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158185021916_DPC2016_MEDICLEGAL_AULAS03A08_PARTE_II

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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – DPC 2016 
Medicina Legal – Aulas 03 a 08 
Wagner Bertolini 
1 
Traumatologia 
PROF. WAGNER BERTOLINI 
Baropatias 
 
 
PRESSÃO 
 
Os principais fenômenos resultantes das alterações 
de pressão são denominados BAROPATIAS: 
Diminuição da pressão:– mal das montanhas ou dos 
aviadores (rarefação do ar em grandes altitudes) 
 
PRESSÃO 
Aumento da pressão 
 
Doenças dos caixões ou mal dos escafandristas; 
Mal dos mergulhadores com embolia gasosa (pela 
rápida subida à superfície) 
Barotraumas. 
 
PRESSÃO 
 
PA = (uma) atmosfera ou 760 mm da Hg (pressão 
ao nível do mar). 
Composição do ar: 
 
LEI DE BOYLE-MARIOTTE 
 
- sob temperatura constante, o volume de um gás, 
varia inversamente, com o aumento da pressão. 
 
Leis dos GASES 
Pressão Parcial de um gás em uma mistura ga-
sosa 
A pressão parcial de um gás é a pressão que este 
gás exerceria se estivesse sozinho na mistura, ocu-
pando o mesmo volume à dada temperatura. 
 
Lei dos GASES 
LEI DE DALTON 
A pressão exercida por uma mistura gasosa é igual 
à soma das pressões parciais de cada componente 
da mistura 
Leis dos GASES 
LEI DE HENRY 
 
Solubilidade do gás X Pressão 
A concentração de um gás dissolvido em uma mas-
sa líquida é diretamente proporcional à pressão 
exercida pela fase gasosa da mistura líquido-gás. 
 
Lei dos GASES 
 
Quanto maior for a compressão sofrida por um gás, 
mais gás poderá ser dissolvido na mesma massa 
líquida. 
Solubilidade do gás X Temperatura 
As grandezas se relacionam de forma inversamente 
proporcionais 
BAIXAS PRESSÕES 
(MAIORES ALTITUDES) 
MAL DAS MONTANHAS 
 
•ACIMA DE 3000 m. AR RAREFEITO: 21 % DE O2. 
•HIPOXIA RELATIVA. 
 
QUADRO AGUDO. 
 
Edemas cerebral e pulmonar. 
Fortes dores de cabeça. 
Náuseas, tonteiras, dispnéia. 
Tendência a reter líquidos. 
Espessamento perialveolar. 
Melhora após alguns dias ou coma ou morte 
 
DOENÇA DE MONGE 
 
Forma crônica 
Do mal das montanhas. 
Atividade de eritropoietina (epo). 
Aumento da hematopoiese. 
Poliglobulia compensadora. 
Maior risco de tromboses. 
Dedos em baqueta de tambor 
 
Mal das montanhas ou dos aviadores 
 
 
 
Mal das montanhas ou dos aviadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – DPC 2016 
Medicina Legal – Aulas 03 a 08 
Wagner Bertolini 
2 
 
 
ALTAS PRESSÕES 
(COMPRESSÕES) 
 
NO FUNDO DO MAR MERGULHO EM APNÉIA. 
MERGULHO COM SCUBA. 
SCUBA – SELF-CONTAINED-UNDER WATER- 
BREATHING-APPARATUS. 
Os problemas dependerão da profundidade, do 
tempo de mergulho e do tempo de retorno à super-
fície 
 
MERGULHO EM APNEIA 
 
Sérios problemas para o mergulhador. 
O retorno à superfície: 
Risco de apagamento. Risco de afogamento. 
Barotrauma de ouvido 
 
Apagamento 
 
 
 
Ocorre nos mergulhos em apneia, nas subidas após 
longa permanência no fundo. 
Os problemas relacionam-se com as grandes quan-
tidades de gases que serão dissolvidos nos líquidos 
orgânicos do mergulhador. 
Se o retorno à superfície não for criterioso, graves 
problemas poderão surgir. 
Doença da Descompressão 
Forma crônica. 
Decorre da descompressão inadequada. 
Acúmulo de gases descomprimidos nas articula-
ções. 
Contraturas dolorosas. 
Maior concentração de nitrogênio na mistura gasosa 
Embolia traumática pelo ar 
Forma aguda 
Pode ser mortal. 
 Rotura das paredes alveolares. 
 Hemorragia intrapulmonar. 
Gases (nitrogênio) caem na circulação arterial. 
Disseminação universal 
Embolias gasosas difusas 
 
Barotraumas 
 
• de ouvido. 
• dos seios da face. 
• dos dentes. 
• do tubo digestivo. 
• do tórax 
 
Barotraumas 
 
 
 
Na grande altitude 
A pressão externa fica menor. 
A pressão no interior do corpo torna-se maior e em-
purra o tímpano para fora. Deve-se abrir a boca 
(bocejar) e permitir que ocorra o equilíbrio entre os 
dois meios conflitantes. 
Bloqueio nas trompas auditivas 
 
Barotraumas 
 
Se houver secreções bloqueando a luz das trompas, 
as manobras de equalização das pressões podem 
falhar e a dor do barotrauma persistir. 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL – DPC 2016 
Medicina Legal – Aulas 03 a 08 
Wagner Bertolini 
3 
Barotraumas 
 
NO FUNDO DO MAR a cada 10m de PROFUNDI-
DADE a pressão aumenta de uma atmosfera. 
Assim, no fundo, o tímpano é pressionado para 
dentro. 
MANOBRA DE VALSALVA 
Deve-se fazer a manobra de Valsalva: 
 
Barotraumas 
 
• Fechar as narinas. 
• Fechar a boca. 
• Soprar com força para forçar o ar a entrar nas 
trompas auditivas. 
•Objetivo: equilibrar as pressões interna e externa 
sobre o tímpano 
 
Barotraumas 
 
 
 
 
 
Barotraumas 
 
BAROTRAUMA DE SEIOS DA FACE 
Seios frontais e maxilares. Os seios da face são 
cavidades de conteúdo gasoso. 
Há orifícios que comunicam essas cavidades aéreas 
com o meio exterior através das mucosas faciais. 
Se houver entupimento com secreções (...) 
 
Barotraumas 
 
BAROTRAUMA DE SEIOS DA FACE 
pode ocorrer dor de intensidade variável. 
Barotrauma sinusal 
No fundo do mar, com altas pressões, internas e 
externas, acumula-se muito gás nessas cavidades. 
Na subida, se muito rápida, 
 
Barotraumas 
 
BAROTRAUMA DE SEIOS DA FACE 
pode haver descompressão e dor. 
Conforme a intensidade da dor, complicações po-
dem ocorrer. 
 
Barotraumas 
 
 
 
Barotraumas 
 
BAROTRAUMA DE PULMÃO 
 
Órgãos ocos, repletos de ar. 
Pulmões e órgãos digestivos são mais vulneráveis 
às variações de pressão e, não raro, sofrem roturas 
de gravidades proporcionais às forças da pressão 
atuante 
 
Doença dos caixões ou mal dos escafandristas 
 
 
 
Narcose de Nitrogênio 
 
 
 
Barotraumas 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Medicina Legal – Aulas 03 a 08 
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4 
 
 
 
Barotraumas 
 
 
 
enhs.umn.edu/current/2008studentwebsites/pubh61
73/barometric_extremes/high.html 
 
ELETRICIDADE 
 
• São acidentes causados pela eletricidade, tanto 
a natural (raios), como a artificial (fios, tomadas, 
etc…) quando atingem o corpo humano. 
• Podem produzir queimadura externa e interna e 
até provocar parada cardíaca e respiratória, mutila-
ções e morte, dependendo da amperagem e órgãos 
atingidos 
• A ação lesiva depende do meio em que a (…) 
corrente ocorre e do tipo de corrente elétrica. 
• Quanto melhor condutor for o material, menor 
resistência à passagem de corrente elétrica e, por-
tanto, maior será a descarga pelo organismo. 
• Ex: água, pés descalços, mãos desprotegidas, 
roupa molhada, ferramenta de metal, etc… 
 
Principais efeitos do choque 
 
Confusão mental, convulsões ou perda da consci-
ência 
Queimaduras na pele no local de entrada e de saída 
da corrente elétrica no corpo 
Presença de fraturas em vários locais em virtude da 
contração muscular violenta provocada pela corren-
te elétrica 
 
Principais efeitos do choque 
 
Pulso fraco e irregular 
parada cárdio-respiratória. 
Carbonização 
Morte 
 
ELETRICIDADE 
 
A eletricidade natural: 
agindo letalmente sobre o homem: FULMINAÇÃO 
quando apenas provoca lesões corporais: FULGU-
RAÇÃO 
lesões com aspecto arboriforme: Sinal de Lichtem-
berg 
 
ELETRICIDADE 
 
A eletricidade artificial ou industrial: 
Proposital: para execução de um condenado - 
ELETROCUSSÃO 
Acidental: ELETROPLESSÃO 
a lesão mais simples é chamada marca elétrica de 
Jellineck 
os efeitos deletérios da corrente elétrica se (...) 
 
ELETRICIDADE 
 
devem à intensidade da corrente (amperagem) 
 
CONDUTORES ELÉTRICOS 
 
São materiais destinados a permitir a passagem da 
corrente elétrica (geralmente fios) desde o gerador 
ou do acumulador (bateria) até chegar ao receptor 
onde poderá ser utilizada. 
 
CORRENTE ELÉTRICA 
 
vibração e escoamento de elétrons entre os átomos 
do condutor elétrico provocada por uma diferença 
de potencial elétrico existente entre o acumulador e 
o receptor tentando estabelecer o equilíbrio entre as 
fontes. 
CORRENTE PARA ENTRAR PRECISA TER LU-
GAR PARA SAIR. 
. 
CORRENTE ELÉTRICA 
 
I procura menor caminho e menor resistência 
Campomagnético 
Toda corrente elétrica, ao passar, gera um campo 
magnético no local. aplicação em eletro-imãs. vestí-
 
 
 
 
 
 
 
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5 
gios da passagem de uma corrente elétrica: imanta-
ção metálica no local após a passagem de um raio 
 
Efeito joule. 
 
Transformação de energia elétrica em calor. 
•Pode causar queimaduras de todos os graus. 
•Pode ser utilizado nas indústrias, nas residências, 
no comércio, na saúde etc. 
 
ELETRICIDADE 
 
Morte pela ELETRICIDADE (natural ou artificial) 
Morte cardíaca – fibrilação produzida pela corrente 
– tensão abaixo de 120 V 
Morte pulmonar ou por asfixia (tetanização dos 
músculos): tensão entre 120 e 1.200V 
Morte cerebral – hemorragia das meninges e de-
mais estruturas cerebrais – acima de 1.200V 
 
Eletricidade natural, atmosférica ou cósmica 
milhares de volts 
 
 
 
Sinal de Lichtenberg: Fulminação ou Fulguração. 
 
As lesões produzidas pela fulguração ou fulmina-
ção, tomam aspecto arboriforme, denominadas de 
sinal (Árvore) de Lichtenberg, decorrentes de fenô-
menos vasomotores, que podem desaparecer com 
o tempo em caso de sobrevivência. 
 
 
 
Sinal de Lichtenberg 
 
 
Visível na pele, mas a lesão é nos vasos. é tempo-
rário. 
A lesão ocorre nos vasos superficiais. Decorre de 
uma vasculite elétrica 
 
Sinais adjacentes: ação térmica (queimaduras); 
ação mecânica (rasgões das roupas e lesões te-
gumentares) e fenômenos físico-quimicos (fusão de 
ou imantação de metais) 
 
VESTÍGIOS DE FULGURAÇÃO 
 
no exame de local atingido por um raio pode-se 
perceber que os metais da região permanecem 
imantados por algum tempo. 
Lesões de Lichtenberg 
Exame Interno 
Fenômenos típicos das asfixias e dos infartos do 
miocárdio 
 
 
 
Eletroplessão 
Do grego: Elektron + plessein 
 
O termo “eletrocução” deriva do neologismo inglês 
“eletrocution”, fusão das palavras electric + executi-
on. 
A MORTE SOBREVEM POR PARALISIA DOS 
CENTROS NERVOSOS QUE LEVAM À (...) 
 
ASFIXIA E À PARADA 
CARDÍACA. 
 
Flamínio Fávero 
A gravidade das queimaduras, em relação à sobre-
vivência da vítima, é avaliada em função da sua 
extensão e intensidade.ua e. 
Os efeitos deletérios da corrente elétrica se devem, 
fundamentalmente, à intensidade da corrente (am-
peragem). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletricidade artificial – Eletroplessão 
marca elétrica de Jellineck 
 
 
Marca elétrica de Jellinek 
A eletricidade artificial produz, no local de entrada, 
uma lesão que com frequência assume a forma do 
condutor elétrico que originou a descarga. É uma 
lesão de bordas elevadas e coloração amarelo es-
branquiçada e indolor, que recebe a denominação 
de marca elétrica de Jellinek. 
 
 
que a vítima sofreu eletroplessão, pela marca de 
Jellineck, que resulta da faísca elétrica que salta do 
condutor para a pele, antes de se estabelecer o 
perfeito contato entre esta e aquele. 
A marca de Jellineck denuncia que a vítima foi 
afetada pela eletricidade industrial. 
Parece com muro de balaústras. 
Não é obrigatóriamente presente, 
ELETROPLESSÃO 
 
mesmo sob eletroplessão. 
 
QUEIMADURA ELÉTRICA 
 
Produzida pelo contato com a corrente elétrica. 
 
 
 
MATERIAL ISOLANTE 
Objetos e instrumentos de borracha, cerâmica, plás-
tico e outros materiais que dificultam, ao máximo, a 
passagem de elétrons são denominados isolantes. 
 
CUIDADO COM ARCO ELÉTRICO 
 
Vítima se aproxima de gerador ou acumulador de 
grande capacidade. 
O ar úmido propicia a descarga elétrica no corpo da 
vítima (salto). 
U = R x i 
Onde: 
U = corresponde à diferença de potencial (Volta-
gem) 
R = resistência do meio material (OHM) 
I =intensidade de corrente elétrica (Ampere) 
Resistencia da pele de um adulto normal: 50.000 A. 
Crianças: diferenças levam à menor resistência. 
Analisar os fatores que contribuem para diminuir a 
resistência da pele. 
Associação em série ou em paralelo 
 
O QUE MATA É A AMPERAGEM (i). 
 
Pequenas voltagens podem matar dependendo da 
resistência. 
 
ALTA OU BAIXA TENSÃO? BAIXA VOLTAGEM – 
ATÉ 220 V. 
MÉDIA VOLTAGEM – ATÉ 1200 V. 
ALTA VOLTAGEM – 1200 V E MAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORGÃOS MAIS SENSÍVEIS 
 
ENCEFALO (CÉREBRO + TRONCO CEREBRAL) 
CÉREBRO 
TRONCO ENCEFÁLICO (NERVO VAGO + BUL-
BO) 
CORAÇÃO 
MUSCULATURA RESPIRATÓRIA (DIAFRAGMA) 
 
Portanto, o caminho da corrente elétrica no corpo é 
muito importante 
 
 
 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO 
ALTA AMPERAGEM. 
PASSANDO PELO ENCÉFALO PODE AFETAR O 
TRONCO ENCEFÁLICO 
E CAUSAR PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 
CENTRAL. 
ALÉM DE CAUSAR HIPERTERMIA 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO 
•ALTA AMPERAGEM. 
•PASSANDO PELO CORAÇÃO CAUSA PARADA 
CARDÍACA PERIFÉRICA EM ASSISTOLIA. 
•PODE CAUSAR PARADA RESPIRATÓRIA PERI-
FÉRICA POR ESPASMO MUSCULAR 
Média Amperagem 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO 
PASSANDO PELO ENCÉFALO PODE AFETAR O 
TRONCO ENCEFÁLICO 
E CAUSAR PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 
CENTRAL. 
ALÉM DE CAUSAR HIPERTERMIA 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO MÉDIA 
AMPERAGEM 
•PASSANDO PELO CORAÇÃO CAUSA PARADA 
CARDÍACA PERIFÉRICA EM ASSISTOLIA. 
Muito tempo exposto leva ao espasmo da muscula-
tura respiratória e, 4 a 5 minutos depois, morre asfi-
xiado 
BULBO: morte por parada cardiorespiratória 
 
BAIXA AMPERAGEM (10 a 50 mA): 
- Lesões significativas SE PASSAR PELO CORA-
ÇÃO, pode matar se ocorrer fibrilação OU pelo tron-
co encefálico (Bulbo) por parada cardiorrespiratória 
central 
Alteração do ritmo cardíaco e surge um batimento 
cardíaco generalizadamente ineficiente: fibrilação. 
 
Legista não visualiza a fibrilação. 
Visualiza a marca de Jelineck. 
Fibrilação só se verifica com aparelhos. 
 
 
 
 
 
 
Condução elétrica do coração parte do nódulo sino-
atrial, passa pelo atrioventricular e alcança as célu-
las ventriculares. 
Normal: 80 bpm em repouso, controlado. 
Corrente alternada: muda alternadamente 60 vezes 
por segundo. 
Desorganização da musculatura cardíaca: fibrila-
ção!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
Sangue não circula. Cai P. Arterial. 
Hipóxia cerebral. 
Sem pulso, mas coração não está parado. 
Uso de desfibrilador: para todas as batidas. 
PCR 
 
ELETRICIDADE NAS CÉLULAS 
 
•A MEMBRANA CELULAR SELECIONA A ENTRA-
DA E A SAÍDA DE SUBSTÂNCIAS NA CÉLULA 
ATRAVÉS DOS POROS. 
Passagem seletiva: MANUTENÇÃO DA VIDA CE-
LULAR. 
A eletricidade pode alterar o diâmetro dos poros e 
causar a morte celular 
 
ELETROPERFURAÇÃO 
 
Grave modificação no diâmetro dos poros da mem-
brana celular, em razão da passagem de corrente 
elétrica, causando alteração da semipermeabilidade 
e podendo levar à morte. 
 
Energia Nuclear 
 
 
 
 
 
 
Lesões produzidas pela radioatividade 
 
Alguns dos efeitos sobre o organismo: 
alterações genéticas; 
vários tipos de câncer; 
alterações da espermatogênese; 
alteração das células do sangue produzindo hemor-
ragias acentuadas em vários pontos do organismo. 
 
Lesões produzidas pela radioatividade 
 
Alguns dos efeitos sobre o organismo: 
SIEVERT: unidades de radiação 
Gray: unidade que mede danos físicos causada pela 
radiação 
Becquerel: unidade que mede a atividade da fonte 
radioativa 
 
Lesões produzidas pela radioatividade 
 
Dose anual máxima permitida: 2,4 mSv 
 Lesões de 1º, 2º e 3º graus 
Não cresta os pelos 
Lesões localizadas 
Graves lesões sistêmicas 
Alterações Hematológicas 
Infecções generalizadas 
 
Lesões produzidas pela radioatividade 
Choque séptico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
 
 
Lesões produzidas pela luz 
 
A luz, dependendo da intensidade, também pode 
ocasionarlesões no corpo humano, particularmente 
relacionadas com alterações ou até mesmo perda 
da visão por dano irreversível no nervo ótico. 
A luz tem forte influência sobre o psiquismo huma-
no, razão pela qual a polícia utilizou, 
 
Lesões produzidas pela luz 
 
durante longo período, o chamado terceiro grau, 
técnica de interrogatório onde o interrogando é co-
locado debaixo de um holofote que lhe ofusca a 
visão. 
Outro exemplo é o da epilepsia fotossensível (cerca 
de 3% de todos os pacientes) cujas crises podem 
ser desencadeadas por (...) 
 
Lesões produzidas pela luz 
 
estímulos luminosos de tv, videogames e alguns 
padrões geométricos fortes, luz do sol através de 
folhas e outros. 
 
 
 
Lesões produzidas pela luz 
 
 
 
Energias de ordem química 
 
São aquelas que atuam nos tecidos vivos através 
de substâncias que provocam alterações de nature-
za somática, fisiológica ou psíquica, podendo levar 
inclusive à morte. 
Compreendem: 
cáusticos ou corrosivos: 
Energias de ordem química 
coagulantes – desidratação; e 
liquefacientes – dissolução dos minerais. 
venenos ou tóxicos - substâncias de qualquer natu-
reza que, uma vez introduzidas no organismo e por 
ele assimiladas e metabolizadas, podem levar a 
danos da saúde física ou psíquica inclusive a mor-
te... 
 
Cáusticos ou corrosivos 
 
Os cáusticos ou corrosivos são substâncias quími-
cas que provocam profunda desorganização dos 
tecidos vivos, quer por desidratação (coagulantes = 
ácidos) quer por efeito de dissolução dos minerais 
(liquefacientes = básicos). 
Cáusticos ou corrosivos 
São exemplos de cáusticos a soda, o ácido clorídri-
co e o ácido sulfúrico, ou vitríolo, de onde deriva a 
denominação vitriolagem, que indica as lesões pro-
duzidas por essas substâncias. 
 
Cáusticos ou corrosivos 
 
DIAGNÓSTICO DO AGENTE VULNERANTE 
ASPECTO E TONALIDADE DAS ESCARAS: 
Escaras anegradas e secas – H2SO4. 
Escaras amareladas e secas – HNO3. 
Escaras brancacentas e secas HCl. 
Escaras esbranquiçadas e úmidas – 
Substâncias alcalinas: KOH OU NaOH. 
 
 
 
 
 
 
 
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Cáusticos ou corrosivos 
 
 
 
Energias de ordem físico-químicas 
Sob o título de energias de ordem físico química 
iremos estudar a asfixiologia forense ou capítulo 
da Medicina-Legal que estuda as asfixias. 
 
ASFIXIOLOGIA 
 
Sistema respiratório humano 
 
 
 
Sistema Cardiovascular 
 
 
 
Fisiologia do Sistema Respiratório 
 
• A respiração pode ser interpretada como um 
processo de trocas gasosas entre o organismo e o 
meio, ou como um conjunto de reações químicas 
que faz parte do metabolismo energético (respira-
ção celular). 
• Dessa forma, o termo respiração pode ser em-
pregado em basicamente dois níveis: 
 
Fisiologia do Sistema Respiratório 
 
Celular e Orgânico 
 
Respiração celular 
 
• Conjunto de reações químicas em que ocorre 
liberação de energia a partir de um combustível, 
para ser utilizada no trabalho celular (reações exo-
térmicas). 
• O principal combustível para a célula é a glico-
se. 
• A respiração celular apresenta 3 fases e ocorre 
no hialoplasma e nas mitocôndrias. 
 
Fases da respiração celular 
 
 
 
Estruturas do sistema Respiratório Humano 
 
 
 
 
 
Estruturas do sistema Respiratório Humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estruturas do sistema Respiratório Humano 
 
 
 
 
 
 
 
Mecânica da Ventilação Pulmonar 
 
 
 
 
Vias aéreas superiores e inferiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema circulatório humano 
 
 
 
 
 
Asfixiologia Forense 
 
“Asphuxia” ausência de pulso. 
A sphysxis (gr.) ausência de pulso, pois Galeno e 
outros sábios gregos, acreditavam que nas artérias, 
encontrava-se o elemento (espirito ) que dava vida. 
 
ASFIXIOLOGIA FORENSE 
 
Estudo dos casos de asfixia em situações de homi-
cídio, suicídio e acidentes. 
Relacionado com artigos 121 e 129 do CP. 
 
Asfixias Forenses 
 
ENERGIA VULNERANTE: 
FÍSICO-QUIMICA: 
Um agente mecânico produzindo alterações quími-
cas (hipóxia e hipercapnia) no organismo da vítima 
 
Asfixia – Causas 
 
 INTERNA: que interessam à medicina clinica: 
pneumonias, asma, insuficiência cardíaca, enfise-
ma, etc. 
 EXTERNA: estas são as que interessam à Me-
dicina 
Legal, sendo estas o objeto de nosso estudo. 
Asfixias Forenses 
 
Impedir o consumo de oxigênio (não chegar ou ser 
utilizada) 
Classificação geral 
Primária – fator tempo (causa inicial) 
Secundária – modo de ocorrência 
Mecânica – quanto ao meio (sólidos ou líquidos). 
 
Asfixias Forenses 
 
IMPORTANCIA Judicial: 
Morte violenta 
Intencional (crime hediondo). 
 
Asfixias Forenses 
 
Modalidades (como podem ocorrer) 
- Impedimento do fluxo de ar para os pulmões 
- Modificação ambiental (relacionado ao oxigênio) 
- Constrição do pescoço (pode matar pelo impe-
dimento do sangue chegar ao coração. Morte cardi-
orrespiratória. Inibição do nervo (...) 
 
Asfixias Forenses 
 
vago). 
- Outras diferente formas 
 
Definições 
 
Apnéia: ausência dos movimentos respiratórios 
Eupnéia: movimentos respiratórios normais 
Dispnéia: Dificuldade respiratória 
 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfi-
xia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de 
que possa resultar perigo comum; 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
A asfixia é considerada meio cruel, o processo as-
fíxico somente produz a morte com cerca de cinco 
minutos, sendo meio demorado de produzir a morte 
com sofrimento da vítima, o que nos mostra o ine-
quívoco dolo de matar. 
A morte em legítima defesa através da asfixia, é 
muito difícil de ser aceita, uma vez que vindo a 
pessoa a desfalecer no primeiro minuto, 
tem o agressor mais quatro minutos para arrepen-
der-se e sustar o processo asfíxico. 
 
Como pode ocorrer a asfixia? 
 
Obstrução dos orifícios respiratórios externos 
Bloqueio das vias respiratórias internas 
 
 
 
 
 
 
 
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Restrição dos movimentos respiratórios 
Diminuição da concentração de oxigênio no sangue 
Diminuição da capacidade de transporte de oxigênio 
pelo sangue 
Como pode ocorrer a asfixia? 
Inibição da utilização do oxigênio pelas células 
 
Tipos de asfixia 
SUFOCAÇÃO DIRETA 
 
Bloqueio dos orifícios respiratórios (boca e nariz) 
Emprego de força, SITUAÇÕES DE SUBJUGA-
ÇÃO) 
Bloqueio das vias aéreas por objetos (geralmente 
acidental em idosos ou crianças) 
 
Asfixiologia Forense 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
Oclusão direta das narinas e da boca: 
- Acidental: ocorre em recém-nascidos que, dormin-
do com as mães, são sufocados por estas ou por 
panos que se encontram sobre o leito. Nos adultos, 
o acidente poderá resultar de ataques epilépticos, 
síncopes, embriaguez, etc., caindo a vítima sobre o 
leito, com o rosto fortemente apoiado contra o tra-
vesseiro, ou contra panos que impeçam a respira-
ção. 
- Criminosa: mais comum em recem-nascidos, 
mas pode ser encontrada também em adultos. 
- Suicida: o paciente coloca sobre o corpo e a cabe-
ça cobertores, panos, etc 
Oclusão direta dos orifícios da faringe e laringe: 
- Criminosa: poderá ser produzida pela introdução 
na boca de tampões de panos, dedos, papel ou 
qualquer outro objeto. É comum no infanticídio, po-
dendo ser encontrada nos adultos. 
- Acidental: É a modalidade mais frequente. 
- Surge especialmente entre crianças, que colo-
cam botões, bolinhas de gude, pedaços de carne e 
outros corpos estranhos dentro da boca. 
- Fetos podem sufocar-se com líquido amniótico e 
restos de membranas. 
- Entre adultos, esse tipo de morte é aindaencon-
trado nos que ingerem fragmentos grandes de ali-
mentos sem as (...) 
- devidas cautelas (ou em estados precários de 
saúde). 
- Suicida: é tipo raro de suicídio, mas a literatura 
relata casos de indivíduos que se mataram introdu-
zindo na garganta panos ou objetos. 
 
Tipos de asfixia 
SUFOCAÇÃO INDIRETA 
 
Canais respiratórios livres 
Compressão do tórax 
Pode ser acidental ou homicida 
Exaustão da musculatura respiratória (crucificação) 
Paralisia da musculatura respiratória (curare) 
 
Tipos de asfixia 
SUFOCAÇÃO INDIRETA 
 
- Em espasmo – eletroplessão, drogas contraturan-
tes 
 - Em flacidez – drogas relaxantes musculares 
 
 
 
Compressão homicida: ex. na Inglaterra houve épo-
ca em que os criminosos sentavam-se sobre o tórax 
da vítima até mata-la; 
Exortador (Nordeste). 
Compressão acidental: pisoteamento por multidões, 
acidente de trânsito com pessoa presa a ferragens, 
compressão torcedores contra cercas e grades, 
sacos e pesos que desabam sobre pessoas, etc. 
 
Tipos de asfixia 
MODIFICAÇÃO DO AMBIENTE 
 
Afogamento 
Soterramento 
Confinamento 
 
Tipos de asfixia 
OUTRAS FORMAS 
 
Envenenamento 
Intoxicação por gases 
Por agentes químicos 
Eletroplessão de media amperagem 
Fraturas graves das costelas 
 
Tipos de asfixia 
CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO 
 
ESGANADURA (COM AS MÃOS) 
ESTRANGULAMENTO 
ENFORCAMENTO 
Análise da pele na região do pescoço é muito impor-
tante: identificar as lesões e determinar a forma de 
constrição que ocorreu. 
Compressão da artéria carótida: impede a chegada 
de sangue no cérebro. 
Perda da consciência é rápida 
MMA: “mata leão” 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS GERAIS que podem indicar 
ASFIXIAS 
 
EXTERNAS 
cianose da pele e extremidades (cor arroxeada de-
corrente do acúmulo de gás carbônico no sangue) 
equimoses conjuntivais e dos lábios 
cogumelo de escuma ou espuma na boca (...) 
Hemorragia conjuntivas 
resfriamento lento do corpo 
protrusão da língua e olhos 
INTERNAS 
Petéquias - equimoses pleurais (manchas de Tardi-
eu ou Paltauf - são manchas puntiformes averme-
lhadas) 
congestão visceral 
fluidez sanguínea 
 
 
 
Esganadura 
 
 
 
A esganadura é a asfixia mecânica pela constrição 
ântero-lateral do pescoço produzida pela ação dire-
ta das mãos do agente. 
Não há sulco, que cede seu lugar para marcas un-
gueais (de unhas) e diversas escoriações, equimo-
ses e hematomas. 
Com certa frequência é notada a fratura do hioide. 
 
 
 
Esganadura 
 
 É efetivada: 
 pelas mãos do oponente (típica) 
 “gravatas” com os membros (superiores e inferi-
ores) atípica 
 É exclusivamente homicida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esganadura 
 
 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
A esganadura suicida não é admitida como possí-
vel. A forma de acidente também não é tida como 
possível. 
A esganadura é sempre um homicídio, e daí o gran-
de valor que adquire seu diagnóstico, permitindo 
alertar imediatamente as autoridades na busca do 
criminoso. 
 
Esganadura 
 
MECANISMO DE MORTE: Inicialmente parece ser 
pelo mecanismo vascular uma vez que leva a in-
consciência de forma muito rápida, após age o me-
canismo respiratório com a obstrução das vias aé-
reas. 
Temos que levar em conta que duas pessoas de 
porte físico semelhante dificilmente poderão se es-
ganar 
 
Esganadura 
 
SINAIS EXTERNOS: Presença de equimoses, esco-
riações, estigmas ungueais ( lesões semilunares 
causadas pelas unhas), hematomas e feridas con-
tusas no pescoço, lesões de defesa nas mãos e 
antebraços. 
 
Esganadura 
 
SINAIS INTERNOS: infiltração sanguínea subcutâ-
nea; fraturas das cartilagens cricóide aritnóide e 
tireóide; tríade asfíxica (sangue fluido escuro, con-
gestão polivisceral e equimose de Tardieu). 
 
 
 
Estrangulamento 
 
O estrangulamento pode ser definido como a cons-
trição ativa do pescoço por baraço mecânico (corda 
ou cordel) acionado por força estranha ao peso do 
próprio corpo (força muscular humana ou animal, 
força mecânica, motores elétricos etc.) 
Características do sulco: 
 
Estrangulamento 
 
Completo, contínuo em toda a volta do pescoço e 
com a mesma profundidade, sem a presença de 
sinal ou nó, podendo ser único ou múltiplo; 
perpendicular ao eixo do pescoço, abaixo da altura 
da laringe 
 
Estrangulamento 
 
Grande edema facial com cianose intensa, reflexo 
da oclusão jugular e não das artérias cervicais, im-
pedindo assim o retorno sanguíneo; 
Equimoses em face e conjuntiva, pequenas e em 
maior número, resultado do mesmo mecanismo 
anterior; 
 
Estrangulamento 
 
Língua protusa e exoftalmia bastante acentuada. 
Tríade asfíxica 
Infiltração dos tecidos subjacentes; 
Fratura ou não do hióide; 
Sinal de Amussat: ruptura da túnica interna da caró-
tida; 
Sinal de Friedberg: lesões da túnica externa e (...) 
 
Estrangulamento 
 
 
 
infiltração hemorrágica da túnica externa da caróti-
da; 
Lesões das cartilagens da laringe são excepcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estrangulamento 
 
- Principalmente Homicídio 
- Acidentalmente 
- Suicídio 
- Execução Judicial 
 
Estrangulamento 
 
 
 
Estrangulamento 
 
 
 
Se usar fita larga (não deixa marca externa, mas, 
deixa marca interna) 
Linha argentina: feita por muita pressão que acaba 
lesando a derme e fica esbranquiçada 
 
Morte por Enforcamento 
 
O enforcamento pode ser definido como a constri-
ção do pescoço por baraço mecânico (corda ou 
cordel), por um laço cuja extremidade se acha fixa 
a um dado ponto, acionado pela força peso do pró-
prio corpo, que pode estar em suspensão completa 
ou incompleta. 
Características do sulco: 
geralmente é oblíquo; descontínuo, e alto no perí-
metro externo do pescoço (acima da larinfe e hiói-
de), sendo interrompido na altura do nó; profundida-
de desigual, 
Natureza jurídica: suicida, homicida, acidental ou 
execução judicial 
 
 
 
Morte por enforcamento 
 
Discreta ou intensa cianose facial, dependendo da 
maior ou menor obstrução vascular; 
 A cabeça pende para o lado oposto ao nó (enfor-
camento atípico); 
 
 
 
Morte por enforcamento 
 
 
 
Morte por Enforcamento 
 
 
 
Morte por Enforcamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outras formas de Asfixia 
Asfixia Erótica 
 
Perda de oxigenação cerebral 
Acidental 
 
 
 
 
 
Asfixia por broncoaspiração 
 
- Manchas de sangue nos alvéolos pulmonares (as-
pirou o próprio sangue): mosaico sanguinolento. 
- Esgorjamento 
 
 
Modificação do Ar ambiental 
 
SOTERRAMENTO 
 
Sentido estrito: presença de resíduos sólidos pulve-
rulentos (terra, areia, farinha ou outros) nas porções 
mais internas da árvore respiratória) 
Indica que vitima estava vivo e aspirou o material. 
 
Material presente na árvore respiratória e sistema 
digestório confirma o soterramento. 
Presença de cogumelo de espuma (não caracteriza 
soterramento, mas edema pulmonar). 
 
 
 
Sufocação 
 
saco plástico que tapa as narinas de uma criança 
etc 
dos condutos respiratórios (acidental) – aspiração 
de corpos estranhos, p.ex. aspiração de corpos 
estranhos 
 
Por meio indireto 
 
compressão do tórax (p. ex. pedras sob o abdômen 
impedindo movimentos respiratórios) 
 
 
 
Sufocação indireta ou passiva 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
Isso sucede quando uma multidão se assusta e 
corre comprimindo e pisando os que a integram, 
sobretudo os mais débeis. 
É também encontrada quando sacos ou (...) 
Sufocação indireta ou passiva 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
pesos desabam sobre trabalhadores. 
Em crianças recém nascidas pode ter sido causada 
pelas mãos ou pelo peso corporal de alguém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Confinamento (sem renovação de ar atmosféri-
co) 
É a asfixia do indivíduo: 
Em espaço aberto sem renovação de ar atmosférico 
Espaço restrito ou fechado sem renovação de ar 
atmosférico 
- por esgotamento de oxigênio e 
- aumento gradativo de gás carbônico 
- (saco plástico na cabeça da criança sem, po-
rém, tapar os orifícios respiratórios = sufocação 
direta por confinamento) 
 
 
 
 
 
Corpo humano, em geral, mais quente que o ambi-
ente 
Sem renovação do ar a temperatura no local au-
menta, levando o individuo a suar. 
O suor evapora e aumenta a umidade do ar. 
A umidade do ambiente dificulta a evaporação do 
suor 
A temperatura corporal aumenta 
E este ciclo se renova, 
resultando em hipertermina, que se associa com a 
hipóxia e hipercapnia. 
 
Asfixias QUIMICAS 
 
- CO (monóxido de carbono) (alta afinidade pela 
hemoglobina) 
- Corpo com cor carmin.... carboxihemoglobina 
-CIANETO em meio ácido: cadeia respiratória. 
Morte intracelular. 
Morte rápida. 
Organofosforados 
 
 
 
Asfixias QUIMICAS 
 
Carbamato (chumbinho) 
Curare 
Gases inertes 
É a asfixia do indivíduo por 
Permanecer em ambientes saturados de gases 
inertes e pouco tóxicos como 
butano 
metano 
Propano 
(...) 
 
Gases inertes 
 
Ação destes gases como bloqueadores mecânicos 
da respiração 
 
Monóxido de carbono 
 
 É uma das principais fontes de morte acidental. 
 Uma vez aspirado, dilui-se no plasma sanguíneo 
formando com a hemoglobina um composto estável 
denominado de carboxihemoglobina. 
 Sua afinidade pela hemoglobina é cerca de (...) 
Monóxido de carbono 
250 (duzentas e cinquenta) vezes maior que a do 
próprio oxigênio. 
 É suficiente que no ar atmosférico haja cerca de 
0,08 % de monóxido de carbono para que metade 
da hemoglobina ativa seja transformada em carbo-
xihemoglobina. 
 
 
 
 
 
 
 
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EXAME EXTERNO 
 
Livor cadavérico extenso, de coloração rosa 
 
 
 
Monóxido de carbono 
 
 
 
 
 
Afogamento 
 
 
 
Afogamento 
 
O afogamento é a modalidade de asfixia mecânica 
em que há penetração de líquido pelas vias aéreas. 
É a troca do meio gasoso por meio líquido, impedin-
do a troca gasosa necessária à respiração. 
Na água doce a morte ocorre por fibrilação ventricu-
lar devido alterações eletrolíticas do sangue pela 
entrada de água nos pulmões indo até o coração 
Na água salgada a morte ocorre por intenso edema 
dos pulmões uma vez que a água salgada é uma 
solução mais concentrada que o sangue 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA DO AFOGAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SINAIS DE AFOGAMENTO 
 
 
 
 
Colocação da vítima em meio líquido Afogamento 
 
AFOGADO AZUL (verdadeiro) X AFOGADO 
BRANCO (PAROT) (falso afogado): simulação de 
afogamento – a vítima é atirada na água depois de 
morta – não tem água nos pulmões e nem outros 
sinais internos de afogamento 
Não há necessidade de imersão total do corpo, bas-
tando que as vias aéreas estejam submersas, co-
bertas pelo líquido, impedindo a respiração. 
É frequente a simulação de afogamento, quando a 
vítima é atirada na água já sem vida. Por esse moti-
vo, a divisão entre afogado azul ou real e afogado 
branco ou falso afogado, situação em que o corpo é 
atirado na água depois de morto. 
 
Colocação da vítima em meio líquido 
 
AFOGADO BRANCO: nesta o indivíduo apresenta 
uma coloração branca; é uma morte que ocorreu 
dentro do meio líquido, porém não ocorre a aspira-
ção deste meio. 
A morte ocorre por outras razões como AVC, infarto 
de miocárdio, assassinato, etc. 
 
FISIOPATOLOGIA DO AFOGAMENTO 
 
 
 
 
Fases do Afogamento 
 
FASE DE LUTA 
É a fase em que o indivíduo percebe que está em 
perigo iminente de se afogar. 
Nesta fase o indivíduo ingere muita água. 
Muito líquido será encontrado no estômago e intes-
tinos. 
Afundando e vindo a tona inúmeras vezes, 
 
Fases do Afogamento 
 
na sua luta de vida, devido ao imenso esforço mus-
cular pode haver lesões musculares e focos de he-
morragia, escoriações e pequenas feridas superfici-
ais. 
 
Fases do Afogamento 
FASE DE APNÉIA VOLUNTÁRIA 
 
Quando do afogamento o indivíduo afunda e prende 
a respiração, ocorrendo acúmulo de gás carbônico. 
Diminui o estado de consciência, e o estímulo inspi-
ratório se torna irresistível fazendo com que o indi-
víduo aspire o líquido. 
 
Fases do Afogamento 
FASE DE ASPIRAÇÃO 
 
O indivíduo aspira o líquido, alterando a equilíbrio 
sanguíneo, sobrecarregando o volume sanguíneo e 
levando à falência cardíaca (Água doce: convul-
sões). 
Água salgada: salgada o movimento é inverso cau-
sando uma hemoconcentração. 
 
Fases do Afogamento 
 
 
 
 
 
 
 
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Isto nos permite diferenciar os dois meios no qual 
ocorre o afogamento 
 
AFOGADOS 
 
 
 
 
 
Presença de água no estômago 
 
 
 
Presença de água nos pulmões 
 
 
 
Cogumelo de Espuma 
 
 
 
Lesões provocadas por animais aquáticos 
atacam principalmente as partes moles, pálpebras, 
lábios, nariz e orelhas 
Cabeça de negro 
devido ao fato da cabeça ser mais pesada, a man-
cha verde se inicia pela 
face e pescoço. 
Com o escurecimento a cabeça vai ficando total-
mente negra. 
Agigantamento do cadáver devido à putrefação que 
ocorre, em geral, em 24 h. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BALÍSTICA FORENSE 
 
 
 
Balística forense 
 
Conceito – Balística Forense é a disciplina que es-
tuda basicamente as armas de fogo, as munições, 
os fenômenos e efeitos dos disparos destas armas, 
a fim de esclarecer questões de interesse judicial. 
Armas de fogo – São engenhos mecânicos destina-
dos a lançar projéteis no espaço pela ação da força 
expansiva dos gases oriundos da combustão da 
pólvora. 
Divisões 
 
Balística interna ou interior é aquela que estuda os 
mecanismos internos das armas, sua estrutura, 
munições e propelentes. 
Balística externa é a que cuida da trajetória do pro-
jetil, sua estabilidade. 
Divisões 
Balística terminal é a que trata da maneira como o 
projetil é afetado quando atinge o alvo e como o 
alvo é afetado pelo projetil. 
 
Classificação das armas de fogo 
 
 
Constituição das armas de fogo 
 
Qualquer que seja o tipo de arma considerada terá 
algumas peças que entram invariavelmente em sua 
composição: 
armação; 
cano; 
dispositivos de pontaria; 
percussor, pino ou agulha; 
Constituição das armas de fogo 
gatilho; 
extrator; 
ejetor; 
depósito de munição. 
 
Revólver 
 
 
 
 
Pistola semi-automática 
 
 
Classificação quanto à alma do cano 
As armas de porte individual dividem-se em dois 
grandes grupos: 
armas com canos de alma lisa; e 
armas com canos de alma raiada. 
Raias são sulcos produzidos na parte interna do 
cano (alma), dando origem a um determinado nú-
mero de ressaltos e cavados, 
Classificação quanto à alma do cano 
dispostos de forma helicoidal e cuja finalidade prin-
cipal é imprimir ao projetil um movimento de rotação 
ao redor de seu próprio eixo centro-longitudinal. 
 
CUIDADO 
RAIA ≠ ESTRIAS 
 CLAUDIA RAIA 
Raias do cano fazem estrias nos projéteis. 
FINALIDADE DAS RAIAS: fazer o projetil girar. 
Aumenta estabilidade e precisão do tiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação quanto a alma do cano 
 
As armas de alma raiada utilizam cartuchos de mu-
nição com projéteis unitários. 
Podem ser curtas (revólveres, garruchas, pistolas 
etc) ou longas (carabinas, fuzis, etc). 
Interior do cano: tem a ALMA raiada que marcam o 
projetil e podeidentificar AS ESTRIAS NO PROJE-
TIL. 
 
Classificação quanto a alma do cano 
 
As armas de alma lisa são as que utilizam cartuchos 
de munição com projéteis múltiplos e são, geral-
mente, usadas para caça (espingardas) ou tiro es-
portivo. 
ESPINGARDA NÃO TEM RAIA. 
Velocidades dos projeteis calculadas em relação 
velocidade som no ar 
Menor 340 m/s baixa velocidade 
Mais do dobro da velocidade som: alta velocidade 
Entre este intervalo: média 
Armas de uso permitido: baixa velocidade. 
Alta: são de uso restrito 
Relação da velocidade do projetil com as lesões 
maiores na cabeça? 
Maior densidade do órgão → maior a energia libe-
rada pelo projetil 
 
 
 
Armas curtas 
Armas curtas são armas para uso exclusivamente 
individual, de dimensões pequenas, são compactas 
com peso dificilmente superior a 1 kg e normalmen-
te manejáveis com uma só mão. 
Dentre as armas curtas distinguem-se o revólver e a 
pistola semiautomática. 
Armas longas 
Armas longas são aquelas que, em razão do com-
primento do cano e da coronha, possuem uma 
grande dimensão longitudinal, exigindo para seu 
uso o apoio do ombro e de ambas as mãos do ati-
rador. 
Dentre as armas longas portáteis, distinguem-se a 
espingarda e escopeta, a carabina, 
Armas longas 
o rifle, o fuzil e o mosquetão. 
PROJÉTEIS DE BAIXA VELOCIDADE 
Apresentam velocidade INFERIOR à velocidade do 
som no AR. 
Velocidade Som: 
- AR: 340 m/s 
- Líquidos: 1.500 m/s 
- Sólidos: 5.000 m/s 
 
 
 
 
 
Comparação IBIS estrias do projetil e do projetil 
padrão 
 
Microscópio chamado de comparativo: busca se-
melhanças entre projeto suspeito e padrão. Permite 
identificar o cano que fez o disparo (não a arma pois 
o cano pode ser trocado). 
IBIS separa os possíveis projeteis de armas para 
ser definido, a posteriori, por um especialista. 
 
Raias 
 
 
 
 
 
 
 
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Raias 
 
 
 
Munição 
 
Pelo termo munição podemos designar projéteis, 
pólvoras e demais artefatos explosivos com que se 
carregam armas de fogo. 
Partes do cartucho de munição: 
estojo; 
 
Munição 
 
espoleta com mistura iniciadora; 
pólvora; 
projetil e 
embuchamento (alma lisa). 
 
 
 
Cartucho: todo o conjunto. 
Estojo: recipiente que contem a pólvora. 
O estojo, geralmente constituído por latão 70:30 
(70% de cobre e 30 % de zinco) 
Espoleta: pequena capsula situada na base do esto-
jo. Local onde ocorre a faísca e a queima da pólvo-
ra, produzindo gás, que irá expelir o projeto que 
sairá pelo cano. 
Pino percurtor pressiona a espoleta que irá produzir 
a faísca incendiando a pólvora. 
Mistura iniciadora: os resíduos são muito importan-
tes para identificar quem atirou, distância do tiro. 
 
PROJÉTIL DE ARMAS DE FOGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No momento do tiro são expelidos, além do projétil, 
diversos resíduos sólidos 
(provenientes do projétil, da detonação da mistura 
iniciadora e da pólvora) e produtos 
gasosos (monóxido e dióxido de carbono, vapor 
d’água, óxidos de nitrogênio e outros). 
Visualizados por MEV 
-determina a percentagem dos elementos presentes 
na mistura 
 Emissão Atômica. 
Marca do percutor na espoleta pode identificar a 
arma que fez o disparo. 
 
Revólver: estojo fica. 
Revolver: leva o estojo embora. Não fica no local. 
(dificulta a perícia) 
Pistola: estojo jogado fora. 
Pistola tem uma garra que joga o estojo fora. 
Esta marca no estojo, da garra, pode ajudar a identi-
ficar a arma. 
 
Importante para a perícia para chegar a várias con-
clusões, entre elas a possível distancia entre vitima 
e atirador. 
 
Espoleta mais antiga 
Misturas iniciadoras à base de estifinato de chumbo 
[PbO2H(NO2)3], nitrato de bário, trissulfeto de anti-
mônio, tetrazeno e alumínio. 
Quando o percutor deforma a cápsula de espoleta-
mento, a mistura iniciadora nela contida é compri-
mida contra a bigorna, quebrando os cristais de 
estifinato de chumbo e tetrazeno. 
Inicia-se assim uma chama cujo combustível é o 
nitrato de bário e o oxidante é o trissulfeto de anti-
mônio. 
 
Espoletas mais modernas 
A partir de 1998 a CBC lançou os cartuchos deno-
minados de clean range, cuja mistura iniciadora da 
espoleta não possui chumbo, bário e antinônio. Esta 
mistura é composta por diazol, nitrato de estrôncio, 
pólvora e tetrazeno. 
 
Também integram a parte sólida dos resíduos partí-
culas constituídas pelos elementos Antimônio (Sb), 
bário (Ba) e chumbo (Pb). 
 
 
 
Exame Residuográfico 
 
O confronto microbalístico não se restringe apenas 
aos projéteis. 
Se houver cápsulas de cartuchos deflagradas na 
cena do crime, é possível analisar as marcas do 
percutor e as ranhuras produzidas na culatra. 
 
 
 
Teste químico permite a detecção de chumbo pelo 
rodizonato de sódio como reagente colorimétrico. 
 O complexo azul-violeta, resultante da reação do 
rodizonato de sódio com o chumbo, pode ser estabi-
lizado pela adição de uma solução tampão. 
Basicamente, os resíduos de tiro são formados em 
condições específicas de temperatura e pressão 
durante o disparo, permitindo vaporização e rápida 
condensação de elementos oriundos principalmente 
da espoleta (Pb, Ba, Sb). 
 
 
 
 
 
é colocado no Microscópio Eletrônico de Varredura 
(SEM, do inglês Scanning Electron Microscope) e a 
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superfície do adesivo é varrida por um feixe de elé-
trons. 
 
 
 
Tiro penetrante: sem saída (fundo de saco a ferida) 
Tiro transfixante: saída 
Energia de projetil não transfixante é maior (pois 
desaceleram no corpo), com maior efeito no corpo) 
Hollowpoint: objetivo é não transfixar. 
 
Ec = mv
2
/2 
Projetil de maior velocidade tem maior energia, 
transfere menor energia se for transfixante. 
Revolver cano curto: distância do projétil menor 
(devido menor aproveitamento dos gases). 
 
 
 
A abertura após achatamento é para evitar a trans-
fixação e, assim, transferir toda energia armazenada 
pelo projetil. 
Quanto mais deformante, menos penetrante ele é. 
- Ponta menos arredondada 
- Ponta fina 
 - Gases empurram o projetil (impulsionam), após a 
combustão da pólvora. 
- Distância percorrida pelo projetil depende de vá-
rios fatores: quantidade do propelente, tamanho do 
cano, dureza do projétil. 
 
Munição para armas com cano de alma lisa 
 
 
 
Munição para armas com cano de alma lisa 
 
 
 
Munição para armas com cano de alma lisa 
 
BUCHA: minimizar a perda de gases entre os balins 
e perder eficiência. 
 
 
 
Espingarda e escopeta 
 
O termo espingarda deriva do francês espingarde e 
serve para designar qualquer arma de fogo longa, 
com cano de alma lisa. As espingardas podem ser 
dotadas de um ou dois canos, paralelos ou coloca-
dos um sobre o outro. 
O termo escopeta é usado para designar as armas 
de alma lisa de cano curto e grosso calibre, reser-
vando-se a denominação espingarda para as armasde cano longo e calibres menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Carabina 
 
De origem italiana, o termo carabina designa armas 
de fogo portáteis, de repetição, cano longo e alma 
raiada. O cano das carabinas mede entre 18" e 20" 
(de 45 cm a 51 cm), e é exatamente pelo compri-
mento menor que diferem dos rifles, que têm canos 
maiores. 
 
 
 
Rifles 
 
Os rifles são armas de fogo longas, portáteis, de 
carregamento manual (não automáticos) ou de re-
petição, cano longo e alma raiada. 
Sua diferença em relação às carabinas reside exa-
tamente no comprimento maior do cano, 
que atinge 24" (61 cm). 
 
 
Fuzil 
 
Fuzil é uma arma de fogo longa, portátil, automática, 
com alma raiada, calibre potente e, normalmente, 
de uso militar, podendo ser utilizado para caça de 
grande porte. 
O fuzil é uma arma automática, que apresenta uma 
cadência de tiro entre 650 a 750 disparos por minu-
to. 
 
 
 
 
Mosquetão 
 
Da mesma forma que o fuzil o mosquetão é uma 
arma de fogo longa, portátil, de repetição, com cano 
e alma raiada. Nele o carregamento é manual, pelo 
sistema de ferrolho, que é recuado manualmente 
pelo atirador. Segundo o R 105, o mosquetão é 
definido como um fuzil pequeno, de emprego militar, 
maior que uma carabina, de repetição por ação de 
ferrolho montado no mecanismo da culatra, aciona-
do pelo atirador por meio da sua alavanca de mane-
jo. 
 
 
 
Calibre das armas de fogo 
 
Ao se falar em calibre é preciso identificar quatro 
noções distintas: 
calibre das armas de alma raiada 
calibre das armas de alma lisa 
calibre dos projéteis 
para armas de alma lisa 
para armas de alma raiada 
calibre dos cartuchos de munição 
para armas de alma lisa 
para armas de alma raiada 
Calibre das armas de cano de alma raiada 
O calibre real ou nominal das armas de alma raiada 
é dado pelo diâmetro interno do cano da arma antes 
da execução do raiamento (diâmetro entre cheios) e 
pode, na dependência do sistema adotado, ser indi-
cado em centésimos de polegada (sistema norte-
americano), milésimos de polegada (sistema inglês) 
ou em milímetros (sistema métrico). 
 
 
 
Calibre dos projéteis das armas de alma raiada 
 
O diâmetro ou calibre efetivo do projetil, nas armas 
onde o número de raias é par, corresponde ao es-
paço entre dois cavados e nas armas onde o núme-
ro é ímpar, à distância entre um cheio e o ressalto 
diametralmente oposto. 
O calibre efetivo do projetil é, portanto, sempre um 
pouco maior que o calibre real ou nominal da arma 
considerada. 
 
Calibre dos projéteis das armas de alma raiada 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Calibre das armas de cano de alma lisa 
 
O calibre das armas de alma lisa, ou de caça, não é 
expresso pelo diâmetro interno do cano, mas sim 
pelo número de esferas de chumbo puro de diâme-
tro igual ao do cano em referência, necessário para 
atingir 1 libra de peso (454 g). 
Isto não significa que os projéteis por ela disparados 
terão o diâmetro do cano. Ao contrário, são geral-
mente bem menores. 
Calibres de armas de alma lisa, a análise do calibre 
é mais difícil de fazer, portanto, mais provável de 
cair na prova 
 
Calibre das armas de cano de alma lisa 
 
 
 
 
Calibre das armas de cano de alma lisa 
 
 
 
Calibre das armas de cano de alma lisa 
 
 
 
Projéteis das armas de alma lisa - balins 
 
 
 
 
CRITÉRIO DE ESTUDO DA LESÃO 
 
São consideradas: 
1. pela distância de disparo do alvo 
2. pelas características de seus orifícios: 
1. de entrada 
2. de saída 
3. pela sua trajetória (ou trajetos) 
 
LESÕES PÉRFUROCONTUSAS 
 
 
 
 
ORIFÍCIOS DE ENTRADA 
 
Podem ser 
 circulares (90°) 
ovais ou arredondados (ângulo diverso de 90°) ou 
tangencial, de acordo com o ângulo de incidência 
 
A
B B
A - Calibre real (espaço entre
cheios ou diâmetro interno do
cano antes do raiamento).
B - Calibre do projétil (espaço
entre os cavados, se o número
de raias for par; ou espaço
entre um cavado e um cheio,
se o número de raias for
ímpar).
 
 
 
 
 
 
 
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LESÕES PÉRFUROCONTUSAS 
 
Ao atingir o corpo, o projétil provoca 
rompimento na pele, formando um orifício em forma 
tubular no qual se enxuga de seus detritos (orla de 
enxugo) 
arrancamento da epiderme (orla de contusão) 
Ao se formar o túnel de entrada 
pequenos vasos se rompem formando equimoses 
em torno do ferimento (orla equimótica) 
 
ORIFÍCIO DE ENTRADA – ORLAS 
(SEMPRE PRESENTES) 
 
ORLA DE CONTUSÃO: a pele se invagina e se 
rompe devido à diferença de elasticidade de derme 
e epiderme 
ORLA EQUIMÓTICA: zona da hemorragia oriunda 
da ruptura de pequenos vasos 
ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se 
adaptou às faces do projétil, limpando-os dos resí-
duos da pólvora 
 
ORIFÍCIO DE ENTRADA – ZONAS 
 
ZONA DE TATUAGEM: é resultante da impregna-
ção de partículas de pólvora incombusta que alcan-
çam o corpo 
ZONA DE ESFUMAÇAMENTO: é produzida pelo 
depósito de fuligem da pólvora ao redor do orifício 
de entrada 
ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como respon-
sável a ação superaquecida dos gases que atingem 
e queimam o alvo 
 
Orlas ou halos e zonas 
 
 
 
ORLAS E ZONAS DE CONTORNO 
 
 
 
ORLA DE CONTUSÃO + ENXUGO 
ANEL DE FISH 
 
 
 
DISTÂNCIA DO CONE DE DISPERSÃO 
 
Resíduos saem, em menor quantidade (gatilho, 
culatra), de outros locais, mas o principal é a boca 
do cano da arma alvo sujo 
Em tiro a curta distancia ou a queima roupa encon-
tramos cone de dispersão do resíduo na roupa ou 
corpo da vitima (até poucos cm, máximo de 70) 
 
ORIFÍCIOS DE ENTRADA – TIRO ENCOSTADO 
 
a) forma irregular (estrelado) pela dilaceração dos 
tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann) 
b) sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento 
c) diâmetro do ferimento maior que o projétil (ex-
plosão dos gases) 
d) halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi) 
e) impressão (pressão) do cano da arma (sinal de 
Werkgaertner) 
f) quando transfixante: trajeto com orifício de entra-
da e saída 
 
 
 
 
Câmara de Hoffmann 
 
 
 
 
 
 
 
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TIRO ENCOSTADO 
 
 
 
 
 
Câmara de Mina de Hofmann 
 
 
 
Câmara de Hoffmann 
 
 
 
 
 
Sinal de Pupe Werkgaetner 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sinal do Funil de Bonnet (osso :bone) 
(define entrada e saída de projéteis em crânio) 
Entrada: menor Saída: maior 
 
 
 
ORIFÍCIO DE ENTRADA 
 TIRO A CURTA DISTÂNCIA 
 
a) cone de dispersão do tiro 
b) forma arredondada ou circular 
c) orla de escoriação ou contusão 
d) orla equimótica 
e) orla de enxugo 
f) zona de tatuagem 
g) zona de esfumaçamento (removível) 
h) zona de queimadura (chamuscamento) 
 
Orla de enxugo 
 
 
 
Orla de enxugo: 
Tisnado é sujo 
Derme exposta é orla de escoriação 
Retirada da epiderme e exposição da derme. 
Projetil vem sujo e a sujeira fica impregnada na pele 
(alimpadura), enxugamento. Sinal de Chavigny 
 
Ação Perfurocontundente 
Tiro a curta distância 
 
 
Zonas de chamuscamento, esfumaçamento e 
tatuagem 
 
 
 
 
 
Importância das vestes na determinação da 
distância do tiro 
 
 
 
Zona de Esfumaçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Chamuscamento e Esfumaçamento 
 
 
 
Zona de Tatuagem 
 
 
 
Zona de esfumaçamento 
 
 
 
Zona de tatuagem 
 
 
 
ORIFÍCIO DE ENTRADA 
 TIRO À DISTÂNCIA 
a) forma arredondada 
b) diâmetro menor que o do projétil 
c) com orla de escoriação 
d) com orla equimótica 
 
 
 
Sem resíduos do cone de dispersão no alvo: a(lon-
ga) distância 
 
ORIFÍCIO DE ENTRADA 
 TIRO À DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRAJETO/TRAJETÓRIA 
 
Trajeto: é o caminho percorrido pelo projétil dentro 
do corpo da vítima pode ser transfixante 
não transfixante (projétil retido) 
Trajetória: é o caminho percorrido pelo projétil fora 
do corpo (da arma até a superfície atingida) 
por ser 
trajeto simples: resultante de projétil único 
trajeto múltiplo: resultante de projéteis múltiplos 
 
ORIFÍCIO DE SAÍDA 
 
 
 
a) de forma irregular ou dilacerado 
b) maior que orifício de entrada 
c) maior sangramento 
d) ausência de orlas, zonas e halos 
e) bordos evertidos 
 
Lesões Pérfurocontusas 
Orifício de Entrada x Orifício de Saída 
 
 
 
Exceções podem ocorrer: 
tiro encostado 
ricochete, o projétil perde sua propulsão (“bala per-
dida”) 
dois ou mais projéteis sucessivos atingem o mesmo 
ponto na pele 
 
 
 
Ação Perfurocontundente. 
Trajeto. 
 
 
 
PERITO ANALISA O PADRÃO DE 
ESPAÇAMENTO DOS BALINS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ferimentos produzidos por projéteis múltiplos 
(balins) 
 
Nos disparos efetuados com cartuchos de munição 
de projéteis múltiplos (armas de alma lisa), o aspec-
to da lesão depende, basicamente, da distância em 
que foi realizado o disparo e da conseqüente aber-
tura do cone de dispersão. 
Em tiros muito próximos ou encostados, os projéteis 
múltiplos causam grande destruição tecidual muitas 
vezes acompanhada de significativa perda de subs-
tância. 
Nos disparos efetuados à distância o que observa-
mos é a existência de lesões múltiplas, como se 
produzidas por vários disparos unitários, distribuídas 
ao redor de um ponto central, e que se afastam 
mais um do outro quanto maior for a distância entre 
o atirador e o alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
Rosa de tiro de Cevidali: conjunto das feridas origi-
nadas de cartucho projetos múltiplos 
Quanto maior a rosa: maior distancia 
Cuidar para não ter certeza de cano serrado ou 
choke 
 
 
 
Ferimentos produzidos por projéteis múltiplos 
(balins) 
 
 
 
FERIMENTOS POR PROJÉTEIS MÚLTIPLOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Importância da Orla de Escoriação: 
determinar se Tiro Oblíquio ou Frontal

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