Buscar

Adenomiose: Definição, Fisiopatologia e Tratamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ana Luiza Cardoso – MED 8 
ADENOMIOSE 
DEFINIÇÃO FISIOPATOLOGIA 
Adenomiose é uma alteração benigna do útero que, histologicamente, 
caracteriza invasão benigna do endométrio no miométrio, além de 2,5 mm 
de profundidade ou, no mínimo, um campo microscópio de grande aumento 
distante da camada basal do endométrio com presença de glândulas e 
estroma endometrial circundado por hiperplasia e hipertro a das células 
miometriais. 
Classicamente, a adenomiose é identificada em espécimes de histerectomia 
Acomete, em geral, mulheres entre 40 e 50 anos, mas pode ser encontrado, 
incidentalmente, em mulheres mais jovens com quadro de sangramento 
uterino anormal e dismenorreia 
Embora a fisiopatologia da adenomiose permaneça desconhecida, há quatro teorias propostas: 
A primeira sugere que a doença surja da invasão direta do miométrio pelo endométrio, enquanto; a 
segunda envolve participação de resquícios embrionários de remanescentes mullerianos pluripotentes. 
Os mecanismos que estimulariam a invasão miometrial são desconhecidos, mas podem ser favorecidos 
pelo enfraquecimento da parede do miométrio causado por cirurgias ou gestações prévias. A gravidez e 
o trauma cirúrgico poderiam enfraquecer a junção mioendometrial, com isso, levando à hiperplasia 
reacional da camada basal do endométrio. 
Alterações hormonais e imunológicas locais também contribuiriam para o processo. 
As demais teorias apontam a invaginação da camada basal no sistema linfático intramiometrial, visto 
que a adenomiose já foi encontrada dentro de linfáticos miometriais. Por fim, outra teoria sugere a 
participação de células-tronco oriundas da medula óssea. 
FATORES DE RISCO QUADRO CLÍNICO 
Idade 40 a 50 anos; Menarca precoce (<10 anos de idade); Ciclos 
menstruais curtos (<24 dias de intervalo); Uso prévio de contraceptivos 
hormonais e tamoxifeno; IMC elevado; Multiparidade (>2 gestações); 
História de abortamento; Cirurgias uterinas prévias. 
Sangramento uterino anormal, dismenorreia, menorragia, infertilidade, o que pode ser devido ao 
extenso comprometimento da parede, causando irregularidade na cavidade uterina; ou relação com a 
diminuição da reserva ovariana pertinente ao adiamento da maternidade. 
Sintomas menos comuns incluem dispareunia e dor pélvica crônica. A adenomiose pode ainda ser 
assintomática em aproximadamente um terço das pacientes ou estar associada à miomatose uterina, 
exibindo massa palpável no abdome, ou endometriose. 
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Quanto ao diagnóstico, a USG transvaginal apresenta útero aumentado de volume, ecotextura miometrial heterogênea, podendo ou não ter a descrição 
de diminutos cistos miometriais 
os achados da adenomiose difusa podem incluir 
1) parede anterior ou posterior do miométrio com espessura maior do que sua contraparte; 2) heterogeneidade na textura miometrial; 3) pequenos 
cistos miometriais hipoecoicos, representando glândulas císticas dentro de focos ectópicos endometriais; 4) projeções estriadas estendendo-se do 
endométrio para o interior do miométrio; 5) eco endometrial mal definido 
A adenomiose focal aparece como: 
1) nódulos hipoecoicos isolados que podem ser diferenciados de leiomiomas por suas margens mal definidas; 2) forma mais elíptica do que globular, 
efeito de massa mínimo nos tecidos adjacentes; 3) ausência de calcificações; 4) presença de cistos anecoicos de diâmetros variados 
A ressonância magnética de pelve, por sua vez, é o exame de imagem que apresenta a maior acurácia, porém, só é usada para complementar 
principal objetivo do 
tratamento é reduzir a dor e 
o sangramento 
Aines; Uso contínuo de 
progestogênio; Agonista de 
GnRH; Inibidores da 
aromatase; DIU com 
liberação de levonorgestrel; 
Histerectomia – tratamento 
definitivo 
Ana Luiza Cardoso – MED 8

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes