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Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação

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Prof. Mauro Leão
BEM-VINDO À DISCIPLINA
ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIÓGICOS DA EDUCAÇÃO - Aula de revisão para a AV1
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A análise antropológica da cultura
AULA 1
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Edward Tylor foi um dos primeiros antropólogos a sistematizar o conceito de cultura. Segundo este autor, em seu trabalho intitulado Primitive Culture, de 1871, a cultura poderia ser definida como todo aquele conjunto de conhecimentos, que inclui crenças, arte, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de um grupo ou sociedade.
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O etnocentrismo é um fenômeno universal. Os indivíduos vêem o mundo através de sua cultura e têm a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural.
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A sociedade ocidental produziu uma forma específica de explicar o mundo, chamada de ciência, ou seja, uma forma racional, objetiva, sistemática, metódica e refutável de formulação das leis que regem os fenômenos.
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Auguste Comte (1798-1857)
 A Lei dos Três Estados:
 Teológico Metafísico Positivo 
 
AULA 6
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O pensamento sociológico de 
Émile Durkheim
(1858-1917)
AULA 6
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Em As Regras do Método Sociológico, Durkheim afirma que o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. Eles seriam aqueles modos de agir, pensar e sentir que exercem sobre os indivíduos uma coerção externa e que possuem existência própria. Para este autor os fatos sociais deveriam ser percebidos como coisas.
AULA 6
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É o modo como a sociedade vê a si mesma e as demais, através de suas lendas, mitos, concepções religiosas, crenças morais etc... Em outras palavras, seria o sistema de representações coletivas presente em determinada sociedade.
AULA 6
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Segundo Durkheim,o pesquisador deve assumir uma postura de distanciamento e neutralidade em relação aos fatos estudados, ou seja, deve abandonar as suas pré-noções. Estes, por sua vez, devem ser medidos e observados de forma objetiva. “Os fatos sociais devem ser encarados como coisas.”
AULA 6
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Segundo Durkheim, o meio moral em determinada sociedade é produzido pela cooperação entre os indivíduos, por meio de um processo de interação que ele definiu como a divisão do trabalho social. Neste sentido haveriam duas formas básicas de se construir esta cooperação ou solidariedade, que seriam a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica.
AULA 6
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Predomina nas sociedades pré-capitalistas. A união do grupo se dá com base na idéia de identidade entre os indivíduos, manifestada através de costumes, religião, laços de família. É forte, neste contexto, a consciência coletiva. 
AULA 6
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AULA 6
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Típica das sociedades capitalistas, nas quais a união do grupo se dá com base na interdependência entre os indivíduos. Esta, por sua vez, está ligada ao aumento da divisão do trabalho social, com a conseqüente especialização de funções. Neste contexto é mais fraca a consciência coletiva, com maior autonomia dos indivíduos. 
AULA 6
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A EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE SOCIALIZAÇÃO
Numa sociedade em que o individualismo, acirrado pela diferenciação social e pelas práticas do mercado, compete com a consciência coletiva, a educação assume o significado de educação moral. Assim, ela seria de vital importância para a manutenção da coesão social, na concepção de Durkheim.
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Aprender a ser um engenheiro ou um médico, para Durkheim, não significa apenas fazer plantas e cálculos, ou aprender anatomia humana. Ao ingressar nas universidades os indivíduos aprendem, também, como médicos e engenheiros estabelecem suas relações sociais próprias. A escolha da profissão passaria a ser uma maneira particular de se ingressar em determinado meio moral.
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A obra de Marx também teve influência sobre a construção do primeiro regime socialista a ser instituído na história recente da humanidade. Esta experiência se daria na Rússia, em 1917, ano em que o partido bolchevique, liderado por Lênin, no comando de um movimento revolucionário instituiria naquele país um projeto socialista de inspiração marxista.
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A dialética é uma corrente filosófica, que tem sua origem na filosofia grega, com Heráclito de Éfeso e se estrutura afirmando a contradição como a própria substância da realidade. Esta se superaria num processo incessante de negação, conservação e síntese. Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a ótica dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação de uma determinada ordem.
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Para Marx, ao contrário, o movimento do pensamento é o reflexo do movimento real, transportado para a mente do homem. A partir daí, passaria a se desenvolver um movimento de interação e transformação recíprocos entre o pensamento e a realidade material. 
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O método de abordagem da vida social, elaborado por Marx, foi chamado posteriormente de Materialismo Histórico. De acordo com tal concepção, as relações materiais que os homens estabelecem entre si, o modo como produzem os seus meios de vida, formam a base de todas as suas relações.
Aua 5
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“As formas como os indivíduos manifestam a sua vida refletem muito exatamente aquilo que são. O que são coincide, portanto, com sua produção, isto é, tanto com aquilo que produzem como com a forma como produzem. Aquilo que os indivíduos são depende, por conseguinte, das condições materiais de sua produção (Marx, Karl. A Ideologia Alemã, pg.19).”
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Entende-se por modo de produção a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência material, isto é, os bens de que necessitam para viver. Na história podemos distinguir alguns modos de produção como o escravismo na antiguidade, o feudalismo, o capitalismo e o socialismo. Os modos de produção de uma sociedade dependem do estágio das forças produtivas e do desenvolvimento das relações de produção.
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O conceito de forças produtivas refere-se aos instrumentos e habilidades utilizados na produção material, possibilitando o controle da natureza. Seu desenvolvimento é cumulativo.
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A idéia de relações sociais de produção implica em diferentes formas de organização da produção, da distribuição, da posse e da propriedade dos meios de produção; bem como as suas garantias legais, constituindo-se dessa forma no substrato para a estruturação das classes sociais. De forma sintética, seriam as relações estabelecidas pelos indivíduos entre si e com o grupo, para a organização do trabalho social.
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A presença de diferentes classes sociais nos diversos modos de produção, com interesses muitas vezes antagônicos, levou Marx a considerar a luta de classes como o fator de motivação das transformações da história humana. No capitalismo a duas classes predominantes são a burguesia e o proletariado.
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Para Marx, esta “luta de classes seria o motor da história”. Este modo de pensar a sociedade representaria a base do materialismo histórico, que corresponde a aplicação da dialética materialista ao estudo da história humana.

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