ao aleitamento materno). Fatores que interferem maleficamente na amamentação exclusiva Carência de informações sobre a técnica correta, especialmente nas primeiras semanas após o nascimento; Técnica incorreta Esvaziamento incompleto Menor produção de leite Introdução precoce de outros alimentos Desmame. Carência de orientação sobre a importância da amamentação exclusiva por 6 meses; Amamentações não exclusivas nos outros filhos (experiências anteriores de amamentação bem- sucedida podem não garantir, mas possivelmente interferem positivamente na decisão e na prática dos moldes preconizados do aleitamento materno com filhos posteriores); Histórico cultural familiar negativo/crença cultural (ex: avós dizendo que o leite materno é fraco ou insuficiente para suprir as necessidades da criança); Grau de escolaridade (quanto menor, menor é o tempo de amamentação); Situação emocional e socioeconômica da família (achado preocupante, na medida em que crianças de famílias de baixa renda são mais vulneráveis à morbimortalidade infantil e a introdução precoce de outros alimentos pode potencializar este risco); Gestação não desejada e/ou na adolescência; Não viver com o companheiro (é importante que a mulher nutriz seja apoiada na prática da amamentação exclusiva por pessoas próximas, principalmente o companheiro, pois seu estímulo é o mais significativo para que a mulher possa amamentar), e cujo chefe da família não era o companheiro; Falta de acompanhamento pré natal (menos de seis consultas pré-natais), com parto em hospitais não credenciados na Iniciativa Hospital Amigo da Criança e que não amamentavam exclusivamente na alta hospitalar (O oferecimento de complementos no hospital pode prejudicar o estabelecimento da lactação e a produção de leite adequada, dificultando o aleitamento materno exclusivo); Mães que fumam, que consumem bebida alcoólica, que percebem a própria saúde como ruim ou regular; Orientação sobre ordenha das mamas com uso de bomba; Uso de chupeta pelo bebê; Exposição às praticidades em grande demanda de fórmulas infantis e ao uso da mamadeira (conflito relacionado ao bico e qualidade da mamada). POR QUE NÃO OFERTAR MAMADEIRA? Redução das mamadas e introdução de mamadeira Criança sente fome e chora A mãe acha que o leite é fraco e insuficiente para suprir as necessidades da criança Introdução mais frequente de mamadeira e chupeta redução da demanda e, portanto da produção fim do aleitamento materno. Benefícios para a criança 4 Favorece um aporte adequado de macro e micronutrientes (tais como anticorpos IgA, IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido), os quais agem diretamente no sistema imunológico do bebê, fortalecendo-o contra o surgimento de infecções (gastrointestinais, respiratórias, otite média aguda nos 2 primeiros anos, obesidade, alergia alimentar e os demais problemas associados, ou seja, previne a morbimortalidade. Além disso, diminui a gravidade das infecções, quando estas ocorrem A amamentação foi consistentemente associada com maior desempenho em testes de inteligência em crianças e adolescentes, com um incremento combinado de 3,4 pontos no quociente de inteligência (QI); Uma revisão de 18 estudos sugeriu que a amamentação está associada com uma redução de 19% na incidência de leucemia na infância; Estima-se que esse alimento poderia evitar 13% das mortes por causas preveníveis em crianças menores de cinco anos em todo o mundo. Evitar-se-iam 55% das mortes por doença diarreica e 53% das causadas por infecção do trato respiratório inferior em crianças do zero aos seis meses, 20% e 18% dos sete aos 12 meses, respectivamente, e 20% de todas as causas de morte no segundo ano de vida; Seis meses de aleitamento materno exclusivo e amamentação contínua no primeiro ano de vida também poderiam prevenir 1,3 milhões de mortes infantis em todo o mundo, de acordo com revisões sistemáticas do Grupo de Estudos de Sobrevivência Infantil de Bellagio. Benefícios para a mãe Favorece a saúde reprodutiva da mulher: Manter a mamada demorada preserva a saúde materna, aumentando o espaço entre gestações e partos, como também os vínculos afetivos da mãe em relação ao filho, oferecendo carinho, proteção e aconchego à criança. Involução uterina em menor tempo (promove a contração uterina); Diminuição dos índices de câncer de mama e ovário; Proteção contra anemias por sangramento no pós parto; Reduz o risco de artrite reumatoide, osteoporose e diminuição do estresse; Prolonga a amenorreia lactacional, especialmente para as mães em amamentação exclusiva ou predominante; Uma revisão qualitativa de 48 estudos mostrou associações claras entre amamentação e menor ocorrência de depressão materna, todavia é mais provável que a depressão afete a amamentação do que o inverso. Como podemos ajudar? Incentivando as políticas públicas de amamentação para assistir e orientar as mulheres, destacando a importância da amamentação; Orientando sobre os aspectos do leite para desmistificar crenças; Como no início da mamada o leite possui um aspecto ralo, muitas nutrizes acreditam que seu leite é fraco. Algumas não tiveram orientação de que o leite e posterior é mais concentrado, contendo proteínas e rico em gordura Ensinando as técnicas corretas de pega; Consultas com o núcleo de apoio da puérpera para que todos sejam orientados orientações (figura materna –avó- impõe autoridade e normalmente está relacionado a menor tempo de AME); Orientar sobre os aspectos psicossociais que induzem ao desmame precoce; Estimulando o AME desde a primeira hora pós-parto; Aproximadamente metade das mortes infantis com menos de um ano de idade acontece na primeira semana de vida (49,4%). Com a introdução do AM logo após o nascimento, consegue-se reduzir o índice de mortalidade neonatal, que acontece até o 28º dia de vida da criança (65,6%). Havendo a oferta contínua da amamentação até o sexto mês de vida esse valor pode chegar até 1,3 milhões de mortes na faixa etária até 05 anos. Agendar a primeira consulta com o pediatra na primeira semana após o parto, antes de sair da maternidade: Com o objetivo e reduzir os índices de mortalidade infantil, o Ministério da Saúde preconiza que toda criança deve sair da maternidade com a primeira consulta 5 agendada, de preferência na primeira semana de vida, em um dos pontos de serviço de saúde ou consultório. Orientando a puérpera: Para a produção do leite, é necessária ingestão de calorias e de líquidos além do habitual. 1. Consumir dieta variada, incluindo pães e cereais, frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes; 2. Consumir três ou mais porções de derivados do leite por dia; 3. Esforçar-se para consumir frutas e vegetais ricos em vitamina A; 4. Certificar-se de que a sede está sendo saciada; 5. Evitar dietas e medicamentos que promovam rápida perda de peso (mais de 500 g por semana); 6. Consumir com moderação café e outros produtos cafeinados 7. É importante ter atenção para o risco de hipovitaminose em crianças amamentadas por mães vegetarianas. 8. Como regra geral, as mulheres que amamentam não necessitam evitar determinados alimentos. Entretanto, se elas perceberem algum efeito na criança de algum componente de sua dieta, pode-se indicar a prova terapêutica: retirar o alimento da dieta por algum tempo e reintroduzi-lo, observando atentamente a reação da criança. Caso os sinais e/ou sintomas da criança melhorem substancialmente com a retirada do alimento e piorem com a sua reintrodução, ele deve ser evitado. O leite de vaca é um dos principais alimentos implicados no desenvolvimento de alergias alimentares. 9. As mulheres que amamentam devem ser encorajadas a ingerir