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Prova 2 Bioquímica Fisiológica UFJF

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Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson 
Prova 2 – Bioquímica Fisiológica – UFJF 
Caso clínico: 
Em coma, uma garota de 14 anos de idade foi admitida em um hospital infantil. Sua mãe relatou 
que a menina estava com boa saúde até aproximadamente duas semanas, quando apresentou 
dor na garganta e febre. Em seguida, ela perdeu o apetite e passou a não se sentir bem. Vários 
dias antes da admissão, ela começou a se queixar de sede excessiva e também começou a se 
levantar várias vezes durante a noite para urinar. Seu médico de família estava fora da cidade e 
a mãe relutou em contactar outro médico. Entretanto, no dia da admissão, a garota começou a 
vomitar, se tornou sonolenta e com dificuldade para despertar e, consequentemente, foi levada 
ao departamento de emergência. No exame físico, ela estava desidratada, sua pele estava fria, 
ela respirava de forma profunda e suspirosa (respiração de Kussmaul) e seu hálito tinha odor 
de frutas. Sua pressão arterial era de 90/60 e a frequência de seu pulso era de 115/min. Ela não 
podia ser acordada. Um diagnóstico de diabetes melito tipo 1 (inicialmente chamado de 
insulino-dependente) com cetoacidose resultante e coma (DKA) foi feito pelo médico de 
plantão. 
 
Achados laboratoriais 
O diagnóstico de admissão foi confirmado pelos seguintes achados laboratoriais. 
 
*Resultados plasmáticos ou séricos (níveis normais entre parênteses, em Unidades SI) 
 
Glicose = 50 (4,2 a 6,1 mmol/L) 
Cetoácidos = ++++ (traços) 
Bicarbonato = 6 (22 a 30 mmol/L) 
Nitrogênio da ureia = 15 (2,5 a 7,1 mmol/L) 
pH do sangue arterial = 7,07 (7,35 a 7,45) 
Na+ = 136 (136 a 146 mmol/L) 
Cl− = 100 (102 a 109 mmol/L) 
pCO2 = 2,7 (4,3 a 6,0 kPa [ou 32 a 45 mmHg]) 
Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson 
K+ = 5,5 (3,5 a 5,0 mmol/L) 
Creatinina = 200 (44 a 80 mol/L) 
Albumina = 50 (41 a 53 g/L) 
Osmolalidade = 325 (275 a 295 mOsm/kg de água sérica) 
Hematócrito = 0,500 (0,354 a 0,444) 
*Resultados de urina 
Glicose = ++++ (normal −) 
Cetoácidos = ++++ (normal −) 
Tratamento e informações importantes sobre o caso clínico 
A paciente recebeu insulina intravenosa (10 unidades/h) adicionada à solução de NaCl a 0,9%. 
A glicose não foi administrada até que a glicose no plasma caísse para abaixo de 15 mM. A 
insulina e a glicose facilitam a entrada de potássio nas células. Uma solução de KCl também 
foi administrada com cuidado, com os níveis de potássio monitorados a cada hora inicialmente. 
O monitoramento contínuo dos níveis de potássio é extremamente importante no manejo da 
cetoacidose diabética, pois o manejo inadequado do balanço de potássio é a principal causa de 
morte. A administração de bicarbonato não é necessária rotineiramente, exceto nos casos em 
que a acidose é muito grave. 
1 – Qual é o tipo de distúrbio ácido-básico apresentado pela paciente? * 1 ponto 
A – Acidose metabólica 
B – Acidose respiratória 
C – Alcalose metabólica 
D – Alcalose respiratória 
 
2 – Qual foi a causa do distúrbio ácido-básico apresentado pela paciente? * 1 ponto 
A – Cetoacidose diabética 
B – Hipoventilação 
C – Gastroenterite 
D – Hiperventilação 
 
Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson 
3 – Qual foi a alteração primária na gasometria arterial da paciente no momento da sua 
internação? * 1 ponto 
A – Redução do bicarbonato plasmático 
B – Elevação da pCO2 
C – Elevação do bicarbonato plasmático 
D – Redução da pCO2 
 
4 – Que tipo de alteração de compensação caracterizou a gasometria arterial da paciente no 
momento da sua internação? * 1 ponto 
A – Redução da pCO2 por hiperventilação 
B – Elevação de bicarbonato plasmático 
C – Elevação da pCO2 por hipoventilação 
D – Redução do bicarbonato plasmático 
 
5 – Com base nos resultados laboratoriais apresentados, qual foi o principal mecanismo renal 
utilizado para restabelecer o equilíbrio ácido-básico da paciente? * 1 ponto 
A – Aumento na excreção de íons hidrogênio (H+) 
B – Aumento da reabsorção de bicarbonato renal 
C – Redução na excreção de íons hidrogênio (H+) 
D – Redução da reabsorção de bicarbonato renal 
 
6 – Por que os níveis de potássio da paciente estavam alterados no momento da sua internação? 
* 1 ponto 
A – Em razão da baixa concentração de íons hidrogênios circulantes. 
B – Em consequência de uma alta concentração de íons bicarbonatos. 
C – Porque esse íon faz parte do tamponamento celular e ele se eleva em casos de acidose. 
D – Porque se trata de íon extracelular que se eleva em casos de alcalose a fim de neutralizar 
íons bicarbonatos em excesso. 
 
7 – A paciente apresenta também um quadro típico de distúrbio do equilíbrio hidroeletrolítico. 
Esse distúrbio é do tipo: * 1 ponto 
A – Contração hipertônica 
B – Contração hipotônica 
C – Expansão hipertônica 
Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson 
D – Expansão hipotônica 
 
8 – A osmolalidade da paciente encontra-se: * 1 ponto 
A – Abaixo do valor de normalidade porque o meio extracelular está hipertônico. 
B – Abaixo do valor de normalidade porque o meio extracelular está hipotônico. 
C – Acima do valor de normalidade porque o meio extracelular está hipertônico. 
D – Acima do valor de normalidade porque o meio extracelular está hipotônico. 
 
9 – O hematócrito da paciente está: * 1 ponto 
A – Elevado, evidenciando o quadro de contração do líquido extracelular. 
B – Elevado, evidenciando o quadro de expansão do líquido extracelular. 
C – Reduzido, evidenciando o quadro de contração do líquido extracelular. 
D – Reduzido, evidenciando o quadro de expansão do líquido extracelular. 
 
10 – O exame de urina da paciente evidenciou um quadro de: * 1 ponto 
A – Cetoacidose e hiperglicemia 
B – Glicosúria e cetonúria 
C – Hiperglicemia e cetoacidose 
D – Hipoglicemia e cetonúria 
 
11 – Analisando os resultados de nitrogênio da ureia e creatinina no exame de sangue da 
paciente e considerando que os sintomas foram observados nas últimas duas semanas, pode-se 
afirmar que se trata de um quadro de: * 1 ponto 
A – Insuficiência hepática aguda 
B – Insuficiência hepática crônica 
C – Insuficiência renal aguda 
D – Insuficiência renal crônica 
 
12 – Uma forma de regulação em longo prazo e eficiente da acidose prolongada é a mobilização 
de íons cálcio. Esse processo contribuirá, principalmente para: * 1 ponto 
A – Degradação de proteínas transportadoras de íons hidrogênio. 
B – Formação de íons bicarbonatos adicionais. 
C – Redução na concentração de fosfato ácido de cálcio. 
D – Síntese de novas proteínas transportadoras de íons hidrogênio. 
Diego Sanson – MED 117 – @diego_sanson 
13 – Um dos principais mecanismos de compensação em casos de acidose metabólica é a 
hiperventilação e consequente redução da pCO2. Esse gás é transportado na corrente sanguínea 
em três formas diferentes. Assinale a única alternativa que não corresponde a uma forma de 
transporte de CO2 no sangue: * 1 ponto 
A – Dissolvido diretamente no plasma 
B – Na forma de carbaminohemoglobina 
C – Na forma de íons bicarbonatos 
D – Ligado à hemoglobina em seu estado R 
 
14 – Durante o tratamento da paciente, ela recebeu infusões de cloreto de sódio e cloreto de 
potássio. Esses íons cloretos são importantes no transporte de CO2 em razão de: * 1 ponto 
A – Aumentarem a solubilidade desse gás no plasma. 
B – Facilitarem a formação da carbaminohemoglobina 
C – Participarem do transporte de íons bicarbonatos. 
D – Induzir a mudança conformacional da hemoglobina. 
 
15 – A concentração de glicose e corpos cetônicos no sangue da paciente está bastante acima 
dos valores de normalidade. Como consequência, observamos a presença dessas duas 
substâncias na urina da paciente. A glicosúria e cetonúria são consequência de alterações em 
uma das etapas de formação da urina. Assinale a alternativa que contem corretamente esta 
etapa: * 1 ponto 
A – Filtração glomerular 
B – Reabsorção tubular 
C – Secreção tubular 
D – Concentração da urina nos ductos coletores

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