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Sociologia J. - Anotação (52)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professora: Dra. Claudia Tristão
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 10 Aula 3 
DIREITO DAS SUCESSÕES
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Sucessão Testamentária
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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1. Sucessão testamentária
À medida em que se individualiza a propriedade, sente o homem a necessidade de se afirmar depois da 
morte, escolhendo aquele que lhe receba os haveres. E a primeira noção de transferência de bens por 
declaração de vontade aparece como ato de adoção (adoptio in hereditatem), que seria a origem genética 
do testamento.
O novo Código Civil, assim como o anterior, permite a coexistência das duas modalidades de sucessão, ao 
mesmo tempo, quais sejam: legítima e a testamentária, previstas, respectivamente, nos artigos 1.829 e 
1.857.
Definição: Caio Mário da Silva Pereira "sucessão testamentária é aquela que se dá em obediência à vontade 
do defunto, prevalecendo, contudo, as disposições legais naquilo que constitua 'ius cogens' bem como no 
que for silente ou omisso o instrumento". 
Testamento: é o ato pelo qual uma pessoa dispõe de seus bens para depois de sua morte, ou faz outras 
declarações de última vontade. Trata-se de negócio jurídico unilateral, de caráter personalíssimo, solene, 
gratuito e revogável.
Capacidade para testar: o testamento, como todo negócio jurídico, deve obedecer à regra geral a qual 
condiciona sua validade a agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou defesa em lei (artigo 104 do C.C.)
O artigo 1.860 dispõe que "além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiveram 
pleno discernimento". No que diz respeito à incapacidade, seja ela relativa ou absoluta, é conveniente 
verificar os artigos 3º e 4º do C.C.. Todas as pessoas têm capacidade para testar, inclusive os maiores de 
dezesseis anos.
Tudo leva a crer que a intenção do legislador era não só apontar os que são incapazes de fazer o testamento, 
mas também esclarecer que no momento de testar essas pessoas não tinham discernimento pleno, fato que 
poderá ocorrer de uma causa permanente ou transitória.
Importante: Os atos da vida civil não podem ser praticados pelos relativamente incapazes, salvo se 
assistidos pelos seus representantes legais, (artigo 4º, Inciso I, C.C.), mas esclarece o artigo 1.860 que é 
considerada plenamente capaz para testar a pessoa a partir de dezesseis anos de idade e outorgará o 
testamento sem assistência do representante legal, até porque, sendo o testamento um ato personalíssimo 
(artigo 1.858), não pode o testador ficar sujeito à assistência, autorização ou anuência de quem quer que 
seja.
Aula 3
02
Também não será invalidado o testamento em razão de incapacidade posterior ao testamento. O ato será 
válido e eficaz. Já o testamento realizado por incapaz não terá validade com a superveniência da 
capacidade (artigo 1.861).
Validade do testamento: A invalidade tem patamares diferenciados operados na nulidade (artigo 166) e 
anulabilidade (artigo 171).
Aprendemos que todo ato nulo é insuscetível de ratificação, e nem se aperfeiçoa com o tempo. 
Importante: Entretanto, o artigo 1.859 estabelece o prazo de cinco anos, a contar do registro do testamento, 
o direito de argüir a sua validade. Trata-se de expressa exceção do artigo 169, justamente porque o 
testamento é ato de disposição de última vontade, e se, passados os cinco anos, contados da data em que foi 
registrado, não mais poderá ser argüida a sua invalidade.
Registro do testamento será realizado por ordem judicial, observados os requisitos dos artigos 1.125 a 1.127 
do Código de Processo Civil.
Captação da vontade: Captação, como ensina Clóvis Beviláqua: "é o emprego de artifícios para conquistar 
a benevolência de alguém, no intuito interessado de obter liberalidades de sua parte, em favor do captante 
ou de terceiros". 
Como todo negócio jurídico, o testamento é anulável por vício do consentimento, ou seja, por erro, dolo ou 
coação. Mas, se alguém fazer-se estimar pelo testador, despertar nele um sentimento de simpatia, de modo 
que venha a contemplar essa pessoa em seu testamento, esse ato, chamado de captação inocente, não é 
considerado vício do consentimento porque não foram utilizados recursos considerados ilícitos. Muito 
embora seja a conduta considerada moralmente ilícita, no campo do direito é necessário que esta afeição 
simulada venha acompanhada de medidas fraudulentas para que o ato seja considerado anulável.
A prescrição da ação de anulabilidade fundada em vício do consentimento prescreve em quatro anos 
(artigo 1.909).
Formas de testamento: O testamento é negócio jurídico solene e sua eficácia está subordinada à obediência 
de forma prescrita em lei. Portanto, mesmo que realizado espontaneamente, o ato não terá eficácia para 
transferir a propriedade do patrimônio do testador para os herdeiros e legatários se a vontade for externada 
de modo diverso do prescrito em lei. O ato será nulo.
Deve-se também esclarecer que a lei não permite o testamento conjuntivo ou de mão comum, ou seja, 
aquele em que duas pessoas, mediante um só instrumento, por um mesmo ato, dispõem de seus bens. Pode 
ser simultâneo, quando os testadores dispõem em benefício de terceiros; recíproco, quando os testadores se 
instituem um ao outro; correspectivo, quando o benefício outorgado por um dos testadores, ao outro, 
retribui vantagem correspondente. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Quanto às formas, propriamente ditas, temos três espécies de testamento ordinário: 1) público, 2) cerrado 
ou místico, e 3) particular. Ao lado das formas ordinárias, temos também os testamentos especiais: 1) 
marítimo, 2) aeronáutico e o 3) militar (artigo 1.886).
O testamento público é escrito pelo tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com 
as declarações do testador, em língua nacional. Depois de lido em voz alta, na presença de duas 
testemunhas, será assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
A cegueira, a surdez e o analfabetismo não impedem esta espécie de testamento. Ao cego somente é 
permitido testar por esta via (pública), devendo o instrumento ser lido em voz alta duas vezes, uma pelo 
tabelião, outra por uma das testemunhas designadas pelo testador (artigo 1.867). Ao surdo, poderá ele ler, 
se souber; se não, designará quem o faça em seu lugar, na presença de testemunhas (artigo 1.866). E por 
fim, ao analfabeto, depois de lido o testamento, pedirá que uma das testemunhas assine a seu rogo (artigo 
1.865).
O testamento cerrado está regulado nos artigos 1.868 a 1.875. É escrito pelo testador, ou por outra pessoa 
a sua ordem, e por ele assinado. Feito o testamento, o testador deve entregá-lo ao tabelião, na presença de 
duas testemunhas, declarando ser aquele seu testamento, que deseja vê-lo aprovado. O tabelião, por sua 
vez, lançará o auto de aprovação, declarando que o testador, na presença das testemunhas, entregou-lhe 
aquele instrumento para ser aprovado. Uma vez lido pelo tabelião, será assinado por ele, pelas testemunhas 
e pelo testador.
Feito isso, o tabelião cerra e cose o instrumento aprovado, entregando-o ao testador, ao mesmo tempo em 
que lança em seu livro, nota do lugar, dia mês eano em que o testamento foi aprovado e entregue. 
É praxe notorial, e não uma exigência legal, os tabeliães colocarem pingos de cera sobre os nós da linha que 
utilizaram para coser o testamento.
Apresentação, abertura e cumprimento do testamento cerrado: Falecido o testador, seu testamento será 
levado ao juiz que o abrirá na presença do apresentante do escrivão. Uma vez verificada a inviolabilidade do 
lacre ou qualquer vício externo, será o instrumento aberto e publicado em cartório. Depois de ouvido o 
Ministério Público, os autos irão conclusos ao juiz, que o mandará registrar, inscrever e cumprir, extraindo-se 
cópia autêntica do testamento, que será entregue ao testamenteiro para juntada ao processo de inventário.
Se verificado que o lacre foi violado, o juiz imediatamente determinará realização de perícia, servindo o 
laudo pericial de base para futuras controvérsias em torno da violação e sua autoria.
Já o testamento particular pode ser escrito de próprio punho ou por meio mecânico. Se escrito de próprio 
punho, deverá ser feito pelo próprio testador, sob pena de nulidade, lido e assinado na presença de pelo 
menos três testemunhas (§ 1º do artigo 1.876).
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Se elaborado por meio mecânico, não poderá ter espaços em branco ou rasuras, devendo ser lido e 
assinado pelo testador na presença de pelo menos três testemunhas (§ 2º do artigo 1.876).
Esse meio de testar, dispensa a presença do tabelião, desde que presentes os requisitos acima mencionados. 
Porém, em razão da inexistência de qualquer registro público, caso o testamento venha a extraviar-se, não 
poderá ser cumprido, mesmo que as testemunhas afirmem o fato e atestem seu conteúdo.
Publicação e cumprimento do testamento particular: Morto o testador, o seu testamento será publicado em 
juízo. Os apresentantes do instrumento (testamenteiro, herdeiro, ou legatário) requererão a notificação das 
pessoas a quem caberia a sucessão legítima, para assistirem a inquirição das testemunhas que assinaram o 
testamento.
Presente pelo menos uma testemunha que ateste sua assinatura, o teor das disposições testamentárias, a 
leitura do testamento e encontrar-se o testador em perfeito juízo na hora de testar, o juiz mandará cumprir o 
testamento (artigo 1.878).
Todavia, se nenhuma das testemunhas comparecerem, ou por haverem falecido, ou desaparecido, o 
testamento não poderá ser cumprido.
Codicilo: Codicilo é ato de última vontade em que seu autor determina providências de caráter não 
patrimonial ou patrimonial, mas de pequena monta como, por exemplo, providências sobre seu enterro, faz 
esmolas de pouca importância a certas e determinadas pessoas, ou aos mendigos de determinado lugar, 
lega móveis, roupas ou jóias de pequeno valor, nomeia ou substitui testamenteiros, entre outros, como 
dispõem os artigos 1.881, 1883 e 1.998.
Não se pode, por codicilo, nomear ou deserdar herdeiros, instituir legatários, legar imóveis, enfim fazer 
disposições patrimoniais de valor considerável.
Testamentos especiais: Os testamentos especiais são o marítimo, o aeronáutico e militar. O primeiro é 
permitido àquele que se encontra em viagem, a bordo de navio nacional, mercante ou de guerra, e que 
receie morrer na viagem; o segundo é facultado ao que está em viagem a bordo de aeronave militar ou 
comercial, e o terceiro, é prerrogativa do militar e mais pessoas que se encontram em campanha, correndo 
os riscos da guerra.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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