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Diabetes na nutrição

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Diabetes 
O que é? 
 É uma síndrome de etiologia múltipla, 
caracterizada pela hiperglicemia crônica decorrente da 
falta e /ou incapacidade da insulina exercer seu papel 
adequadamente. O diabetes é um conjunto de sinais e 
sintomas, conjunto de situações clínicas adversas que 
estão relacionadas a perda da homeostase da glicemia. 
Essa hiperglicemia pode ser por duas razões: 
resistência à insulina que se agravou ou uma situação 
em que há a redução ou ausência na produção de 
insulina. A hiperglicemia crônica vai alterar o 
metabolismo de todos os nutrientes (carboidratos, 
proteínas e lipídeos). O diabetes mellitus é dividido 
em: 
DM TIPO 1: 
* Ausência de produção de insulina, isso se dá pela 
destruição das células Beta pancreáticas. Geralmente 
está associado a um mecanismo de autoimunidade, que 
destrói as células produtoras de insulina. 
* 5-10% dos casos de DM. 
* Mais comum o surgimento na infância e 
adolescência. 
* As consequências da diabetes nesses pacientes são 
mais graves (hiperglicemia mais crítica, sintomatologia 
mais forte). 
DM TIPO 2: 
* Defeitos na ação e secreção da insulina (o indivíduo 
produz a insulina, mas ela não funciona 
adequadamente). 
* Responde a 90% dos casos. 
* Está associado as DCNT (obesidade, síndrome 
metabólica, excesso de gordura corporal/abdominal). 
* Inicia-se a partir do processo de inflamação que leva 
a resistência à insulina. 
PRÉ-DIABETES: 
* Estado intermediário entre a homeostase normal da 
glicose e o DM. 
* Resistência à insulina. 
DM GESTACIONAL: 
* Intolerância à glicose com início ou diagnosticada 
durante a gestação. 
* A partir da 20ªSG é muito comum fazer o 
rastreamento da DM gestacional. 
* A mulher que tem DMG a criança tem maior risco de 
apresentar macrossomia (bebê com + de 4kg) e outras 
complicações. 
*A mulher que teve DMG tem maior risco de 
desenvolver ao longo da vida DM. 
Sintomatologia 
Os sintomas são mais proeminentes no DM1, mas 
também ocorrem no DM2. 
 
 -> Fadiga (cansaço fácil). 
 -> Polidipsia (muita sede). 
 -> Polifagia (aumento do apetite). 
 -> Poliúria (muita diurese/urina). 
 -> Emagrecimento (perda acentuada). 
 -> Má cicatrização 
 O paciente a presenta poliúria pois a 
eliminação de glicose pela urina é um mecanismo de 
defesa para diminuir a hiperglicemia. Porém a glicose 
é uma solução muito osmolar ela acaba levando muita 
água, aumentado assim o volume urinário. 
 A Polidipsia está relacionada a poliúria, pois 
em decorrência do aumento do volume urinário, o 
paciente desidrata, por isso ele sente muita sede. Já a 
polifagia é apresentada pois a glicose não está entrando 
na célula devido à resistência à insulina. 
 Como a célula não está sendo nutrida, pois não 
está entrando glicose nela, ela começa a pegar outra 
fonte de energia, a gordura. Essa gordura vem dos 
adipócitos, que começam a liberar ácidos graxos para 
alimentar as células, gerando a lipólise, por isso há o 
emagrecimento. 
Fatores de risco: 
 • Sedentarismo 
 • Obesidade 
 • DM gestacional 
 • Síndrome metabólica 
 • História familiar 
Complicações vasculares: 
 O diabetes mellitus traz inúmeras 
complicações. O paciente diabético é um paciente que 
tem maior risco de morrer. Além disso tem risco de 
apresentar complicações macro e microvasculares: 
 Complicações Macrovasculares: 
 • Eventos cardiovasculares (infarto); 
 • Acidente vascular cerebral (AVC); 
 • essas são extremamente graves, e geralmente 
debilitam o paciente. 
Complicações Microvasculares: 
 • Retinopatia: perda da acuidade visual e risco 
de cegueira. 
 A célula da retina não depende da 
insulina, com a hiperglicemia começa a entrar 
muita glicose nessa célula e ela começa a glicosilar 
as proteínas dessa célula, com isso ela perde a 
forma e a função. Então a célula perde a função de 
garantir a acuidade visual. Paciente com DM 
descompensado tende de forma crônica a 
desenvolver a retinopatia diabética. 
 • Nefropatia: pois a eliminação de glicose 
pela urina é um mecanismo de defesa. 
 • Neuropatia: perda da sensibilidade. 
 Os neurônios e os nervos periféricos 
(dão sensibilidade) não dependem da insulina, com 
a hiperglicemia começa a entrar muita glicose 
nessas células e elas começam a glicosilar as suas 
proteínas, gerando assim na perda da forma e da 
função dela. Quando os nervos periféricos são 
glicosilados há a perda da sensibilidade, isso ocorre 
muito nos membros inferiores (risco para pé 
diabético, necrose, amputação). A neuropatia 
também leva a perda da força muscular. 
 • Má cicatrização: má funcionalidade do 
colágeno. 
 O colágeno (tecido responsável pela 
cicatrização) também é glicosilado com a 
hiperglicemia, perdendo sua função, não 
conseguindo fazer um bom tecido de cicatrização. 
 Essas complicações têm grande 
impacto na qualidade e no estilo de vida do 
paciente. 
 
Diagnóstico: 
Diversos exames podem ser feitos para diagnosticar e 
monitorizar o DM, sendo: 
GLICEMIA DE JEJUM: 
 • Normal: entre 70 e 99 
 • Pré-diabético: entre 100 e 126 
 • Diabetes: igual ou superior a 126. Glicemia 
entre 90 e 100 é sinal de tolerância à glicose 
diminuída (resistência à insulina). 
TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA A GLICOSE: Faz 
a coleta da glicemia de jejum, depois o paciente toma 
um xarope com 75g de glicose e então 2h depois faz 
outra medida da glicemia 
 • Normal: menor 140 
 • Intolerância à glicose: 140-200 
 • Diabetes: igual ou maior que 200 
GLICEMIA AO ACASO (EM QUALQUER HORA 
DO DIA): 
 • Diabetes: maior que 200 
HEMOGLOBINA GLICADA: Assim como a célula 
da retina a glicose tem passe livre para entrar na 
hemácia, e lá entra no glóbulo vermelho livremente, lá 
dentro a glicose encontra uma proteína chamada 
hemoglobina e esta pode ser glicosilada. 
 • Normal: menor que 5,6% 
 • Pré-diabetes: 5,7 a 6,4% 
 • Diabetes: maior que 6,5% 
 É o principal e melhor marcador para 
monitorar o controle glicêmico do paciente. Pois a 
vida média da hemácia é de 90-120 dias (prazo para 
renovação dos glóbulos vermelhos) – esse é o tempo 
que ela permanece na corrente sanguínea. 
 Ou seja, o exame reflete se o paciente 
descompensou ou não nos últimos 3 -4 meses. 
Paciente diabético, para verificar se a diabetes está 
compensada: 
 • Hb glicada em adultos: menor que 7% 
 • Hb glicada em idosos: menor que 8% 
FRUTOSAMINA: Mais usado por médicos, para 
verificar o efeito a curto prazo da medicação. Nesse 
caso quem está glicada é a albumina (ela dura 18 -20 
dias na corrente sanguínea). Reflete muito os 15 dias. 
É importante se atentar se o paciente fez o preparo 
adequado para o exame. 
Tabela 1. Critérios diagnósticos para DM 
recomendados pela ADA e pela SBD 
Exame Normal Pré-diabetes Diabetes 
Glicemia de jejum 
(mg/dL) 
<100 100 a 125 ≥126 
Glicemia 2 horas 
após TOTG com 
75g de glicose 
(mg/dL) 
<140 140 a 199 ≥200 
Hemoglobina 
Glicada (%) 
<5,7 5,7 a 6,4 ≥ 6,5 
TOTG: teste oral de tolerância à glicose. 
 
Dietoterapia: 
 A maioria dos pacientes diabéticos não usam 
insulina, o tratamento é medicação oral e alimentação 
adequada. Por isso a terapia nutricional deve focar na 
individualização. 
 Considerando: terapia medicamentosa, uso de 
insulina (tipo, horário, quantidade), hábitos de vida 
(tabagismo, etilismo, prática de atividade física), fase 
da vida, diagnóstico nutricional (como está o estado 
nutricional do indivíduo). 
 Muitas vezes o controle do peso está como 
uma meta importante, tendo em vista que o excesso de 
peso/gordura corporal está relacionado a piora do 
diabetes. Em pacientes com excesso de peso deve-se 
fazer a perda de peso de 5-7% a longo prazo (6 meses). 
 OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL: 
 • Controlar a glicemia (pelos marcadores 
bioquímicos);• Controlar o perfil lipídico (paciente diabético 
tem alto risco cardiovascular); 
 • Manter os níveis pressóricos adequados (pois 
ele tem risco de ser hipertenso); 
 • Minimizar as complicações da doença (as 
complicações macro e microvasculares). 
 • Reduzir a hiperglicemia 
 • Limitar efeitos adversos do tratamento 
(hipoglicemia). 
Manejo nutricional: 
 • VET: considerar as necessidades individuais 
 • CHO: 45-60% (normo) 
 • Sacarose: até 5% (7-10% no máx.) 
 • Fibra alimentar: mínimo de 20g/dia ou 
14g/1000kcal 
 • Gordura total: 25 a 30% 
 • AG saturados: menos de 7% 
 • AG poli-insaturados: até 10% 
 • AG monoinsaturados: até completar (<2 0%) 
 • Colesterol: menos de 200mg 
 • PTN: individualizada, conforme o estado 
nutricional do paciente, 15 a 20% 
 
 Não diminuir a quantidade de CHO e sim, dar 
preferência em CHOs de baixa carga glicêmica. 
 Para indivíduos diabéticos com excesso de 
peso, não fazer dietas restritivas. 
 
ENERGIA: 
 Pacientes com excesso de peso uma perda de 
5-10% do peso produz e feitos positivos sobre a 
glicemia, lipemia e níveis de PA. 
 Prática de atividade física regular 
(150min/sem) para auxiliar na perda/manutenção do 
peso. 
 Cálculo pelo método prático: 
 20-25kcal/kg – perda ponderal 
 25-30kcal/kg – manutenção do peso 
 A atividade física deve ser parte do plano de 
tratamento para diabéticos. O exercício ajuda a 
melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir os fatores 
de risco cardiovasculares, controlar o peso e melhorar 
o bem-estar de todos os diabéticos. Quando executado 
conforme as diretrizes, a maioria dos diabéticos pode 
se exercitar de modo seguro. O plano de exercícios irá 
variar de acordo com o interesse, idade, estado geral de 
saúde e nível de aptidão física. 
Apesar do aumento da captação de glicose pelos 
músculos durante o exercício, a glicemia varia pouco 
em indivíduos não diabéticos. O trabalho muscular 
reduz a concentração de insulina, enquanto aumenta a 
dos hormônios contrarregulatórios (principalmente 
glucagon). Dessa maneira, o maior uso de glicose 
pelos músculos em atividade é balanceado de modo 
preciso pela maior produção hepática de glicose. Esse 
equilíbrio entre a insulina e os hormônios 
contrarregulatórios é o principal determinante da 
produção hepática de glicose, ressaltando a 
necessidade de ajuste na insulina em adição à ingestão 
adequada de carboidratos durante o exercício em 
diabéticos 
 
CARBOIDRATO: 
 •Incluir grãos, frutas, vegetais e laticínios 
desnatados na alimentação. 
 • Alimentos ricos em sacarose devem ser 
substituídos por outros tipos de CHO (cuidado com 
os industrializados, em que a sacarose se encontra em 
outra forma). 
 • Consumo adequado de fibras. 
 • Cuidado na oferta de frutose (de adição, em 
alimentos industrializados) – na via metabólica dela é 
muito estimulado a lipogênese (o excesso de frutose, 
entram na via da lipogênese). 
 
FIBRAS: 
 • preferir grãos integrais, frutas, verduras e 
legumes. 
 • Aumento da sensação de saciedade. 
 • Redução da hiperglicemia e aumento da 
sensibilidade a insulina. 
 •Dietas ricas em fibras (>50g) são ótimas para 
redução da glicemia, lipemia e isulinemia, mas o 
paciente pode apresentar efeitos colaterais 
gastrointestinais. 
 • Fibra solúvel é muito interessante para esse 
paciente (amido resistente – biomassa de banana verde, 
frutooliossacarídeos – alho, cebola). 
 • 14g/1000kcal. 
 Suplementos à base de ervas não são 
recomendados para diabéticos e podem apresentar 
interações medicamentosas. Suplementos 
comercialmente disponíveis, também não são 
recomendados. 
 
PROTEÍNA: 
 • 0,8-1,0g/Kg (normo). 
 • Não são recomendadas as dietas com alto 
teor proteico (>20%), pois pacientes diabéticos têm 
maior risco de desenvolver leões renais, a nefropatia 
diabética. 
 • Pacientes que já apresentam a lesão renal a 
oferta proteica deve ser menor (conforme 
recomendação para renais). 
 • Caso o paciente haja a necessidade de uma 
maior oferta de proteína (inflamação) deve -se fazer o 
monitoramento (exames bioquímicos). 
 
LIPÍDEOS: 
 • Atenção para não oferecer excesso de 
gordura saturada. 
 • Apenas 30% do VET. 
 • Tratar o paciente diabético como potencial 
cardiopata, pois o paciente pode infartar a qualquer 
momento (infarto silencioso – pelo fato do paciente a 
presentar neuropatia, muitas vezes ele não sente a dor 
do infarto). 
 
VITAMINAS E MINERAIS: 
 • Deve-se garantir a oferta de micronutrientes 
pela dieta. 
 • 3-4 porções de frutas por dia. 
 • No mínimo 1 fruta fonte de vitamina C. 
 • 3-5 porções de hortaliças por dia. 
 • Zinco, Cromo, Magnésio e Potássio estão 
relacionados a ação da insulina. 
 • Sódio até 2g/dia. 
 Cromo: O receptor da insulina ele tem uma 
proteína associada a ele, a cromodulina, ou seja, ele é 
cromo dependente. Se a cromodulina não funciona 
bem a cascata de reações para sinalização do Glut4 não 
ocorre de forma eficiente. Por isso o cromo é um 
nutriente extremamente importante para o bom 
funcionamento da insulina. 
 Zinco: A insulina é um hormônio proteico, e 
toda vez em que há a síntese dele é necessária a 
utilização do zinco. Além disso, o zinco é cofator das 
reações promovidas pela insulina. 
 Magnésio: Baixo teor de magnésio no 
organismo está muito relacionado a hiperglicemia. 
 
 *O ácido alfalipoico (ALA), que funciona 
como um antioxidante, pode ter benefícios em 
potencial para diabéticos e pessoas com neuropatia 
periférica. Os testes de curto prazo do ALA 
intravenoso e oral relataram melhoras nos sintomas da 
neuropatia. Um teste multicêntrico de longo prazo está 
avaliando atualmente o papel do ALA dado oralmente 
para determinar se ele diminui a progressão da 
neuropatia ou se apenas melhora os seus sintomas. 
 
ÁLCOOL: 
 • Sugerir abstinência. Caso consumir, consumo 
com moderação. 
 • Orientação para consumir com alimentos, 
por conta de o álcool apresentar efeito 
hipoglicemiante. 
 • Pode reduzir os níveis glicêmicos e a 
percepção de hipoglicemia 
 
Tratamento medicamentoso: 
Os pacientes diabéticos muitas vezes usam mais de 
uma medicação, ou até medicação associada a insulina. 
Principais classes de medicamentos usados pelos 
pacientes diabéticos: 
Sulfoniluréias: 
 * Aumenta a secreção de insulina. 
 * Glimepirida, Glibenelamida, 
Cloropropamida. 
 Biguanidas: 
 * Reduz a produção hepática de glicose e 
aumenta a sensibilidade a insulina. 
 *Metformina. 
 Inibidores de alfaglicosidase: 
 * Retarda a digestão e absorção intestinal de 
carboidrato. 
 * Acarbose. 
 Glitazonas: 
 * Sensibilizador de insulina no músculo, 
adipócito e hepatócito. 
 *Pioglitazona, Rosiglitazona. 
 *Medicações caras. 
Paciente Insulinizado: 
 De uma forma geral o tratamento com a 
insulina visa evitar a cetoacidose (paciente DM tem 
alta produção de corpos cetônicos, pois o organismo ao 
invés de metabolizar a glicose metaboliza as gorduras, 
como fonte de energia, levando a uma produção 
excessiva de corpos cetônicos, que pode levar a 
cetoacidose. Esta é uma situação grave, o paciente 
muitas vezes pode entrar em coma). Além disso o uso 
da insulina é para evitar/minimizar complicações 
macro e microvasculares a longo prazo. 
Tratamento do paciente insulinodependente: 
 1. Conhecer a respeito da insulinização. 
 2. Planejamento e orientação alimentar 
individualizados. 
 3. Orientação a atividade física regular. 
 4. Automonitorização diária (controle da 
glicemia capilar – pelo glicosímetro). 
 5. Continuidade na educação nutricional. 
 6. Acompanhamento psicológico quando 
necessário. 
 7. Estilo de vida: comer de forma saudável, 
dormir adequadamente (uma noite de sono perdida/mal 
tende a aumentara glicemia), exercitar-se, controlar o 
estresse. 
 8. Controlar o estado emocional (quando se 
está estressado libera-se cortisol, este hormônio 
promove a quebra do glicogênio, além disso o cortisol 
reduz a sensibilidade a insulina). 
TIPOS DE INSULINA: 
 A liberação de insulina é constante no corpo (o 
tempo inteiro). Naturalmente há dois esquemas de 
liberação na corpo, insulina basal (liberada p tempo 
inteiro, em pequena quantidade, mas constante de 
liberação de insulina), e após a ingestão alimentar há 
uma liberação maciça de insulina, a insulina em bolus 
(picos). 
Insulina Basal -> Liberação constante. 
Insulina em Bolus -> Liberação pós alimentação. 
 O esquema de liberação de insulina muitas 
vezes ele vem para mimetizar uma das insulinas. 
Quando o paciente aplica a insulina, ele está 
mimetizando algo que deveria acontecer 
fisiologicamente. E os tipos de insulina que existem 
estão relacionados a exatamente esta questão, há 
insulinas para mimetizar a basal ou a em bolus. Por 
isso é importante fazer um a anamnese precisa, para 
saber qual o tipo de insulina, nome comercial, 
quantidade etc; pois o tipo de insulina determina a 
conduta dietética. 
 
 A insulina basal sofre uma influência menor da 
alimentação, pois sua liberação é constante, ela sofre 
maior impacto dos demais fatores (atividade física, 
sono, estresse). Já as insulinas rápidas e ultrarrápidas 
estão totalmente relacionadas a alimentação, logo a 
conduta deve ser mais especifica quando o paciente as 
usa. 
 Picos de insulina: podem provocar uma 
hipoglicemia de rebote. O uso da insulina é 
exatamente para minimizar essa hipoglicemia. Por isso 
no que se refere a insulina em Bolus (pico logo após 
que se aplica) é preciso combinar o momento do pico 
com o momento em que haverá uma maior quantidade 
de glicose circulante (sincronia entre os picos). Pois se 
houver um pico glicêmico sem insulina o paciente vai 
ficar hiperglicêmico, e se tiver pico de insulina sem 
glicose proporcional, o paciente pode ter hipoglicemia 
(e isso pode levar a óbito). 
 O pico glicêmico varia conforme diversos 
fatores, ele não fica igual todos os dias, como 
exemplo: temperatura, infecção, inflamação, estresse. 
O pico e a duração variam também de acordo ao tipo 
da insulina, e isso vai ter efeitos metabólicos 
diferentes. 
 
 
LOCAIS DE APLICAÇÃO DA INSULINA: 
 
 
 
-> Geralmente não se deve aplicar no mesmo lugar o 
tempo todo, pois pode gerar uma lipodistrofia no 
local. 
-> O abdome e no braço são os locais que melhor 
absorve e a ação é mais rápida. 
->A insulina deve ser aplicada em ângulo reto. 
Contagem de carboidratos: 
 A contagem de carboidratos é considerada um 
dos métodos mais efetivos para o controle glicêmico, 
melhorando a qualidade e a expectativa de vida do 
paciente diabético. O seu objetivo é otimizar o 
controle glicêmico em função das menores variações 
das glicemias pós-prandial, através do somatório em 
gramas de carboidrato de cada refeição. O seu 
princípio é que se deve variar o mínimo possível a 
quantidade de carboidrato ofertada por refeição, pois 
isso de um dia para o outro terá menores variações 
da glicemia (melhor controle da glicemia). Ela é feita 
para todos os diabéticos, independente do uso de 
insulina ou não, porém a forma de fazer depende do 
tipo de terapia (em terapia convencional – 
hipoglicemiante oral e/ou NPH; em terapia de 
múltiplas doses – insulina rápida e ultrarrápida). 
 
 O carboidrato é o único que vira 100% glicose, 
assim ele é que mais influência na glicemia do 
paciente. A proteína só tem impacto na glicemia 
quando é consumida em maior quantidade; já a 
gordura não apresenta quase impacto nenhum. 
MÉTODO DE CONTAGEM: 
 Soma-se os gramas de carboidratos de cada alimento 
por refeição, obtendo -se informações em tabelas e 
rótulos dos alimentos. Da seguinte forma: 
 1. Soma a quantidade de CHO de cada 
alimento por refeição, verificando o quanto de CHO 
será ofertado por refeição. 
 2. Prescrição da dieta. 
 3. Por 1 semana o paciente deve fazer a 
aferição da glicemia pré e pós-prandial. 
 4. Verificar o resultado: 
 
Quantidade de CHO que deve ser oferecido por 
refeição: 
 • Desjejum: 20% da quantidade diária 
 • Colação: 10% da quantidade diária 
 • Almoço: 30% da quantidade diária 
 • Lanche da tarde: 10% da quantidade diária 
 • Jantar: 20% da quantidade diária 
 • Ceia: 10% da quantidade diária 
Isso é implementado, e depois verifica -se se o 
paciente conseguiu se adequar a essas quantidades de 
carboidrato. Deve-se fazer a lista de substituições por 
equivalência em carboidratos. Esse método é utilizado 
para pacientes em uso de medicação oral e insulina 
NPH apenas. 
 
Dm Gestacional: 
Intolerância a CHO resultando em hiperglicemia de 
severidade variável cujo início e/ou diagnóstico 
ocorrem durante a gestação, e que pode ou não 
persistir após o parto 
 
A gestação é considerada diabetogênica: 
 • Pelo fato de se caracterizar pela resistência à 
insulina 
 •Associada ao ↑ dos níveis séricos de 
hormônios, visando manter constante o suprimento de 
glicose para o feto 
 
FATORES DE RISCO: 
 • Idade materna acima de 35 anos 
 •Baixa estatura < 1,50 m 
 •História familiar de diabetes em parentes de 1° grau 
 •Síndrome do ovário policístico 
 •Deposição central excessiva de gordura corporal 
 •Se na gestação atual ocorrer: 
 > Sobrepeso, obesidade ou ganho de peso 
excessivo 
 > Crescimento fetal excessivo 
 > Pré-eclâmpsia (HAS, edema e proteinúria) e 
hipertensão antecedentes obstétricos 
 > Morte fetal ou neonatal 
 > Macrossomia/GIG 
PREVALÊNCIA: 
 Mais susceptíveis no período entre a 24ª e 28ª 
semanas de gravidez 
 É o problema metabólico mais comum na 
gestação 
 Tem prevalência entre 3 e 25% das gestações 
 Pode persistir ou desaparecer depois do parto 
DIAGNÓSTICO: 
 Exames devem ser feitos em TODAS as 
gestantes sem diagnóstico prévio de DM. 
 Entre a 24ª e 28ª semanas de gestação deve-se 
realizar Teste de tolerância oral à glicose 
TERAPIA NUTRICIONAL: 
 Orientação alimentar que permita ganho de 
peso adequado e controle metabólico 
 • Podem-se utilizar adoçantes artificiais 
Aspartame, sacarina, acessulfame-K e sucralose com 
moderação 
 Fracionar as refeições 
 Dar preferência aos CHO de baixo índice 
glicêmico e baixa carga glicêmica -> Cereais 
integrais 
 Evitar açúcar simples e isolado 
 Consumo de fibras -> 20 a 35 g/dia 
 Fibra solúvel -> 5 a 10 g/dia 
CÁLCULO DO VALOR CALÓRICO TOTAL DA 
DIETA: 
O valor total prescrito: 
 CHO -> 40 a 50% 
 PTN -> 25 a 30% 
 LIP -> 25 a 30% 
Sugestão de distribuição: 
 15% no café da manhã 
 10% na colação 
 
 30% no almoço 
 10% no lanche da tarde 
 25% no jantar 
 10% na ceia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELAS: 
Índice Glicêmico:

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