado de balcão, processa a 
liquidação financeira e oferece ao mercado uma Plataforma Eletrônica para a realização de 
diversos tipos de operações online, tais como leilões e negociação de títulos públicos, privados e 
valores mobiliários de renda fixa.
Criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, iniciou suas operações em 1986, 
proporcionando mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. A 
CETIP, hoje uma sociedade anônima de capital aberto com ações negociadas no Novo Mercado, 
da BM&FBovespa, é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a 
maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro. Sua atuação garante o suporte 
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JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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necessário a todo o ciclo de operações com títulos de renda fixa, valores mobiliários e 
derivativos de balcão. 
O Mercado de Crédito
Duas Instituições importantes no Mercado Financeiro
• Central de Risco de Crédito
• Fundo Garantidor de Crédito 
Mercado Cambial
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Taxas Internacionais de Juros
LIBOR
Prime Rate
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Mercado de Capitais
Os principais títulos negociados no mercado de capitais são:
• ações que constituem a menor parcela (fração) do capital social de uma sociedade anônima;
• opções sobre ações que representam um direito de compra (ou venda) de ações a um preço 
previamente fixado e válido por determinado período;
• debêntures, que representam títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por sociedades 
anônimas, cujos recursos são destinados ao financiamento de projetos de investimentos ou para 
alongamento do perfil de endividamento das empresas. Em sua grande parte, as empresas 
emitentes de debêntures transformam-se em sociedade anônimas de capital aberto;
• Depositary Receipts, os Recibos de Depósitos são títulos negociáveis no mercado e lastreados 
na existência de ações de uma sociedade instalada em outro país. O recibo pode ser trocado a 
qualquer momento pelas ações custodiadas no banco depositário;
• Commercial Paper, destinado à subscrição pública, cujos recursos são canalizados para 
financiar suas necessidades correntes de capital de giro.
Os principais financiamentos no mercado de capitais são:
• financiamento de capital de giro - realizado por bancos comerciais/múltiplos e bancos de 
investimentos com objetivo de suprir as necessidades de recursos do ativo circulante das 
empresas;
• operações de repasses - empréstimos contratados por instituições financeiras do mercado de 
capitais e repassados à empresas carentes de recursos para investimentos de longo prazo. Podem 
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ser de recursos internos e externos;
• arrendamento mercantil – é celebrado um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre 
um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), visando à 
utilização, por parte do primeiro, de certo bem durante um prazo determinado, cujo pagamento é 
efetuado em forma de aluguel (arrendamento);
• oferta pública de ações e debêntures – caracteriza-se por emissão de títulos (ações e 
debêntures) pelas empresas, visando levantamento de recursos para financiamento de suas 
atividades;
• securitização de recebíveis – caracteriza-se como uma forma de captação de recursos 
envolvendo a emissão de títulos de crédito pelo tomador, que são garantidos mediante caução de 
recebíveis. Esta operação permite que a empresa levante recursos sem comprometer seus níveis 
de endividamento;
• bônus (bonds) - são títulos de renda fixa muito utilizados pelas empresas privadas, governos 
etc. para levantar recursos no mercado financeiro internacional como fonte de recursos a longo 
prazo.
Segundo Assaf Neto, o mercado de ouro no Brasil, assim como em outras economias do mundo, 
tem suas cotações baseadas nos preços internacionais do metal. 
As principias variáveis que afetam o preço do ouro no Brasil são:
• comportamento das taxas de juros internas;
• paridade cambial da moeda nacional com o dólar;
• risco país.
As cotações internacionais do ouro são fornecidas diariamente em dólar por onça-troy, que 
equivale a 31,1035 gramas. No Brasil, as cotações são estabelecidas em reais por grama de ouro 
puro. 
Os negócios com ouro no Brasil são realizados pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e 
suas cotações refletem de alguma forma os preços dos mercados internacionais, principalmente 
de Londres e Nova York.
Aula 3 – Riscos das Instituições Financeiras (02/03/2012)
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JULIO CESAR DE SOUZA
(Continuação de Mercado Financeiro..............................................................................................)
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A origem dos riscos financeiros de uma instituição financeira, principalmente dos bancos, 
provem das suas diversas atividades operacionais, tais como:
• créditos concedidos;
• captações;
• variações das taxas de juros de mercado;
• falhas internas;
• controle. 
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O descasamento de ativos e passivos expõe o banco ao risco de variação das taxas de juros 
quandoo prazo do ativo (aplicação) for maior que o do passivo (captação). Um aumento dos 
juros reduz a margem financeira do banco e uma redução das taxas promove maiores ganhos.
O contrário se verifica quando o prazo do ativo for menor que o do passivo. Um aumento dos 
juros permite que o banco renove seus créditos concedidos seguindo as taxas mais altas de 
mercado, reforçando seus resultados financeiros. 
Já em um cenário de queda nos juros, as receitas dos ativos (créditos) diminuem, promovendo 
menor margem financeira. 
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O VaR , através de técnicas estatísticas, mensura em condições normais de mercado e, 
considerando um certo grau de confiança num horizonte de tempo, a perda esperada máxima de 
um título ou de uma carteira de títulos. 
Pode-se entender o VaR como uma medida que evidencia a exposição da carteira ao risco de 
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mercado, bem como suas chances de perda. 
É uma medida que resume a perda máxima esperada, facilitando bastante a compreensão do risco 
de uma carteira. 
O maior motivo para utilizarmos o conceito de VaR é o fato de que ele integra, em uma única 
medida numérica, o risco de ativo e passivo simultaneamente, resumindo assim o risco total de 
uma instituição financeira e facilitando o acompanhamento por parte de sua diretoria.
O VaR, como método de avaliação de risco, vem se difundindo rapidamente em todo o mundo, 
sendo muito utilizado pelos bancos centrais como padrão para a regulamentação do sistema 
bancário.
Uma das exigências da regulamentação é a obrigação das instituições financeiras de divulgar as 
medidas de avaliação de risco.
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Aula 4: Principais Produtos do Mercado Financeiro (14/03/2012)
Características Fundamentais de Títulos de Renda Fixa
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Duas formas de remuneração no mercado de títulos emitidos pelas instituições.
• Os títulos são emitidos de forma escritural e registrados em sistemas de custódia. 
• No Brasil, existem dois grandes sistemas de custódia: SELIC e CETIP.
• Segundo Fundo Garantidor de Crédito o valor máximo, por instituição, é de R$70.000,00 por 
depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição em diferentes 
formas de depósito e aplicação.
Principais produtos oferecidos pelas instituições financeiras
Certificado de Depósito Bancário – CDB
Recibo de Depósito Bancário – CDB
Certificado de Depósito Interfinanceiro – CDI
Hot Money
Desconto de Notas Promissórias e Duplicatas
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Factoring
Commercial Papers
Debêntures
Títulos Públicos
Tesouro Direto
Prorrogação
Os CDBs não podem ser prorrogados. 
No seu vencimento o investidor pode renovar a aplicação através da emissão de um novo CDB.
Recompra
A recompra de um CDB pelo banco emissor, antes de seu vencimento, é facultativa para o banco, 
não é obrigatória. 
O banco também não pode colocar obstáculos na negociação com terceiros de um CDB emitido 
por ele.
Tributação
Há incidência de imposto de renda retido na fonte sobre o ganho. 
Nos resgates inferiores a 30 dias, também incidirá IOF sobre o rendimento, de forma regressiva, 
com alíquotas que variam de 96% 
(1 dia) até 3% (29 dias) sobre a rentabilidade do título. A partir desse período não há incidência 
de IOF.
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Prazos mínimos:
• Prefixados: não há.
• Pós-fixados atrelados ao CDI: não há.
• TR ou TJLP: 30 dias.
• TBF: 2 meses.
• Índice de preços (IGP-M): 1 ano.
Garantias: pelo Fundo Garantidor de Crédito até R$ 70.000,00.
Resgate antecipado.
2 - Recibo de Depósito Bancário – RDB
Tem as mesmas características de um Certificado de Depósito Bancário – CDB, com a diferença 
de que não admite negociação antes de seu vencimento.
Porém, pode ser rescindido em caráter excepcional, desde que com o acordo da instituição 
depositária. Neste caso, só pode ser devolvido o valor principal, ou seja, sem os juros.
Impostos e Juros
Está isento de IR e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Os juros são definidos pela denominada taxa over, geralmente expressa linear mensal e 
capitalizada pelos dias úteis previstos na operação.
Taxas
As taxas de CDI e Selic são usadas para negócios no overnight (de um dia para outro).
O mercado de Selic, cujas operações se caracterizam pela exigência de títulos públicos em 
garantia, movimenta diariamente R$ 60 bilhões.
Garantias
O CDI não é lastreado por títulos de qualquer natureza, por isso não possui garantias e deve 
operar amparado em limites de crédito fixados individualmente pelos bancos para suas 
contrapartes. 
Apesar do risco de crédito, a taxa de CDI é normalmente menor que a Selic. 
4 - Hot Money 
(...) são operações de curtíssimo prazo (um dia), visando atender às necessidades imediatas de 
caixa das empresas. 
O hot money tem como referencial o CDI, acrescido de um spread cobrado pela instituição 
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intermediadora. 
A operação incorre também em IOF calculado sobre a repactuação diária da taxa de juro. 
Gestão de Caixa Controle de Contas a Pagar e a Receber Negociações com Fornecedores
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Acompanhe o Lucro:
Os títulos de crédito são adquiridos pela empresa de factoring através da aplicação de um fator 
que inclui todos os custos incorridos pela mesma, tais como: 
• despesas operacionais;
• impostos;
• custo de oportunidade do capital investido e margem de lucro esperada. 
7 - Commercial Papers
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--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A assembleia geral, na qual os acionistas deliberam sobre a emissão das debêntures, cria o título 
mediante a aprovação de suas principais características, tais como:
• espécie;
• montante da emissão;
• tipo de garantia oferecida;
• remuneração.
Portanto, as condições de remuneração do título e todas as suas características, além de 
constarem, em sua maioria, da ata da assembleia geral que deliberou sobre o assunto, deverão 
estar incluídas nos termos da escritura de emissão de debênture.
Para que as emissões de debêntures das companhias abertas sejam ofertadas ao público 
investidor (emissão pública), é necessário que sejam contratados os serviços de uma instituição 
financeira para solicitar o pedido de registro da emissão e elaborar o prospecto da venda, bem 
como realizar a intermediação dos títulos junto aos investidores.
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Características das Debêntures
O vencimento do título pode ocorrer com os seguintes prazos:
Prazo determinado
Prazo indeterminado (debênture perpétua)
Amortização e Resgate
As debêntures podem, ou não, admitir a previsão de resgate ao final do prazo de existência do 
título, assim como amortizações parciais do principal da dívida ao longo do tempo de vida do 
valor mobiliário.
Essas condições podem estar determinadas na escritura de emissão ou serem repactuadas, 
posteriormente, desde que exista anuência dos debenturistas.
Resgate pela Emissora
A companhia emissora pode recomprar os títulos de sua emissão pelo seu valor de mercado, caso 
este seja inferior ao valor corrigido do papel. Aceita-se que a empresa no caso de resgate do 
título pague um prêmio ao debenturista, sendo que a escolha deste investidor deve ser feita por 
sorteio, a fim de evitar possíveis favorecimentos.
Remuneração
Juros: podem ser fixos ou variáveis ao longo do tempo, sendo permitido que as debêntures 
possam participar dos lucros da empresa. Os juros podem ser repactuados entre emissora e os 
debenturistas, após a emissão do “papel”, desde que haja aceitação das novas condições de 
remuneração pelos adquirentes.
Prêmios: em alguns casos, as debêntures podem conter entre suas cláusulas a possibilidade de 
um prêmio aos debenturistas.
Aspectos e instituições relevantes no processo de emissão de debêntures
Agente Fiduciário: é o representante dos debenturistas junto à empresa. Assume a 
responsabilidade defender os direitos desses debenturistas, devendo agir em nome destes nos 
termos fixados na Lei nº 6.404/76, podendo inclusive pedir a falência da companhia em vista do 
atraso no pagamento dos encargos devidos por esta.
Banco Escriturador: é o responsável pela escrituração e a guarda dos livros de registro e 
transparência de valores mobiliários.
Banco Mandatário: tem a função de processar as liquidações físicas e financeiras entre sua 
tesouraria e a instituição custodiante (exemplo: Cetip).
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Veja alguns dos principais títulos públicos:
Letra Financeira do Tesouro (LFT)
É um título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa Selic). O 
resgate do principal e dos juros ocorre no vencimento do título.
Letra do Tesouro Nacional (LTN)
É um título com rentabilidade definida no momento da compra, com o resgate do valor do título 
na data do vencimento do mesmo. Cada título é adquirido com deságio e possui o valor de 
resgate de R$ 1.000,00, no vencimento.
Nota do Tesouro Nacional - série B (NTN-B)
É um título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor 
Amplo), acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento dos juros é semestral 
e o resgate do valor nominal atualizado ocorre na data de vencimento do título.
NTN-B Principal
É um título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor 
Amplo), acrescida de juros definidos no momento da compra. Não há pagamento de cupom de 
juros semestral e o resgate do valor nominal atualizado ocorre na data de vencimento do título.
Nota do Tesouro Nacional - série F (NTN-F)
É um título com a rentabilidade definida, acrescida de juros definidos no momento da compra. O 
pagamento dos juros é semestral e o resgate do principal ocorre na data de vencimento do título.
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Aula 5: Mercado Primário de Ações (14/03/2012)
O Mercado Primário é utilizado pelas empresas para se capitalizarem, através de emissão de 
novos títulos/valores mobiliários. Para lançar novos títulos no mercado, as empresas fazem 
emissões públicas, conhecidas como operações de underwriting ou subscrição ou IPO – Initial 
Public Offering.
Já no Mercado Secundário, quando o detentor das ações de uma empresa deseja se desfazer de 
sua posição, busca no mercado, por intermédio de um corretor, outro investidor que deseje 
comprar suas ações. Esta transferência dos títulos entre investidores se dá através das Bolsas de 
Valores ou do mercado de balcão.
Ações são títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor 
fração do capital da empresa emitente. As Sociedades Anônimas (S.A.) podem ter o capital 
fechado ou aberto. 
Companhia aberta é aquela cujos valores mobiliários são admitidos para negociação nos 
mercados organizados (bolsas de valores e mercado de balcão) e que está registrada no órgão 
competente (no Brasil, a CVM - Comissão de Valores Mobiliários).
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As ações podem ser classificadas quanto ao tipo.
As ações preferenciais garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos e no 
reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. 
De acordo com a Lei das S.A. (6404, atualizada pela nova Lei nº 10.303/01), as ações 
preferenciais têm direito adicional a 10% de dividendos, acima do valor destinado aos detentores 
de ações ordinárias. Entretanto, não dão direito a voto.
As ações ordinárias conferem ao acionista o direito de voto em assembleias gerais. 
De acordo com a Lei das S.A. (10303/01), uma empresa tem que emitir um mínimo de 50% do 
seu capital social em ações ordinárias. 
As exigências do investidor e as boas práticas de governança corporativa têm levado as empresas 
a cada vez mais aumentarem seu percentual desse tipo de ação.
Froma de Circulação das Ações
Nominativas
Em que há a emissão de cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja 
transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da 
empresa emitente, identificando o novo acionista. 
Existem também as nominativas endossáveis, que registram somente o nome do primeiro 
acionista, sendo as transferências de titularidades processadas mediante endosso na própria 
cautela. 
Escriturais
Não há emissão de cautelas ou movimentação física dos documentos. É como se fosse uma conta 
corrente.
Hoje em dia, quase a totalidade das ações é do tipoescritural, controlada por meios eletrônicos, o 
que não significa que não haja um controle dos proprietários das ações.
Direitos dos acionistas 
Dividendos 
Quando a empresa gera lucro, parte desse lucro é distribuída para seus acionistas na forma de 
dividendos. O restante é utilizado para reinvestimentos e para constituição de reservas. A 
distribuição de dividendos – como percentual a ser distribuído e as datas de pagamento – é 
definida em assembleia dos acionistas, após o fechamento dos demonstrativos financeiros anuais. 
O Art. 201 da Lei das S.A.s menciona que “a companhia somente pode pagar dividendos à conta 
de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva 
de capital, no caso das ações preferenciais”. Logo, só há dividendo se houver lucro. 
Existem ações que não têm direito aos dividendos daquele exercício específico. São as chamadas 
ações ex-dividendos. Diz-se “ex-dividendos”, pois caso o acionista que receberá os dividendos 
anunciados decida vender a ação, ele a venderá sem este direito àquele dividendo anunciado, 
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retendo esse direito. Isso ocorre por determinação da Bolsa de Valores e é baseado na informação 
fornecida pela empresa. Ou seja, até um determinado dia, quando a empresa anuncia a 
distribuição dos dividendos, este direito cabe ao acionista que detém as ações naquela data. Após 
o anúncio, a ação é negociada sem este direito, para aquela distribuição específica, o que reduz o 
preço da ação durante o período em que estiver sendo negociada “ex-dividendo”. 
Juros sobre Capital Próprio 
O mecanismo dos juros sobre o capital próprio é determinado com a aplicação da TJLP sobre o 
patrimônio líquido (com alguns ajustes) da sociedade pagadora. 
A pessoa jurídica poderá deduzir na determinação do lucro real, observado o regime de 
competência, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a 
título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e 
limitados à variação pró-rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo. 
Bonificação 
A bonificação na forma de ações é o resultado do aumento de capital de uma empresa, mediante 
a incorporação de reservas e lucros, ocasionando a distribuição gratuita de novas ações a seus 
acionistas, em número proporcional às já possuídas. 
Direitos de subscrição 
Ao emitir novas ações, para o aumento do capital da empresa, os acionistas têm a preferência na 
aquisição destas novas ações, de forma a manter a mesma proporção na participação que detêm 
na empresa. 
Venda de direitos de subscrição 
Caso não haja interesse por parte do acionista em adquirir as novas ações oriundas da subscrição, 
ele poderá vender a terceiros, em Bolsa, este direito. 
Split ou desdobramento 
Ocorre um split quando uma ação se divide em outras ações. Suponhamos, por exemplo, que o 
preço de uma ação da empresa X seja R$ 50,00, e a empresa decida fazer um split de 1 para 5. 
Desta forma, o detentor dessa ação passaria a ter cinco vezes a mesma quantidade de ações, com 
o preço de 1/5 por ação – R$ 10,00 – do valor original. Num primeiro momento, seu resultado 
financeiro é nulo. 
Agrupamento ou inplit 
O inplit é o inverso do split. Neste caso, há o agrupamento de uma quantidade de ações para 
formar uma nova ação. Assim como no split, o resultado financeiro da operação é nulo, no 
primeiro momento.
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Algumas Características das Ações
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Evolução da abertura de capitais na empresa
1 - Constituição da empresa limitada
Um representante autônomo, a cada dia fechando contratos maiores, decide transformar-se em 
uma empresa limitada, contratar vendedores, alugar uma sede etc. 
Ele está provavelmente agindo no momento correto, porque existem outros representantes que 
ameaçam o seu espaço atual. 
2 – Constituição da Sociedade Anônima
Após anos de expansão, os sócios decidem compartilhar seu patrimônio e os resultados com seus 
colaboradores, ou aceitar investimentos de outras empresas que também acreditam na sua 
expansão. 
Para isso, a Ltda. transforma-se em S.A. e passa a emitir ações. 
3 – Abertura de capital
A S.A. percebe que só permanecerá competitiva se realizar investimentos que lhe garantam 
ganhos de escala e de qualidade. 
Dado o montante dos recursos necessários, abre seu capital, ao concluir que é mais racional obtê-
los atraindo novos acionistas do que se endividando.
4 – Companhia aberta
É aquela cujos valores mobiliários são admitidos à negociação nos mercados organizados (bolsas 
de valores e mercado de balcão), e que se encontra registrada no órgão competente (no Brasil, a 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários). Algumas características:
• são sociedades anônimas: o seu capital é dividido em ações. As S.A.s cujos valores mobiliários 
não são admitidos nos mercados organizados são classificadas como companhias fechadas;
• são fiscalizadas pela CVM: que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, 
que tem papel normatizador e fiscalizador, visando estimular o mercado de capitais e proteger os 
investidores;
• devem divulgar informações: são obrigadas a prestá-las ao mercado, ao grande público, às 
bolsas de valores ou entidades de balcão organizado e à própria CVM, de forma padronizada, de 
modo a garantir transparência (disclosure) aos investidores;
• propiciam acesso acionário: a negociação nas bolsas de valores significa que uma parcela de 
seu capital tem sua propriedade disponível à negociação.
Etapas de abertura de capital
1- Análise preliminar: estudo sobre a viabilidade e interesse. 
2- Contratação de Auditoria Externa Independente.
3- Contratação de Intermediário Financeiro.
Sobre a escolha do Intermediário Financeiro, é exigência da legislação que a operação de 
lançamento de valores mobiliários seja coordenada por uma instituição financeira - banco de 
investimento, banco múltiplo, sociedade corretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores 
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mobiliários.
São atribuições do intermediário financeiro:
✔ assessoramento na definição do perfil da operação; 
✔ elaboração do prospecto (vide adiante); 
✔ encaminhamento dos processos junto à CVM (companhia e emissão); 
✔ registro dos valores mobiliários na BOVESPA e na SOMA; 
✔ marketing da operação; 
✔ distribuição dos títulos (em conjunto com demais participantes); 
✔ liquidação. 
4- Contrato de Coordenação e Distribuição.
5- Adaptação dos Estatutos.
6- AGE deliberativa da operação – Autorização da Assembleia Geral.
7- Nomeação de um Diretor de Relações com Investidores.
8- Criação de uma área de atendimento aos acionistas/debenturistas.
9- Processos de obtenção dos registros na CVM (registro de emissão e registro da companhia).
Sobre a Aprovação do Registro pela CVM - Instrução 480, a CVM terá 20 dias para a 
análise do registro. 
Não se manifestando, o mesmo estará aprovado. 
Este prazopoderá ser interrompido, uma única vez, caso sejam necessários documentos e 
informações adicionais.
10- Processo de registro da empresa em Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão Organizado.
11- Anúncio de início de distribuição pública.
12- Divulgação da empresa junto ao público investidor.
13- Liquidação financeira.
14- Anúncio de encerramento de distribuição pública.
O Processo de Abertura de Capital pode ser feito em 2 formas:
Underwriting
Significa subscrição, ou seja, emitir títulos para captar novos recursos junto aos investidores. 
Essa operação faz parte do mercado primário, pois existe uma transferência de recursos 
diretamente do investidor para o caixa da empresa. 
Pode ser dos seguintes tipos:
• firme: a instituição mediadora subscreve todo o lote de títulos, paga-os integralmente à empresa 
emitente e se encarrega de colocá-los posteriormente no mercado;
• residual: a instituição mediadora compromete-se a absorver os títulos eventualmente não 
vendidos, garantindo à empresa o recebimento da totalidade dos recursos previstos;
• melhores esforços: o risco da não colocação dos títulos corre exclusivamente por conta da 
empresa emissora. A instituição mediadora compromete-se apenas a fazer o melhor esforço na 
venda. 
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Bookbuilding
Os valores mobiliários (debêntures e ações, por exemplo) são oferecidos em uma oferta primária 
ou secundária a determinado preço, que pode ser fixo ou resultar do processo de bookbuilding.
A formação de preço por esse mecanismo considera a demanda apresentada pelos investidores 
(quantidade que cada um deseja comprar) e o preço máximo por ativo que cada um está disposto 
a pagar. Ou seja, o bookbuilding consiste em recolher intenções de compra, respectivas 
quantidades e preços, de forma a que os colocadores da emissão de títulos possam determinar o 
preço ao qual esta deve ser colocada. 
É um mecanismo em que, durante um período de tempo pré-estabelecido, são recebidas as 
ordens dos investidores particulares e institucionais. Neste processo, podem ser estabelecidos 
preços mínimos e máximos. Esta apuração das ofertas de intenções de compra de investidores 
auxilia a companhia na definição da remuneração do título que está sendo colocado, pois permite 
que o coordenador tenha uma melhor percepção das condições do mercado.
Conclusão, o bookbuilding é o processo pelo qual um coordenador busca determinar o preço de 
lançamento de uma oferta pública, baseado na demanda de grandes investidores. Esse processo 
realiza uma consulta prévia para definição de remuneração do título ou de eventuais variações 
(ágio ou deságio) no preço de subscrição.
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1ª parte - Informações sobre lançamento
2ª parte - Informações sobre a empresa
3ª parte - Documentos Societários
4ª parte - Eventuais anexos
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Período de Silêncio: uma nova leitura por: Atademes Branco Pereira em 14/10/2005.
No Brasil, em 29 de dezembro de 2003, a CVM editou a Instrução nº 400, que dispõe sobre as 
ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, nos mercados primário e secundário. A 
nova norma unificou a regulamentação sobre as ofertas públicas de distribuição de valores 
mobiliários e modernizou algumas regras já previstas nas Instruções CVM nº 13/1980 e nº 
88/1988, as quais foram revogadas. Além disso, regulamentou práticas que vinham sendo 
adotadas pelo mercado, bem como introduziu novas regras no ordenamento jurídico relativas à 
oferta pública de valores mobiliários. 
Dentre as várias inovações, a nova instrução estipulou por meio de seu artigo 48, inciso IV, o 
chamado Período de Silêncio. De acordo com a disposição, a emissora, o ofertante e as 
instituições intermediárias (estas últimas a partir de sua contratação) e seus respectivos 
assessores, em processo de oferta pública de valores mobiliários, decidida ou projetada, devem 
"abster-se de se manifestar na mídia sobre a oferta ou o ofertante até a publicação do anúncio de 
encerramento da distribuição.
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Em linha com os princípios gerais da Instrução CVM nº 400/03, o Período de Silêncio tem por 
objetivo assegurar a adequada divulgação de informações ao investidor. Isso para evitar que 
pronunciamentos da emissora, do ofertante ou das instituições intermediárias na mídia 
representem publicidade indevida da oferta ou do ofertante de valores mobiliários (procedimento 
esse conhecido no mercado norte-americano como gun jumping). Também se tenta impedir que a 
emissora, o ofertante ou as instituições intermediárias divulguem informações sobre a oferta ou o 
ofertante a agentes específicos do mercado em detrimento do público investidor em geral, ou 
seja, a adoção de prática não equitativa ou insider trading. 
Aula 6: Mercado Secundário de Ações (09/04/2012)
Você estudou anteriormente o Mercado Primário de Ações. Esta aula vai abordar os principais 
aspectos de funcionamento do Mercado Secundário de Ações, envolvendo conceitos, indicadores 
e operações do mercado secundário.
Investindo em ações você pode se tornar sócio das maiores empresas do país, tais como as que 
estão aí ao lado.
Quando o detentor das ações de uma empresa deseja se desfazer de sua 
posição, ele busca no mercado secundário, por intermédio de um corretor, 
um outro investidor que deseje comprar suas ações.
A transferência dos títulos entre investidores se dá através das bolsas de 
valores ou do mercado de balcão organizado.
A atuação nas bolsas de valores e mercado de balcão organizado é restrita 
às instituições financeiras e sociedades corretoras ou distribuidoras, 
devidamente autorizadas a funcionar pela CVM e Banco Central. Elas 
atuam em nome de seus clientes, os investidores, comprando e vendendo 
ações, debêntures e outros títulos e valores mobiliários emitidos
pelas companhias abertas.
Bolsas de Valores
As Bolsas de Valores são de vital importância para uma economia, pois possuem uma identidade 
distinta dentro do setor de serviços financeiros.
Por meio delas, funcionam os mercados de renda variável e de derivativos, que estabelecem o 
valor dos ativos utilizando um mecanismo eficiente de determinação de preços e permitindo que 
o público saiba quanto valem as empresas, de acordo com as últimas notícias e os mais recentes
cenários económicos.
1845 
A história do setor no país iniciou em 1845 com a criação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
1890 – 1960
Posteriormente, surgiram outras bolsas, com destaque para a Bovespa, criada em 1890 sob a 
denominação de Bolsa Livre.
A partir de 1895, passou a se chamar Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, alterando sua 
denominação em meados dos anos 1960 para Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2000
foi celebrado um acordo de integração das nove bolsas de valores existentes na época, em 
atividade no Brasil, por meio do qual toda a negociação de renda variável em bolsa, no país, 
passou a ser realizada na Bovespa. 
2002
Em 2002, a Bovespa adquiriu a SOMA, assumindo toda a administração da negociação de renda 
variável mercado organizado no Brasil.
Após esse processo de integração, a Bovespa e a BM&F passaram a ter campos de atuação bem 
definidos:
• a Bovespa passou a responder pela negociação de valores mobiliários, de derivativos de 
renda variável e de títulos de renda fixa corporativa, enquanto as atividades de compensação e 
liquidação continuaram sob a administração da CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e 
Custódia;
• a BM&F, criada em 1985, passou a responder pela negociação de mercadorias, 
derivativos de índices, taxa de juros, câmbio e futuros e, a partir de 2002, de títulos de dívida 
públicas, emitidos pelas três esferas de governo.
Empresas do Grupo BM&FBovespa
Com a incorporação da BM&F e das ações da Bovespa Holding pela BM&FBovespa, a estrutura 
societária passou a ser a seguinte:
Antes da transformação em Sociedade Anónima de Capital Aberto, a Bolsa de Valores e a Bolsa 
de Mercadorias e Futuros eram associações civis sem fins lucrativos.
Seus patrimónios eram representados por títulos que pertenciam às Sociedades Corretoras 
membros, que estão sujeitas à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e obedecem às 
diretrizes e políticas do Conselho Monetário Nacional.
A SOMA - Sociedade Operadora do Mercado de Ativos S/A 
é responsável pela administração do mercado de balcão para negociação de títulos e valores 
mobiliários e demais ativos financeiros do mercado, formando um ambiente de negócios que 
consiste num sistema eletrônico de negociação dirigido por ofertas com a atuação de Formadores 
de Mercado, mais conhecidos como Market Makers.
O sistema permite que as instituições associadas em todo o Brasil processem suas ordens de 
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compra e venda e fechem negócios eletronicamente.
Diferentemente das bolsas de valores, o mercado de balcão não tem lugar físico organizado. A 
SOMA teve seu funcionamento autorizado pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários em 
novembro de 1996, com o objetivo original de implantar no Brasil um mercado dirigido por 
ofertas para capitalização de empresas de todos os portes, mas principalmente aquelas com 
grande potencial de retorno.
Acompanhe o que é negociado na SOMA:
• títulos e valores mobiliários, de companhias de capital aberto, registrados na CVM para 
negociação (ações, debêntures, recibos de carteira de ações e outros);
• títulos e valores mobiliários emitidos por sociedades beneficiárias de recursos oriundos 
de incentivos fiscais, registrados na CVM; 
• certificados de investimento em obras audiovisuais;
• cotas de fundos de investimento fechados, que tenham sido objeto de distribuição 
pública;
• TDA- Títulos da Dívida Agrária emitidos pelo Tesouro Nacional, com registro na 
CETIP – Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos. A custódia e liquidação dos 
títulos do SOMA e da Bovespa são realizadas pela CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação 
e Custódia.
Conceitos importantes sobre a Bovespa
Bolsa de valores é o ambiente onde é realizada a compra e a venda das ações das empresas de 
capital aberto.
A Bovespa, portanto, não compra nem vende ações, mas sim fornece o que é necessário para que 
as Corretoras de Valores comprem e vendam ações para os investidores.
Práticas equitativas de mercado é o processo de formação de preços mais transparente e atraente. 
De acordo com essas práticas, todos os que comprarem e venderem ações em Bolsa terão o 
mesmo tratamento, obedecerão aos mesmos procedimentos e terão acesso idêntico à informação.
Com isso, cria-se uma sistematização cada vez mais formal e pública das operações de compra e 
venda de ações, que possuem as características descritas abaixo.
Características Fundamentais
✔ Legitimação de compra e venda.
✔ Os negócios são realizados durante
✔ O pregão tem preços públicos.
Além das características fundamentais que você acabou de conhecer, existem outros fatores para
os quais a Bolsa de Valores contribui de forma acentuada, tais como o Disclousure, que é a 
divulgação da informação como elemento essencial da decisão de investir.
Veja alguns exemplos.
✔ Dados sobre o desenrolar do pregão.
✔ Fundamentos sobre a atividade económica.
✔ Dados sobre as companhias negociadas.
✔ Indicadores económicos.
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Descrição das funções da Bolsa de Valores:
1. Meio de ligação
Permite que pessoas interessadas em aplicarem suas economias em ações invistam nas 
empresas que precisam de recursos para crescer.
2. Centro de liquidez
Proporciona as condições necessárias para que as Corretoras de Valores possam 
intermediar as negociações para seus clientes de forma segura, rápida e transparente.
3. Formação de preços
Oferece um ambiente em que os preços são formados pela livre interação da oferta e da 
procura, atuando para garantir que os negócios sejam realizados seguindo as regras e 
normas estabelecidas pela CVM. 
Para isso, utiliza os chamados mecanismos de liquidez e formação de preços.
4. Ambiente seguro e transparente
A partir do seu poder de autoregulação, propicia aos investidores, Corretoras de Valores e 
empresas um ambiente no qual as operações podem ser efetuadas de forma transparente e 
segura, oferecendo:
• sistemas operacionais adequados com emprego de alta tecnologia; e
• equipe técnica que monitora as negociações para garantir a credibilidade e 
a transparência do mercado.
5. Missão educativa
Transmite os conceitos sobre o mercado acionário para que os investidores conheçam a 
importância de formar um patrimônio investindo em ações. 
Mostra os seus reflexos para o desenvolvimento económico do país.
CUSTÓDIA
Você viu que a custódia e liquidação dos títulos negociados na Bovespa são feitas pela CBLC - 
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia.
A CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia foi criada a partir de uma 
reestruturação patrimonial da Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa, ocorrida em fevereiro de 
1998.
Ela tem como objetivos sociais:
• prestação de serviços de compensação e liquidação física e financeira de operações 
realizadas nos mercados à vista e à prazo da Bovespa e de outros mercados; 
• operacionalização dos sistemas de custódia de títulos e valores mobiliários em geral.
Atualmente, a CBLC é responsável pela liquidação de operações de todo o mercado brasileiro de 
ações!
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A Bolsa de Valores no Sistema Financeiro Nacional
Além de ter um poder auto regulador, a Bovespa é uma entidade integrante do SFN – Sistema 
Financeiro Nacional, sendo assim fiscalizada pelos órgãos governamentais competentes.
O posicionamento físico das entidades não guarda qualquer relação de importância.
A BMF&Bovespa mantém um Fundo de Garantia com a finalidade de assegurar aos investidores 
do mercado de valores mobiliários, até o limite desse Fundo, o ressarcimento de prejuízos 
advindos da atuação inadequada deadministradores, empregados ou prepostos de corretora 
membro, que tenha recebido ordem do investidor ou que represente a contraparte da operação, 
em relação à intermediação de negociações realizadas, exclusivamente, nessa bolsa de valores e 
ao serviço de custódia.
As operações realizadas na SOMA - Sociedade Operadora do Mercado de Acesso, mercado de 
balcão organizado administrado pela Bovespa, não estão cobertas por esse Fundo de Garantia ou
por qualquer outro mecanismo de ressarcimento de prejuízo.
Corretoras de títulos e valores mobiliários
As Corretoras estão sujeitas às normas do Conselho Monetário Nacional, Banco Central e 
supervisão da Comissão de Valores Mobiliários.
✔ Elas podem executar os seguintes serviços:
✔ comprar e vender por conta de terceiros;
✔ realizar custódia de títulos;
✔ administrar carteiras de clientes, fundos mútuos e clubes de investimento;
✔ realizar ou participar do processo de abertura de capital das empresas (operações de 
underwriting);
✔ operar open markete fundos de investimento financeiro;
✔ realizar pesquisas e análises de empresas de capital aberto;
✔ relacionar-se com o investidor.
Abertura de conta: o investidor precisa abrir uma conta na Corretora preenchendo uma ficha 
cadastral em que outorga uma procuração para que seja exercida em seu nome compra e venda 
de ações e também os direitos decorrentes das mesmas (por exemplo: dividendos).
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Ao realizar qualquer tipo de operação, o investidor recebe uma nota de corretagem emitida pelo 
computador da Bolsa, que discrimina todas as operações realizadas.
Modalidades operacionais
Mercado a Vista
No mercado à vista, ocorre a compra ou venda de uma determinada quantidade de ações a um 
preço estabelecido em pregão. Os preços das ações são formados em pregão pela dinâmica das 
forças de oferta e demanda de cada papel.
A maior ou menor procura por determinada companhia é em função de variáveis, tais como 
comportamento histórico dos preços e, sobretudo, das perspectivas futuras da empresa emissora, 
incluindo política de dividendos, prognósticos de expansão de seu mercado, dos seus lucros e 
influências da política macroeconómica sobre o resultado da empresa. 
A realização de negócios no mercado à vista é intermediada por uma sociedade corretora 
credenciada pela Bolsa. A negociação é realizada pelo Sistema Eletrônico de Negociação, que 
permite às corretoras executarem as ordens de clientes sem sair de seus escritórios (o sistema 
funciona ininterruptamente).
Mercado a Termo
Uma operação a termo é a compra ou venda, em mercado, de uma determinada quantidade de 
ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado, a contar da data de sua 
realização em pregão, resultando em um contrato entre as partes. O prazo do contrato a termo é 
livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 
999 dias corridos.
Título-objeto é uma ação negociada a termo, todas as ações negociáveis na Bovespa podem ser 
objetos de um contrato a termo. A precificação a termo de uma ação é função das seguintes 
variáveis:
O preço de um ativo negociado a termo depende de seu preço no mercado à vista. Assim, pode- 
se concluir que o termo é um derivativo.
Uma vez que o investidor, ao comprar uma ação a termo, está contraindo uma obrigação, toda 
transação neste mercado requer um depósito de garantia na Bovespa.
Garantias de uma operação a termo 
Toda transação a termo requer um depósito de garantia na sociedade corretora, e desta na CBLC. 
Qualquer corretora pode pedir a seus clientes garantias adicionais àquelas exigidas pela CBLC. 
Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. 
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Cobertura - um vendedor a termo que possua os títulos-objeto pode depositá-los na CBLC, 
como garantia de sua obrigação. Esse depósito, denominado cobertura, dispensa o vendedor de 
prestar outras garantias adicionais; 
Margem - o valor da margem inicial requerida é igual ao diferencial entre o preço à vista e o 
preço a termo do papel, acrescido do montante que represente a diferença entre o preço à vista e 
o menor preço à vista possível no pregão seguinte, estimado com base na volatilidade histórica 
do título. A CBLC avalia a volatilidade e a liquidez das ações e as condições gerais das empresas 
emissoras, classificando os papéis em diferentes intervalos de margem. Como regra geral, papéis 
com maior liquidez e menor volatilidade enquadram-se nos menores intervalos de margem. 
Periodicamente, há uma reavaliação dos indicadores da ação e da empresa, o que pode significar 
sua realocação em um intervalo de margem mais adequado à sua nova situação de mercado. 
Margem Adicional - sempre que ocorrer redução no valor de garantia do contrato, decorrente de 
oscilação na cotação dos títulos depositados como margem e/ou dos títulos-objeto da negociação, 
será necessário o reforço da garantia inicial, que poderá ser efetuado mediante o depósito de 
dinheiro ou demais ativos autorizados pela CBLC. 
Vale ressaltar que se trata de uma operação de compra de ação com pagamento futuro. Logo, 
como proprietário das ações negociadas a termo, os direitos e proventos distribuídos às ações-
objeto do contrato a termo pertencem ao comprador e serão recebidos, juntamente com as ações-
objeto, na data de liquidação ou segundo normas especificadas da BOVESPA. 
Estratégias de Negociação no Mercado a Termo 
Comprar a termo não significa apenas pagar as ações no futuro. Ao operar no mercado a termo, o 
investidor está protegendo preços de compra, diversificando riscos, obtendo recursos, 
alavancando seus ganhos ou se financiando. Conheça as estratégias de negociação no mercado a 
termo: 
Proteção de preço – Ao comprar uma ação a termo, o investidor está fixando um preço. Caso 
ele acredite que essa ação vá subir de preço, ele já está garantindo o preço, mesmo sem ter os 
recursos totais na data da transação. 
Diversificação de riscos – Suponha um investidor que deseje comprar algumas ações cujas 
cotações acredita estarem baratas, mas, ao mesmo tempo deseje diversificar sua carteira. 
Entretanto, ele não dispõe de muito dinheiro para montar naquele momento uma carteira 
diversificada. Neste caso, ele pode comprar a termo outros papéis, desembolsando apenas a 
margem de garantia.
Operação caixa – Suponha um detentor de uma carteira de ações que precise de recursos no 
curto prazo, mas não queira se desfazer de sua posição. Neste caso, ele tem a possibilidade de 
vender à vista papéis de sua carteira e, ao mesmo tempo, comprar a termo os mesmos papéis. 
Alavancagem – O mercado a termo permite que o investidor adquira uma quantidade de ações 
superiores a sua disponibilidade financeira naquele momento, dado que o pagamento vai 
acontecer somente no futuro. Esta estratégia permite a possibilidade de obtenção de um maior 
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retorno, no caso de elevação do preço à vista das ações-objeto. 
Financiamento – Neste caso, o investidor compra ações no mercado à vista e as vende a termo, 
pelo prazo que deseja oferecer o financiamento. Ele espera ganhar com os juros da operação,

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