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ResinasFarmacognosiaFarmacognosia As resinas são originados em bolsas e canais esquizógenos de vegetais (com secreções fluidas de composição complexa). Os principais compostos são terpênicos e sendo produzidos pela mesma via biossin- tética dos óleos essenciais (dos fenilpropanoides). Não são solúveis em água mas dissolvem em álcool. São obtidas por consequência de processo patológi- co (traumatismo, tecido de cicatrização) Conceitos Resinas - ácidos diterpenicos Óleo-resinas - resina fixa + óleo essencial Bálsamos - óleo-resinas contendo ácidos fenólicos e seus ésteres Gomo-resinas - misturas naturais de gomas e resinas podendo ter óleos essenciais também (incendo, mirra) Lacto-resinas - emulsões proveniente de célulcas laticíferas que coagulam em contato com o ar. Duras, transparentes ou translúcidas. São misturas amorfas e quimicamente complexas, contendo principal- mente ácidos diterpenos tricíclicos (ácidos resínicos) e seus álcoois, esterificados com ácidos aromáticos (resinóis) e frações insaponificáveis (resenos). Tem constituintes acíclicos e constituintes aromáticos. Constituintes terpenicos: - Diterpenoides: ácidos resínicos de fórmula geral C20H30O2 - secreção de cicatrização de feridas nas árvores, ação antifúngica e microbicida. - Triterpenóides: (C30) principalmente álcoois e Tipos Principais de Resina Características ácidos tetracíclicos e pentacíclicos algumas vezes cetonas; encontram-se livres na forma de ésteres (de ácidos graxos ou de compostos aromáticos) e heterosídeos. Constituintes acíclicos: - Ácidos insaturados e saturados (são raros: p. ex. fórmico e acético esterificados); - Ácido angélicos (trans-α-metilcrotonico); - Ácido 3,12-di-hidroxi-hexadecanoico. Constituintes aromáticos - bálsamos: - Ácidos aromáticos: livres ou na forma de ésteres de álcoois e fenóis; - Ácido benzóico, cinâmico, p-cumárico, ferúlico (bálsamos); - Compostos fenólicos de óleos essenciais: chavicol, anetol, estragol, eugenol etc (óleo resinas); - Linhanos. Usos As resinas são usadas como adjuvantes em formula- ções; princípios ativos; aromatizantes, conservante de alimentos e medicamentos; anti-sépticos (gálbano, mirra); expectorantes (benjoim, balsamo de tolu, terebintinas do pinheiro); externamente como desinfetantes e cicatrizan- tes (benjoim, estoraque, terebintinas); e parasiticidas (bal- samo peruano, benjoim, estoraque). Resinas: - Rosina ou colofônia: obtida do Pinus palustris Miller e de outras espécies de Pinus (Pinaceae) após a retirada da terebentina (líquida). Usado como agente endurecedor em ceratos, emplastros e pomadas. Também é usado como cera de depilação, na fabricação de vernizes, tintas e etc. Contém 90% de ácidos diterpenicos. - Podofilina: resina obtida das raízes e rizomas de ResinasFarmacognosiaFarmacognosia Podophyllum peltatum L. por extração alcoólica. Contém 20% de linhanos (podofilotoxina). Já foi usado como purgante mas atualmente é diluída em tintura de benjoim para eliminação de verrugas e condilomas. Óleo-resinas: - Terebintina é obtida do Pinus palustris. Em destila- ção por arraste a vapor, rendendo de 15 a 30% de óleo volátil. É empregada externamente contra irritação. - Resina de gengibre é obtida pela extração com solventes orgânicos (Soxhlet). Bálsamos: - Estoraque tem uso expectorante e antisséptico. - Bálsamo-do-peru é usado como protetor local e parasiticida em doenças cutâneas. Também é usado como antisséptico e cicatrizante. - Bálsamo-de-tolu é usado como adjuvante farma- cêutico, expectorante, aromatizante de xaropes medici- nais, doces, goma de mascar, desinfetantes e perfumaria. - Benjoim é usado como antisséptico, estimulante, expectorante e diurético. - Própolis é usado como antisséptico local, bucal e antioxidante. Óleo-gomo-resinas: - Mirra era utilizada pelos egípcios para embalsamar. É utilizada como incenso, perfumes, como protetor e estimulante estomacal, enxaguatório bucal e para ativida- de antibacteriana, antifúngica e adstringente. - Incenso tem propriedades estimulantes, balsâmicas, doenças dos dentes e em perfumaria.